Cidades

Situação da locomotiva de 68 toneladas descarrilhada é solucionada e viagens de trem são regularizadas em Natal

Foto: Reprodução / Bom Dia RN

A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) recarrilhou, nesta quinta-feira 7, a Locomotiva de Serviço que havia saído dos trilhos na manhã de quarta-feira. O veículo tem 68 toneladas.

Até a conclusão dessa atividade, os trens da Linha Sul continuarão circulando entre as Estações Parnamirim e Padre João Maria, situada na Av. Nevaldo Rocha (Antiga Bernardo Vieira).

As viagens da Linha Sul serão regularizadas na sexta-feira 8, a partir do turno da tarde, devido à necessidade de manutenção da linha férrea, no trecho onde ocorreu o descarrilamento.

A locomotiva estava levando uma prancha com materiais de construção no intervalo entre as corridas de passageiros.

O acidente aconteceu no bairro das Quintas, na região da Feira do Carrasco.

Foram colocados calços e um pedaço de trilho para tentar a retirada, mas não houve sucesso na tentativa de colocá-lo de volta no trilho até às 17 horas da tarde da quarta-feira. Por tal razão, o veículo ficou no local até a tarde desta quinta.

Por causa do transtorno, algumas viagens sofreram alteração. Os passageiros que vem de Parnamirim, desciam na Estação Padre João Maria, na Avenida Nevaldo Rocha. Já quem seguia desde o bairro da Ribeira, devia escolher a parada do Hospital Giselda Trigueiro.

Agora RN

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Diversos

Governo consegue reaver locomotiva histórica para o Rio Grande do Norte

O Governo do RN e o Ministério Público Estadual venceram Ação Civil Pública ajuizada contra o estado de Pernambuco solicitando a devolução da Locomotiva Catita para o Rio Grande do Norte.

A locomotiva inglesa Catita foi adquirida pela Estrada de Ferro Central do RN em 1906 e está ligada ao nascimento das Pontes sobre o Rio Potengi. Em 1975, a locomotiva foi levada para Recife para ornamentar a sede da RFFSA – Rede Ferroviária Federal, onde se encontra até hoje.

O Governo do Estado, por meio da Procuradoria do Patrimônio e da Defesa Ambiental, vinculada à Procuradoria Geral do Estado, ingressou no processo ajuizado pelo MP por entender que a locomotiva possui grande importância histórica e cultural para o estado.

A Juíza Federal da 4ª. Vara da Seção Judiciária do Rio Grande do Norte, Gisele Araújo Leite, atendeu o pedido da Procuradoria Geral do Estado e proferiu sentença reconhecendo que a Catita é patrimônio cultural do Rio Grande do Norte e determinando seu retorno ao estado.

Pernambuco foi ordenado a devolver a Catita ao RN em 90 dias, contados da intimação da sentença. O transporte da locomotiva para Natal fica sob responsabilidade do governo pernambucano.

Ontem, a procuradora estadual Marjorie Madruga, da Procuradoria do Patrimônio e da Defesa Ambiental, se reuniu com o Superintendente do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico do Rio Grande do Norte (IPHAN/RN), Onézimo Santos, para discutir o destino de Catita em solo potiguar.

Ficou definido que a locomotiva será exposta na Ribeira, no antigo prédio da Rede Ferroviária Federal (REFESA), que está sendo recuperado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN).

“O retorno de Catita tem importância histórica; ela participou de momentos relevantes da cidade, no que se refere à mobilidade urbana – um tema muito atual. A locomotiva vai se tornar ponto de visitação, incrementando dessa forma o turismo cultural do estado”, destacou Marjorie Madruga.

SOBRE A LOCOMOTIVA

A Catita é uma locomotiva férrea inglesa de pequeno porte adquirida pela Estrada de Ferro Central do RN em 1906. Em 1916, a locomotiva conduziu importantes figuras do cenário potiguar como Joaquim Ferreira Chaves, Januário Cicco, Henrique Castriciano e Juvenal Lamartine à inauguração da Ponte de Igapó, considerada, à época, a maior obra ferroviária da Região Nordeste.

Cinquenta anos depois, a RFFSA autorizou que 26 locomotivas a vapor usadas fossem vendidas para o ferro velho. Quando a comissão pernambucana designada para este fim veio ao RN e reclamou que só havia 25 locomotivas, descobriu que a ausente era justamente a Catita, escondida pelos empregados da empresa para evitar que virasse sucata.

Assim, a Catita ficou aos cuidados do Sr. Manoel Tomé de Souza, o Sr. Manoezinho, que a deixou em condições de trafegar novamente.

Mais tarde, para atender à crescente demanda rodoviária, o governo do RN, na gestão de Walfredo Gurgel, firmou parceria com a RFFSA para a construção de uma nova ponte sobre o estuário do Potengi, a Ponte Presidente Costa e Silva, mais conhecida como “A Ponte de Igapó”, a primeira de concreto em Natal, inaugurada em 26 de setembro de 1970.

Para esta ocasião, a Catita foi restaurada a fim de fazer o percurso, pela segunda vez em sua existência, de inauguração da nova ponte, assim como o fizera 54 anos antes.

Mais uma vez, transportou importantes personalidades como o Monsenhor Walfredo Gurgel e o General Duque Estrada.

Em 1975, Catita foi levada para Recife, para decorar o escritório regional da RFFSA. De lá, seguiu para o Museu do Trem, também na capital pernambucana, onde se encontra até o momento.

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