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Foto: Agecom/Anastácia Vaz

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) inaugura no próximo dia 8 de setembro, às 14h30, as duas unidades (I e II) do Instituto Metrópole Digital (IMD), com a presença dos ministros da Educação, Henrique Paim; da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clélio Campolina Diniz; da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho; e de outras autoridades convidadas.

Com recursos de Emenda Parlamentar, por meio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), foram construídos o Centro Integrado de Vocação Tecnológica (CIVT) e o Núcleo de Pesquisa e Inovação em Tecnologia da Informação (NPITI), que custaram um valor total de R$ 19.432.756,18.

O CIVT, com uma área construída de 8.033,73m², na qual foram aplicados recursos da ordem de R$ 16.673.007,95. São oito blocos de quatro pavimentos que abrigam 1.506 alunos dos cursos técnicos, 350 alunos do Bacharelado em Tecnologia da Informação (BTI), 31 da pós-graduação (Residência e Mestrado Profissional em Engenharia de Software), 10 empresas incubadas e 10 pré-incubadas.

Além das salas de aulas e do setor administrativo, o novo prédio do IMD conta com um centro de convenção para 120 pessoas, quatro auditórios, 13 salas para reuniões, um Data Center, seis salas para empresas, 33 incubadoras, 19 laboratórios, 19 salas para professores e seis para professores visitantes.

O NPITI ocupa uma área de 1.603,78m², com quatro pavimentos (incluindo o térreo), com salas de reunião, seis salas de incubação de empresas, um laboratório de prototipagem, um auditório, 15 laboratórios de pesquisa, uma secretaria, um pátio coberto e oito banheiros.

Qualificação em TI

As ações do Instituto Metrópole Digital integram a inclusão social e digital de jovens do ensino básico com a graduação e a pós-graduação, a pesquisa e a inovação em Tecnologia da Informação. Os cursos técnicos se propõem a qualificar mão-de-obra para a área de Tecnologia da Informação (TI), por meio de metodologia específica e o compromisso com a formação de jovens que possuam potencial talento nessa área.

Na modalidade semipresencial, os cursos ofertados são nas habilitações de Informática para a Internet; Redes de Computadores; Eletrônica e Automação Industrial; e Jogos Digitais, em quatro polos situados em Caicó, Mossoró, Angicos e Centro Estadual de Educação Profissional Senador Jessé Pinto Freire (CENEP), além do Campus Central em Natal. Segundo o diretor do IMD, José Ivonildo do Rêgo, o Instituto oferece um modelo de formação diferenciada, que tem como foco a necessidade do mercado. “Mais do que procurar garimpar talentos, o IMD quer fazer inclusão”, disse Ivonildo.

Na graduação, o destaque é para o Bacharelado em Tecnologia da Informação, que foi pensado para oferecer uma formação mais flexível e rápida, com um núcleo comum de disciplinas na primeira metade do curso e disciplinas específicas de uma ênfase na outra metade. Ele é porta de entrada para os cursos de Engenharia de Software e Ciências da Computação, podendo o aluno optar por algumas das seguintes ênfases oferecidas: Sistema de Gestão, Sistemas Embarcados, Informática Educacional, Engenharia de Software, Ciência da Computação, Bioinformática e Rede de Computadores.

Pós-graduação

O Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Software (PPGSW) oferece o Mestrado Profissional em Engenharia de Software, cuja finalidade é a formação de profissionais que conheçam e tenham competência para fazer uso do estado da arte de métodos, técnicas e ferramentas de engenharia de software na resolução de problemas reais demandados pelo mercado, pelas empresas privadas e públicas nacionais e pela sociedade. Propõe, ainda, a promover uma maior interação entre as empresas do setor privado e público e a indústria nacional, na condução de projetos de pesquisa e desenvolvimento na área de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).

Inspirada nos programas de residência médica, a residência em Engenharia de Software foi iniciada em 2013, com vistas à capacitação e à inserção de profissionais no mercado de trabalho nessa área. Os residentes são inseridos em ambientes e projetos reais de desenvolvimento de software, realizando, ao mesmo tempo, um curso em nível de pós-graduação lato sensu (especialização). Segundo Ivonildo Rêgo, está em negociação o funcionamento de outra residência em Jogos Digitais.

Na área da pesquisa, o IMD contribui para a consolidação da infraestrutura de pesquisa, ensino e extensão em Tecnologia da Informação, estendendo seu raio de ação a todo o Rio Grande do Norte. Para isso, conta com um corpo de professores doutores, que desenvolvem pesquisa aplicada e realizam consultorias com soluções inovadoras no desenvolvimento de sistemas em dispositivos móveis, computação em nuvem, sistemas Web e sistemas embarcados.

A sua proposta de incentivar a cultura do empreendedorismo resultou na criação da Inova Metrópole, que tem entre seus objetivos estimular, apoiar e promover a transferência de tecnologia e a transformação de ideias em negócios, incentivando a formação de empresas inovadoras em TI no RN e fomentando a criação de um polo tecnológico, nessa área, no estado. A Inova Metrópole, afirmou o diretor do IMD, tem 12 empresas incubadas e mais 10 pré-incubadas.

Outra ação do IMD apontada pelo professor Ivonildo Rêgo refere-se à Rede GigaMetrópole, que tem como propósito criar uma rede metropolitana de banda larga para interligar 650 escolas públicas estaduais e municipais da Grande Natal; interligar os campi da UERN, IFRN e UFRN localizados nos municípios vizinhos; e instalar laboratórios de ensino em 22 escolas de referência, localizadas nessa região. Esse trabalho é resultado de uma parceria da UFRN, Ministério da Educação (MEC) e Secretaria de Estado da Educação e Cultura (SEEC), com financiamento previsto de R$ 20 milhões.

Criado em maio de 2011, a partir do projeto Metrópole Digital, que começou a ser implantado entre 2009/2010, o IMD já mostra resultados e teve, inclusive, reconhecimento público, com o Prêmio Santander Universidades/Guia do Estudante 2013 – Destaque do Ano, na categoria Investimento em Áreas Estratégicas. O próximo passo, disse Ivonildo, é transformar o Instituto em Unidade Acadêmica Especializada.

Com informações da UFRN