Política

Lira diz que rejeição da ‘minirreforma trabalhista’ pelo Senado é ‘lamentável’

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), criticou a rejeição da Medida Provisória (MP) 1045/21 pelo Senado. A MP renova o programa de redução de salários e jornada dos empregados durante a pandemia de Covid-19.

“Lamento que empresas e corporações sérias queiram permanecer com suas regalias e cofres abarrotados, enquanto milhares de pessoas que precisam ser incluídas no mercado de trabalho não têm a oportunidade de ter acesso a um programa muito importante como esse”, disse Lira.

O programa foi criado em 2020 como uma medida emergencial de manutenção do emprego enquanto durassem as restrições à economia e já foi renovado algumas vezes desde então. No entanto, o texto foi incrementado por uma série de outras medidas, sendo algumas que alteram regras da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).

Apesar da decisão, o presidente da Câmara dos Deputados descartou qualquer alteração de clima com relação ao Senado. “Não tem tensão”, afirmou.

A desaprovação de Lira foi motivada por conta de um acordo firmado entre ele e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para que o Senado aprovasse a MP, apenas derrubando as alterações realizadas no texto nas regras referentes à CLT. Com isso, a MP voltaria para a Câmara que, com o acordo, manteria as mudanças feitas pelo Senado.

“Foi costurado um acordo com o Senado mais cedo para que os senadores retirassem com emendas supressivas toda parte da CLT, para preservar três milhões de empregos para jovens, e o Senado ultrapassou, passou por cima disso e deixou três milhões de jovens sem oportunidade. Isso não há o que comemorar”, criticou o presidente da Câmara.

Segundo apuração da CNN, no entanto, entre os senadores há dúvida de que os deputados mantenham o acordo, e resolveram não aprovar a MP. Segundo esses senadores, em agosto a Câmara não manteve acordo em cima da MP 1040, que simplificava abertura de empresas, com isso, o Senado preferiu rejeitar a MP 1045, o que deixou Lira indignado.

CNN Brasil

 

Opinião dos leitores

  1. A reforma da Previdência era pra aumentar empregos: não deu.
    A outra Trabalhista também: não deu.
    Não era essa que iria mudar o quadro.

  2. O Senado descumpriu um acordo com a Câmara e rejeitou uma medida criada para gerar empregos. Como resultado, muitos empregos podem ser ceifadas. Mas é isso mesmo que querem, né? O Brasil e seu povo que se f… E pensam que ninguém está vendo isso. Muita coisa precisa mudar no nosso país. Acredito num Brasil melhor após alguns percalços iniciais.

  3. Claro que a ideia foi prejudicar a imagem do governo Bolsonaro. Para isso, fazem qualquer coisa, embora prejudique o país e o nosso povo.

    1. kkk… Não precisa nem da câmara nem muito menos do senado, basta apenas o Bolsonaro abrir a boca…

  4. O cabra nunca deu um prego numa barra de sabão e acha lamentável retirar direitos trabalhistas…

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Guga perde processo de R$ 30 milhões no Carf: “Lamentável”

guga

O tenista Gustavo Kuerten perdeu nesta quarta-feira (23/11) o processo administrativo que corria no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) e pode ser condenado a pagar uma multa de R$ 30 milhões. Guga é acusado de ter constituído uma empresa para sonegar impostos. Em nota enviada à imprensa nesta tarde, Guga classificou a decisão do processo da Receita Federal e do Carf como “lamentável”, afirmando que se quisesse ter sonegado impostos “teria ido morar fora do Brasil”.

A empresa comandada por seu irmão Rafael Kuerten detém os direitos de imagem do atleta e recolhe impostos como Pessoa Jurídica. A Receita e o Carf entendem que, principalmente nos contratos referentes ao período de 1999 a 2002, quando Guga estava no auge da carreira, a empresa deveria ter recolhido impostos como pessoa física, ou seja, a uma alíquota de 27,5%. O processo ganhou holofotes no final de outubro, após o tenista comparecer a uma das audiências, chorar ao dar depoimento e ser tietado pelos conselheiros.

Nesta quarta-feira, Guga perdeu o processo após ocorrer um empate entre os jurados. Em sua defesa, o tenista disse que a abertura da empresa foi necessária para que ele pudesse dedicar-se apenas aos jogos e torneios.

“Se eu quisesse utilizar a pessoa jurídica simplesmente para ter beneficio fiscal, seria muito mais fácil ter ido morar fora do Brasil, fixado residência em Montecarlo ou qualquer outro país com isenção fiscal e me livrado de pagar qualquer imposto, até porque eu passava muito mais tempo no exterior do que aqui. Mas, para mim, sempre fez mais sentido trazer esse dinheiro para o Brasil e investir no meu país”, disse o tenista na nota. “Assumi que essa era a melhor opção e, desde o início da minha carreira, todos os impostos das premiações dos torneios que recebi como tenista, que dependem exclusivamente do meu rendimento em quadra, eu paguei na pessoa física”.

Guga lembra na nota que a empresa foi montada em 1995 para tratar exclusivamente dos contratos de uso de imagem do atleta e que, em 1997, já contava com cinco funcionários. “A formação dessa equipe foi essencial para que eu pudesse só me preocupar em jogar tênis, e me arrisco a dizer que não teria uma outra empresa que pudesse cuidar melhor da minha imagem do que a gente fez nos últimos 21 anos”.

Guga disse que é um “absurdo a Fazenda Nacional obrigá-lo agora a classificar como “pessoa física os rendimentos recebidos e tributados como pessoa jurídica”. “Ou seja, eu teria que receber as propostas, negociar os valores, elaborar os contratos, agendar as campanhas e eventos, analisar os roteiros, definir a logística, aprovar filmes e fotos, produzir releases, e ainda organizar toda a agenda com a imprensa mundial”, disse.

A decisão proferida hoje ocorreu na instância máxima do Carf e não cabe recurso. O tenista agora, se quiser recorrer, precisará ir à Justiça. Na nota, Gustavo Kuerten disse que continuará seguindo com o processo.

Abaixo, confira nota na íntegra:

GUGA: “LAMENTÁVEL”

“É lamentável a decisão desse processo administrativo da Receita Federal e do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, por voto de qualidade, em função do empate no julgamento, que me força a pagar como pessoa física os contratos de uso de imagem nesse período, de 1999 a 2002. Se eu quisesse utilizar a pessoa jurídica simplesmente para ter beneficio fiscal, seria muito mais fácil ter ido morar fora do Brasil, fixado residência em Montecarlo ou qualquer outro país com isenção fiscal e me livrado de pagar qualquer imposto, até porque eu passava muito mais tempo no exterior do que aqui. Mas, para mim sempre fez mais sentido trazer esse dinheiro para o Brasil e investir no meu país. Assumi que essa era a melhor opção e, desde o início da minha carreira, todos os impostos das premiações dos torneios que recebi como tenista, que dependem exclusivamente do meu rendimentos em quadra, eu paguei na pessoa física. Agora, é inaceitável que nos contratos de uso de imagem, que envolvem muito mais do que simplesmente os esforços do atleta, eu não tenha direito de escolha, sendo que, desde 1995, montamos uma empresa, com uma equipe preparada para cuidar desse assunto e de todo o trabalho que a minha carreira requisitava. Em 1997, já tínhamos cinco pessoas, responsáveis por diferentes funções. Fomos inclusive reconhecidos por ser o primeiro tenista a ter uma assessoria de imprensa individual. A formação dessa equipe foi essencial para que eu pudesse só me preocupar em jogar tênis, e me arrisco a dizer que não teria uma outra empresa que pudesse cuidar melhor da minha imagem do que a gente fez nos últimos 21 anos. Acho um absurdo a Fazenda Nacional me obrigar a classificar como pessoa física os rendimentos recebidos e tributados pela pessoa jurídica. Ou seja, eu teria que receber as propostas, negociar os valores, elaborar os contratos, agendar as campanhas e eventos, analisar os roteiros, definir a logística, aprovar filmes e fotos, produzir releases, e ainda organizar toda a agenda com a imprensa mundial. Analisando todas essas requisições fica evidente que a imagem de um atleta vai muito além das atividades em que ele está envolvido, depende do trabalho intenso e incessante de uma equipe especializada, cuidando dos mínimos detalhes. Inclusive, a lei de 2005 deixou tudo isso muito claro, confirmando a possibilidade da exploração da imagem pela pessoa jurídica, e vale a pena lembrar que mesmo antes dessa época, não havia nenhuma proibição.

Infelizmente, após essa decisão incoerente, vamos seguir com o processo judicial, lutando por essa causa, acreditando que tudo o que a gente fez serve de exemplo para qualquer atleta que queira construir uma carreira de sucesso”.

GUSTAVO KUERTEN

Época

Opinião dos leitores

  1. Como dizia Elis Regina: "Nossos idolos ainda são os mesmos, mas as aparências não enganam não."

    O mesmo está acontecendo com Neymar, acusado de sonegação na Espanha.

    Aparentemente alguns dos nossos "idolos" não merecem a admiração que os fãs dedicam a eles. Ganham muito dinheiro, recebem muita puxação de saco da mídia mas não correspondem com a honestidade que deles se espera.
    Por outro lado, o valor dos impostos que o governo cobra (a mordida do leão) é prá lascar.

    1. governo assalta o cidadão que trabalha e chama de "contribuinte.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *