Saúde

Marcelo Queiroga diz que vai unificar protocolos do tratamento hospitalar para pacientes de Covid

Foto: Reprodução/Globo News

O novo ministro da Saúde, o médico Marcelo Queiroga, afirmou nesta quarta-feira (17) que irá unificar os procedimentos médicos usados no atendimento dos casos hospitalizados da Covid-19 em todo o país.

“Vamos trabalhar para conseguir homogeneizar a conduta assistencial no país como um todo. Por exemplo, as nossas UTIs, temos que ter protocolos uniformizados de assistência, nós temos que transferir a expertise dos grandes centros para as unidades de terapia intensiva que estão nas cidades mais distantes, dos estados menores (…) É preciso garantir um atendimento mais pronto ao paciente, mais rápido, para evitar que a doença progrida”, disse Queiroga.

O anúncio feito durante coletiva de imprensa ocorre dois após a médica Ludhmilla Hajjar, que recusou o cargo de ministra da Saúde, defender ser função da pasta orientar equipes médicas sobre a melhor forma de atender pacientes com Covid-19 e a necessidade de se criar uma “referência nacional de protocolo”.

“O Brasil precisa de protocolos, e isso é pra ontem. (…) Nós estamos discutindo azitromicina, ivermectina, cloroquina. É coisa do passado. A ciência já deu essa resposta. Cadê um protocolo de tratamento? (…) Perdeu-se muito tempo na discussão de medicamentos que não funcionam”, disse Hajjar em entrevista à GloboNews na segunda-feira (15).

Conforme o G1 apurou, ao contrário dos Estados Unidos e da União Europeia e mesmo após um ano de pandemia, o Brasil ainda não tem um protocolo nacional detalhado que unifique os procedimentos não medicamentosos a serem realizados em pacientes da Covid-19.

Queiroga, no entanto, justificou a demora do Ministério da Saúde em se manifestar sobre os protocolos para unificar o atendimento.

“Estamos diante de uma doença nova. Quando começou esses casos, nós não tínhamos esse conhecimento”, justificou o novo ministro.

Inexistência de protocolos

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Opinião dos leitores

  1. Se indicar um paracetamol ou dipirona está tudo bem, mas se indicar, cloroquina, azytromicina e Ivermectina, decreta a sua sentença de morte.
    Os esquerdopatas gostam do quanto pior melhor.

  2. Isso eh o óbvio a se fazer! Pq com toda q "competência" do ministro da logística não foi feito antes? Ah, pq só agora o governo do presidente inepto e negacionista acordou pra realidade? Será?

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MP investiga infecção hospitalar no Deoclécio Marques

O Ministério Público, através da 4ª Promotoria de Justiça da Comarca de Parnamirim, instaurou Inquéritos Civis para apurar a existência de uma Coordenação Municipal de Controle de Infecção Hospitalar no município e de Comissões em unidades de saúde como o Hospital Regional Deoclécio Marques Lucena e a Maternidade Divino Amor.

O Inquérito leva em conta um relatório entregue à Promotora de Justiça pela Vigilância Sanitária, confirmando a situação precária dos hospitais regionais situados no interior do Estado e que aponta, inclusive, a inexistência de Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIHs).

Assinado pela Promotora de Justiça, Luciana Maria Maciel Cavalcanti Ferreira de Melo, o Inquérito solicita que o a Secretaria de Saúde do município informe, no prazo de 10 dias, a existência de uma coordenação no âmbito municipal. Caso não haja, informe que medidas serão adotadas para assegurar e efetivar a criação do órgão.

O mesmo vale para a direção da Maternidade Divino Amor e do Hospital Regional Deoclécio Marques, que devem informar o nome dos membros que compõe a CCIH, a carga horária dos membros, a infra-estrutura oferecida à Comissão, dentre outras informações.

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Lixo hospitalar não tem coleta em 60% das cidades do RN

A repórter Andrielle Mendes relata na Tribuna do Norte deste domingo que No Rio Grande do Norte, cerca de 60% dos municípios (98 de 167) envia o lixo hospitalar para lixões a céu aberto.

A média fica bem acima da regional (11,5%) e da nacional (15,4%). Os riscos dessa prática são potencialmente distribuídos para toda a população, não se limitando a catadores de resíduos ou a quem sobrevive de reciclagem de material.

O incidente com o Césio 137 em Goiania, no ano de 1987, ilustra bem as possibilidades de danos que existem por trás do descarte do lixo proveniente de hospitais, unidades de saúde, clínicas e necrotérios sem o devido cuidado e procedimentos previstos.

Em setembro daquele ano, Roberto Santos Alves e Wagner Mota Pereira, catadores de sucata, entraram nas antigas instalações do Instituto Goiano de Radioterapia, em Goiás, e saíram carregando um cilindro de ferro de mais de cem quilos.

Eles tentaram abrir o cilindro com uma marreta durante uma semana. Depois, venderam o cabeçote de uma bomba de Césio 137, usada em tratamento de câncer, para  Devair Alves Ferreira, dono de um ferro-velho. Devair   violou o lacre e encontrou uma pedra azul no interior do cilindro.

Ofereceu a ‘joia’ à mulher, distribuiu pequenos pedaços entre vizinhos e parentes. Pelo menos, onze pessoas morreram, 250 se contaminaram e 600 entraram para o grupo de risco em função do ‘espalhamento’ do Césio 137.

No Brasil, cerca de 60% dos resíduos de saúde coletados são descartados de maneira inadequada, em locais impróprios, trazendo risco à saúde pública, segundo a Associação Brasileira de empresas de Limpeza Pública (Abrelpe).

Clébio Azevedo, diretor da Serquip no RN – recentemente vendida para a Sterecycle e única autorizada a tratar o lixo hospitalar do estado – acredita, entretanto, que o índice no RN seja menor. Segundo ele, 80% dos ‘resíduos de serviços de saúde’ produzidos pelo estado são incinerados pela empresa.

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Estados Unidos enviam lixo hospitalar para o porto de Recife

A alfândega da Receita Federal apreendeu anteontem, no porto de Suape, em Ipojuca (60 km de Recife), um contêiner carregado com lixo hospitalar vindo dos EUA.

Aberto por auditores fiscais, o contêiner escondia lençóis e luvas cirúrgicas usadas, além de seringas, drenos e outros objetos. Os materiais descartáveis estavam envolvidos em lençóis manchados de sangue.

A carga chegou ao porto há cerca de duas semanas, em um navio que partiu dos Estados Unidos. A documentação, segundo a Receita, identificava o material como sendo “tecidos com defeitos”.

O destino do contêiner era Santa Cruz do Capibaribe (205 km de Recife), município conhecido por suas indústrias de confecções. Os nomes das empresas envolvidas na importação não foram divulgados.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) foi acionada para analisar o material apreendido. O laudo será encaminhado à Receita Federal, que decidirá o que fazer em relação ao caso.

Há possibilidade de as empresas envolvidas no negócio serem multadas e obrigadas a levar o lixo de volta.

Não é a primeira vez que isso acontece no país. Em 2009, cerca de 40 contêineres com resíduos domésticos vindos da Europa foram apreendidos no porto de Rio Grande (RS) e posteriormente devolvidos.

Importar materiais de risco para a saúde é proibido no Brasil. A Receita vai verificar se existem mais carregamentos de tecidos importados em Suape, para eventual inspeção. A Polícia Federal também deve ser acionada.

Fonte: Folha de São Paulo

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