Um rapaz tetraplégico de 28 anos foi morto com dois tiros pelo irmão, de 22, que simulou um assalto à própria casa, em Rio Claro (a 173 quilômetros de Ssão Paulo), no sábado. O jovem confessou o crime, segundo a polícia. O crime foi planejado pelos dois a pedido da vítima, que culpava o irmão pelo acidente que o deixou tetraplégico, em 2009.
O caso foi registrado inicialmente como latrocínio (roubo seguido de morte), mas levantou suspeitas da polícia porque o suposto assaltante atirou em Geraldo Rodrigues de Oliveira, que não tinha movimentos do pescoço para baixo e não teria como reagir. O suposto ladrão ainda teria roubado R$ 800 da vítima.
Além disso, de acordo com a polícia, causou estranheza o fato de o sobrinho de Oliveira, que tem 15 anos e também estava no imóvel na hora do crime, não ter sofrido nenhuma agressão no suposto assalto.
Em depoimento à polícia, o adolescente contou que a ação foi planejada porque Geraldo afirmava que não queria mais viver. Familiares de Geraldo confirmaram à polícia que ele havia pedido a várias pessoas que o matassem. O irmão da vítima, Roberto Rodrigues de Oliveira, aceitou fazer os disparos, segundo a polícia, mas simulou o assalto para não ser responsabilizado pelo crime.
Em 22 de março de 2009, durante um racha disputado pelos irmãos, Geraldo bateu o carro e ficou tetraplégico. Depois do acidente, ele se separou da mulher e do filho, de 8 anos, que nasceu paraplégico, disse o investigador Álvaro Ferreira.
Segundo o investigador de polícia, Geraldo culpava Roberto, que cuidava dele na casa em que moravam com o sobrinho, pelo acidente de carro e por sua atual situação. Depois de conversar sobre o assunto com o irmão, Roberto comprou uma arma para executar o plano. Na sexta-feira passada, segundo a polícia, o rapaz voltou para casa de madrugada, chutou a porta da cozinha, anunciou o assalto e fez os disparos.
De acordo com a polícia, a mãe dos dois, que também mora na cidade, nunca soube do plano. Roberto foi encaminhado para a cadeia da cidade, onde aguardará decisão da Justiça. Ele não tem advogado, segundo o investigador.
Fonte: Jornal do Commercio
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