Economia

Inflação registra segunda alta no mês, mostra FGV; no grupo da alimentação, até hortaliças e legumes

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) subiu 0,32 ponto percentual, ao passar de 0,96% para 1,28%, na segunda prévia de janeiro, segundo a apuração do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Seis dos oito grupos pesquisados apresentaram avanços no ritmo acima do registrado na pesquisa anterior com destaque para educação, leitura e recreação (de 0,79% para 1,93%). Esse aumento foi puxado, principalmente, pelos cursos formais que foram corrigidos em 4,22% ante 0,83%.

No grupo alimentação, os itens ficaram em média 1,7% mais caros ante uma alta de 1,41% na primeira pesquisa do ano. Só as hortaliças e legumes tiveram um reajuste de 11,56% em relação à variação de 7,91%, registrada anteriormente. O orçamento familiar também foi mais pressionado por acréscimos em habitação (de 1,21% para 1,54%) e o que mais pesou foi a tarifa de eletricidade residencial ( de 5,85% para 7,76%).

Em transportes, a taxa passou de 0,8% para 1,26% influenciada pela tarifa de ônibus urbano (de 1,71% para 4.36%). No grupo de despesas diversas (de 0,51% para 1,02%), o que mais pesou no bolso do consumidor foi o reajuste dos cigarros (de 0,54% para 1,37%). Em comunicação, o índice teve leve acréscimo (de 0,41% para 0,43%) que ocorreu diante da elevação do preço de assinatura para o acesso à TV a cabo ( de -0,15% para 0,52%).

Já nos dois grupos restantes, embora tenham sido registrados aumentos, as taxas de correção foram menores do que na apuração passada. Em vestuário, os artigos subiram 0,13% ante uma variação de 0,38% e em saúde e cuidados pessoais houve reajuste de 0,4% ante 0,46%. Neste último caso, o decréscimo está associado aos artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,25% para -0,01%).

Os cinco itens que mais influenciaram a inflação foram: tarifa de eletricidade residencial (7,76%); tarifa de ônibus urbano (4,36%); batata inglesa (39,24%); refeições fora de casa (0,88%) e condomínio residencial (2,02%). Em sentido contrário, os itens que mais ajudaram a minimizar o impacto foram: leite tipo longa vida (-2,28%), gasolina (-0,49%), passagem aérea (-3,04%), banana nanica (-6,26%) e geladeira e freezer (-1,32%).

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Lição da História…
    “A História nos diz que as sociedades funcionam quando os frutos do progresso são amplamente distribuídos. Na verdade, nenhuma sociedade jamais deu certo sem que houvesse uma grande, prospera classe média, que abraçasse a ideia do progresso. Hoje, como nunca, se questiona a capacidade se as Democracias de livre mercado podem entregar e compartilhar a prosperidade…
    … precisamos de novas instituições políticas e econômicas para fazer o capitalismo do Século XXI funcionar para os muitos e não para os poucos.
    … acreditamos que a Democracia deve servir ao bem-comum, à causa da justiça social e às aspirações dos pais e seus filhos.”

  2. REFORMA TRIBUTÁRIA URGENTE!
    É preciso tornar o sistema tributário mais progressivo: menos impostos para a classe média e mais para os ricos !

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