Internada em estado grave após dar entrada, na tarde desta sexta-feira, no Hospital municipal São Francisco de Assis, em Porto Real, no Sul Fluminense, uma criança de 6 anos teria sido agredida pela madrasta depois de beber um copo de leite sem autorização. A afirmação foi feita à Polícia Civil pela mãe da criança, de 28 anos, e também pela mãe da suposta responsável pelas agressões – as quatro moram na mesma casa, no bairro Jardim das Acácias, em Porto Real.
Na 100ª DP (Porto Real), que investiga o caso, as duas mulheres contaram que a violência contra a menina começou na última sexta-feira e persistiu até a manhã desta segunda, quando a sogra da mãe da vítima acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Em um dos momentos de agressão ao longo do fim de semana, ainda conforme os depoimentos prestados na delegacia, a suposta agressora dobrou um fio de televisão várias vezes e desferiu diversos golpes na enteada.
A madrasta, de 25 anos, foi autuada em flagrante pelo crime de tortura, que tem pena de 2 a 8 anos de prisão, podendo ser agravada em caso de lesões graves permanentes à vítima, por exemplo. A mulher já tem passagens na polícia por lesão corporal, em um episódio no qual agrediu a própria mãe — a mesma que, agora, depôs contra ela no caso da violência contra a criança.
Ao dar entrada no hospital, a vítima precisou ser intubada de imediato, em virtude do quadro delicado. A expectativa é que ela seja transferida para uma unidade de saúde na cidade vizinha de Resende assim que a situação clínica for estabilizada.O estado da menina chamou a atenção de uma guarnição da Guarda Municipal de Porto Real que se encontrava baseada no hospital, e o 37º BPM (Resende) foi acionado.
Horas depois, a mãe e a madrasta da vítima, que mantêm um relacionamento há cerca de um ano, foram localizadas em casa por policiais do batalhão e encaminhadas à 100ª DP. Por nota, a Polícia Militar chegou a afirmar que as duas eram “suspeitas das agressões”. Não está descartada a hipótese, a depender das investigações, de que as duas mulheres adultas que também moravam na residência venham a responder criminalmente ao menos por omissão.
Surra de fio nela também, por espancar um vulnerável.
Eita saudade do código de Hamurabi. Se tivesse em voga, provavelmente, teríamos menos criminosos e corruptos no Brasil
Os bancos de leite humano do Rio Grande do Norte registram baixos estoques e fazem um apelo às mamães que estão amamentando e tem condições de fazer a doação do leite materno, essencial para a recuperação de bebês prematuros.
A Maternidade Escola Januário Cicco, Banco de Leite Humano do Mossoró e Banco de Leite Humano do Hospital Central Coronel Pedro Germano são os que registram menores estoques.
Embora em alguns bancos os estoques estejam normais e até com registro de aumento de doações, o total não é suficiente para atender a rede de bancos de leite do estado.
“A doação também é um problema sazonal, em períodos de férias, final de ano há diminuição nas doações, e esse ano por conta da pandemia a queda foi maior. O isolamento social fez com que as mulheres que estavam doando deixassem de doar como forma de evitar o contato com a profissional do Banco de Leite”, explica, Angélica Domingos, da equipe técnica da saúde da criança e aleitamento materno da SESAP/RN.
No Rio Grande do Norte há seis bancos de leite e quatro postos de coleta, todos com profissionais capacitados para receber as mães doadoras com total segurança sanitária, tirar todas as dúvidas e orientar quanto à forma correta de posicionar o bebê na amamentação e procedimento correto para coletar o leite doado. “Nosso trabalho não se resume à busca por doações, nós também somos um local de apoio onde qualquer mãe que esteja amamentando será bem acolhida e orientada”.
Os bancos de leite são responsáveis pelo processamento do leite doado e distribuição às maternidades. Eles estão localizados em Natal, Parnamirim, Mossoró e Caicó.
Os postos de coleta são pontos de apoio, recebem as doações, armazenam e enviam aos bancos para o processamento. No RN, além dos bancos de leite, as doadoras podem procurar os postos de coleta em Natal, Mossoró e Santa Cruz.
Leite Humano é essencial para prematuros
Em Natal, no Hospital José Pedro Bezerra (HJPB), o Santa Catarina, na zona norte de Natal, referência em gestação de alto risco, o banco de leite consegue ter estoque suficiente para suprir as necessidades das crianças da UTI Neonatal (UTIN) dentro das prescrições médicas. A média mensal de fornecimento de Leite Humano Pasteurizado é de 40 L para uma média de 52 receptores ao mês.
Porém, na Unidade de Cuidados Intermediários Canguru (UCINCa), para onde normalmente os bebês são transferidos quando saem da UTIN, não há Leite Humano Pasteurizado suficiente, o que torna necessária a complementação da dieta com fórmula infantil.
A coordenadora do banco de leite do HJPB, a enfermeira Simone Dutra, explica que, mesmo com a pandemia, as doações foram mantidas graças à solidariedade das mães e ao trabalho da equipe. “Aqui a média mensal de leite humano coletado é 74 L. Não temos dificuldade de captar doadoras, mesmo com a pandemia de COVID-19. Semanalmente fazemos o levantamento de todas as mães que receberam alta nos últimos sete dias e ligamos para fazer um acompanhamento do aleitamento pós-alta hospitalar e para sugerir a possibilidade de que a mãe possa se tonar doadoras”
O hospital dispõe de uma Sala de Ordenha para fazer a coleta de leite das mães hospitalizadas, das mães que estão com seus filhos na UTIN e de doadoras externas que buscam este serviço, além de contar com um Posto de Coleta de Leite Humano da Maternidade Municipal Leide Morais.
Na Maternidade Escola Januário Cicco, a coordenadora do banco de leite, Ana Zélia Pristo, explica que o esforço é constante para que não haja falta de leite. “Diante da pandemia vivida esse ano, no início as pessoas ficaram receosas, mas depois fomos esclarecendo que tudo é feito com todo o rigor técnico dos protocolos, que foram incrementados para dar maior segurança às doadoras. Foi um desafio que conseguimos enfrentar”.
Já em Mossoró o Banco de Leite Humano necessitaria em média de três litros diário para suprir a necessidade das maternidades, mas a coleta é em média de seis litros por semana, o que torna impossível manter os serviços de neonatologia usando leite humano pasteurizado exclusivo.
Bombeiro Amigo do Peito
Uma parceria com o Corpo de Bombeiros Militar do RN, batizada de Bombeiro Amigo do Peito, é um programa que permite a coleta das doações em domicílio. O projeto acontece em Natal e, a partir do dia 17 dezembro, passa a atender também em Mossoró.
As mães que desejam doar o leite podem entrar em contato com um dos bancos de leite ou postos de coleta para receber as orientações e agendar a coleta em domicílio.
O modelo brasileiro de Bancos de Leite Humano é reconhecido mundialmente pelo desenvolvimento tecnológico inédito que alia baixo custo à alta qualidade, além de distribuir o leite humano conforme as necessidades específicas de cada bebê, aumentando a eficácia da iniciativa para a redução da mortalidade neonatal.
As condições climáticas no Brasil, independentemente de sua grande extensão, não impedem que a economia leiteira esteja presente em todo o território nacional, com maior exploração da bovinocultura do leite. A produção de leite equino, contudo, não aparece nas publicações acerca do negócio do leite, embora o país possua o maior rebanho da América do Sul e o terceiro maior do mundo. Por aqui, a equideocultura é majoritariamente impulsionada pelos esportes equestres, segmento que impõe crescimento significativo do rebanho nacional.
Nos últimos anos, porém, a composição do leite de égua vem sendo estudada e as pesquisas já constataram ser o produto um alimento de elevado valor nutritivo, podendo ser inserido na alimentação humana como um possível substituto do leite para recém-nascidos e prematuros, podendo também ser usado como suplemento dietético para idosos, pacientes em recuperação e, principalmente, crianças alérgicas ao leite de vaca.
Essa exigente demanda e as propriedades nutricionais e terapêuticas do produto justificam os investimentos na criação de cavalos, em várias partes do mundo, com vistas ao aumento da produção. O leite equino já é consumido por 30 milhões de pessoas em todo o mundo, especialmente em países da Europa e da Ásia Central.
Na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), um estudo realizado sobre a composição do leite equino revelou que as éguas da raça Quarto de Milha podem produzir colostro com maior teor de proteína e com menor teor de lactose, quando comparada a outras raças.
O estudo avaliou a caracterização físico-química e o perfil do leite de 34 éguas da raça Quarto de Milha em diferentes idades. Foto: cedida
A pesquisa foi realizada junto ao Programa de Pós-Graduação em Produção Animal (PPGPA) da Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ/UFRN) e embasou a dissertação de mestrado do aluno Ícaro Marcell Lopes Gomes Barreto, sob orientação dos professores Adriano Henrique do Nascimento Rangel e Stela Antas Urbano.
Sobre a pesquisa
Foto: Divulgação
O estudo desenvolvido no PPGPA buscou avaliar a caracterização físico-química e o perfil de ácidos graxos do leite de 34 éguas da raça Quarto de Milha em diferentes idades, ordens de parto e estágios de lactação. O resultado mostrou que as éguas Quarto de Milha apresentaram uma diferença em relação às demais raças, registrando elevado teor de proteínas e teor reduzido de lactose para o colostro e altas concentrações no leite de ácidos linoleico e linolênico, que tem funções biológicas importantes.
O resultado da pesquisa foi objeto do artigo Chemical composition and lipid profile of mare colostrum and milk of the quarter horse breed (Composição química e perfil lipídico do colostro e do leite de éguas da raça Quarto de Milha – em tradução aproximada), publicado na Revista PLOS ONE.
O estudo foi conduzido no Laboratório de Qualidade do Leite (LABOLEITE) da EAJ, com a colaboração de dois haras locais, o Haras Bom Pasto e o Haras Santa Terezinha, que disponibilizaram os seus animais para coleta do colostro e do leite utilizado nas experiências.
A minha identificação no blog do bg foi clonada.
Providências estão em andamento para punir o ladrão de nomes. Já se sabe quem foi, faltando apenas o registro e outras burocracias.
Informo também que a mensagem anterior foi feita pelo clonador que deseja me desqualificar e tenta se promover, atacando os comentaristas com palavras baixas.
Em breve, acredito que haverá ordem no blog.
Obrigado.
O pessoal adorador de Lulanovededos vai tomar a do burro diretamente no frínfa
O Brasil registrou aumento na produção e produtividade do leite em 2018, além de expansão na produção de mel e ovos de galinha e recuperação na carcinicultura (camarão).
Em contrapartida, o efetivo de bovinos sofreu a segunda queda consecutiva, depois de atingir o recorde de 218,2 milhões de cabeças em 2016. Os dados constam da pesquisa Produção da Pecuária Municipal 2018 (PPM), divulgada nesta sexta-feira (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A produção brasileira de leite atingiu 33,8 bilhões de litros, aumento de 1,6%, retomando a tendência de alta após queda de 1,1% em 2017. De acordo com o estudo, as regiões Sul e Sudeste, com participação de 34,2% e 33,9%, respectivamente, lideram a produção nacional.
Por estados, Minas Gerais foi o maior produtor, respondendo por mais de um quarto da produção nacional (8,9 bilhões de litros, ou o equivalente a 26,4% do total).
De 2017 para 2018, o preço médio nacional por litro de leite foi R$ 1,16, com alta de 4,7%, o que resultou em um valor de produção de R$ 39,3 bilhões.
Produção de ovos de galinha foi recorde em 2018, atingindo 4,4 bilhões de dúzias, alta de 5,4% em comparação com 2017 (Arquivo/Marcello Júnior/ Agência Brasil)
O maior preço médio (R$ 1,26 por litro) foi encontrado na Região Nordeste, enquanto o menor preço (R$ 0,99 por litro) ficou na Região Norte. Em termos de municípios, a cidade de Castro (PR) liderou o ranking de produção nacional, com 0,9%, respondendo por 6,7% da produção do estado.
Castro é também o terceiro município em valor de produção na soma dos seis produtos pesquisados pelo IBGE (leite, ovos de galinha, ovos de codorna, mel de abelha, lã e casulos de bicho-da-seda).
Os primeiros lugares são ocupados por Santa Maria de Jetibá (ES) e Passos (SP), que são destaques também na produção de ovos de galinha.
A pesquisa revela, ainda, que em 2018 foram ordenhadas 16,4 milhões de vacas, representativas de 7,7% do efetivo de bovinos do país.
O número mostra queda de 2,9% em comparação com a quantidade ordenhada no ano anterior. O Sudeste apresenta o maior efetivo ordenhado do país (29,2%), seguido da Região Sul (20,6%) e do Nordeste (20,4%).
Em 2018, o Brasil atingiu média de produtividade de 2.069 litros/vaca/ano.
“O Sul foi responsável pelo aumento da produtividade, com 3.437 litros por vaca no ano”, informou à Agência Brasil a analista da pesquisa, engenheira agrônoma Mariana Oliveira. O aumento alcançou 4,3% em relação a 2017.
Os três estados do Sul tiveram produtividades superiores a 3.200 litros/vaca/ano. Em seguida, aparece Minas Gerais, com 2.840 litros/vaca/ano.
Galináceos
Em 31 de dezembro do ano passado, o efetivo de galináceos, que envolve galos, galinhas, frangos e pintos, atingiu 1,468 bilhão de cabeças, alta de 2,9% sobre o resultado de 2017. O Sul é destaque na criação de frangos para abate, com 46,9%, seguido do Sudeste, com 25,4%.
Essa região é destaque na produção de ovos de galinha. O Paraná lidera o ranking nacional do efetivo de galináceos, com 26,2% do total.
A pesquisa registra 246,9 milhões de galinhas existentes em 2018, aumento de 2,5% em relação a 2017, com o Sudeste respondendo por 38,9% do total de cabeças no país, superando o Sul, que ficou com 25% do total. O Sudeste aparece também em primeiro lugar na produção de ovos, respondendo por 43,8% do total produzido em 2018, ou 1,946 bilhão de dúzias.
A produção brasileira de ovos de galinha foi recorde no ano passado, alcançando 4,4 bilhões de dúzias, alta de 5,4% em comparação ao resultado apurado no ano anterior, com rendimento de R$ 14 bilhões.
O IBGE ressaltou que essa é a primeira vez na série histórica que o total de ovos ultrapassou 4 bilhões de dúzias. O maior produtor nacional foi o estado de São Paulo, com 25,6% do total de ovos.
Ovos de galinha e leite foram os produtos que geraram maior valor de produção pecuária, em 2018. Destaque para os municípios de Santa Maria de Jetibá (ES), com valor de produção de R$ 986,9 milhões e ovos de galinha como principal produto; Bastos (SP), também liderado por ovos de galinha, com valor de produção de R$ 708,5 milhões; e Castro (PR), com valor de produção de R$ 449,7 milhões, e tendo o leite como produto principal.
Codornas
A pesquisa do IBGE informa que, no período de 2003 a 2014, o efetivo de codornas e a produção de ovos desse animal mostraram crescimento constante, embora tenham ocorrido duas quedas seguidas, em 2015 e 2016.
A atividade voltou a crescer em 2017. No ano passado, o efetivo somou 16,8 milhões de aves, expansão de 3,9% sobre o ano anterior. Já a produção de ovos de codorna – 297,3 milhões de dúzias – caiu 2,1%.
A região Sudeste concentra mais da metade do efetivo brasileiro (64%), com destaque para os estados de São Paulo, com participação de 24,6% do total, e Espírito Santo, com 21% da produção. Embora São Paulo ocupe a liderança, a atividade entrou em declínio desde 2015 naquele estado, enquanto no Espírito Santo ela evoluiu 32% no período compreendido entre 2015 e 2018, com a introdução de novas tecnologias.
“São Paulo tem tradição, mas o Espírito Santo tem inovação”, disse a pesquisadora do IBGE Mariana de Oliveira. O Sudeste detém ainda 68,5% da produção de ovos de codorna.
A análise por municípios mostra Santa Maria de Jetibá (ES) na primeira posição nacional, tanto em quantidade de codornas, como na produção de ovos, com aumentos respectivos de 35,7% e 31,7%, em 2018.
Caprinos
Entre os animais de médio porte, a pesquisa mostra que houve aumento, em 2018, tanto na criação de ovinos (+1,8%), como na de caprinos (+4,3%).
Os dois rebanhos somaram, respectivamente, 18,9 milhões de cabeças e 16,8 milhões de cabeças no ano passado.
A Região Nordeste se destaca, historicamente, nas duas criações, respondendo por 93,9% do total de caprinos do Brasil (10,7 milhões de cabeças no ano passado), e por 66,7% do total de 18,9 milhões de ovinos. Bahia, Pernambuco, Piauí e Ceará responderam por 79,6% do total de caprinos do país. “Essas criações de médio porte se adaptam muito bem à Região Nordeste”, disse Mariana.
A Bahia lidera o ranking dos dois rebanhos desde 2016, com 30,2% do efetivo de caprinos e com 22,1% do total de ovinos.
O Rio Grande do Sul surge na segunda posição, por causa da criação voltada para a produção de lã que, em 2018, concentrava 99% na Região Sul do país, revelou a pesquisadora. No Rio Grande do Sul estão 94,3% da produção de lã destinada à comercialização., que somou 8,7 milhões de quilogramas.
Suínos
Em termos de suínos, o estudo do IBGE estimou para 2018 a existência de 41,4 milhões de animais, alta de 0,14% em comparação a 2017.
O Brasil possui o quarto maior rebanho suíno do mundo. Quase metade desse efetivo (49,7%) fica na Região Sul, onde Santa Catarina respondeu por 19,2% do total nacional. Em seguida, vêm Paraná (16,6%) e Rio Grande do Sul (13,8%).
No ano passado, 5.486 municípios brasileiros apresentaram criação de suínos e 5.381 de matrizes de suínos. O efetivo total de suínos (11,6% ou o correspondente a 4,8 milhões), foi de matrizes, com alta de 1,5% sobre 2017.
Mel de abelha
A produção de mel no Brasil totalizou 42,3 mil toneladas, aumento de 1,6% em relação a 2017. A Região Sul manteve a liderança nacional, com 38,9% do total, mas a Região Nordeste, que sofreu longa estiagem desde 2012, vem recuperando a produção, tendo participado com 33,6% da produção brasileira de mel em 2018.
Mariana Oliveira informou que – de 2017 a 2018 – a produção de mel de abelha no Nordeste cresceu 11%, o que correspondeu a 1,4 milhão de quilos a mais. O valor da produção foi R$ 502,8 milhões, retração de 2,2% comparativamente ao ano anterior.
O Piauí aparece como destaque no Nordeste, com 12,3% da produção nacional e expansão de 18,6% na quantidade produzida, o que equivale a mais de 800 mil quilos de mel.
O Piauí ocupa a terceira posição no ranking de produção, depois do Rio Grande do Sul (15,2%) e Paraná (14,9%).
A pesquisadora disse, ainda, que a produção de mel é sensível a diversos fatores climáticos e ambientais. “Ela é afetada, é sensível. E agora é que o Piauí está se recuperando”.
Em Minas Gerais, a produção caiu cerca de 10%. Observou ainda que na Região Centro-Oeste, a produção de mel recuou 22,5% no ano passado, enquanto subiu 10,9% no Norte brasileiro, mas a participação dessa região no total da produção é de apenas 2,1%.
Piscicultura
A produção de peixes em criadouros somou 519,3 mil toneladas em 2018, alta de 3,4% em comparação a 2017. O IBGE não coleta dados de pesca.
A Região Sul manteve a liderança, respondendo por 32% da produção nacional, aumento de 15,2%. O valor de produção para a atividade atingiu R$ 3,3 bilhões em todo o país.
Em termos de estados, Paraná ocupa a primeira classificação, com produção de 23,4% do total da piscicultura nacional, seguido por São Paulo (9,9%) e Rondônia (9,7%).
A tilápia representa 60% de todas as espécies criadas, enquanto o tambaqui detém participação de 19,7%. O Paraná responde por 95% da produção brasileira de tilápia e por 73% da produção da piscicultura do país. O tambaqui predomina na Região Norte, onde foi responsável por 73,1% do total de 102,6 mil toneladas produzidas em 2018.
O procurador-geral de Justiça do Rio Grande do Norte, Eudo Rodrigues Leite, tomará posse para mais 2 anos à frente do Ministério Público potiguar nesta terça-feira (18). A solenidade de posse começa às 19h, na Escola de Governo, no Centro Administrativo, em Natal.
Eudo Leite foi o mais votado na eleição interna para o cargo, tendo o nome encabeçando a lista enviada à governadora Fátima Bezerra. No final de abril passado, a governadora nomeou o promotor de Justiça para chefiar a instituição no biênio 2019-2021.
“Chegamos ao fim do nosso primeiro mandato tendo a certeza que fizemos, eu e toda a equipe de gestão, o melhor para o fortalecimento do Ministério Público do Rio Grande do Norte. Esse fortalecimento não foi apenas interno. O MPRN está mais atuante, mais próximo da sociedade, buscando atender aos seus anseios através do diálogo e da resolutividade. Foram 2 anos em que enfrentamos uma crise financeira sem precedentes. Conseguimos vencê-la com revisão de diversos contratos, suspensão de obras e diversas medidas de austeridade que geraram economia à instituição”, falou.
Para o próximo biênio, além de manter os pilares do diálogo, da resolutividade, da economicidade e sustentabilidade, Eudo Leite vai investir em tecnologia. “Nos 2 primeiros anos, avançamos em eficiência na atuação. Agora vamos procurar avançar ainda mais. E a melhor forma de consolidar isso é através da inteligência, da tecnologia da informação. Além disso, vamos investir em capacitações e em laboratórios de ciência de dados que proporcionem um MPRN mais célere na análise das informações e na resolução de conflitos e problemas. O MPRN vai acompanhar essa tendência mundial, fomentando sua utilização aqui em nosso Estado”.
A eleição para procurador-geral de Justiça foi realizada no dia 5 de abril passado. Eudo Leite obteve 130 votos (70,27% dos votos válidos). A procuradora de Justiça Iadya Gama Maio teve 55 votos (29,73% dos votos válidos). Ao todo, 175 promotores e procuradores de Justiça votaram. O resultado da eleição foi homologado pelo Colégio de Procuradores de Justiça e enviado para a governadora Fátima Bezerra.
Eudo Rodrigues Leite atuou em Natal na Promotoria de Direitos Humanos e Cidadania e na Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público. Com quase 19 anos de MPRN, Eudo já exerceu cargos de coordenador do Caop Patrimônio Público, promotor assessor do PGJ, coordenador jurídico judicial, chefe de Gabinete do PGJ e presidente da Associação do Ministério Público do RN (Ampern) por dois mandatos, tendo sido, em seguida, promotor assessor da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público. na sua gestão como PGJ, obteve o primeiro lugar no Prêmio Nacional do Conselho Nacional do Ministério Público, com um projeto relacionado à Autocomposição, Mediação e Conciliação.
Dois policiais militares de Marília (SP) protagonizaram na noite desta segunda-feira (15) uma cena dramática de salvamento de um bebê de apenas 21 dias de vida, vítima de engasgamento.
Câmeras de segurança da base da Polícia Militar registraram a ação dos dois policiais que deram início aos procedimentos de ressuscitação, diante do desespero dos pais.
Segundo os policiais, o casal chegou à sede da PM por volta das 20h30 pedindo socorro e com o filho no colo. A criança já estava desacordada, com sinais de engasgamento com leite e em estado cianótico (cor arroxeada) pela falta de respiração.
Os cabos Renato Taroco e Robson Thiago de Souza deram início aos trabalhos, com um deles na respiração boca-a-boca e sucção para desengasgar o bebê e o outro fazendo os movimentos de reanimação cardiopulmonar (RCP).
Segundo Taroco, após a segunda sucção nas vias respiratórias, o bebê regurgitou o leite que o mantinha engasgado e voltou a respirar. Em minutos, segundo o PM, ele começou a recuperar a cor normal.
“Quando vimos a situação do bebê e o desespero dos pais, entramos no automático, não pensamos em mais nada e apenas fizemos o que tinha de ser feito. Foi emocionante quando percebemos que a criança voltou à vida”, relatou Taroco.
Logo após a criança retomar a respiração e a cor normal, ela foi encaminhada ao plantão de um hospital particular. A PM informa ainda que o bebê está bem e não corre mais risco de morrer.
Casal se reencontra com PMs
Foto: TV TEM/Reprodução
Um dia após viver o desespero de ver o filho recém-nascido quase morrer engasgado com leite, o casal Osvaldo e Kelly Zavanelli, de Marília (SP), recebeu nesta terça-feira (16) a visita dos dois policiais militares que salvaram o bebê de apenas 21 dias de vida com técnicas de ressuscitação. O sentimento, segundo o casal, era de gratidão.
Um dos policiais que estava de plantão no quartel quando os pais chegaram com o bebê desacordado e já roxo pela falta de respiração pode ser considerado um “especialista” em atos de heroísmo.
O cabo Renato Taroco, que participou da ação de salvamento do bebê ao lado do colega Robson Thiago de Souza, já recebeu premiação nacional como “herói da vida real” por ter salvo policiais de carro em chamas.
No reencontro com os pais do bebê Luiz Henrique, os policiais marilienses receberam o carinho pelo ato de salvamento. Taroco lembra que, no início, pensou estar diante de alguma briga por conta da gritaria do casal na chegada ao quartel.
“Achamos que era alguma briga, algo parecido, e de repente entraram no quartel a mãe e o pai aos gritos, desesperados, com o filho totalmente desfalecido, roxo, inconsciente”, relembra o policial.
Bebê reanimado
Os pais estavam em casa com o recém-nascido quando ele engasgou com o leite. O casal mora a pouco mais de 500 metros do quartel da PM. Depois de algumas tentativas de reanimar o bebê, sem sucesso, eles decidiram pegar o carro e seguir direto para pedir ajuda.
“Foi o maior desespero da nossa vida, e a gente só pensava mesmo que ele [filho] tava indo embora. Tentei reanimá-lo batendo nas costas e nem sei como lembrei que tinha a PM na rua ao lado”, disse Osvaldo Zavanelly Júnior, o pai do bebê.
Quase dois minutos e três tentativas de respiração boca-a-boca depois, o recém-nascido foi reanimado.
Taroco ainda colocou o bebê perto do ouvido para escutar os batimentos do coração e afirma ter se emocionado quando o cabo Thiago disse: “[O bebê] Voltou, Taroco, voltou!”.
“A maior alegria foi ver a criança recobrar a consciência e abrir os olhos, o coração começar a bater novamente e a satisfação de dever cumprido, um alívio”, relembra o cabo Thiago.
O bebê Luiz Henrique, de 21 dias, está há pouco mais de uma semana em casa com os pais. Após o nascimento, ele ficou internado na UTI para se recuperar de uma infecção.
Herói na SWAT
Em 2015, quando levantou o carro em chamas para salvar policiais e em seguida foi premiado por seu ato de heroísmo, o cabo Renato Taroco ganhou uma viagem aos Estados Unidos a convite da SWAT, a polícia especializada norte-americana.
Renato Taroco durante homenagem na SWAT: primeiro policial brasileiro a receber certificado de reconhecimento (no detalhe) dos EUA — Foto: Arquivo pessoal
Em Beaumont, no Texas (EUA), o mariliense tornou-se o primeiro policial brasileiro a receber um “certificado de reconhecimento” assinado pelo tenente Kelly Cole, comandante da SWAT à época.
Além do certificado, Taroco também ganhou um curso de treinamento de táticas policiais ministrado por oficiais da SWAT, unidade de elite de polícia dos EUA altamente especializada e treinada para operações complexas.
No próximo dia 21, Taroco novamente irá aos EUA para mais um curso de treinamento na SWAT. Segundo o policial, sua intenção é tornar-se uma espécie de “instrutor” para compartilhar os treinos na polícia norte-americana com seus parceiros da PM.
Lesões definitivas
Depois da operação policial no carro em chamas em 2015, Taroco precisou deixar o trabalho de campo na Polícia Militar por conta das lesões que sofreu ao levantar o veículo. Ele estava de plantão em Oscar Bressane (SP), quando uma ocorrência em Echaporã mobilizou o efetivo da região.
Um homem havia esfaqueado a mulher e fugiu de carro na rodovia. Taroco e outro PM foram acionados para a perseguição, que ocorreu até Paraguaçu Paulista. Uma viatura da cidade foi dar apoio quando o suspeito jogou o carro contra ela.
Na batida, a viatura pegou fogo e Taroco precisou erguê-la para retirar os parceiros. Os dois policiais que estavam na viatura atingida foram levados para o hospital. Um deles morreu, assim como o motorista do carro que teria provocado o acidente.
Renato Taroco, que está na PM há 14 anos, passou por três cirurgias por conta das lesões que causaram comprometimento das funções no braço (40% de perda), na perna direita (75%) e na coluna (50%).
Com isso, ele agora só pode fazer trabalhos administrativos e está lotado no Corpo de Guarda da PM de Marília, unidade onde ele ajudou a salvar o bebê na noite de segunda-feira.
Parabéns Renato Taroco, parabéns Robson Tiago
Temos nesses servidores da pátria heróis da vida real, exemplo de homens, com competência e eficácia no serviço público. Existem muitos desses por esse país continental.
Embora aqueles que buscam o compromisso e a responsabilidade no serviço público, na maioria das vezes é sufocado pelos serviçais de plantão, cuja competência e capacidade é reconhecida pelo nível de agrado e bajulação dispensados a seus superiores.
Nessas terras de inversão de valores, mais vale o despreparado que faz tudo que seus superiores mandam, por mais absurdo que seja, que aqueles que tenham competência, motivação profissional e responsabilidade institucional.
Mais de 200 mulheres são esperadas na Cidade da Criança, em Natal, para participar de diversas ações em torno da Semana Mundial da Amamentação. Um dos pontos altos da programação do AMARmentar Natal, marcado para o próximo sábado (6), será o “mamaço”, um momento de amamentação coletiva com as mães participantes e seus bebês, a partir das 16h.
O evento AMARmentar Natal é promovido pelo grupo Mais Mães, formado por 17 mães natalenses que atuam nas redes sociais. A proposta é propagar e exaltar o ato de amamentar e possibilitar melhor qualidade de vida aos bebês e crianças durante a idade compreendida entre zero e dois anos, a chamada primeira infância.
Segundo Juliana Carreras, membro do Grupo Mais Mães, apesar da facilidade de acesso à informação nos tempos atuais, a maternidade ainda traz consigo um leque de mistério, mitos e dúvidas. “Toda mãe precisa de apoio e suporte para amamentar, mas esses receios e dúvidas muitas vezes podem atrapalhar o processo e acabar gerando um desmame precoce. Com o AMARmentar, nossa ideia é criar essa rede de apoio para que toda mãe tenha acesso a orientações de qualidade”, destaca Juliana.
Para prestar esclarecimentos no entorno do tema, serão oferecidos espaços de palestras, oficinas e estandes com prestação de diversos serviços, como teste do olhinho, orientação pediátrica e odontológica, teste do coraçãozinho e banco de leite, com orientação sobre doação de leite materno e recebimento de doação de potes de vidro.
As oficinas acontecerão simultaneamente (todas às 15h) e serão oferecidas 15 vagas, com inscrições no evento. As modalidades serão estimulação para bebês, musicalização infantil e orientações sobre prevenção de acidentes domésticos. Já as palestras serão abertas, acontecerão durante toda a programação e não precisam de inscrições. Serão realizadas palestras sobre “A importância da fisioterapia no pré e no pós-parto”, “Amamentação: técnicas e mitos” e “O leite materno e a alimentação da mamãe e do bebê”.
O AMARmentar Natal será aberto ao público, especialmente a lactantes, gestantes e “tentantes” (mulheres que estão tentando engravidar). Não será cobrada entrada para o evento, todavia, o parque possui uma taxa simbólica de acesso, no valor de R$ 1. As pessoas que comparecerem poderão contribuir com doações de produtos de higiene pessoal infantil, alimentos não perecíveis ou fraldas para o Lar Bom Jesus, localizado em Pium e para o Associação Macaibense de Acolhimento Institucional (AMAI), em Macaíba.
O Primeiro Encontro AMARmentar Natal é um evento sem fins lucrativos e conta com apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Saúde Pública, Maternidade Escola Januário Cicco, Fundação José Augusto e Cidade da Criança, Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Norte, dos alunos de medicina da UFRN, integrantes do Clube CardioPed; assim como atua em parceria com Lansinoh, Bepantol, Natura, Chapito, Vila do Brincar, Petit Poti, Consultora em Amamentação Tázia de Melo, Cinthia Rocha Lopes Fisioterapia para Gestantes, Clínica Odontológica Endoral, Vaccinar, Léo Carioca, Grão de Gente, Natal Press, MZ Locações, TP Publicidade, Água Cristalina, Essencial Mammy, Guia Infantil, Bomporte e Ideia Comunicação.
Serviço:
AMARmentar Natal
Data: 6 de agosto de 2016 – sábado
Horário: 14h às 18h
Local: Cidade da Criança – Av. Rodrigues Alves – Tirol, Natal/RN
As doações de leite materno no Rio Grande do Norte de 2014 para 2015 aumentaram cerca de 25%. Durante o ano passado o número de doadoras chegou a 1913, enquanto até novembro de 2015 esse número chegou a 2.573. Ou seja, 660 mulheres doaram leite materno a mais do que no ano passado.
Para a responsável técnica pelo Banco de Leite da Secretaria de Estado e de Saúde Pública (Sesap), Raíssa Arruda, mesmo com o aumento de doações a situação dos estoques de leite materno ainda é preocupante. De acordo com Raíssa, o estoque de leite materno continua baixo no Rio Grande do Norte, e ela apela para que as mulheres que têm leite materno para doar procurem os bancos de leite.
Uma ação de inspeção do Ministério da Agricultura detectou a presença de álcool etílico no leite de duas cooperativas gaúchas: a Santa Clara e Petrópolis. A fiscalização foi feita no dia 24 de junho na Santa Clara e de 15 a 20 de julho na Petrópolis. O álcool é usado na tentativa de ocultar a adição de água, que dá maior volume ao leite. Segundo o Ministério, as quantidades encontradas não representam riscos para a saúde dos consumidores.
As duas cooperativas negam que tenha ocorrido qualquer irregularidade nas fases de recepção, processamento e distribuição do leite e sustentam que isso está comprovado por testes de controle de qualidade que fazem. Mesmo assim, a Petrópolis acatou determinação do Ministério da Agricultura e recolheu os lotes de leite UHT integral L02/2 e L2-3 embalados em 26 de junho, com prazo de validade até 26 de outubro, e de requeijão light L2 fabricado em 30 de junho com validade até 30 de setembro. Além de retirar os lotes do varejo, a cooperativa orientou consumidores que tenham unidades dos produtos em casa a telefonar para seu serviço de atendimento, anunciado que enviará funcionários ao endereço informado para efetuar a troca por leite e requeijão de outros lotes.
No caso do leite pasteurizado da Santa Clara, ainda não está informado se o volume colocado sob suspeita pelo Ministério da Agricultura foi descartado ou enviado ao mercado. Neste caso, não haveria como fazer recall porque o produto dura poucos dias e já teria sido consumido. A cooperativa reiterou, por nota, que submete toda a matéria-prima que recebe a análises, tanto nos postos de captação quanto na indústria. Como não tem registros de presença de álcool etílico no leite, anunciou que pedirá esclarecimentos ao Ministério da Agricultura.
No final da tarde desta terça-feira (5), o Ministério Público do Rio Grande do Sul convocou as cooperativas a prestarem esclarecimentos na sexta-feira sobre a contaminação de lotes de leite por álcool etílico. O objetivo do MP é investigar se a adulteração foi feita por entregadores ou nas unidades das próprias cooperativas, e se foi acidental ou proposital. Caso tenha sido intencional, o MP afirmou que vai investigar toda a cadeia, do produtor à entrega para o varejo.
Operação — O Ministério Público gaúcho desencadeou em maio a Operação Leite Compensado, com o cumprimento de nove mandados de prisão e treze de busca e apreensão nas cidades de Ibirubá, Guaporé e Horizontina, após apurar a contaminação do leite fabricado por cooperativas gaúchas. A ação constatou que uma das formas de fraude identificadas é a da adição de uma substância semelhante à ureia, e que tem formol em sua composição, na proporção de 1 kg deste produto para 90 litros de água e mil litros de leite. A adulteração consiste no crime hediondo de corrupção de produtos alimentícios, previsto no artigo 272 do Código Penal. A simples adição de água, com o objetivo de aumentar o volume, acarreta perda nutricional, que é compensada pela adição da ureia – produto que contém formol em sua composição – e é considerado cancerígeno pela Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer e pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça, informou ontem (31) que três indústrias de laticínios protocolaram, nesta semana, no Ministério da Justiça, campanhas de recall para recolhimento de mais de 900 mil litros de leite adulterado.
A campanha da empresa Goiasminas, responsável pelo leite Italac, abrange 774 mil unidades de leite integral e desnatado. Serão recolhidos os produtos dos lotes que vão do L 05 KM3 ao L 23 KM1, fabricados entre 30 de outubro de 2012 e 9 de novembro de 2012 e válidos até 8 de abril deste ano.
A empresa Vonpar Alimentos, responsável pelo leite Mu-Mu, informou que fazem parte da campanha quase 150 mil litros dos lotes 3ARC, 1AJL e 1CPF, fabricados nos dias 18 de janeiro e 19 e 20 de fevereiro deste ano.
Já a campanha da Líder Alimentos do Brasil abrange o lote TAP1MB, fabricado em 17 de dezembro de 2012, mas, em nota, a empresa informou que todo o lote foi recolhido.
As responsáveis pelas marcas Mu-Mu e Líder admitiram ao Ministério da Justiça que houve adição de ureia ao produto.
A Operação Leite Compen$ado, deflagrada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) em parceria com o Ministério da Agricultura no começo de maio, revelou a adição de ureia para aumentar o volume do leite por empresas transportadoras do produto. Com o crime, transportadores lucravam 10% a mais do que os 7% já recebidos sobre o preço do leite cru, em média R$ 0,95 por litro. O total de leite movimentado pelo grupo, no período de um ano, chega a 100 milhões de litros. Mais de 100 toneladas de ureia foram compradas pelos envolvidos na fraude.
De acordo com a coordenadora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Judi Nóbrega, a investigação mostrou que o responsável pela fraude não era a indústria, nem o produtor de leite, e sim o transportador.
Em nota, as empresas responsáveis pelas marcas Líder e Mu-Mu informaram que todo o produto contaminado foi retirado do mercado. Segundo o Ministério da Justiça, a empresa Latvida não protocolou recall porque o produto contaminado não chegou a ser distribuído no mercado.
A Justiça determinou o bloqueio do valor de R$ 3.992,00 nas contas do Governo do Estado como forma de garantir o fornecimento mensal do leite medicamentoso NEOCAT para o autor da ação. A juíza da 1ª Vara da Fazenda Pública,Valéria Maria Lacerda Rocha, já havia decido sobre o obrigação de fazer do Estado, porém não vinha sendo cumprida a contento, pois absteve-se de fornecer o produto o mês de maio, somente o fazendo em junho, entregando quantidade suficiente para três meses, referente ao trimestre junho-agosto.
“Todavia, da análise dos documentos colacionados pelo próprio demandado, percebe-se que assiste razão ao autor. Os recibos de entrega de medicamentos demonstram que o autor recebeu, mensalmente, oito latas de NEOCAT até 27 de abri l de 2012. A entrega seguinte ocorreu em 20 de junho de 2012, na quantidade de vinte e quatro latas, referente ao trimestre junho-agosto. Assim, resta claro o lapso de entrega no mês de maio”, disse Valéria Maria Lacerda Rocha.
A magistrada entendeu que é imperativo o bloqueio pretendido para adimplemento da obrigação específica, entendimento comum ao Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal. Por essas razões, defiro o pedido de bloqueio do valor necessário para o fornecimento do leite medicamentoso NEOCAT, conforme prescrição, em quantidade suficiente para um mês – oito latas – no valor de R$ 499,00 cada lata, resultando no total de R$ 3.992,00”, determinou a juíza.
Acrescentar um bônus de R$ 0,10 ao litro de leite fornecido ao Programa Leite Potiguar, que totalizará R$ 0,93 centavos, com pagamento retroativo ao mês de maio. Esta é a proposta do Governo do RN apresentada aos produtores de leite do Rio Grande do Norte como uma alternativa para solucionar o problema do desabastecimento de cerca de 50 mil litros de leite por dia, que corresponde 33% da produção de leite contratada pelo programa, estimada em 155 mil litros/ dia.
A proposta foi feita em reunião que contou com a presença do diretor geral do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Norte, Emater-RN, Ronaldo Cruz, do Coordenador do Programa do Leite, Isaac Alves, do presidente do Sindicato dos Produtores de Leite Carne e Derivados do RN (Sinproleite), Marcelo Passos, associados e do representante da Associação Norte-Rio-Grandense de Criadores (Anorc), Antônio Teófilo Filho. O período de estiagem e a consequente queda na produção da bacia leiteira do RN foi o tema do encontro de terça-feira (19), na sede da Emater-RN.
De acordo com o diretor-geral da Emater, Ronaldo Cruz, com o aumento do valor pago no litro do leite o produtor terá maior atrativo para ampliar o seu fornecimento para o Programa Leite Potiguar, que estará, assim, estimulando a bacia leiteira num momento de severa estiagem no estado. Segundo Ronaldo Cruz, com o ajuste anunciado pelo Governo, de R$ 0,93, o litro de leite do Programa do RN terá um acréscimo de 12%, passando de R$ 0,83 para R$ 0,93, ficando 16,25% acima do valor pago normalmente na média dos outros estados, que é de R$ 0,80.
“O problema do desabastecimento do leite deve ser resolvido o mais rápido possível, mesmo sabendo das dificuldades apresentadas pela seca que assola mais de 70% da população rural do RN, visto que atinge principalmente crianças, gestantes, nutrizes e idosos, enfim, todos beneficiários do Programa do Leite”, ressalta Ronaldo Cruz.
O valor de R$ 0,93 a ser pago pelo litro do leite bovino, retroativo a maio, contribuirá para a solução do desabastecimento do leite, em função da estiagem. Como medida complementar, para garantir o abastecimento, se for necessário, o Governo poderá distribuir leite em pó. “O Programa de Aquisição de Alimentos da Conab (PAA-Conab) já distribui leite em pó em alguns estados da federação. A distribuição de leite em pó, caso os consórcios contratados não venham a suprir a demanda, será feita em caráter emergencial e temporário, até a normalização da oferta. Não será, entretanto, nenhuma medida pioneira em sua execução, pois o próprio Governo Federal já faz”, salientou Ronaldo Cruz.
A Emater/RN realizou na última quinta-feira (14) pesquisa sobre o preço do leite praticado no PAA LEITE, nos Estados do Nordeste e Minas Gerais (o Nordeste de Minas Gerais também é atendido pelo Programa). Dos valores obtidos, observa-se que o preço do leite de gado já assegurado pelo Governo do Estado do Rio Grande do Norte é o 3º maior praticado nos programas estaduais, isto sem considerar, no cálculo, o desconto do frete.
Segundo o diretor geral do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do RN, Emater-RN, Ronaldo Cruz, a pesquisa realizada junto aos responsáveis pelos programas do leite em cada um dos estados oferece condições para um comparativo de preço praticado pelo Governo do RN, já que coloca os preços praticados em uma base de dados comum. “Pelo que se pode constatar deste levantamento, o Programa Leite Potiguar tem uma sistemática diferenciada no RN em relação aos demais estados do Nordeste, pois efetua o pagamento diretamente ao produtor, respeitando todos os componentes desta cadeia produtiva”, disse Ronaldo Cruz.
Os dados mostram que apenas o Estado do Rio Grande do Norte faz o pagamento diretamente ao Laticínio e ao produtor, de forma separada. Assim, no RN, o preço do leite anunciado no programa é o preço efetivamente pago ao produtor. Nos demais estados, o pagamento é feito somente ao laticínio, que repassa a parcela do produtor. Nesta operação, os laticínios descontam do produtor 2,3% sobre o preço do litro estabelecido no programa, referente à Contribuição Especial da Seguridade Social Rural (CESSR) e o valor do frete, que é função da distância entre o produtor e o laticínio que faz o processamento.
A depender do desconto do frete, que é variável, o valor do preço do leite anunciado pelo Governo do Rio Grande do Norte, em algumas situações, pode chegar a ser o maior valor pago, comparativamente aos demais programas estaduais do leite. O preço anunciado pelo Governo para o produtor (R$ 0,83) atinge 3,6% acima da média dos demais estados (R$ 0,80).
Os estados do Piauí e de Sergipe atualmente não estão operando o Programa do Leite. A tabela abaixo mostra os números do Programa do Leite nos Estados do Nordeste e Minas Gerais.
Preço do leite nos estados que operacionalizam o PAA:
ESTADO
VALOR PAGO AO PRODUTOR (R$)
Pagamento efetuado ao Laticínio
Leite Bovino
Leite Caprino
Valor PAA (R$) (1)
Valor pago pelo Governo(2)
Valor máximo efetivamente pago pelo Governo(3)
Valor PAA (R$) (1)
Valor pago pelo Governo
ALAGOAS
0,70
0,82
0,80
1,20
1,50
BAHIA
0,74
0,74
0,72
1,25
1,25
CEARÁ
0,69
0,73
0,71
1,20
1,20
MARANHÃO
0,77
0,83
0,81
–
–
PARAÍBA
0,76
0,92 ( 4)
0,90
1,30
1,40
MINAS GERAIS
0,70
0,70
0,68
–
–
PERNAMBUCO (5)
0,76
1,00
0,98
1,30
1,65
PIAUÍ (6)
–
–
–
–
SERGIPE (7)
–
–
–
–
Pagamento efetuado ao Laticínio e ao produtor separadamente
Com o pagamento de R$ 1.178.668,30 realizados na última sexta-feira, o Governo do Estado do Rio Grande do Norte quita o pagamento das duas quinzenas de Janeiro/12 e duas quinzenas do mês de fevereiro/12 do Programa do Leite, relativos ao Programa de Aquisição de Alimentos – modalidade leite (PAA-Leite), parte do programa do Leite que é realizado em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à fome (MDS).
O governo realizou, também, na última sexta-feira (23) o pagamento de mais R$ 2,5 milhões, que quita o pagamento das duas quinzenas do mês de janeiro/12, referentes à parte do programa que é realizado exclusivamente com recursos do Governo do Estado. Até a próxima terça-feira (27) o Governo do Estado do Rio Grande do Norte quitará o pagamento das duas quinzenas do mês de fevereiro/12, efetuando o pagamento de mais R$ 2,5 milhões.
“Assumimos um compromisso com a cadeia produtiva do leite e estamos cumprindo. Reorganizamos o programa e as finanças; saldamos as dívidas. O programa Leite Potiguar contempla nova organização e estrutura do “programa do leite”, com mais agilidade e menos burocracia, para que os benefícios desse programa sejam sentidos por todos: produtores e população”, disse a governadora Rosalba Ciarlini anunciando mudanças do programa do leite que passa a se chamar Leite Potiguar, que entrega, por dia, 113.425 litros de leite de gado e 4.233 litros de cabra em todos os municípios do Rio Grande do Norte, totalizando 117.658 litros/dia para as famílias beneficiadas.
No dia 15 de março a governadora Rosalba Ciarlini recebeu 11 associações e sindicatos do agronegócio potiguar, na Governadoria, e entre os compromissos firmados; o de regularizar o pagamento do programa até o final do mês de março.
Sensível ao pleito dos representantes, a governadora Rosalba Ciarlini em relação ao “Programa do Leite” comunicou que todos os processos que estivessem em conformidade teriam as quinzenas quitadas, como efetivamente estão sendo pagas. Por ano são investidos R$ 62 milhões no programa, somente com recursos do Governo do Estado.
Está mantido, também, o acordo feito com o Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do RN (SINDLEITE-RN) para quitar os débitos deixados pela gestão anterior. O valor devido, cerca de R$ 3,4 milhões, será pago em oito quinzenas, a partir deste mês de março, paralelamente ao pagamento das quinzenas de 2012.
Além de quitar a dívida da gestão anterior, o Governo do Estado trabalha para reestruturar o Programa do Leite a partir de sua municipalização. Este novo formato vai facilitar a logística de distribuição tanto para as cidades quanto para a população.
“Com as medidas que estão sendo adotadas, como a centralização do orçamento na Emater e com a municipalização do programa, vamos garantir a agilidade do pagamento, a melhora e o controle da distribuição e entrega do leite aos beneficiários, numa parceria exitosa com as prefeituras”, afirmou Ronaldo Cruz, diretor-presidente do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Norte (Emater).
Os municípios de Georgino Avelino, Bom Jesus, Monte Alegre, Cerro Corá, Tibau do Sul e São Paulo do Potengi foram visitados por uma Comissão de Inspeção para a pré-implantação do novo formato que se chamará Leite Potiguar. A intenção é implantar a filosofia do novo programa em todos os 167 municípios.
A ex-governadora Wilma de Faria soltou mais uma bomba através da página pessoal do Twitter (@wilmadefaria). A presidente estadual do PSB acusou o governo Rosalba Ciarlini de não fazer o pagamento do Programa do Leite aos produtores, o que ocasionou a suspensão da distribuição de 50 mil litros do produto para as famílias beneficiadas.
O programa atua distribuindo diariamente um litro de leite para cada uma das 155 mil famílias em todo o Rio Grande do Norte. Ele conta com investimentos mensais na ordem de R$ 7,2 milhões, o que totaliza um aporte de recursos anuais que supera os R$ 85 milhões, que beneficia os produtores e às famílias de baixa renda.
A grande decepção dos produtores rurais do Estado que fornecem para o Programa do Leite, maior programa social do Rio Grande do Norte, é com o fato da governadora Rosalba Ciarlini ser médica pediatra e saber da importância do leite na alimentação infantil.
Desde que assumiu o governo, Rosalba deu pouca importância ao Programa do Leite. Não atualizou o débito do governo passado e nem pagou em dia, em seu governo. O preço do leite encontra-se defasado e com o pagamento atrasado, estando a maior parte dos produtores sem receber há mais de cinco quinzenas o que lhes é devido, além de não existir fiscalização nos laticínios para atestar a qualidade do leite fornecido.
Todos esperavam que ao assumir o governo, Rosalba Ciarlini fosse dar a atenção devida ao programa. Coisa que não aconteceu. O atual governo conseguiu praticamente acabar com o Programa do Leite.
Do Blog: Hoje pela manhã o RN TV abordou o assunto no programa, lastimável a situação dos produtores e a qualidade do leite que e distribuído hoje, porque o governo simplesmente não fiscaliza. Já tem pequenos produtores quebrados e os maiores produtores já estão com quase 90 dias sem receber, fora o debito deixado pelo governo passado. Estão sendo tratados como lixo ou não?
o pior de tudo é que não é somente a rosa que faz isso, todos os governos que entram e saem do poder do nosso estado fazem essa pouca vergonha, era bom que os produtores de Leite arrumassem outro comprador e deixasse o estado se virar !!!
Surra de fio nela também, por espancar um vulnerável.
Eita saudade do código de Hamurabi. Se tivesse em voga, provavelmente, teríamos menos criminosos e corruptos no Brasil