Alheios à decisão judicial que fixou prazo de 24 horas para a desocupação do prédio da reitoria da USP, os alunos rebelados decidiram manter a invasão.
A deliberação foi aprovada, por aclamação, em assembléia realizada na noite desta quinta (3).
Com isso, os alunos-invasores mudaram de status. De rebeldes de uma causa precária –a saída da PM do campus— viraram protagonistas de uma ilegalidade.
No despacho em que determinou a desocupação da reitoria, a juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti foi cuidadosa.
Anotou que a reintegração de posse deveria “ser realizada sem violência, com toda a cautela necessária à situação.”
Escreveu que, em nome da “boa convivência acadêmica”, representante da USP teria de negociar a saída com um porta-voz dos insurretos.
Porém, como que antevendo o pior, a magistrada também autorizou, se necessário, o recurso à “medida extrema”: o uso da força policial.
Quer dizer: se levarem às últimas consequências a decisão de não sair, a rapaziada será, por assim dizer, “saída”. Na marra.
Iniciada na semana passada, a encrenca da USP foi empurrada para a fronteira do paroxismo.
A Polícia Militar passou a frequentar o campus depois que um aluno foi assassinado ao deixar a escola de economia da USP, em maio.
Nessa época, a rapaziada pedia mais segurança. Algo que a polícia universitária não se mostrava capaz de prover. A USP firmou, então, um convênio com a PM.
A estudantada não esboçou reação. A porca só torceu o rabo depois que os policiais militares abordaram estudantes que fumavam maconha na universidade.
(mais…)
Comente aqui