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Justiça concede habeas corpus a Marconi Perillo, preso suspeito de receber R$ 12 milhões em propina da Odebrecht

Foto: Reprodução

A Justiça Federal concedeu, no início da tarde desta quinta-feira (11), um habeas corpus ao ex-governador Marconi Perillo (PSDB), preso enquanto prestava depoimento no âmbito da Operação Cash Delivery, que o pagamento de R$ 12 milhões em propina da Odebrecht para campanhas eleitorais do tucano e aliados.

De acordo com o o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, a prisão de Perillo é “arbitrária e infundada e de certa maneira afrontava outras decisões de liberdade que ja foram concedidas nesta mesma operação”.

“A defesa não tem nenhuma preocupação com os fatos investigados e temos absoluta convicção na inocência plena do Marconi. O que pedimos, desde o início, é o respeito às garantias constitucionais. Ninguém esta acima da lei e apoiamos toda e qualquer investigação, mas sem prejulgamentos e sem o uso desnecessário de medidas abusivas”, afirmou em nota.

A decisão liminar é do desembargador Olindo Menezes, da 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). Marconi está preso desde a tarde de quarta-feira, na sede da Superintendência da Polícia Federal, em Goiânia.

O desembargador disse, no documento, que “todas as suspeitas da autoridade policial e do magistrado devem ser apuradas, mas isso não equivale a que os investigados sejam presos de logo, sem culpa formada”.

Em seu despacho, ele segue dizendo ainda que “a prisão preventiva, como modalidade de prisão cautelar penal, é regida pelo princípio da necessidade, pois viola o estado de liberdade de uma pessoa que ainda não foi julgada e que tem a seu favor a presunção constitucional da inocência”.

Por fim, Menezes explica que tal decisão não implica que os preso “seja inocente”, mas que “não há, pelos fundamentos da decisão. a demonstração da necessidade da sua prisão cautelar”.

Com informações do G1

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Justiça concede habeas corpus para motorista condenado pela morte do filho de Cissa Guimarães; seu pai também beneficiado

A Justiça concedeu nesta quarta-feira o habeas corpus e o alvará de soltura para Rafael de Souza Bussamra, o motorista que atropelou e matou Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães, e para seu pai, Roberto Bussamra. A assessoria do Tribunal de Justiça ainda não divulgou a fundamentação da decisão. Rafael Bussamra recebeu a pena total de 12 anos e nove meses de detenção (sendo sete em regime fechado e o restante em semiaberto). Já Roberto Martins Bussamra foi condenado a oito anos e 11 meses (sendo nove meses em regime semiaberto). Ele subornou os policiais que foram ao local da ocorrência para livrar seu filho da investigação.

Na condenação de Rafael Bussamra, a pena maior — sete anos em regime fechado — foi para o crime de corrupção ativa. Ele também foi condenado por homicídio culposo (três anos e meio), “inovação artificiosa em caso de acidente automobilístico” (seis meses), fuga do local do atropelamento (nove meses) e participação em “pega” (um ano). Além disso, teve a habilitação suspensa por quatro anos e meio.

O pai foi condenado por corrupção ativa (oito anos e dois meses em regime fechado) e “inovação artificiosa em caso de acidente automobilístico” (nove meses). Na decisão, o juiz criticou o fato de o pai ter corrompido os PMs: “O caso (…) retrata não apenas policiais que acobertam e omitem o crime (sendo, por isso, também criminosos), mas também os falsos pais que superprotegem os filhos, criando pessoas socialmente desajustadas”. Os dois PMs que receberam suborno foram expulsos da corporação.

Rafael Mascarenhas morreu em 20 de julho de 2010, no Túnel Acústico, na Gávea, Zona Sul. A via acabou recebendo o nome da vítima. Na entrevista publicada nesta terça-feira no jornal O GLOBO, a atriz Cissa Guimarães já havia comentado a possibilidade de os dois envolvidos na morte do filho receberem habeas corpus.

“Isso é a nossa lei. Eu, como cidadã, preciso aceitar. Conseguindo (habeas corpus), eles vão aguardar o recurso ser julgado fora da cadeia. Mas, honestamente, duvido que sairão impunes. Podem sair, mas vão voltar. Estou preparada para tudo e tenho fé que a justiça será feita”, disse ela.

O Globo

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