Foto: Jorge William / Agência O Globo
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que a campanha de ódio e mentira nas redes sociais são os grandes inimigos da democracia atual. Em um discurso nesta quinta-feira em um evento virtual do Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ), o magistrado afirmou que, em vários países, a democracia está sendo ameaçada por três fenômenos: o populismo, o extremismo e o autoritarismo. Em uma fala repleta de indiretas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Barroso também rebateu a proposta pelo voto impresso e criticou os defensores de ditadura.
Barroso, que também é ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), entrou na rota direta dos ataques de Bolsonaro nesta semana, após o presidente se tornar alvo de duas ações do TSE por seus constantes ataques às urnas eletrônicas. Bolsonaro afirmou, na quarta-feira, que não aceitará “intimidações” e que sua “briga” é com o presidente do tribunal eleitoral.
No evento de hoje, Barroso não citou o nome de Bolsonaro. No entanto, ao falar do populismo, descreveu como um movimento puxado por líderes carismáticos que se elegem com o discurso contra “tudo isso que está aí”. A fala faz referência a promessa do presidente quando ainda era candidato ao Palácio do Planalto, em que afirmava que governaria de forma diferente de seus antecessores e da chamada “velha política”.
— O extremismo hoje se vale, sobretudo, utilizando as redes sociais para campanhas de ódio, campanhas de desinformação e teorias conspiratórias. E aí nós caímos no autoritarismo, que é essa tentação permanente e em diferentes partes do mundo de concentração do poder, de supressão das instituições representativas. E, hoje em dia, o populista extremista autoritário se vale das redes sociais para atacar as instituições para tentar enfraquecê-las e preparar o caminho para o autoritarismo. Assim tem sido a experiência mundial — disse Barroso.
Urna eletrônica
Defensor do voto impresso, Bolsonaro tem feito, sem provas, acusações em discursos a seus apoiadores e nas redes sociais de que a urna eletrônica é passível de fraude e de que o sistema eleitoral brasileiro é falho. Há na Câmara uma Proposta de Emeda à Constituição (PEC), feita pela deputada bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF), de que seja impresso um comprovante de voto na hora de eleição.
Nesta quinta, o presidente do TSE criticou a proposta afirmando que, além do aumento do gasto público, a impressão do comprovante coloca em risco o sigilo do voto e traz problemas de logística ao pleito, já que “ao menos 150 milhões de votos precisarão ser transportados, armazenados e contatos a mão”. Barroso afirmou ainda que a contagem manual dos votos também não traz mais transparência ao processo eleitoral e, pelo contrário, abre brecha para possíveis fraudes como já vistas antes da implementação da urna eletrônica.
— [Quem defende isso] é que não tem a menor ideia de como o sistema funciona.
Defesa da democracia
Barroso participou da palestra magna da abertura do webinário “Reforma Política e Eleitoral – Temas Relevantes para as Eleições 2022″, organizada pela Escola Judiciária Eleitoral do TRE-RJ. Em sua fala, defendeu a democracia, mas afirmou que ela passa por um processo de erosão motivado por ” por agentes políticos eleitos pelo voto popular como presidentes e primeiros-ministros”.
— [Eles] Depois de eleitos, no entanto, tijolo por tijolo, desconstroem alguns dos pilares da democracia num passo a passo em que cada ato individual não parece grave ou dramático, mas o conjunto é o esvaziamento da democracia — declarou Barroso, que também afirmou: — Nós vivemos um momento no mundo em que as instituições que protegem a democracia são mais demandadas do que nunca.
Barroso também criticou aqueles que defendem a volta das ditaduras e disse que é necessário a defesa da democracia das, em suas palavras, “tentações golpistas”.
— Só defende a Ditadura aqueles que perderam a fé no futuro e têm saudades de um passado que não houve, não aconteceu. Esse sucesso que alguns procuraram alardear — disse o ministro, que completou: — Portanto, nós precisamos defender a democracia no plano das ideias, conquistando corações e mentes, e no plano das ações, tomando atitudes necessárias para impedir o avanço do autoritarismo e coibir as tentações golpistas em todo o mundo.
O Globo
Bolsonaro quer voto auditàvel favorável a todos os candidatos para uma eleição limpa e os acéfalos amantes do vagabundo, mentiroso e ladrão do lula, são contra, porque sabem que na honestidade este mafioso não ganha.
Ele tá falando de si mesmo.
Esse ministro está equivocado.
Esse juiz melitante quer transformar o Brasil numa Venezuela.
Porque esse medo todo de uma impressora??
Porque??
Que mal tem isso??
“….De novo a comparação de Bolsonaro com Hugo Chávez? Sim, porque, por meio da análise das ações do venezuelano, é possível estudar todo o cardápio de estratagemas para usar a democracia para destruir a própria democracia. Hugo Chávez foi escolhido presidente do país em eleições limpas realizadas em 1998. Depois disso, o processo eleitoral foi sendo corrompido aos poucos, seja através de mudanças nas regras do jogo, seja por meio de táticas para semear a desconfiança da população na lisura do sistema…. – ”
https://noticias.uol.com.br/colunas/diogo-schelp/2021/08/04/a-fraude-nas-eleicoes
Nem simpatizo muito com esse Ministro, mas ele falou a pura verdade. Depois de uma ditadura instalada, ainda mais comandada por uma família totalmente envolvida com milícias e outros grupos perigosos, ninguém sabe onde é que a desgraça vai dar…
qual o medo de uma urna imprimir o voto? eu nao entendo esse temor
Autoritarismo é não deixar um presidente eleito pelo povo governar, é desrespeitar a vontade popular também impedindo a transparência das eleições e insistindo em “contar os votos” numa caixa preta inexpugnável, longe das vistas dos eleitores. Algo precisa ser feito para que voltemos a viver numa democracia. Desse jeito não dá mais.
Tá de saída boneca? Vai mas deixa de chororô. Já vai tarde.
O pobre de bolsonaro… Sabe que não ganha nas urnas em 2022 e já está pavimentando o tapetão. Coitado dele se pensa que vai dar um golpe e instituir uma nova ditadura… Isso é Brasil; vamos resistir!
Só narrativas. Ele pensa que engana quem? Por que proíbe os servidores do TSE da área de informática discutirem publicamente a urnas eletrônicas? Por que tanto medo de tornar mais transparente o processo eleitoral? Até agora falou, falou e não convenceu ninguém com um pouco de inteligência.
Agora, com ajuda da Huawey -quem diria? – ficou mais fácil a contagem dos eleitores de Bolsonaro:
“Empresa chinesa vai monitorar gado brasileiro com sensor na cabeça”.
Voto em papel é sacanagem.
Tem gente que não acredita em computador, mas acredita em cloroquina.
É de lascar.