Os atletas japoneses Saori Yoshida e Tadahiro Nomura acendem uma pira olímpica, em Higashimatsushima, em 20 de março de 2020: cerimônia teve programação reduzida para evitar a transmissão do novo coronavírus Foto: PHILIP FONG / AFP
A maioria dos japoneses é contrária à realização dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, adiados para o verão de 2021 devido à pandemia do novo coronavírus. De acordo com uma pesquisa divulgada nessa terça-feira, a população ouvida é a favor de adiá-los novamente ou cancelá-los.
A pesquisa mostra que a opinião pública japonesa mudou pouco desde meados do ano, apesar da chegada das primeiras vacinas ao mercado.
A última pesquisa divulgada pelo canal público NHK revela que apenas 27% dos entrevistados apoiam a realização dos Jogos em meados de 2021, 32% são a favor de cancelá-los e 31% de adiá-los novamente. O resto não tem certeza ou não respondeu.
Os organizadores do evento esportivo, programado entre 23 de julho e 8 de agosto, assim como altos funcionários japoneses, descartaram um novo adiamento de Tóquio-2020, os primeiros Jogos Olímpicos da história a serem adiados em tempo de paz.
O Comitê Olímpico Internacional trabalha com várias possibilidades e cenários distintos para a realização do evento. Incluindo a redução drástica de público nas arenas e de permissão para o trabalho de profissionais da imprensa. Em recente reunião virtual com jornalistas credenciados, a organização explicou que a Olimpíada vai acontecer e que adotará um dos cenérios estudados, dependendo das condições de vacinação mundial.
Seu adiamento foi anunciado em março passado, quando o coronavírus estava se espalhando pelo mundo.
Os organizadores acreditam que os Jogos podem ser realizados mesmo que a pandemia não esteja sob controle antes do próximo verão. Outras pesquisas confirmam a relutância dos japoneses.
Uma pesquisa divulgada na segunda-feira pela agência de notícias Jiji também revelou que 21% dos entrevistados eram a favor do cancelamento e quase 30% de um novo adiamento.
De acordo com levantamento da agência de notícias Kyodo, publicado em 6 de dezembro, 61,2% dos consultados se opõem à realização dos Jogos no próximo ano.
O recente lançamento de campanhas de vacinação em algumas regiões do mundo reforçou a confiança dos organizadores para a celebração dos Jogos, embora a vacinação não seja obrigatória para atletas ou espectadores.
Atualmente, há ondas de infecções em muitos países, incluindo o Japão, onde o número de mortes é relativamente baixo, com menos de 2.600 mortes relatadas desde o início da pandemia, de acordo com dados oficiais.
O adiamento dos Jogos e o desenvolvimento de medidas contra o coronavírus é um pesadelo logístico com alto custo financeiro.
No início de dezembro, os organizadores anunciaram que os Jogos custariam cerca de 2,1 bilhões de euros (US$ 2,55 bilhões) mais do que o esperado, elevando o orçamento provisório total para cerca de 13 bilhões de euros (US$ 15,7 bilhões).
Posição pró-evento
“Não há circunstância alguma que sugira, neste momento, que os Jogos Olímpicos, finalmente agendados para julho, possam ser cancelados, apesar do aumento das infecções por coronavírus e do ceticismo dos japoneses”, disse o prefeito de Tóquio.
De acordo com Yuriko Koike, o destino das Olimpíadas de Tóquio terá um impacto nos eventos olímpicos futuros, principalmente os Jogos de Inverno em Pequim, em 2022, e os de Paris em 2024.
O Globo
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