Diversos

“DISCRETO”: Cabral já é réu por 611 atos de lavagem de dinheiro

Por interino

Audiência por videoconferência do ex-governador Sergio Cabral no Tribunal de Justivçaa do Rio de Janeiro – Alexandre Cassiano / Agência O Globo

Com a nova denúncia aceita nesta terça-feira pela Justiça Federal do Rio, o ex-governador Sérgio Cabral já se tornou réu por 611 supostos atos de lavagem de dinheiro. As acusações mais recentes do Ministério Público Federal (MPF) decorrem da Operação Mascate, deflagrada em janeiro. O MPF, agora, imputa a Cabral 147 ações que tiveram o objetivo de esconder a origem dos recursos supostamente ilícitos — o ex-governador já era réu em quatro ações em função de outros 464 atos de lavagem identificados.

De acordo com a acusação recebida ontem pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, o grupo comandado por Cabral ocultou R$ 10,1 milhões em transações que envolveram a compra de carros de luxo, imóveis e transferências bancárias a uma empresa de fachada, fundada por Carlos Miranda, apontado como operador financeiro do ex-governador.

CONCESSIONÁRIAS ENVOLVIDAS

O MPF sustenta que a propina arrecadada por Miranda, com os executivos da Andrade Gutierrez, era entregue, em espécie, para Ary da Costa Filho, também integrante do esquema. Aryzinho, como é conhecido, repassava os valores para as concessionárias de carros Américas Barra e Eurobarra. As empresas, então, transferiam o montante para a Gralc, que depois virou LRG Agropecuária, companhia criada por Miranda. Os pagamentos eram justificados com serviços fictícios de consultoria. Desta forma, o dinheiro voltava “lavado” ao grupo.

O mecanismo foi revelado ao MPF por Adriano José Reis Martins, sócio, ao lado do pai, das concessionárias. Ele firmou acordo de delação premiada e, em depoimento, revelou que foi procurado por Aryzinho em 2006. O operador, nas palavras de Martins, disse que Cabral tinha pedido que as concessionárias fizessem pagamentos para a empresa de Miranda.

Os valores eram entregues a Martins em mochilas, e os pagamentos aconteceram entre 2007, quando Cabral assumiu o governo, e 2014, quando renunciou para que o então vice, Luiz Fernando Pezão, assumisse. O delator apresentou planilhas revelando que, entre 2010 e 2014, recebeu R$ 8,8 milhões de Aryzinho. Os valores foram depositados, sempre em espécie, em cinco contas bancárias. A Eurobarra e a Américas Barra, por sua vez, repassaram à empresa de Miranda R$ 3,4 milhões entre 2007 e 2014. O resto do saldo foi convertido em dois carros de luxo (um Camaro avaliado em R$ 222 mil e um jipe Grand Cherokee de R$ 212 mil) e sete imóveis (um em Búzios, na Região dos Lagos, três na orla da Barra da Tijuca, dois em Jacarepaguá e um prédio em São João de Meriti, na Baixada Fluminense).

AUDIÊNCIAS MARCADAS

Na primeira denúncia da Operação Eficiência, o MPF apontou dois atos de lavagem de dinheiro contra Cabral, mas eram relativos à ocultação de dinheiro da propina paga pelo empresário Eike Batista. Na denúncia do último dia 14, os procuradores se concentraram nos atos de lavagem de dinheiro da organização no Brasil. Ainda não foi alvo de denúncia a ocultação de US$ 100 milhões da organização no exterior, além de diamantes e ouro.

De acordo com o procurador Rodrigo Timóteo, novas denúncias podem ser feitas decorrentes das análises de dados. Cada ato de lavagem de dinheiro imputado a Cabral retrata cada vez que, segundo o MPF, o ex-governador tentou afastar a propina de sua origem ilícita, como quando efetua compra de joias, ou tenta dar aparência de legalidade ao dinheiro por meio de contratos fictícios.

As primeiras audiências da Operação Calicute foram marcadas para 15 e 17 de março. Entre os que serão ouvidos, estão ex-executivos da Andrade Gutierrez que afirmaram que Cabral cobrava 5% de propina nas obras.

Os advogados de Miranda, Cabral e Aryzinho não foram encontrados para comentar.

O Globo

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Defesa de Dirceu quer adiar depoimento na Operação Lava Jato

José DirceuA defesa do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu pediu ao juiz federal Sergio Moro adiamento do depoimento previsto para sexta-feira (29). Os advogados querem que a oitiva seja suspensa até que o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque finalize as negociações sobre o acordo de delação premiada com a força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) que comanda as investigações da Operação Lava Jato.

Na petição, a defesa afirmou que José Dirceu não vai ficar calado durante o depoimento e que vai esclarecer todos os fatos imputados a ele. No entanto, os advogados argumentaram que a fase de oitivas terminará na sexta-feira e, dessa forma, o depoimento deve ser feito após Dirceu tomar conhecimento prévio de todos os fatos imputados a ele, inclusive por delatores.

“Assim, caso o acordo entre Renato Duque e o Ministério Público Federal seja efetivamente firmado e, de alguma forma, trate de fatos que são objeto desta ação penal, haverá nítida causa de inversão processual, que macula o feito de nulidade insanável”, justificam os advogados.

José Dirceu e mais 15 investigados foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. A acusação contra o ex-ministro e os demais denunciados se baseou nas afirmações do empresário Milton Pascowitch, em depoimento de delação premiada. O delator disse que fez pagamentos em favor de Dirceu e Fernando Moura, empresário ligado ao ex-ministro. Segundo o MPF, os valores são decorrentes de contratos da empreiteira Engevix e a Petrobras.

Por determinação do juiz Sérgio Moro, Dirceu está preso preventivamente desde agosto do ano passado em um presídio em Curitiba. A defesa do ex-ministro afirma que a denúncia é inepta, por falta de provas. De acordo com os advogados, a acusação foi formada apenas com declarações de investigados que firmaram acordos de delação premiada.

Fonte: Agência Brasil.

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

CIRCO FECHANDO: Suíça envia para o Brasil apuração sobre conta de Eduardo Cunha

O Ministério Público da Suíça enviou ao Brasil, nesta quarta-feira (30), os autos da investigação sobre o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por suspeita de lavagem de dinheiro e corrupção passiva, informou a Procuradoria Geral da República.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, aceitou a transferência feita pelo MP suíço. Os documentos vão primeiro para o Departamento de Recuperação de Ativos do Ministério da Justiça e depois serão remetidos para a Procuradoria Geral da República.

O G1 tentou contato com o advogado Antonio Fernando de Souza, que faz a defesa de Cunha, e deixou recado no seu celular, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem. A assessoria de imprensa da presidência da Câmara informou que não iria se manifestar sobre o caso.

O Ministério Público da Suíça relata na documentação contas bancárias supostamente em nome de Cunha e familiares. As investigações começaram em abril na Suíça e resultaram em bloqueio de valores, segundo informou a PGR.

Cunha não pode ser extraditado para a Suíça porque é brasileiro nato.

A transferência de processo é um procedimento de cooperação internacional, em que se assegura a continuidade da investigação ou processo ao se verificar a jurisdição mais adequada para a tramitação do processo penal.

Com a transferência do processo, a Suíça renuncia à sua jurisdição para a causa, que passa a ser do Brasil e de competência do Supremo Tribunal Federal porque, devido à condição de deputado federal, Cunha tem prerrogativa de foro e só pode ser investigado com autorização do STF.

Este é o primeiro processo a ser transferido para o STF a pedido da Procuradoria-Geral da República e o segundo da Operação Lava Jato. A primeira transferência de investigação foi a do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró para Curitiba.

Fonte: G1

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Polícia

OPERAÇÃO CANDEEIRO: Dinheiro desviado era “lavado” ao bel-prazer dos envolvidos

O refinado e milionário esquema de desvio de dinheiro público instalado no Idema e desbaratado durante a Operação Candeeiro se utilizava da compra de imóveis para lavar o dinheiro adquirido de forma ilegal.

Segundo o Ministério Público, o ex-diretor Administrativo do Idema, Gutson Johnson Giovani Reinaldo Bezerra, lavou parte dos R$ 19 milhões desviados na compra de 15 imóveis. Todos com pagamentos em espécie e em nome de pessoas próximas como Aratusa Barbalho de Oliveira, ex-esposa de Guston.

Somente no condomínio Duna Barcane, Gutson possuía 10 unidades. Cinco delas compradas por cerca de R$ 800 mil em dinheiro somente com um corretor de imóveis.

Outro imóvel de destaque é uma casa de alto padrão no condomínio Bosque dos Pássaros, cujo valor de avaliação não foi divulgado.

Além desses 11 imóveis, Gutson também tem apartamentos nos edifícios Blue Ocean, Ahead Ponta Negra, Corais de Ponta Negra e uma casa no condomínio Barramares.

Pelo que o MP apurou, todas as unidades só não estavam no nome de Aratusa, porque chegou um momento em que já não dava mais pra colocar mais imóveis no nome dela. Mesmo assim, a maioria estava no nome dela. Porém, nem todos os imóveis eram registrados em cartório para tentar driblar possíveis investigações.

Os envolvidos agiam tão a vontade, que as ordens de pagamentos autorizadas sem comprovação de serviços, e pior, sem nenhum CONTRATO REGISTRADO NO IDEMA para as empresas que lavavam o dinheiro, eram pagos ao bel-prazer de Gutson e Clebson José Bezerril nos valores e quando eles achavam convenientes.

Além dos imóveis, estão indisponíveis duas academia, 59 veículos e uma equipadora de carro no shopping Midway.

 

Opinião dos leitores

  1. Maravilha… A loja no midway fechou as portas e colocou na porta "fechado pra balanço" kkkkkkkkkkkkkkkk

  2. Quanto tempo, mais esse "escândalo" vai seguir o mesmo roteiro do ESCÃNDALO DA ASSEMBLEIA, DAS EMPRESAS LARANJAS DO EMPRESÁRIO DE MOSSORÓ QUE FINANCIAVA AS CAMPANHAS DE POLÍTICOS IMPORTANTES DA PROVINCIA, DAS OPERAÇÕES HÍGIA, SINAL VERMELHO, IMPACTO, FOLIADUTO, OURO NEGRO, ETC, ETC, ETC?
    Ou seja, Vão vender Jornais até surgir "outro" que o abafe e o mesmo caia no esquecimento.
    Assim, vai ficando pra tras os Auxílios Moradias e PAE, Gratificações de 100%, efetivações de servidores sem concurso, funcionários fantasmas em todos os trÊS PODERES, NEPOTISMOS diretos e cruzados, etc, etc, etc…
    E ainda há gente que pensa que a verdadeira luta é mesmo contra a CORRUPÇÃO…
    "Faça o que digo, mas não faça o que faço não."

  3. E os que sofreram multas como é que fica? tinha que ter tido um t.a.c. (termo de ajuste de conduta) E não empurrarem multas.

  4. Engraçado que essa classe elitizada adora esbravejar fora PT, fora Dilma! ! Ptralhas e muito mais….e quando se procura porque são da elite..vejam o roubo que esses bandidos fazem por aqui….fico lembrando das carreatas do Aecio por aqui nas terras de poty..só carrao!! Ahh ladrão oooo

  5. Se investigarem a relação deste órgão com as petrolíferas de Mossoró vão se surpreender !!!!

    Eita povo sem jeito esse brasileiro, quanto mais se procura mais se acha!!!!

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Finanças

Vaccari e Renato Duque viram réus em ação sobre uso de gráfica para lavagem de dinheiro

CD3Yk_sW8AAlJsQO juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Criminal Federal do Paraná, aceitou nesta quinta-feira denúncia do Ministério Público Federal (MPF), formulada no início desta semana, contra o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, contra o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato de Souza Duque, e contra o empresário Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, do grupo Setal, por lavagem de dinheiro. Todos viraram réus em mais uma ação da Justiça Federal. Eles são acusados de usarem a Gráfica Atitude, ligada ao PT, para operações de lavagem de R$ 2,4 milhões entre abril de 2010 e dezembro de 2013. O MPF pede que os três paguem, a título de indenização, um total de R$ 4,8 milhões.

Conforme a denúncia aceita pelo juiz Moro, uma parte da propina paga para Renato Duque, então diretor de Serviços da Petrobras, foi direcionada por empresas do grupo Setal Óleo e Gás, controlado por Augusto Mendonça, para a Editora Gráfica Atitude Ltda., a pedido de João Vaccari Neto, então tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT). Há, ainda, vários indicativos de ligação da Gráfica Atitude com o PT e com os Sindicatos dos Bancários de São Paulo e Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

Segundo o juiz, para “dar aparência de licitude às transferências, foi celebrado, em 1/4/2010, contrato de prestação de serviços entre a Setec – Tecnologia S/A com a Gráfica Atitude para que esta veiculasse conteúdo noticioso e opinativo sobre temas relacionados com o desenvolvimento e proteção da indústria nacional no Brasil, no tocante à área de extração de petróleo e na conversão em seus derivados”. Contudo, a gráfica jamais prestou serviços reais às empresas do grupo Setal, emitindo notas frias para justificar os pagamentos.

O MPF pediu o bloqueio de R$ 2,4 milhões de Mendonça, Duque, Vaccari e da Gráfica Atitude. Em 2010, o Grupo SOG/SETAL conseguiu novos aditivos em obras da Petrobras nas refinarias Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, e Paulínia (Replan), em São Paulo. Após a assinatura dos contratos, o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, orientou Mendonça a procurar Vaccari para que com ele tratasse sobre a forma como seriam destinados recursos ao PT.

Em abril, Mendonça se reuniu com Vaccari, e pediu “paralelamente ao repasse de propinas ao PT mediante doações oficiais”, que destinasse R$ 1,2 milhão à Editora Gráfica Atitude. Mendonça parcelou a fatura em doze vezes entre junho de 2010 e abril de 2011, sendo que no primeiro mês foram pagas duas cotas à editora.

Em 2013, novamente Duque pediu que Mendonça procurasse Vaccari. Assim como realizado anteriormente, o ex-tesoureiro orientou ele a fechar contratos com a gráfica para lavar o dinheiro desviado aos cofres do PT, segundo denúncia do MPF.

A pena para o crime de lavagem de dinheiro é de três a dez anos de prisão. A pena aplicada será aumentada de um até dois terços em razão da reiteração dos crimes e de terem sido praticados por organização criminosa.

VACCARI E DUQUE JÁ SÃO RÉUS EM OUTRO CASO

Na última semana de março, Vaccari, Duque e outras 25 pessoas viraram réus sob a acusação de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. De acordo com a acusação, Vaccari participava de reuniões com Duque para tratar de pagamentos de propina, que eram pagas por meio de doações oficiais ao PT. Dessa maneira, os valores chegavam como doação lícita, mas eram oriundas de propina.

O MPF aponta que foram 24 doações em 18 meses, no valor de R$ 4,2 milhões. O tesoureiro do PT indicava em que contas deveriam ser depositados os recursos de propina, segundo o MPF. “Vaccari tinha consciência de que os pagamentos eram feitos a título de propina”, segundo o procurador do MPF Deltan Dallagnol.

O Globo

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Finanças

Embargos infringentes: Decisão do Supremo sobre lavagem de dinheiro fica para 13 de março

Após a decisão que absolveu do crime de formação de quadrilha oito condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão, os ministros do Supremo Tribunal Federal começaram a julgar, na tarde desta quinta-feira (27), os embargos infringentes que questionam a condenação do ex-deputado João Paulo Cunha, do ex-assessor do PP João Claudio Genu e do ex-sócio da corretora Bonus Banval Breno Fischberg pelo crime de lavagem de dinheiro.

Por decisão do plenário, a sessão foi destinada a ouvir apenas os defensores dos condenados e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Com isso, o desfecho do julgamento ficou para o dia 13 de março, quando o Supremo vai decidir se os três tinham conhecimento dos crimes antecedentes à lavagem de dinheiro, ou seja, de que o dinheiro era oriundo de irregularidades.

Os advogados pediram a absolvição dos clientes. Pierpaolo Bottini, defensor de João Paulo, foi o primeiro a falar. Ele tratou do episódio em que a esposa de Cunha, Márcia Regina, foi encarregada pelo então deputado de sacar R$ 50 mil em espécie no Banco Rural. Foi esse episódio que levou João Paulo a ser condenado por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Na argumentação do advogado, o então deputado não sabia da origem criminosa dos recursos.

“Não parece aqui que exista ocultação, que exista dissimulação. A esposa foi ao banco durante o dia, pegou os R$ 50 mil e assinou um recibo”, disse Bottini.

Genu foi um ‘”mero intermediário” dos verdadeiros beneficiários do crime e também não tinha ciência da origem dos recursos recebidos, ressaltou o advogado que o defende, , Maurício Maranhão.

O advogado de Fischberg, Antonio Sérgio Pitombo, também argumentou que o sócio da corretora Bônus-Banval não cometeu crime de lavagem de dinheiro.

Se o Supremo acatar os embargos cujo julgamento teve início hoje, João Paulo, que está preso no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, terá a pena total diminuída de nove anos e quatro meses, em regime fechado, para seis anos e quatro meses e poderá cumprí-la em regime semiaberto.

Genu e Fischberg, que foram condenados, respectivamente, a quatro anos e três e seis meses, em regime aberto, serão absolvidos do crime de lavagem de dinheiro caso sejam acatados os embargos infringentes.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Decisão da Justiça não se discute, se cumpre!
    Não era isso que diziam quando o resultado lhes favorecia?
    Esse Tribunal está fazendo um julgamento político; dizia o o outro lado que perdeu e foi condenado…
    Quem ganha o jogo só tem elogios pro Juiz, ao contrário do perdedor…
    Que o STF, a mais alta Corte do Judiciário brasileiro, assim como todas as outras, STJ, TRF, TRE, TJs; SEMPRE FORAM POLITICAS, todo mundo do mundo Jurídico já sabia. Mas o povão ainsa não. Os mecanismos de progressão nas carreiras da Magistratura e suas consequentes nomeações para tais cortes como Desembargadores e Ministros é realmente questionável. Todos sempre souberam que são indicações políticas que definem o colegiado desses órgãos. SEM PADRINHO NINGUÉM ALÇA VOO PRAS GIROFLEX MAIS DESEJADAS DO PODER JUDICIÁRIO.
    O estranho é estranhar que no Governo, o PT tenha feito indicações, como aliás todos os Presidentes antes sempre fizeram. Pois o que deveríamos estar questionando era esse sistema e lutar para acabar com ele, se estabelecendo outros critérios para tais nomeações, tais como antiguidade e mérito. Nos Tribunais de Contas dos Estados a coisa ainda é mais gritante, pois os CONSELHEIROS são escolhidos a dedo pelos Governadores entre seus parentes, aderentes e homens de confiança para apreciar suas contas depois…

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Gilmar Mendes vê indícios de lavagem de dinheiro em doação para multas de petistas

2014-678224854-2014010802043.jpg_20140108Foto: O Globo / Jorge William

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu nesta terça-feira que o Ministério Público investigue a arrecadação financeira feita por condenados no processo do mensalão para pagar multas que lhe foram impostas. Para o ministro, há indícios de lavagem de dinheiro. Para pagar as multas, o ex-deputado José Genoino (PT-SP) e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares pediram dinheiro a militantes e simpatizantes por meio de páginas na internet.

— Arrecadar R$ 600 mil num dia. São coisas que precisam ser refletidas. A sociedade precisa discutir isso. Tem elementos para uma investigação (pelo Ministério Público). Se for um fenômeno de lavagem? De dinheiro mesmo de corrupção? Quer dizer. As pessoas são condenadas por corrupção e estão agora festejando coleta de dinheiro. É algo estranho — afirmou.

O GLOBO mostrou no último sábado que em 9 dias, Delúbio arrecadou mais dinheiro que ONGs importantes ONGs, como a Pastoral da Criança e o Greenpeace.

Gilmar lembrou que os políticos acusados no processo foram condenados por corrupção, não por crime político. Por isso, ele considera grave a forma de arrecadação do dinheiro para pagar as multas.

— Agora, vem essa massa de dinheiro. Será que vão também fazer uma arrecadação para devolver todo o dinheiro que foi desviado? Tudo estranho. É interessante que todos nós estamos noticiando isso como se fosse só um fato corriqueiro. Não, não é um fato corriqueiro, há algo de grave nisso. E precisa ser investigado. E essa gente, eles não são criminosos políticos, não é gente que lutava por um ideal e está sendo condenado por isso. São políticos presos por corrupção — declarou.

O ministro também levantou suspeita sobre o emprego que foi oferecido ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu pelo hotel Saint Peter. Gilmar insinuou que Dirceu poderia ser dono de parte da empresa.

— Se formos olhar o episódio do hotel, em que alguém oferece um emprego de 20 mil (reais) para um suposto reeducando, com propriedade no Panamá… Ele (Dirceu) era também dono do hotel? Era empregado e empregador? Veja quanta coisa está sendo colocada — disse.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Quando Juízes Togados da mais alta Corte Judicial do País se prestam a se colocarem na mídia como comentaristas de Programas de auditório, tipo Ratinho ou outros mais do gênero, alguma coisa deve está acontecendo…
    Conduta Ilibada e Discrição não parecem ser o tom desses Magistrados, que de tão Políticos, em seus comentários, selecionam aqueles relacionados aos interesses de suas agremiações. Deixando de comentar as "outras" polêmicas que existem em pauta nos diversos rincões da Nação contaminada definitivamente pela politicagem doméstica, tais como os casos já registrados do Daniel Dantas, Carlinhos Cachoeira, Mensalão Mineiro, Alston, etc.
    Não se iludam os inimigos declarados do PT, Justiça não se faz assim, com passionalidade tão exacerbada como a que encontra-se sendo propalada pela Corte Suprema. Justiça pra ser boa começa de casa e nivela todos com o Princípio da Isonomia. Senão criaremos outros Mitos, Ilusões e falsos avanços que não existem de fato, pois só estamos atacando os adversários e não aplicando a lei por igual no combate verdadeiro aos crimes diversos protagonizados por entes de todos os partidos m todos tempos históricos.
    Acordem!
    Campanha política usando técnicas de Marketing, onde se destaca e ressalta as qualidades de nossos aliados e procura ou cria (inventa) defeitos nos adversários, não resolverão o problema cultural de nosso povo acostumado em desobedecer ordens, desrespeitar regras, forjar situações, dar jeitinhos, burlar a lei, mentir descaradamente, pagar propina, estacionar em vagas para idosos e deficientes, fazer retornos proibidos, avançar sinais, etc.
    Somos um povo, em sua grande e esmagadora maioria, desonestos em busca de políticos honestos. Comentamos e criticamos tudo e todos, especialmente os que não são de nosso "time". Já em relação ao partido que torcemos… SILÊNCIO!
    Enquanto isso, cometemos diariamente todo tipo de barbárie, furando filas, tentando se dar bem a qualquer preço, sonegando impostos, derrubando nossos colegas de trabalho, etc.
    Até quando essa Hipocrisia vai sobreviver?

  2. Não conheço ninguém que tenha feito doação para estes indivíduos, que de forma milagrosa arrecadaram milhões em pouquíssimo tempo, nem o Criança Esperança com todo o elenco global e ampla divulgação consegue tal feito em tamanho espaço de tempo.

    Nunca vi nem a divulgação de como se deveria fazer para doar!!!

  3. Esse realmente é o país do PT.
    Falar desse partido e seus participantes é imoral, ilegal e tem que apresentar provas.
    O PT acaba de instrumentalizar o STF nomeando 05 ministros, estão reclamando de quê?
    Agora mandam bilhões de reais a fundo perdido a CUBA dando gás aos mais antigos ditadores do planeta e acham certo? Enquanto nossos portos sofrem com todo tipo de problema, principalmente o de Santos.
    Os PeTistas são condenados e os babões de plantão fazem vaguinha para pagar a multas que não corresponde a 10% do que levaram. E ainda a origem dos recursos é esse? Ou seja, quanto mais se faz PIOR FICAR!!! Acorda Brasil!!!

  4. Bom lembrar ao Ministro indicado por FHC, de laços estreitos com Daniel Dantas, e amigo intimo de José Serra ao ponto do mesmo ser flagrado ligando para o Ministro pedindo para este pedir vista de um processo para não dar tempo da regra da apresentação de qualquer documento com foto ser aceito para votar, que este tipo de comentário é político e não jurídico.
    O Ministro deveria aproveitar o espaço na mídia para explicar porque no mensalão do PSDB houve o desmembramento e reus estão sendo julgado pela justiça de MG, ocasionando a prescrição, e por que no caso do metrô de SP envolvendo tambem o PSDB o STF decidiu também pelo desmembramento. Só lembrando ao Ministro que sua tese para que o mensalão não fosse desmembrado foi baseada no fato de que com o desmembramento os reus iriam se beneficiar com a prescrição.

  5. Todo mundo sabe disso. Vergonha esse país. Gente doando dinheiro para ladrão. Mas é a turma do "uma mão lava a outra".

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Jornalismo

Julgamento do Mensalão retorna hoje. Condenações devem continuar…

Por Josias de Souza

O STF realiza nesta segunda-feira (10) a 21a sessão de julgamento do mensalão. Vai à mesa o capítulo quatro da denúncia da Procuradoria da República. No reordenamento estabelecido pelo relator Joaquim Barbosa será a terceira “fatia” do processo. Nesse trecho os réus do ‘núcleo’ publicitário’ e do ‘núcleo financeiro’ são acusados de montar um esquema de lavagem de dinheiro.

De acordo com a denúncia, as agências publicitárias de Marcos Valério e o Banco Rural organizaram-se para ocultar repasses de dinheiro a políticos e partidos. Nessa fase, escalarão o cadafalso dez réus.

Do lado publicitário, além de Valério e dos ex-sócios Cristiano Paz e Ramon Hollerbach, o capítulo inclui o advogado Rogério Tolentino e as ex-funcionárias Simone Vasconcelos (diretora) e Geiza Dias (secretária). No bloco financeiro, serão julgados novamente os ex-gestores do Rural: Kátia Rabello, José Roberto Salgado, Vinícius Samarane e Ayanna Tenório.

Valério e seus ex-sócios já foram condenados um par de vezes por corrupção ativa e peculato em negócios celebrados com o Banco do Brasil e com a Câmara. Na semana passada, também a turma do Rural arrostou uma condenação por gestão fraudulenta de instituição financeira. Dos quatro réus, apenas Ayanna Tenório foi absolvida.

Tomados pelas observações que fizeram ao ler os primeiros votos, os ministros devem impor um lote de novas condenações. No julgamento da primeira “fatia”, ficou assentado que o mensalão foi abastecido com verbas desviadas de cofres públicos. Na segunda, ficou entendido que os alegados empréstimos do Rural ao PT e às agências de Valério foram “simulados”.

No novo capítulo, os advogados de defesa alegam que não houve ocultação dos repasses, essencial para caracterizar o crime de lavagem de dinheiro. Sustenta-se que os destinatários do dinheiro identificaram-se e assinaram recibos. Os autos demonstram que, em verdade, os recibos tiveram circulação interna.

Destinavam-se ao controle que era exercido por Valério, não à escrituração formal das operações bancárias. No papelório oficial, os lançamentos foram feitos como pagamentos das empresas de Valério a fornecedores.

Noutra evidência da tentativa de acobertamento, a Procuradoria realça que foram aos guichês do Banco Rural não os políticos, mas seus prepostos. Confirmando-se as condenações desse capítulo, abre-se a trilha que levará à incriminação dos petistas e aliados que beberam das valeriana$ fontes.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Jornalismo

Lei que dá multa de até R$ 20 milhões a crimes de lavagem de dinheiro entra em vigor

Nova lei, sancionada na noite da última segunda-feira (9) pela presidente Dilma Rousseff, enquadra como lavagem de dinheiro qualquer recurso com origem oculta ou ilícita e ainda estipula punições mais duras para o crime. O objetivo da norma é tornar mais eficiente o combate aos crimes de lavagem de dinheiro.

A lei foi sancionada sem vetos, alterando a legislação anterior, que vigorava desde 3 de março de 1998. Em relação às penas, a nova lei mantém os prazos de 3 a 10 anos de reclusão, porém, os valores das multas foram alterados. O teto máximo passa a ser de R$ 20 milhões e não mais de R$ 200 mil como a lei anterior previa.

Contravenções

O jogo do bicho e a exploração de máquinas caça-níqueis são exemplos de contravenções que podem ser punidas com mais rigor a partir de agora. A nova lei foi publicada na edição desta terça-feira do Diário Oficial da União.

A nova lei, de número 12.683, também amplia as categorias de profissionais obrigados a enviar informações sobre operações suspeitas ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). Desta forma, a medida atinge doleiros, empresários que negociam direitos de atletas ou comerciantes de artigos de luxo, entre outras atividades.

Agora também será possível apreender bens em nomes de “laranjas” e vender bens apreendidos antes do final do processo, cujos recursos ficarão depositados em juízo até o final do julgamento. Antes, a venda só poderia ocorrer depois do julgamento final.

A chamada “delação premiada”, já prevista na legislação anterior, poderá agora ser feita “a qualquer tempo”, mesmo que seja depois da condenação, por aqueles que quiserem colaborar com as investigações a fim de se beneficiar pela redução da pena.

Fonte: UOL

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *