Os empresários industriais do Rio Grande do Norte estão menos confiantesem junho. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) potiguar caiu 1,69%, ao passar de 59,2 para 58,2 pontos entre maio e junho. O recuo foi generalizado entre setores e portes de empresas avaliados. As condições atuais da economia brasileira, da economia estadual e da própria empresa ainda são consideradas desaforáveis. As expectativas dos executivos com relação aos próximos seis meses são, também, menos otimistas do que no levantamento de maio.
A queda no ICEI reflete a persistente desaceleração da economia nacional, cujo cenário se tornou ainda mais incerto para os investimentos privados em decorrência do agravamento da situação internacional. Os estímulos contracíclicos oferecidos pelo governo com o intuito de aumentar o consumo e a produção industrial, o recuo nos juros, além da recente desvalorização cambial não conseguiram melhorar o ânimo do empresário, que parece estar mais influenciado por sinais negativos externos e atentos ao aumento da inadimplência da população. Em matéria de menor confiança, o Rio Grande do Norte acompanhou a tendência nacional.
Em junho, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) potiguar, elaborado com base na Sondagem realizada entre os dias 1 e 18 do mês, registrou recuo de 1,69%, passando de 59,2 para 58,2 pontos. Note-se, porém, que o indicador mantém-se acima da linha divisória dos 50 pontos, revelando que os empresários potiguares permanecem confiantes, ainda que em menor intensidade. Na comparação com junho de 2011, o ICEI caiu 4,43%.
O decréscimo no ICEI deve-se tanto à percepção de piora nas condições atuais dos negócios, quanto à diminuição do otimismo em relação aos próximos seis meses. O indicador de condições atuais recuou 2,50%, passando de 48,0 para 46,8 pontos (valores abaixo de 50 pontos indicam piora). O indicador de expectativas, por sua vez, apontou queda de 1,70%, passando de 64,8 para 63,7 pontos (valores acima de 50 pontos indicam otimismo).
A confiança declinou nos dois segmentos pesquisados. As indústrias extrativas e de transformação mostrou a maior queda do indicador na comparação mensal (-2,68%), passando de 59,6 para 58,0 pontos. Já o ICEI da indústria da construção apontou declínio de 0,68%, passando de 59,0 para 58,6 pontos (valores acima de 50 pontos indicam empresários confiantes).
A retração no nível de confiança, em junho, ocorreu de forma mais intensa entre os pequenos empresários, cujo indicador caiu 2,61%, passando de 57,5 para 56,0 pontos. Já o ICEI dos médios e grandes empresários recuou 1,51%, passando de 59,8 para 58,9 pontos.
Comparando-se o ICEI do Rio Grande do Norte com o divulgado dia 20/06 pela CNI para o Brasil, observa-se, nos dois casos, queda no nível de confiança. Contudo, o indicador nacional reportou maior redução (-3,11%), passando de 57,9 para 56,1 pontos. Além disso, a maior queda ocorreu entre as médias e as grandes empresas.
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