Polícia

PM captura foragido da Justiça e apreende drogas e arma em Pau dos Ferros

Ocorrência Pau dos Ferros (2)Policiais militares da Rádio Patrulha capturaram na tarde desta segunda-feira (21), na Rua Maria do Espirito Santo, 313, no Bairro Conjunto Manoel Deodato, no município de Pau dos Ferros, o foragido Erison Gleidson de Lima Pereira, vulgo “Erim”. Com ele a PM apreendeu um revólver calibre 32, com capacidade para seis munições, contendo duas intactas. Também foi localizado de posse do infrator uma faca peixeira e um tablete de maconha, além de outros objetos.

Erison Gleidson tinha em seu desfavor um mandado de prisão pela prática de alguns furtos e roubos na cidade de Pau dos Ferros, sendo o mesmo suspeito de um assalto ocorrido no Bairro Princesinha. No momento de sua prisão, estavam com ele outras duas pessoas que também foram conduzidas à Delegacia de Polícia Civil para melhor apuração dos fatos.

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Judiciário

Corte Especial condena desembargador a prisão em regime fechado

A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) condenou nesta quarta-feira (18) o desembargador Evandro Stábile a seis anos de reclusão em regime inicial fechado. Ex-presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TJMT), Stábile foi condenado por aceitar e cobrar propina em troca de decisão judicial.

O crime de corrupção passiva foi descoberto no curso das investigações da operação Asafe, na qual a Polícia Federal apurou um esquema de venda de sentenças. A relatora da ação penal, ministra Nancy Andrighi, apontou que o desembargador aceitou e cobrou propina para manter a prefeita de Alto Paraguai no cargo. Ela perdeu as eleições, mas o vencedor teve o mandato cassado por suposto abuso de poder econômico.

Seguindo o voto da relatora, a Corte Especial condenou o desembargador de forma unânime. Houve divergência apenas quanto à fixação da pena e o regime inicial de cumprimento da prisão.

A condenação também impôs a perda do cargo. Como o desembargador respondeu a todo o processo em liberdade, a Corte Especial estabeleceu que a prisão deverá ser cumprida após o trânsito em julgado da decisão, mantendo o afastamento do cargo.

Opinião dos leitores

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Política

Ministro da Justiça diz que não há base jurídica para impeachment

Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil
Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou, nesta segunda-feira (19), que não há qualquer fato que justifique juridicamente um processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, como defende parte dos partidos de oposição.

Cardozo disse que, se isso ocorrer, será de forma contrária ao que está disposto nas leis e na Constituição. “O processo de impeachment é um processo jurídico-político e, portanto, exige, para que seja deflagrado, uma base jurídica, um fato imputável à Presidência da República. E nesse caso não há nenhum fato que, juridicamente, justifique a instauração de um processo de impeachment.”

Segundo o ministro, por mais que exista uma força retórica de alguns juristas engajados com a oposição, não há nenhum fato, e isso é reconhecido por vários outros juristas. “Portanto, não vejo nenhuma base legal para que se instaure um processo de impeachment. Qualquer instauração será ao arrepio da Constituição, será ao arrepio do próprio estado de direito”, afirmou Cardozo, após encontro, no Palácio Guanabara, com o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão. Cardozo e Pezão conversaram sobre o reforço nas operações de segurança visando aos Jogos Olímpicos, que serão disputados na capital fluminense no ano que vem.

O ministro comentou ainda as críticas que recebe, tanto da oposição quanto de integrantes da base governista, por sua atuação junto à Polícia Federal (PF) nas investigações da Operação Lava Jato. De acordo com Cardozo, a posição de ministro é ingrata, pois as pessoas não compreendem bem o seu papel.

“Quando a Polícia Federal investiga alguém da oposição, diz-se que estamos instrumentalizando a Polícia Federal, que estamos perseguindo alguém. Quando a Polícia Federal investiga alguém que é aliado ao governo, diz-se que o ministro não controla a Polícia Federal. Nenhum dos lados qualifica a verdade. Ninguém utiliza a Polícia Federal para perseguir ninguém e ninguém utiliza uma situação de controle da Polícia Federal”, afirmou Cardozo.

Ele explicou que sua função, enquanto ministro, é garantir à Polícia Federal autonomia e liberdade da investigação e intervir apenas quando há ilegalidade ou abuso de poder. “Eu não vou dizer quem vai ser investigado e quem não vai. A polícia tem total liberdade de investigação, seja em relação a aliados do governo, seja em relação à oposição. Instrumentalizar para perseguir inimigos, eu não devo, não é o papel do ministro de Estado da Justiça em uma democracia e em um estado democrático de direito.”

Quanto ao apoio ao Rio de Janeiro no esquema de segurança para os Jogos Olímpicos, o ministro garantiu que as policias Federal e Rodoviária Federal vão intensificar as operações no entorno, patrulhando as divisas com os estados, e também aumentando as ações de repressão ao contrabando de armas pelas fronteiras do país.

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Educação

Suspensa decisão que bloqueou verbas de merenda escolar em Natal

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia concedeu liminar na Reclamação (RCL) 21986, ajuizada pelo Município de Natal (RN), e suspendeu os efeitos de decisão da Justiça do Trabalho que determinou o bloqueio de verbas públicas para garantir o pagamento de obrigações trabalhistas.

De acordo com os autos, a Justiça do Trabalho em Natal, nos autos de reclamação trabalhista ajuizada por sindicato de empregados em desfavor da empresa de limpeza urbana Líder, determinou o bloqueio de R$ 3.064.990,86 em contas vinculadas a convênio federal relacionado a merenda escolar.

Posteriormente, a Justiça reconheceu a natureza alimentar da verba e reconsiderou a decisão para determinar a devolução do valor bloqueado ao convênio federal. No entanto, em recurso interposto pelo sindicato dos trabalhadores, o Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (RN) reformou a decisão e determinou a manutenção do bloqueio. Em recurso interposto pelo município, foi reconhecida a ilegalidade do bloqueio no valor de R$ 1.393.971,54, mas manteve-se parcialmente o sequestro das verbas.

A prefeitura sustenta que a decisão questionada desobedeceu procedimento constitucional próprio dos precatórios (artigo 100, parágrafo 2º, da Constituição Federal) e descumpriu decisão do Supremo na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 1662, segundo a qual só há possibilidade de sequestro de recursos públicos quando ocorrer a preterição da ordem de pagamento de precatórios. Segundo o município, trata-se de “decisão arbitrária e de crime financeiro o bloqueio judicial de tais contas, sem o devido respeito às normas constitucionais”.

Reclamação

Ao deferir o pedido de liminar, a ministra Cármen Lúcia afirmou que, no julgamento da ADI 1662, o STF decidiu que “a omissão em incluir no orçamento a verba necessária à satisfação de precatórios judiciais não equivaleria à preterição da ordem de pagamentos, pelo que não autorizaria a determinação do sequestro de verbas públicas”.

Segundo a relatora, no caso em análise, o restabelecimento do bloqueio determinado pelo TRT não se amolda à decisão do STF. “Ressalte-se, ainda, ter sido feito incidir o bloqueio sobre verba essencial ao custeio da merenda escolar para os estudantes do sistema municipal de ensino, o que constitui fundamento de relevo a ser esclarecido na sequência da presente reclamação”, observou a ministra ao determinar a suspensão do ato atacado.

Fonte: Justiça em Foco

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Judiciário

[FOTO] Bandeira do MST amanhece hasteada no Fórum de Ceará-Mirim

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Um caso, no mínimo, estranho foi registrado nesta quarta-feira em Ceará-Mirim, mais especificamente no Fórum Desembargador Virgílio Dantas. Uma bandeira do Movimento Sem-Terra (MST) amanheceu hasteada no mastro do Fórum no lugar da bandeira do Brasil.

Assim que tomou conhecimento do ocorrido, a juíza Valentina Damasceno, titular da Vara Criminal da comarca de Ceará-Mirim, ordenou que policiais retirassem a bandeira. Apesar da identificação do MST, ainda não se sabe quem hasteou a bandeira.

Opinião dos leitores

  1. Esses povo do MST, invadem as fazendas, sítios, granjas, mesmo produtivas, matam os animais, derrubam as construções, tocam o terror. Depois de meses usufruindo da estadia, algum Juiz ordena a retirada dos mesmos. O proprietário volta para o domínio da sua terra com muitos prejuízos, quem pagará a conta? Existe no nosso Ordenamento Jurídico o "Desforço imediato", ou seja, chumbo, entrou na minha, leva chumbo.

  2. Atentado explicito a instituição e a Soberania Nacional Brasileira. Essa quadrilha é um perigo para o Brasil, se não tomamos atitudes serias, vai piorar ainda mais.

  3. Apenas oficializou o acontece na prática, afinal quem invade, quem destrói? quem impede o direito de ir e vir?

  4. Pra como são folgados e a maioria tem casa nas cidades e não precisam…é uma farra a justiça tem que abrir os olhos!!!saiam de seus gabinetes!!!

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Polícia

OPERAÇÃO CANDEEIRO: Justiça decreta prisão preventiva de dois suspeitos

O juiz Guilherme Newton do Monte Pinto, da 6ª Vara Criminal responsável pela Operação Candeeiro, decidiu manter presos os investigados Gutson Johnson Giovany Reinaldo Bezerra e Renato Bezerra de Medeiros, apontados como responsáveis por manter o esquemas de desvios de dinheiro público do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e do Meio Ambiente (Idema), desbaratado pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN).

Gutson e Renato estavam presos sob força de um mandato de prisão temporária, mas o juiz determinou que as prisões temporárias de ambos fossem convertidas em preventiva. Os demais envolvidos devem conseguir a liberdade em breve, já que duas foram revogadas a pedido do próprio MP e outra não houve o pedido de conversão, que depende do órgão ministerial.

De acordo com o Ministério Público, uma associação criminosa instalada no órgão utilizava-se de ofícios autorizadores de pagamento como forma de desviar recursos em benefício próprio ou de terceiros. Os valores desviados em favor de sete empresas, com as quais o próprio órgão ambiental do Estado não reconhece qualquer espécie de contratação, contabilizam o montante de R$ 19.321.726,13.

Durante as investigações que culminaram na Operação Candeeiro, foram identificadas como beneficiárias do esquema ilícito de desvio de recursos públicos as empresas A Macedo Mafra ME, Fabíola Mercedes da Silveira ME, Conceito Rent A Car Ltda. ME, J E de O Soares ME; Ramon Andrade B F Souza ME, M D S de Lima Serviços ME; e Antonio Tavares Neto ME. Todas elas vinculadas a pessoas da contabilidade do Idema. Além de Gutson e Renato e das empresas, são apontados como possíveis integrantes do esquema criminoso: João Eduardo de Oliveira Soares, Clebson José Bezerril, Aratusa Barbalho de Oliveira e Eliziana Alves da Silva.

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Polícia

Juiz determina interdição da penitenciária de Caicó

O juiz José Vieira de Figueiredo Júnior, da Vara Criminal de Caicó, determinou na tarde desta quarta-feira (26) a interdição da Penitenciária Estadual Desembargador Francisco Pereira da Nóbrega, mais conhecida como “Pereirão”. Com a decisão, a unidade prisional fica impedida de receber novos presos.

Segundo a portaria publicada no Diário da Justiça Eletrônico (DJE), em caso de descumprimento, fica fixada uma multa de R$ 1 mil por cada preso transferido.

O Pereirão foi palco de brigas de facções criminosas (principalmente PCC e Sindicato do Crime), de rebeliões e de homicídios nos últimos dias. Hoje, a penitenciária se encontra com várias celas depredadas em função do último ataque em que presos dos pavilhões A e B tentaram invadir e assassinar presos do pavilhão E, como forma de vingança de um preso morto anteriormente.

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Diversos

CADEIA PÚBLICA DE CEARÁ-MIRIM: Juiz manda construtora parar obra

A Justiça estadual determinou que a empresa responsável pelo serviço, a M&K Comércio e Construção LTDA, paralise imediatamente a terraplanagem que estava executando e desocupe o local, até então de construção da Cadeia Pública de Ceará-Mirim, em até cinco dias a partir da notificação judicial.

A ordem judicial foi publicada nessa terça-feira(26), em ação reivindicatória ajuizada pelo proprietário da área, Ivo Costa de Aquino,com pedido de antecipação de tutela, é do Juiz de Direito em Substituição Legal Cleudson de Araújo Vale. De acordo com os autos, no último dia 20 de maio a M&K Comércio e Construção LTDA ocupou o terreno de forma clandestina, sem permissão do proprietário, e vem destruindo todas as plantações existentes e vegetação nativa, alegando ser a empresa responsável pelo presídio de Ceará-Mirim.

Na decisão judicial, consta que Ivo Costa de Aquino é o proprietário do imóvel desde 2004 e nunca perdeu a posse do seu terreno, tudo comprovado pela juntada de documentos — escritura pública de compra e venda, certidão de registro de imóveis, etc.

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Jornalismo

Justiça aprova candidatura de Larissa Rosado à reeleição

Deputada Larissa Rosado faz pronunciamento na Assembleia Legislativa - João Gilberto - AL

O Pleno do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN) confirmou, hoje à tarde (31), a candidatura à reeleição da deputada estadual Larissa Rosado (PSB). O TRE afastou o pedido de impugnação da Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) e deferiu o registro da postulação.

A decisão do plenário do TRE, por unanimidade, é embasada em julgamento do pleno do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que, no último dia 1º, proclamou que Larissa não cometeu irregularidade na eleição de 2012, como era acusada, e afastou inelegibilidade contra ela, por 5 votos a 2.

O advogado Marcos Lanuce explica que a situação jurídica da deputada já estava resolvida desde o dia 1º, na conclusão do julgamento no TSE. E justifica o pedido de impugnação, feito no último dia 15, à ausência, naquele momento, da decisão publicada (acórdão) do tribunal.

“O TSE não publicou o acórdão porque entrou em recesso no mesmo dia do julgamento, e a Procuradoria Eleitoral entendeu que não havia informação oficial nos autos. Mas, comprovamos com documentos, daí, não haver motivo para a candidatura ser vetada pela Justiça”, explica.

Ao receber a notícia, a deputada disse que já estava confiante na obtenção do registro. “Sempre me mantive tranquila porque, além de ter certeza que não cometi nenhum abuso eleitoral, o TSE já havia resolvido minha situação jurídica”, lembrou a pessebista.

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Jornalismo

Filiação partidária de Francisco José “enfrenta” novo processo na Justiça Eleitoral

O pedido de registro de candidatura do ex-deputado Francisco José, pai do prefeito de Mossoró Silveira Júnior, que deseja disputar uma vaga na Assembleia Legislativa, entrou em uma nova fase na Justiça Eleitoral. O candidato enfrenta pedido de impugnação de registro impetrado pelo Ministério Público Eleitoral, que o acusa de irregularidade na filiação ao PROS.

O juiz Verlano Medeiros determinou diligência para que no prazo de 72 horas Francisco José apresente documentos referentes a certidões criminais.

Já o 4º Cartório de Notas está obrigado, a também no prazo de 72 horas, enviar “a relação de todos os selos de autenticação utilizados no mês de outubro de 2013, com a discriminação da quantidade diária e dos seus respectivos números e séries”. A solicitação faz parte da investigação para saber exatamente se Francisco José foi filiado ao PROS antes do prazo final de 5 de outubro de 2013.

Rafael Motta prestará depoimento sobre filiação no PROS

O vereador de Natal Rafael Motta, presidente estadual do PROS, foi convocado a depôr na próxima semana, no dia 31 de julho, no processo em que é investigada a suposta irregularidade na filiação partidária do ex-deputado Francisco José Silveira.

A oitiva ocorrerá na quinta-feira da próxima semana, às 8h30, na sede do Tribunal Regional Eleitoral.

Fonte: Panorama Político

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Cidades

Que beleza: Em tribunais de contas pelo país, 23% dos conselheiros respondem ações na Justiça

Os Tribunais de Contas dos Estados (TCEs) são responsáveis por examinar os gastos dos agentes públicos, apontar irregularidades e superfaturamentos em obras e serviços, e tentar evitar que recursos governamentais sejam desperdiçados. Com o advento da Lei da Ficha Limpa, esses órgãos passaram a ter uma responsabilidade ainda maior, uma vez que lhes compete encaminhar aos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) a relação de administradores que tiveram as contas com parecer negativo — o que pode impedi-los de se candidatar a cargos eletivos. Mas toda essa austeridade para o público externo nem sempre se verifica entre os próprios conselheiros.

A maior parte deles é escolhida por critérios políticos; muitos têm parentes importantes, e há pelo menos dez casos em que a Justiça os afastou da função após descobrir irregularidades, proibindo-os em alguns casos até mesmo de passar a menos de 100 metros da instituição que deveria zelar pela boa aplicação do dinheiro público. São esses tribunais e conselheiros que cuidarão das contas dos 27 governadores eleitos neste ano e das Assembleias Legislativas, que, juntas, têm 1.080 deputados estaduais. Embora não avaliem as contas individuais desses parlamentares, os conselheiros são responsáveis por aferir os gastos do Legislativo, além dos Tribunais de Justiça e dos Ministérios Públicos.

Pesquisa realizada pela ONG Transparência Brasil aponta que 44 conselheiros (23%) respondem a ações na Justiça ou até tiveram contas rejeitadas. Além do subsídio de R$ 26.589 e da vitaliciedade no cargo, os que obtêm uma cadeira em um tribunal de contas têm direito a carro com motorista, diárias, e, em alguns casos, verba para aluguel e até 14º e 15º salários.

A Transparência Brasil demonstrou, no mesmo levantamento, que essas máquinas custam caro ao contribuinte. Há situações, de acordo com a pesquisa, em que os gastos com os tribunais correspondem a 87% do orçamento da Assembleia Legislativa do estado. É o caso, por exemplo, do Rio de Janeiro. O orçamento para 2014 desta é de R$ 681,5 milhões, e o do TCE, R$ 593 milhões. O Amazonas vive situação semelhante. Enquanto a Assembleia tem gasto estimado em R$ 222,8 milhões, o TCE tem uma verba de R$ 185,6 milhões (83%).

Os 27 TCEs mantêm 189 conselheiros — 2/3 indicados pelo Legislativo, e 1/3 pelo Executivo. O Tribunal de Contas da União (TCU) tem nove ministros e cuida da prestação de contas do presidente, do Congresso e da administração direta e indireta. A maior parte dos indicados para os tribunais de contas é de ex-deputados, ex-secretários ou parentes. Por imposição constitucional, somente 54 são indicações mais técnicas, de servidores de carreira dos próprios tribunais e do Ministério Público.

Cientes das críticas que parte da sociedade dirige aos TCEs, a Associação dos Membros dos Tribunais de Contas (Atricon) se reúne no mês que vem, em Fortaleza, para discutir propostas de mudanças no funcionamento desses tribunais. Uma das ideias é exigir a aplicação da Lei da Ficha Limpa para os novos conselheiros e que haja quórum qualificado para a votação dos indicados — hoje, isso ocorre por maioria simples.

 Apesar de a Constituição de 1988 exigir dos candidatos a conselheiros “idoneidade moral”, “reputação ilibada”, “notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública”, o que se nota é que essas atribuições são letras mortas nos momentos das indicações. Entre os que ocupam cargo nos TCEs, há um condenado por homicídio — que já cumpriu a pena —, acusados de corrupção passiva, falsidade ideológica, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e por aí vai. Esse currículo, que impediria a posse de qualquer candidato ao serviço público, nem sempre é levado em consideração quando o escolhido para o cargo de julgador das contas públicas é um político, amigo de poderosos.

Em Alagoas, por exemplo, segundo o levantamento do Transparência Brasil, o conselheiro Luiz Eustáquio Toledo foi condenado a seis anos de prisão por matar a própria mulher. No Rio, os conselheiros José Gomes Graciosa e Jonas Lopes de Carvalho Júnior respondem a ações penais no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por corrupção passiva. Em Rondônia, o ex-deputado estadual Francisco Carvalho da Silva, o Chico Paraíba, foi pego na Operação Dominó, da Polícia Federal, que acusou diversos parlamentares do estado, em 2006, de desviarem R$ 70 milhões dos cofres da Assembleia Legislativa por meio de contratos falsos.

DECISÃO JUDICIAL AFASTA CONSELHEIROS

Os problemas com a Justiça não ficam apenas na tramitação fria dos processos. Em alguns casos, os indícios de irregularidades são tão flagrantes que os conselheiros foram afastados de suas funções e proibidos de pisar no TCE. O Amapá é o caso mais notório. Cinco dos sete conselheiros titulares permanecem em casa, por ordem judicial. O ex-presidente da instituição, José Júlio de Miranda Coelho, além de ser apontado pelo Ministério Público Federal como um dos responsáveis por desvios milionários dos cofres do próprio tribunal, também foi flagrado em conversas telefônicas nas quais negocia com uma mulher encontros sexuais com a filha dela, de 14 anos.

No Mato Grosso, o conselheiro Humberto Melo Bosaipo foi afastado do cargo por decisão judicial. Ele responde a pelo menos oito ações penais no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por peculato e lavagem de dinheiro. Um outro membro do tribunal, o conselheiro Sérgio Ricardo de Almeida, é acusado de comprar a vaga de outro colega, pagando R$ 4 milhões por isso. Ele nega.

Também em Alagoas, a vice-presidente do TCE, Rosa Maria Ribeiro de Albuquerque, é irmã do vice-presidente da Assembleia Legislativa, Antonio Albuquerque (PTdoB). O Ministério Público aponta o deputado como o chefe da organização criminosa que teria desviado recursos públicos da assembleia. Rosa Maria trabalhou com o irmão, que também empregou outros parentes na Casa, e por pouco não foi beneficiada por um ato dele. O deputado tentou tornar definitivas as nomeações dos parentes, inclusive de Rosa Maria, que se tornariam funcionários efetivos sem concurso público, mas uma ação do Ministério Público impediu a manobra.

Os conselheiros vivem num mundo onde podem dizer o que é certo e o que é errado na ação de terceiros. Não raras vezes, menosprezam os trabalhos realizados por técnicos, que apontam superfaturamento de preços ou outras irregularidades, e acabam decidindo politicamente. Embora não tenham o poder de condenar ninguém — a palavra final sobre a rejeição de contas é sempre do Legislativo —, eles equiparam-se a magistrados, sendo beneficiados pela Lei da Magistratura.

A transparência, que deveria ser regra básica nos sites dessas instituições, na verdade é exceção. Em São Paulo, por exemplo, nem mesmo o currículo dos conselheiros se pode consultar. No Rio, não é possível consultar a folha de pagamento nominal para saber quanto cada um recebe. No Tocantins, os relatórios anuais sobre a vida financeira do TCE pararam em 2011. Em Alagoas, se o cidadão quiser saber dos gastos com diárias dos membros do tribunal de contas, terá de recorrer à Assembleia Legislativa.

Fonte: O Globo

Opinião dos leitores

  1. Será que existe indicação meramente política para os TCEs sem a observação da idoneidade moral, reputação ilibada e notório conhecimento para o exercício do cargo?
    Existe a necessidade de dar um "reset" na maioria das instituições existentes no Brasil.
    As que são inúteis tem que extintas.
    Congresso Nacional, Assembleias Legislativas, Câmara Legislativa do DF e Câmaras Municipais e alguns tribunais estaduais tem que ser fechados para readequação de salários, gratificações, vantagens, passagens aéreas, planos de saúde vitalícios, cargos em comissão, auxílio moradia e despesas gerais para acabar com salários vultosos e gastos desnecessários da instituição.
    Também tem que ser revisto os critérios para que alguém possa se candidatar a algum cargo eletivo.

  2. Há poucos meses foi apresentada uma reportagem onde, por meio de um livro, um Juiz dizia que no Congresso havia parlamentares que desviavam recursos públicos e nos TCEs havia quem fingisse que não via.
    Parece que ele estava certo, apesar da gritaria de Suas Excelências que ainda se esforçam para fingir honestidade.

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Política

Justiça Eleitoral suspende repasse do fundo partidário para diretórios do DEM, PMN, PT, PSOL e PV de Baía Formosa

A Justiça Eleitoral em Baía Formosa suspendeu o repasse dos fundos partidários para os diretórios do DEM, PMN, PT, PSOL e PV daquele município.

Essas legendas não prestaram contas do repasse recebido no ano de 2013 e por isso a juíza Daniela do Nascimento Cosmo determinou a “suspensão, com perda, das cotas do Fundo Partidário pelo tempo em que o partido permanecer omisso”.

Fonte: Panorama Político

Opinião dos leitores

  1. Esses partidos políticos vivem em constantes rolos em suas prestação de contas. Papel higiênico ganha de sobra.

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Geral

Após episódio com nordestinos, internautas que fizeram comentários discriminatórios terão seus sigilos quebrados

Por decisão da Justiça Federal no Ceará, seis usuários da internet terão seus sigilos telemáticos quebrados por terem feito comentários discriminatórios contra nordestinos em uma matéria sobre o acidente de um ônibus turismo que levou à morte de 18 pessoas no Ceará.

“Da análise do teor dos comentários, é possível afirmar que alguns deles se subsumem ao tipo penal previsto no art. 20 da Lei 7.716/89, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor.” , afirmou o juiz federal João Batista Martins Prata Braga, que julgou o pedido.

Com a medida, o IP e os dados cadastrais dos usuários nos sites de notícias ficarão disponíveis para que a Justiça identifique os responsáveis pelos comentários. Eles podem responder pelo crime de racismo, cuja pena vai de dois a cinco anos de prisão.

Para o magistrado, “resta imprescindível para a definição dos responsáveis pelas condutas o afastamento do sigilo dos dados”. “Cabe afirmar que inexiste outro meio apto a identificar os responsáveis pelo evento, devendo ainda ser considerado o fato de muitos usuários utilizarem-se de inverídicos dados cadastrais”, completou o juiz.

A solicitação da quebra de sigilo dos usuários foi feita em um Procedimento Investigatório aberto na terça-feira, 20, pelo procurador da República no Ceará Edmac Lima Trigueiro, que apura a conduta dos internautas.

Estadão

Opinião dos leitores

  1. O ser humano sempre se superando em sua pequenez… Até onde podemos chegar fazendo discriminação sobre uma tragédia?? Inacreditável.. Essas pessoas esquecem que têm família…

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Esporte

Ricardo Baiano vai à Justiça do Trabalho contra o América

O volante Ricardo Baiano entrou com uma ação na Justiça do Trabalho contra o América/RN reclamando depósitos do FGTS referente aos anos de 2012/2013, quando atuou no clube. Segundo o profissional, que está no Globo e jogou contra o mesmo América na final do estadual deste ano, o clube ainda deve férias e 13º salários.

“Tentei todo tipo de acordo, esperei passar as finais e nada. Agora vamos conversar na justiça”, disse o profissional.

O primeiro encontro será dia 03 de junho, na 10ª Vara de Natal. As informações são do Sindicato dos Atletas de Futebol Profissional do Estado do Rio Grande do Norte(Safern).

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Diversos

Posto de gasolina em Igapó deve suspender atividades imediatamente

 A juíza Andréa Macedo Heronildes, da 19ª Vara Cível de Natal, determinou que o Posto Miranda suspenda, imediatamente, todas as atividades do seu estabelecimento, que está situado no bairro de Igapó, zona norte de Natal, até a apresentação de uma Licença de Operação expedida pela SEMURB, atestando inclusive que o empreendimento encontra-se em conformidade com a legislação ambiental. A magistrada determinou também que o estabelecimento mantenha o empreendimento isolado e sem utilização para qualquer fim, nem para estacionamento, até a desativação completa das instalações potencialmente poluidoras do local.

Uma outra determinação judicial foi a remoção de todos os tanques existentes no empreendimento ativos e desativados, no prazo de 60 dias, na presença de profissional da UFRN/FUNPEC que esteja vinculado ao Projeto de Extensão do Departamento de Engenharia Mecânica – “Adequação Ambiental de Postos Revendedores de Combustíveis”- ou de servidor do Grupo de Trabalho de Postos de Combustíveis da SEMURB. Para o caso de descumprimento da medida liminar concedida foi fixada a aplicação de uma multa diária de R$ 5 mil.

O Ministério Público Estadual ingressou com uma Ação Civil Pública em virtude do Posto Miranda não ter efetuado as devidas adequações ambientais no seu estabelecimento, principalmente em relação aos equipamentos, instalações e operação, às exigências constitucionais e legais que regem a atividade e que são de observância obrigatória para que o empreendimento não ocasione risco ao meio ambiente, à saúde e à segurança da população.

Atividade com potencial poluidor

No caso, a juíza constatou que o empreendimento funciona sem o devido licenciamento ambiental. Ou seja, que a empresa desenvolve atividade com potencial poluidor, sem a devida licença de operação e, em descumprimento as obrigações estabelecidas no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Órgão Ministerial.

Ela destacou ainda, que a a licença de instalação expedida pela SEMURB estabelece que o empreendedor deverá atender na íntegra o TAC, celebrado com a SEMURB e o Ministério Público.

A magistrada considerou o conjunto de elementos probatórios constantes dos autos, como o próprio de Termo de Ajustamento de Conduta, além do auto de infração lavrado pelo IBAMA e os registros fotográficos que comprovam a precariedade na estrutura do empreendimento.

(Ação Civil Pública nº 0127315-25.2013.8.20.0001)
TJRN

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Esporte

Após agressão contra árbitro, Sindicato dos Árbitros de Futebol do RN emite nota e repúdio

Untitled-3Reprodução: Facebook

Através do Facebook, o Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado do Rio Grande do Norte veio a público repudiar a agressão promovida pelo atleta Ricardo José contra o árbitro Kleiton de Sousa Pinheiro durante o jogo Campinense e Macau, realizado no dia 25/04/14, válido pelo Campeonato de Mini Futebol Sênior do CEPE. De acordo com o sindicato, o caso será encaminhado à justiça.

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