Economia

Com queda dos juros, troca de financiamento da casa própria cresce 102% em 2019; veja como negociar

Foto: Ilustrativa/Blog Seta Imobiliária

A sequência de cortes na taxa básica de juros (Selic) e a redução dos juros cobrados pelos bancos para o financiamento da casa própria deixaram a portabilidade do crédito imobiliário mais atraente para o brasileiro – e têm feito aumentar o número de pedidos da modalidade. Ao transferir a dívida para outro banco, o consumidor pode conseguir reduzir o valor das parcelas, melhorar as condições do empréstimo e economizar dinheiro.

Dados do Banco Central mostram que os pedidos de portabilidade efetivados em 2019 cresceram 102% em relação ao ano passado. De janeiro a agosto, foram 1.605 efetivações de financiamentos imobiliários, totalizando R$ 608,2 milhões, contra 794 nos 9 primeiros meses de 2018, que somaram R$ 335,8 milhões.

Em agosto (último dado disponível), o número de pedidos saltou para 1.761, ante 764 em julho.

Os números de portabilidade de financiamento imobiliário neste ano já superam também o total registrado em 2018, quando foi verificado um aumento de 453% nos pedidos em relação ao ano anterior. Veja gráfico abaixo:

Apesar do aumento do interesse pela troca de banco do financiamento, os números ainda são bem tímidos em relação ao potencial e em comparação aos pedidos de portabilidade feitos em outras modalidades de crédito.

Para efeitos de comparação, somente em agosto foram 26,4 mil unidades habitacionais financiadas no país com recursos das cadernetas de poupança, segundo dados da Abecip, atingindo um valor de R$ 6,71 bilhões em agosto. No acumulado no ano, o valor já chega a R$ 47,1 bilhões, envolvendo 180,5 mil unidades.

Segundo estudo divulgado no começo do ano pelo Banco Central, o crédito imobiliário representa apenas 0,1% do total de pedidos de pedidos de portabilidade no sistema bancário e 2,1% do valor total portado. Em relação às novas concessões de crédito imobiliário, a troca de banco nesse tipo de financiamento representou em 2018 menos de 1% do total.

“Em virtude do perfil da dívida (de longo prazo e alto valor), a portabilidade pode resultar em maior economia, seja com a transferência do crédito, seja com a renegociação com o credor original”, destaca o BC.

Analistas ouvidos pelo G1 avaliam que o momento nunca foi tão favorável para tentar reduzir a taxa do financiamento, sobretudo nos empréstimos de valores mais altos e com contratos assinados entre 2015 e 2017, quando os juros médios ficaram acima de 10%.

“Com a queda da Selic, o mercado e crédito está começando a andar e na linha de crédito imobiliário estamos finalmente vendo bancos entrando em um cenário de concorrência e começando a brigar por taxas”, afirma Rafael Sasso, cofundador da Taxa Melhor, startup que ajuda a comparar os juros cobrados pelos bancos.

Nas últimas semanas, os principais bancos do país anunciaram novas reduções nas taxas de juros para a compra da casa própria, para uma faixa a partir de 7,3% ao ano + TR.

Desde o ano passado, os juros cobrados pelos maiores bancos nas principais linhas de financiamento da casa própria têm se mantido bem próximos, diante de uma maior disputa entre as instituições financeiras e sinais de recuperação do mercado imobiliário.

Segundo dados do BC, os juros médios de mercado cobrados pelos bancos para financiamento imobiliário foram de 8,9% ao ano em agosto (último dado disponível), ante 9,5% ao ano no final do ano passado e 11% no final de 2017.

Veja abaixo o comparativo das taxas mínimas dos maiores bancos nas principais linhas de crédito imobiliário:

Vale lembrar que as taxas anunciadas pelos bancos são as mínimas, e que, para conseguir juros mais baixos, o tomador do crédito precisa quase sempre aceitar uma série de condições, sobretudo maior relacionamento com a instituição financeira. O valor do imóvel, bem como o perfil e renda do consumidor, também costumam influenciar diretamente os juros cobrados pelos bancos.

Simulações de economia com portabilidade

Simulações feitas pela Melhor Taxa, startup que ajuda a comparar os juros cobrados pelos bancos, mostra que é possível obter com a portabilidade uma boa redução no valor da parcela. Ao conseguir baixar, por exemplo, a taxa de juros de 9,76% para 7,30% ao ano em uma dívida de R$ 300 mil, a economia total ao longo do contrato chegaria a quase R$ 100 mil. Veja abaixo os exemplos:

Exemplo 1: empréstimo de R$ 100 mil, com taxa atual de 11,24% ao ano

Valor do imóvel: R$ 125 mil

Valor da 1ª parcela (01/02/2017): R$ 1.224,94
Valor da parcela atual: R$ 1.143,97
Taxa após portabilidade: 7,30%
Valor da parcela após portabilidade: R$ 866,46
Economia na parcela: R$ 358,49
Economia total no contrato: R$ 47.709,48
Exemplo 2: empréstimo de R$ 300 mil, com taxa atual de 9,76% ao ano

Valor do imóvel: R$ 500 mil

Valor da 1ª parcela (01/01/2018): R$ 3.320,62
Valor da parcela atual: R$ 3.179,61
Taxa após portabilidade: 7,30%
Valor da parcela após portabilidade: R$ 2.638,06
Economia na parcela: R$ 682,56
Economia total no contrato: R$ 98.900,77
Exemplo 3: empréstimo de R$ 500 mil, com taxa atual de 10,77% ao ano

Valor do imóvel: R$ 625 mil

Valor da 1ª parcela (01/03/2016): R$ 5.846,76
Valor da parcela atual: R$ 5.335,45
Taxa após portabilidade: 7,30%
Valor da parcela após portabilidade: R$ 4.147,82
Economia na parcela: R$ 1.698,94
Economia total no contrato: R$ 196.714,63
Exemplo 4: empréstimo de R$ 750 mil, com taxa atual de 11,24% ao ano

Valor do imóvel: R$ 950 mil

Valor da 1ª parcela (01/02/2017): R$ 9.083,46
Valor da parcela atual: R$ 8.471,05
Taxa após portabilidade: 7,30%
Valor da parcela após portabilidade: R$ 6.389,52
Economia na parcela: R$ 2.693,94
Economia total no contrato: R$ 364.804,77

Como avaliar se vale a pena

A transferência de um empréstimo de um banco para outra é um direito garantido e regulamentado pelo Banco Central.

“Quase sempre vale a pena a portabilidade. É importante analisar, porém, todos os custos envolvidos e verificar se haverá uma economia real. Além da taxa de juros, o custo efetivo da nova operação, custos com a manutenção da nova conta, e as tarifas cobradas pelo banco e pelo cartório de registro de imóveis”, explica a consultora Daniele Akamine, diretora da Akamines Negócios Imobiliários.
O desembolso com tarifas de avaliação de imóvel e gastos com cartório em uma portabilidade desse tipo costuma ficar ao redor de R$ 4 mil.

Bancos costumam fazer contraproposta para segurar cliente

Embora a portabilidade seja mais fácil de ser efetivada para as dívidas de valores mais altos e contratadas quando a Selic estava acima de 10%, esse mecanismo é também uma ótima oportunidade de tentar uma renegociação com o banco.

Os números do Banco Central indicam que as instituições financeiras costumam fazer contrapropostas para evitar que o cliente transfira o empréstimo para outro banco. Do total de pedidos de portabilidade de crédito imobiliário feitos neste ano, apenas 27% foram efetivados.
“Existe sim uma politica de retenção do cliente, para que esse permaneça no banco e não faça a portabilidade”, afirma Akamine.

“O fato de buscar outras propostas força o banco a eventualmente dar uma proposta melhor para o cliente ficar”, avalia Sasso, da Melhor Taxa. Segundo ele, alguns bancos cobrem 95% dos pedidos, enquanto outros costumam cobrir apenas os pedidos de clientes dos segmentos mais altos de renda.

“Alguns bancos estão evitando fazer a portabilidade, outros colocam empecilhos no processo e outros estão incentivando, tentando fazer mais rápido que os processos de crédito imobiliário tradicionais”, afirma o executivo.

Como fazer a portabilidade

O primeiro passo é pedir para o banco que concedeu o empréstimo as informações atualizadas sobre o saldo devedor e condições contratadas. O prazo para o banco entregar as informações é de 1 dia útil. Daí é só levar para outro banco e dizer que deseja transferir sua dívida por juros mais baixos.

Ao encontrar uma condição mais favorável na concorrência e formalizar o pedido de portabilidade, a instituição financeira tem 5 dias para fazer uma contraproposta ao cliente. Mas caso você não goste da nova proposta, o banco é obrigado a aceitar o pedido de portabilidade. Vale lembrar também que o banco para o qual você quer migrar também não é obrigado a aceitar seu pedido.

“​A portabilidade de crédito depende da negociação de um novo empréstimo ou financiamento com outra instituição financeira. Assim, como ocorre em qualquer contrato de operação de crédito, deve haver interesse de ambas as partes na realização da operação. Dessa forma, as instituições financeiras não são obrigadas a realizar a portabilidade”, explica o Banco Central, que oferece uma sessão de perguntas e respostas em sua página na internet.

G1

 

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Economia

Caixa: se Selic cair, juros do crédito imobiliário podem diminuir mais

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A taxa do crédito imobiliário da Caixa Econômica Federal continuará a cair caso o Banco Central (BC) reduza mais vezes a taxa básica de juros, a Selic.

“Nós reagiremos a quaisquer movimentos de redução da taxa de juros pelo Banco Central. Se o BC continuar reduzindo juros, nós seguiremos essa redução”, disse o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, ao divulgar a redução de juros do crédito imobiliário.

No dia 18 de setembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu pela segunda vez seguida a taxa Selic, que dessa vez passou de 6% para 5,5% ao ano.

Hoje, a Caixa anunciou a redução de até 1 ponto percentual nas taxas de juros para os financiamentos imobiliários com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE). A menor taxa passou de 8,5% ao ano para 7,5% ao ano e a maior: de 9,75% ao ano para 9,5% ao ano. As novas taxas serão válidas a partir da próxima segunda-feira (14).

Segundo Guimarães, a redução anunciada hoje é “uma reação à redução consistente dos juros” pelo Banco Central. “Se acreditássemos que a redução não fosse consistente não teríamos baixado”, disse.

Sobre a linha de financiamento imobiliário, lançada recentemente, com correção pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o presidente da Caixa disse que não há previsão de redução de juros, por pelo menos, seis meses, mesmo que a Selic fique menor. Segundo ele, no momento, o banco estuda a securitização do crédito. “Neste momento, queremos conversar sobre vender esse crédito. Não pretendemos reduzir a taxa do IPCA pelos próximos seis meses pelo menos, até a gente testar a securitização”, disse.

Agência Brasil

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Economia

Caixa anuncia redução de juros do crédito imobiliário

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A Caixa Econômica Federal anunciou nesta terça-feira (8) redução de até 1 ponto percentual nas taxas de juros para os financiamentos imobiliários com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE). A menor taxa passou de 8,5% ao ano para 7,5% ao ano e a maior: de 9,75% ao ano para 9,5% ao ano. As novas taxas será válidas a partir da próxima segunda-feira (14).

A redução é válida para crédito com saldo devedor atualizado pela Taxa Referencial (TR) no âmbito do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI). O SFH é voltado para os financiamentos de imóveis de menor valor e tem parte das unidades financiadas com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O SFI é destinado a imóveis mais caros, sem cobertura do FGTS.

Esta é a segunda redução de juros anunciada pela Caixa. Em junho, o banco reduziu em até 1,25 ponto percentual as taxas de juros para financiamentos pelo SBPE, além de alternativas de renegociação. Segundo a Caixa, mais de 114 mil clientes já regularizaram dívidas, o que correspondeu a mais de R$ 10,1 bilhões de crédito renegociado.

Em agosto, a Caixa também anunciou a criação de linha de financiamento imobiliário com saldo corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Nesse financiamento, a taxa mínima é o IPCA mais 2,95% ao ano e a máxima, o IPCA mais 4,95% ao ano.

A Caixa lidera o mercado de financiamento imobiliário, com 69% de participação no mercado. Em 12 meses encerrados em junho, a carteira de crédito habitacional do banco cresceu 3,6%, chegando a R$ 452,3 bilhões.

Agência Brasil

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Economia

Após queda de juros, bancos anunciam nova redução de taxas para financiamento da casa própria

Foto: Custódio Coimbra/03-04-2019

Após a queda da taxa básica de juros, a Selic, para 5,5% ao ano, Bradesco e Itaú Unibanco anunciaram novas reduções na taxa de juros de suas linhas de crédito imobiliário , acirrando a disputa no setor. No caso do Bradesco, as condições valerão a partir desta terça-feira, dia 1º de outubro. A taxa mínima será de 7,3% ao ano mais Taxa Referencial (TR). Atualmente, as taxas começam em 8,2% ao ano mais TR.

Segundo o Bradesco, as novas taxas poderão ser contratadas para financiamentos com prazo de até 360 meses. “O cliente pode financiar até 80% do valor do imóvel e o comprometimento máximo da renda líquida sobre o valor das prestações é de 30%”, informou o banco.

Na sexta-feira, o Itaú também anunciou que vai reduzir as taxas mínimas dos juros do financiamento imobiliário. As taxas para novos contratos passam a ser de 7,45% ao ano mais Taxa Referencial, variando de acordo com o perfil do cliente e de seu relacionamento com o banco. Antes, as taxas iniciavam em 8,1% ao ano mais TR.

Os valores são unificados para as linhas de Sistema Financeiro da Habitação (SFH), Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) e Carteira Hipotecária (CH).

— O mercado imobiliário está crescendo, a compra de um imóvel é uma decisão relevante na vida das pessoas. É uma oportunidade de viabilizar sonhos e estabelecer uma relação de longo prazo com nossos clientes. Além, é claro, de contribuir para a retomada do setor — afirmou Cristiane Magalhães, diretora do Itaú Unibanco.

A Selic está no menor patamar histórico. Ana Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE, avalia que, até o fim do ano, ainda há espaço para novas quedas nas taxas de juros cobradas pelos bancos para o crédito imobiliário:

— Na medida em que há uma queda nas taxas de juros e condições mais favoráveis aos compradores, cresce a possbilidade de incluir mais famílias no financiamento de imóveis, em um momento de retomada lenta da economia e do mercado imobiliário — ressalta Castelo.

Movimento de mercado

Em agosto, a Caixa Econômica lançou um financiamento imobiliário que atrela os juros ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) , que mede a inflação oficial do país. Esse percentual está acumulado em 3,22% nos últimos 12 meses.

Trata-se de uma alternativa às tradicionais linhas de crédito habitacional, que têm os juros atrelados à Taxa Referencial (TR), atualmente zerada.

A nova modalidade possibilita uma economia inicial por oferecer taxas mais baixas: de 2,95% ao ano a 4,95% ao ano, mais a variação da inflação.

Em julho, o Santander já havia reduzido suas taxas de 8,99% para 7,99% ao ano , mais a taxa referencial (TR), para financiamento de imóveis em até 35 anos. A renda mínima necessária é de R$ 2,5 mil (composta, sem necessidade de comprovação de parentesco ou casamento) e o comprometimento com o financiamento deverá ficar entre 30% e 35% (de acordo com a análise de crédito).

— O banco foi o primeiro a baixar os juros para a casa de um dígito, em 2017, e no ano passado deu início a um novo reposicionamento das taxas — lembra Gustavo Alejo, diretor de Produtos de Crédito para Pessoa Física do Santander.

Segundo dados do Banco Central, os novos financiamentos contratados tiveram custo médio de 8,2% ao ano, considerando empréstimos com recursos da poupança e do FGTS.

O financiamento imobiliário com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) atingiu R$ 6,71 bilhões em agosto, um aumento de 18,4% em relação ao mesmo mês de 2018, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

O Globo

 

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Economia

Juros do cheque especial caem e do cartão de crédito sobem em agosto

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Os clientes de bancos pagaram juros menores no cheque especial e taxas mais altas no rotativo do cartão de crédito, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (25) pelo Banco Central (BC).

A taxa de juros do cheque especial caiu 11,8 pontos percentuais em agosto, comparada a julho, e chegou a 306,9 % ao ano. Em 2019, os juros do cheque especial caíram 5,7 pontos percentuais. Apesar de estar menor, a taxa do cheque especial é a mais cara entre as modalidades de crédito para as famílias e a recomendação do BC é que só seja usado em situações emergenciais.

No ano passado, os bancos anunciaram uma medida de autorregulamentação do cheque especial. Com as novas regras, os correntistas que utilizam mais de 15% do limite do cheque durante 30 dias consecutivos passaram a receber a oferta de um parcelamento, com taxa de juros menores que a do cheque especial definida pela instituição financeira.

Cartão de Crédito

A taxa média do rotativo do cartão de crédito subiu 6,9 pontos percentuais em relação a julho, chegando a 307,2% ao ano. A taxa média é formada com base nos dados de consumidores adimplentes e inadimplentes.

No caso do cliente adimplente, que paga pelo menos o valor mínimo da fatura do cartão em dia, a taxa chegou a 289% ao ano em agosto, aumento de 5,3 pontos percentuais em relação a julho. A taxa cobrada dos clientes que não pagaram ou atrasaram o pagamento mínimo da fatura (rotativo não regular) subiu 7,7 pontos percentuais, indo para 319,6% ao ano.

O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão. O crédito rotativo dura 30 dias. Após esse prazo, as instituições financeiras parcelam a dívida.

Em abril de 2018, o Conselho Monetário Nacional definiu que clientes inadimplentes no rotativo do cartão de crédito passem a pagar a mesma taxa de juros dos consumidores regulares. Essa regra entrou em vigor em junho deste ano. Mesmo assim, a taxa final cobrada de adimplentes e inadimplentes não será igual porque os bancos podem acrescentar à cobrança os juros pelo atraso e multa.

Na modalidade de parcelamento das compras pelo cartão de crédito, a taxa chegou a 177,3% ao ano em agosto, com aumento de 2,1% ponto percentual.

A taxa de juros do crédito pessoal não consignado chegou a 116,6% ao ano em agosto, com recuo de 2,6 pontos percentuais em relação a julho. A taxa do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) recuou 0,2 ponto percentual, indo para 22,3% ao ano no mês passado.

De acordo com o BC, a taxa média de juros para pessoa física caiu 0,1 ponto percentual em agosto para 52,1% ao ano. A taxa média das empresas ficou em 18,9% ao ano, queda de 0,2 ponto percentual.

Inadimplência

A inadimplência do crédito, considerados atrasos acima de 90 dias, para pessoas físicas e jurídicas subiu 0,1 ponto percentual para 4,9% e 2,9%, respectivamente.

Esses dados são do crédito livre, em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes.

No caso do crédito direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito) os juros para as pessoas físicas subiu 0,4 ponto percentual para 8,2% ao ano. A taxa cobrada das empresas subiu 0,2 ponto percentual para 8,6% ao ano.

A inadimplência das pessoas físicas no crédito direcionado permaneceu em 1,8% e a das empresas subiu 0,2 ponto percentual para 2,2%.

Saldo dos empréstimos

Em agosto, o estoque de todos os empréstimos concedidos pelos bancos ficou em R$ 3,325 trilhões, com expansão de 1,1% em relação a julho, de 2,1% no ano e de 5,1% em 12 meses. Esse saldo do crédito correspondeu a 47,2% de tudo o que o país produz – o Produto Interno Bruto (PIB) -, com aumento de 0,3 ponto percentual em relação a julho.

Agência Brasil

 

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Economia

Banco Central vê inflação contida e indica novo corte de juros

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central indicou nesta terça-feira (5), por meio da ata da reunião realizada na semana passada – quando os juros básicos caíram para 6% ao ano, o menor valor da série histórica – que a taxa Selic pode recuar novamente nos próximos meses.

“O Comitê avalia que a consolidação do cenário benigno para a inflação prospectiva [nos próximos meses] deverá permitir ajuste adicional no grau de estímulo [monetário, ou seja, redução da taxa Selic]”, registrou o BC na ata.

O mercado financeiro acredita que o BC continuará reduzindo os juros nos próximos meses. A expectativa dos analistas, ouvidos em pesquisa realizada pela instituição na semana passada, é de que a taxa Selic recue para 5,5% ao ano em setembro, e para 5,25% ao ano em dezembro.

Controle da inflação

Por meio da definição da taxa básica de juros, a missão do Banco Central do Brasil é controlar a inflação, tendo por base o sistema de metas.

Para este ano, a meta central de inflação é de 4,25%, podendo oscilar entre 2,75% a 5,75%. Para 2020, a o objetivo central é de 4% – com oscilação autorizada de 2,5% e 5,5%.

Quando as estimativas para a inflação estão em linha com as metas, o BC reduz os juros. Quando estão acima da trajetória esperada, a taxa Selic é elevada.

Para definir a taxa básica de juros neste momento, o BC já está de olho nas previsões de inflação do ano que vem. Isso porque as decisões demoram meses para terem impacto pleno na economia.

De acordo com o Copom, com a perspectiva de redução dos juros para 5,5% ao ano no fim de 2019 e manutenção nesse patamar até o fim do ano que vem, as projeções do BC para a inflação situam-se em torno de 3,6% para 2019 e 3,9% para 2020.

Crescimento do PIB

Sobre o crescimento da economia, o Banco Central avaliou que os dados sugerem possibilidade de retomada do processo de recuperação da economia brasileira, que tinha sido interrompido nos últimos trimestres.

“O Comitê estima que o Produto Interno Bruto (PIB) deve ficar estável ou apresentar ligeiro crescimento no segundo trimestre, com alguma aceleração nos trimestres seguintes, que deve ser reforçada pelos estímulos decorrentes da liberação de recursos do FGTS e PIS-PASEP”, informou.

Na reunião anterior do Copom, realizada em junho, o BC informou apenas que o PIB deveria “apresentar desempenho próximo da estabilidade no segundo trimestre”.

Segundo a instituição, indicadores recentes da atividade econômica sugerem possibilidade de retomada, em “ritmo gradual”, do processo de recuperação da economia brasileira.

De acordo com o BC, porém, a economia segue operando com “alto nível de ociosidade dos fatores de produção, refletido nos baixos índices de utilização da capacidade da indústria e, principalmente, na taxa de desemprego”.

O Banco Central, o mercado financeiro e o governo estimam que o Produto Interno Bruto apresentará um crescimento ao redor de 0,8% neste ano – abaixo do patamar de 1,1% registrado em 2018.

Reformas econômicas

O Banco Central informou ainda que a reforma da Previdência, aprovada em primeiro turno pela Câmara dos Deputados, reduzirá o ritmo de crescimento dos gastos do governo, aumentando a poupança pública.

“Além disso, gera incentivos para aumento da taxa de poupança por parte da população, visando sustentar um certo padrão de consumo após a aposentadoria”, informou, acrescentando que a reforma também “induz aumento da oferta de trabalho e tende a estimular investimentos privados ao reduzir incertezas sobre aspectos fundamentais da economia brasileira”.

O Copom avaliou que a continuidade do processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira são um fator “essencial para a queda da taxa de juros estrutural, para o funcionamento pleno da política monetária e para a recuperação sustentável da economia”.

“O Comitê ressalta ainda que a percepção de continuidade da agenda de reformas afeta as expectativas e projeções macroeconômicas correntes. Em particular, o Comitê julga que avanços concretos nessa agenda são fundamentais para consolidação do cenário benigno para a inflação prospectiva”, concluiu a ata.

G1

 

Opinião dos leitores

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Finanças

Caixa reduz juros dos financiamentos imobiliários; taxas valerão tanto para imóveis novos e usados, como terrenos, construção, ampliações e reformas

Foto: Arquivo/Agência Brasil

Os mutuários da Caixa Econômica Federal vão contrair financiamentos para a casa própria com juros menores. O banco anunciou nesta quarta-feira (5) a redução dos juros do crédito imobiliário e igualou as taxas do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) para as operações contratadas a partir de segunda-feira (10).

A taxa mais alta cobrada pelo banco caiu de 11% ao ano mais a Taxa Referencial (TR, atualmente em zero) para 9,75% ao ano mais a TR. A taxa mais baixa, paga pelos correntistas ou quem tem algum tipo de relacionamento com a Caixa, passou de 8,75% ao ano mais TR para 8,5% ao ano mais TR. A Caixa concentra cerca de 70% do crédito imobiliário no país.

O banco unificou as taxas do SFH e do SFI. O SFH é voltado para os financiamentos de imóveis de menor valor e tem parte das unidades financiadas com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O SFI é destinado a imóveis com valor acima de R$ 1,5 milhão sem cobertura do FGTS. Por abranger unidades mais caras, tradicionalmente o SFI cobrava juros mais altos que o SFH.

As novas taxas valerão não apenas para a aquisição de imóveis novos, mas também para o financiamento de imóvel usado, a compra de terreno para construção, a construção em terreno próprio, além de ampliações e reformas.

Renegociação

O banco também anunciou a renegociação de dívidas imobiliárias de pessoas físicas. O devedor poderá pagar uma entrada à vista e incorporar as parcelas atrasadas nas prestações seguintes. O mutuário também poderá abater das prestações o saldo do FGTS ou mudar a data de vencimento das parcelas.

Segundo a Caixa, o cliente também poderá procurar uma agência para tentar um acordo personalizado. O banco está disposto a perdoar multas em alguns contratos.

Conforme a Caixa, a renegociação beneficiará 600 mil famílias devedoras, com potencial de alcance de 2,3 milhões de pessoas.

Agência Brasil

 

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Judiciário

STF sustenta sentença favorável ao Sindsaúde e Estado do RN será obrigado a pagar os salários atrasados com juros

Sindsaúde aguarda o STF devolver o processo para o TJ, para pedir o cumprimento da sentença

Desde 2016, tramita na justiça uma ação do Sindsaúde-RN contra o Governo do Rio Grande do Norte, pedindo a garantia os salários em dia e o pagamento dos valores correspondentes aos encargos por atraso para cada dia que o Estado descumprisse o calendário de pagamento. Nesses três anos, após várias tentativas do Estado recorrer da ação, o Supremo Tribunal Federal manteve a sentença, que decretava que toda vez que Estado atrasasse os salários deveria pagar com juros e correção monetária.

O Sindsaúde-RN aguarda o STF devolver o processo para o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, para pedir o cumprimento da sentença.

ENTENDA O CASO

Essa ação existe há mais de três anos, e pede o cumprimento do calendário de pagamento dos servidores, como também, o repasse referente aos juros e correção monetária para cada dia de atraso. O texto prevê, ainda, uma multa diária de 500 reais por servidor, para cada dia que o Estado atrasar os salários.

O Governo não pode mais recorrer da sentença, uma vez que já utilizou todos os recursos possíveis. Sendo assim, quando o processo retornar do STF para o Tribunal de Justiça, o Sindsaúde irá solicitar o cumprimento da sentença, oportunidade, na qual será verificado o valor que cada servidor (a) irá receber.

Opinião dos leitores

  1. Enquanto isso, os servidores do município de natal, tem uma setença transitado e julgado pelo STF, com ordem de execução de setença pela 3 vara da fazenda pública para atualização da matriz salarial. E o que o prefeito Álvaro Dias, fez? Além de não cumprir a setença. Diminuiu os salários dos servidores.

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Economia

Juros do rotativo do cartão de crédito sobem para 274% ao ano

Os consumidores que caíram no rotativo do cartão de crédito pagaram juros mais caros em agosto. A taxa média do rotativo do cartão de crédito subiu 2,6 pontos percentuais em relação a julho, chegando a 274% ao ano.

Esses dados foram divulgados nesta quarta-feira(26) pelo Banco Central (BC), em Brasília. A taxa média é formada com base nos dados de consumidores adimplentes e inadimplentes.

Taxa média do rotativo do cartão de crédito subiu 2,6 pontos percentuais e atingiu 274% ao ano (Arquivo/Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

No caso do consumidor adimplente, que paga pelo menos o valor mínimo da fatura do cartão em dia, a taxa chegou a 250,3% ao ano em agosto, com redução 1,8 ponto percentual em relação a julho.

Já a taxa cobrada dos consumidores que não pagaram ou atrasaram o pagamento mínimo da fatura (rotativo não regular) subiu 6,1 pontos percentuais, indo para 291,3% ao ano.

O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão. O crédito rotativo dura 30 dias. Após esse prazo, as instituições financeiras parcelam a dívida.

Em abril, o Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu que clientes inadimplentes no rotativo do cartão de crédito passem a pagar a mesma taxa de juros dos consumidores regulares. Essa regra entrou em vigor em junho deste ano.

Mesmo assim, a taxa final cobrada de adimplentes e inadimplentes não será igual porque os bancos podem acrescentar à cobrança os juros pelo atraso e multa.

A taxa de juros do cheque especial ficou estável em agosto comparada a julho em 303,2% ao ano. Assim continua a ser a menor taxa desde março de 2016, quando estava em 300,8% ao ano.

As regras do cheque especial mudaram em julho. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os clientes que utilizam mais de 15% do limite do cheque durante 30 dias consecutivos passaram a receber a oferta de um parcelamento, com taxa de juros menores que a do cheque especial definida pela instituição financeira.

Modalidades caras

As taxas do cheque especial e do rotativo do cartão são as mais caras entre as modalidades oferecidas pelos bancos. A do crédito pessoal, por exemplo, é mais baixa: 121,4% ao ano em agosto, mesmo com o aumento de 2,9 pontos percentuais em relação a julho. A taxa do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) recuou 0,4 ponto percentual, indo para 24,5% ao ano em agosto.

A taxa média de juros para as famílias caiu 0,2 ponto percentual para 51,8% ao ano. A taxa média das empresas também recuou 0,2 ponto percentual, atingindo 20,4% ao ano.

Inadimplência

A inadimplência do crédito, considerados atrasos acima de 90 dias, para pessoas físicas, ficou estável em 5%. No caso das pessoas jurídicas, houve recuo de 0,1 ponto percentual para 3,3%. Esses dados são do crédito livre em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado.

No caso do crédito direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura) os juros para as pessoas físicas permaneceram em 7,8% ao ano.

A taxa cobrada das empresas subiu 0,2 ponto percentual para 9,4% ao ano. A inadimplência das pessoas físicas segue em 1,9% e das empresas subiu 0,2 ponto percentual para 1,6%.

Saldo dos empréstimos

Em agosto, o estoque de todos os empréstimos concedidos pelos bancos ficou em R$ 3,155 trilhões, com aumento de 1% no mês e de 2,1% no ano. Em 12 meses, a expansão chegou a 3,4%.

Esse estoque do crédito corresponde a 46,7% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB) – com aumento de 0,2 ponto percentual em relação a julho.

Agência Brasil

 

Opinião dos leitores

  1. Como? Em teoria se os
    Juros BC taxa selic estão baixos. Se eles em
    Teoria são base pra economia pq os Bancos não seguem? A Taxa Selic serve pra que afinal? Ou é o nosso Governo que não tem moral com os Bancos? Em
    Resumo tem o rabo preso!

    1. Para manter o monopólio estatal o Brasil via decreto presidencial não pode permitir entrada novos bancos sem o crivo do presidente. Era para ter uns 400 bancos no Brasil assim a concorrência é o livre mercado faria com que os juros baixassem

    1. Tá "serto".
      O guru econômico dele é simplesmente um banqueiro e especulador, Paulo Guedes. Se informe antes pra depois nao chorar.

    2. E o Meireles era o que mesmo na era do pzidente ptRALHA??????, banqueiro de feira, KKKKK. É sempre assim a melhor defesa é o ataque por mais fraco que seja. Não tem argumentos para defender a máfia.

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Economia

Juros do cheque especial e do cartão de crédito caem em maio

A taxa de juros do cheque especial caiu em maio, de acordo com dados do Banco Central (BC) divulgados nesta quinta (27). A taxa chegou a 311,9% ao ano, com redução de 9,1 pontos percentuais em relação a abril. A taxa do rotativo do cartão de crédito também caiu, ao chegar a 243% ao ano em maio, com recuo de 5,1 pontos percentuais em relação a abril. Essa é a taxa para quem paga pelo menos o valor mínimo da fatura do cartão em dia.

Em abril, os bancos anunciaram mudanças no cheque especial, mas as novas regras só valem a partir de julho. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os clientes que utilizarem mais de 15% do limite do cheque durante 30 dias consecutivos vão receber a oferta de parcelamento, com taxa de juros menor do que a do cheque especial, a ser definida pela instituição financeira.

No caso do cartão, a taxa cobrada dos consumidores que não pagaram ou atrasaram o pagamento mínimo da fatura (rotativo não regular) caiu 39,1 pontos percentuais, chegando a 346,1% ao ano. Com isso, a taxa média da modalidade de crédito ficou em 303,6% ao ano, com redução de 25 pontos percentuais em relação a abril.

O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão. O crédito rotativo dura 30 dias. Após esse prazo, as instituições financeiras parcelam a dívida.

Em abril passado, o Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu que clientes inadimplentes no rotativo do cartão de crédito passarão a pagar a mesma taxa de juros dos consumidores regulares. Mas essa regra só vale a partir de junho deste ano.

Modalidades caras

Apesar da redução das taxas do rotativo do cartão e do cheque especial, essas modalidades de crédito são as mais caras entre as disponíveis nos bancos. A taxa do crédito pessoal, por exemplo, é mais baixa: chegou a 114,7% ao ano, em maio, com redução de 10,2 pontos percentuais. A taxa do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) caiu para 25,4% ao ano, com recuo de 0,3 ponto percentual, em relação a abril.

A taxa média de juros para as famílias caiu 2,8 pontos percentuais para 53,8% ao ano, em maio. A taxa média das empresas recuou 0,2 ponto percentual: agora é de 20,6% ao ano.

Inadimplência

A inadimplência do crédito, considerados atrasos acima de 90 dias, para pessoas físicas, caiu 0,1 ponto percentual para 5%, em maio. No caso das pessoas jurídicas, também houve queda de 0,1 ponto percentual para 4,1%. Esses dados são do crédito livre em que os bancos têm autonomia para aplicar dinheiro captado no mercado.

No caso do crédito direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura) os juros para as pessoas físicas caiu 0,1 ponto percentual para 8% ao ano. A taxa cobrada das empresas teve retração de 0,4 ponto percentual para 9,2% ao ano. A inadimplência das pessoas físicas caiu 0,1 ponto percentual para 2% e das empresas chegou a 1,8%, com aumento de 0,1 ponto percentual.

O saldo de todas as operações de crédito concedido pelos bancos ficou em R$ 3,107 trilhões, com crescimento de 0,5%, no mês e no ano. Em 12 meses, a expansão chegou a 1,3%. Esse estoque do crédito correspondeu a 46,6% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB). Esse percentual se mantém por três meses seguidos.

Agência Brasil

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Economia

Pela 5ª vez seguida, Copom mantém taxa de juros em 14,25% ao ano

2015-876471610-como-multiplicar-dinheiro.jpg_20151226Pela quinta vez seguida, o Banco Central (BC) não mexeu nos juros básicos da economia. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve hoje (2), por 6 votos a 2, a taxa Selic em 14,25% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas, que preveem que a taxa permanecerá inalterada até o fim do ano.

Votaram pela manutenção da taxa Selic o presidente do BC, Alexandre Tombini, e cinco diretores: Aldo Luiz Mendes (Política Monetária), Altamir Lopes (Administração), Anthero Meirelles (Fiscalização), Luiz Edson Feltrim (Relacionamento Institucional e Cidadania) e Otávio Damaso (Regulação). Os diretores Sidnei Marques (Organização do Sistema Financeiro) e Tony Volpon (Assuntos Internacionais) votaram pela elevação da Selic em 0,5 ponto percentual.

Em comunicado, o Copom informou que as incertezas em relação à economia brasileira e global justificou a manutenção da taxa. “Avaliando o cenário macroeconômico, as perspectivas para a inflação e o atual balanço de riscos e considerando as incertezas domésticas e principalmente externas, o Copom decidiu manter a taxa Selic em 14,25% ao ano, sem viés”, destacou o texto.

Os juros básicos estão nesse nível desde o fim de julho do ano passado. Com a decisão do Copom, a taxa se mantém no mesmo percentual de outubro de 2006. A Selic é o principal instrumento do banco para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Oficialmente, o Conselho Monetário Nacional estabelece meta de 4,5%, com margem de tolerância de dois pontos, podendo chegar a 6,5%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA acumulou 10,71% nos 12 meses terminados em janeiro, a maior taxa desde outubro de 2003.

No Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, divulgado ontem (1º) pelo Ministério do Planejamento, a equipe econômica estimou que o IPCA encerre 2016 em 7,1%. O mercado está mais pessimista. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, o IPCA fechará o ano em 7,57%.

Fonte: Agência Brasil

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Economia

Caixa eleva juros de financiamento da casa própria pela terceira vez no ano

Os mutuários que assinarem contratos com a Caixa Econômica Federal a partir de outubro pagarão mais caro pelo financiamento da casa própria. Pela terceira vez no ano, o banco reajustou os juros das linhas de crédito habitacional. Os contratos já assinados não serão afetados.

As novas taxas variam conforme o grau de relacionamento do cliente com a Caixa. Para correntistas do banco e servidores públicos que financiam imóveis pelo Sistema Financeiro Habitacional, a taxa subiu meio ponto percentual, de 8,8% a 9,3% ao ano para 9,3% a 9,8% por ano.

Para quem não é correntista da Caixa, os juros subirão de 9,45% para 9,9% ao ano. O SFH financia imóveis de até R$ 650 mil ou R$ 750 mil, dependendo da localidade, com recursos da caderneta de poupança.

Os financiamentos do Sistema Financeiro Imobiliário, destinado a imóveis acima de R$ 650 mil ou de R$ 750 mil, dependendo da localidade, também ficarão mais caros.

A taxa para correntistas da Caixa e para servidores públicos passarão de 10,2% a 10,7% ao ano para 10,5% a 11,2% ao ano. Para mutuários sem conta na Caixa, a taxa aumentará de 11% para 11,5% ao ano. Para os imóveis comerciais, os juros subirão de 12% para 14% ao ano.

Em comunicado, a Caixa informou que o aumento da taxa Selic – juros básicos da economia – foi o responsável pela alta. Atualmente, a Selic, que serve de base para as demais taxas de juros da economia, está em 14,25% ao ano, depois de ter sido reajustada por sete vezes seguidas desde outubro do ano passado.

Segundo o banco, apenas os juros do Programa Minha Casa, Minha Vida – destinado a famílias de baixa renda – não sofreram aumento. Responsável por 70% do crédito imobiliário em todo o país, a Caixa tem tomado uma série de medidas ao longo do ano que dificultam o acesso aos financiamentos de imóveis.

Em janeiro e em abril , o banco elevou os juros das linhas de crédito do SFH. Também em abril, a Caixa diminuiu o limite de financiamento. O teto caiu de 90% para 80% do valor do imóvel no Sistema de Amortização Constante (SAC) e de 80% para 50% nos imóveis usados avaliados em até R$ 750 mil.

No início de agosto, o banco voltou a restringir o acesso ao crédito imobiliário, proibindo que clientes com um imóvel financiado com recursos da poupança financiem outro imóvel na mesma modalidade. Segundo o banco, a mudança atingiu 2,4% dos financiamentos disponíveis.

Fonte: Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Alô MINISTÉRIO PÚBLICO, pode a Caixa Econômica descriminar CLIENTES e NÃO CLIENTES nas taxas de financiamentos, pois segundo a Constituição Federal todos são IGUAIS PERANTE A LEI.

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Economia

Copom mantém juros reais do Brasil no topo do mundo: entenda os motivos

Com a subida da taxa básica de juros (Selic) para os 10% ao ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) manteve os juros reais do Brasil no topo do ranking mundial – mostra levantamento elaborado pelo economista Jason Vieira, do site Moneyou.

Dos 10 primeiros colocados da lista, a maioria é de países emergentes. Por um lado, sinaliza desarranjos dessas economias – diz o CEO da Canepa Asset Brasil, Alexandre Póvoa. Por outro, mostra processo de antecipação ao aumento dos juros nos Estados Unidos, previsto para meados do ano que vem.
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O cálculo dos juros reais é simples: são os juros nominais – no caso do Brasil, a nova Selic de 10% – menos a inflação projetada para os próximos 12 meses. O resultado dessa subtração dá noção dos rendimentos dos investidores numa economia, por descontar a perda de poder de compra estimada sobre os ganhos a serem obtidos.

A política monetária americana, de juros zeros, levou investidores que atuavam por lá para praças de rendimentos maiores – como o Brasil. Os juros reais negativos americanos (hoje em -1,1) possibilitaram até mesmo a diminuição dos juros básicos entre os mercados em desenvolvimento. Mesmo num patamar mais baixo, eles ainda permanecem altos o suficiente para conquistar investidores em busca de ganhos mais satisfatórios.

Mas, como isso vai mudar em pouco tempo e a situação conjuntural dessas economias não permite que, mesmo com juros reais baixos, investidores sejam atraídos, chegou a hora de puxar os juros de volta para cima.

O caso do Brasil ilustra bem esse movimento, diz Póvoa. “Há um descontrole da inflação que não permite que possamos crescer sem juros altos.” Existe, diz ele, descompasso entre demanda e oferta. Com incremento de renda, a procura por produtos e serviços fica acima da oferta, baixa por causa do custo Brasil. E os preços, naturalmente, sobem.

Explicação rápida: como a Selic é usada em transações entre bancos, influencia os juros de todas as operações de uma economia. Se os juros, portanto, estão nas alturas, fazem-se menos financiamentos e o consumo cai. E, com ele, os preços tendem também a descer.

Correção de rota. Entre agosto de 2011 e abril deste ano, a Selic tombou violentamente, de 12,5% para 7,25% ao ano. “Houve um erro de política monetária”, diz Póvoa. “Desde então, a inflação se mantém em níveis elevados.”

A partir daí, o BC resolveu retomar um ciclo de alta, chegando aos 10% e abandonando o um dígito (abaixo dos 10%) mirado pelo governo.

O professor Rogério Mori, da Fundação Getulio Vargas (FGV), reforça que essa escala observada desde abril na Selic é incentivada não só pela busca de investidores, mas, sobretudo, pelo aumento de preços em curso no Brasil – desde julho de 2012 o IPCA se mantém acima dos 5,0%, sendo que a meta ideal estipulada pelo BC é de 4,5%.

“Sob essa perspectiva, é completamente razoável que um banco central operando em um regime de metas para inflação reaja com um aperto monetário (elevação da taxa de juros) em um contexto de ambiente inflacionário incompatível com as metas estabelecidas”, diz Mori.

Um novo tempo – só que não. Esta foi a última mudança na Selic do ano. Em 2014, a expectativa de Mori é de juros possivelmente maiores. Pesam em sua análise fatores inflacionários como a perda de valor do real em relação ao dólar deste ano (até agora de 13%) e, logo, o encarecimento de produtos importados; a iminente alta dos combustíveis; e a esticada do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) em São Paulo.

“A soma desses elementos sugere que a política monetária deve prosseguir em uma trajetória de aperto ainda nos primeiros meses de 2014” diz Mori. De acordo com ele, o sonho de apenas um dígito de juros está distante do destino do Brasil por enquanto.

Radar Econômico – Estadão

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Economia

Código do Consumidor: propaganda sobre crédito barato pode ser proibida

A proibição de propagandas de oferta de crédito com “taxa zero”, ou “sem custos”, além daquelas que prometem empréstimos sem avaliação financeira do consumidor podem virar realidade ainda este ano. As medidas estão sendo discutidas na Comissão Temporária de Modernização do Código de Defesa do Consumidor do Senado. O relatório do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) deve ser votado ainda este mês.

Ainda entre as inovações que podem proteger o consumidor do superendividamento, o texto também garante o direito de arrependimento do empréstimo em até sete dias, e limita os que forem tomados de forma consignada a 30% da renda do consumidor.

Hoje a legislação tende a responsabilizar o tomador de empréstimos como o grande responsável pela inadimplência. Segundo o presidente da Comissão, senador Rodrigo Rollemberg (PSB–DF), a novidade do projeto é que ele também responsabiliza o credor, que deve analisar as condições de pagamento da pessoa e com isso oferecer o que ele chama de crédito responsável.

Outra proposta que estará na atualização do código diz respeito a ações coletivas na área de defesa do consumidor. A intenção é que esse instrumento tenha preferência na Justiça. A proposta também deixa claro que as defensorias públicas podem ajuizar essas ações. Hoje a autoria desses processos pelas defensorias é questionada por alguns juízes.

Âncora Mesmo com a entrada em vigor, a menos de um mês, de um decreto do governo que estabeleceu regras mais rígidas para o comércio eletrônico, o tema também deve ganhar um capítulo no Código de Defesa do Consumidor. “O mundo da internet é um mundo sem volta, em que o consumidor com muito mais acesso às informações, ganhou mais poder de escolha e mais voz. Hoje, as vendas online já fazem parte da rotina de 32 milhões de brasileiros”, disse Ricardo Ferraço. O senador estuda incluir no relatório pontos que possam complementar o ato do Executivo.

Da Agência Brasil

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Economia

Poupança passa a render mais que maioria dos fundos de investimento após alta da taxa Selic

A elevação da taxa Selic (juros básicos da economia) para 8% ao ano beneficiou quem guarda dinheiro na poupança. Por causa da fórmula em vigor desde o ano passado, que atrelou a remuneração da caderneta aos juros básicos, o rendimento da aplicação subiu de 5,25% para 5,6% ao ano.

De acordo com levantamento da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a mudança na taxa Selic deixa a poupança mais rentável que a maioria dos fundos de investimento. Apenas nos casos em que os fundos cobram taxas de administração baixas e o dinheiro fica aplicado por mais tempo, a caderneta torna-se menos vantajosa.

Segundo a Anefac, a poupança rende menos que os fundos somente quando a taxa de administração corresponde a 0,5% ao ano se o dinheiro ficar aplicado pelo menos dois anos. Em quase todas as outras simulações, a poupança tem rendimento maior. A exceção é para as aplicações de um a dois anos em um fundo com taxa de administração de 0,5% ao ano. Nesse caso, o fundo rende o mesmo que a poupança.

Pela regra em vigor, quando a taxa Selic está maior que 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês (6,17% ao ano) mais a taxa referencial (TR), tipo de taxa variável. Quando os juros básicos da economia estão iguais ou inferiores a 8,5% ao ano, a caderneta rende 70% da taxa Selic mais a TR. No entanto, a taxa referencial é igual a zero quando a Selic está igual ou menor que 8% ao ano, o que torna o rendimento totalmente atrelado aos juros básicos.

A fórmula só vale para o dinheiro depositado na poupança a partir de 4 de maio de 2012. Para os depósitos anteriores, o rendimento segue a regra antiga, de 0,5% ao mês mais a TR. Os demais direitos de quem aplica na caderneta foram mantidos, como a isenção de taxa de administração e de impostos.

Apesar da remuneração maior, a poupança continua rendendo menos que a inflação esperada para 2013. De acordo com o boletim Focus, pesquisa com instituições financeiras divulgada toda semana pelo Banco Central, a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deverá fechar o ano em 5,81%. No Relatório de Inflação, divulgado no fim de março, o próprio Banco Central projeta que o IPCA encerrará 2013 em 5,7%.

Da Agência Brasil

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Economia

Mantega desafia bancos privados a concorrerem na redução de juros e ampliação do crédito

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse agora há pouco em São Paulo que, se as instituições financeiras do setor privado não adotarem “uma ação ousada” para oferecer mais crédito a juros cada vez menores, “vão comer poeira dos bancos públicos”. O ministro participou hoje (17) na cidade de um encontro nacional de superintendentes do Banco do Brasil.

Segundo o ministro, não vai faltar dinheiro público para estimular as operações de crédito destinadas a consumo e capital de giro. Ele disse que só o Banco do Brasil injetou no mercado R$ 35 bilhões de crédito no segundo trimestre. Mantega ainda garantiu que tanto o BB quanto a Caixa Econômica Federal deverão continuar a aumentar o crédito para estimular o crescimento do país.

Mantega informou ainda que o governo pretende reforçar a política de desoneração fiscal com a previsão de abrir mão de um volume de R$ 45 bilhões em receitas, até o final do ano, equivalente a 1% do Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todos os bens e serviços gerados no país. De outro lado, garantiu que haverá rigor na fiscalização sobre a contrapartida, que é a manutenção do emprego como fator de geração e de renda.

O ministro da Fazenda, no entanto, disse que o governo não se definiu sobre a prorrogação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis e eletrodomésticos da linha branca – benefício que se encerra no dia 31 de agosto. Mantega disse que a questão ainda está sendo avaliada.

A previsão do ministro é que a economia cresça 4% no quatro trimestre do ano. Na sua avaliação, com a tendência de continuidade na redução da taxa básica de juros, a Selic, o país deverá desestimular a entrada de capital especulativo e abrir espaço para o crescimento maior do capital para investimento direto.

Entre as novas modalidades de investimento no mercado de capitais, Mantega prevê estímulo aos investidores em debêntures – um tipo de títulos privado. “Vamos ter um fluxo de capital externo principalmente em debêntures e outras aplicações que hoje estão perdendo dinheiro nos Estados Unidos e Europa. Aqui, as oportunidades são de conseguir taxas entre 6, 7 ou até 8%, o que não se encontra em lugar nenhum”.

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