Saúde

CEPA COVID: Nascida nos EUA, variante Lota chama a atenção pela letalidade; 60% mais mortal do que a original detectada em Wuhan

Foto: Divulgação/NIAID

Os resultados de um novo estudo realizado por pesquisadores do Departamento de Saúde e Higiene Mental da Cidade de Nova York e da Escola Mailman de Saúde Pública, da Universidade de Columbia, ambos nos Estados Unidos, surpreenderam os pesquisadores. O trabalho identificou que as taxas de transmissão, de mortalidade e a capacidade de escapar do sistema imunológico de uma variante do coronavírus chamada Lota é maior do que se previa inicialmente. A Lota foi identificada pela primeira vez em novembro de 2020, na cidade de Nova York, e não há casos registrados no Brasil.

A pesquisa ainda não foi revisada por outros pesquisadores, procedimento que é adotado em trabalhos científicos, mas já causou impacto, ao indicar que a variante consegue escapar do sistema de defesa do organismo em até 10% dos casos. Além disso, a Lota tem uma taxa de letalidade semelhante à Alfa, que foi detectada pela primeira vez no Reino Unido, e é 60% mais mortal que a variante originada em Wuhan, na China.

Modelo matemático

A comparação entre os índices é feita com base em dados epidemiológicos e populacionais coletados em Nova York. Para isso, fez-se uma modelagem matemática para determinar a taxa de transmissão — e não com casos reais de morte.

— Ainda assim, já nos chama a atenção porque tem características de transmissão, escape da resposta imunológica e taxa de letalidade semelhantes à variante Alfa, uma das quatro cepas de preocupação — enumera o geneticista Salmo Raskin, diretor do laboratório Genetika, em Curitiba.

Modelos matemáticos tendem a calcular um número de casos e mortes aproximados da realidade. Quando se analisa apenas os dados epidemiológicos, há um risco de a taxa de mortalidade ser inflada devido à subnotificação de casos. Por exemplo, se em uma cidade foram registrados 100 casos de Covid-19 e uma pessoa morreu da infecção, a taxa é de 1%. Mas se o número de diagnósticos estiver subnotificado e o real for que 1 mil pessoas se contaminaram, cai para 0,1%.

O estudo também mostrou que a Lota perdeu força em Nova York a partir de março de 2021, quando a variante Alfa passou a circular nos EUA. Ainda não se sabe qual será a reação da Lota diante da Delta, que se sobrepôs à Alfa e fez o número de internações nos EUA voltar a aumentar.

— Se vencer a luta evolutiva contra a Delta, é bem possível que ela passe da classificação usada na ciência de “cepa de interesse” para “cepa de preocupação” — alerta o geneticista Raskin.

As denominações foram criadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) recentemente. As variantes que demonstram capacidade de transmissão comunitária e se espalham rapidamente por dentro de um país ou para outros países são as de “interesse”. As variantes de “preocupação” são aquelas que além de se alastrar, impactam no curso da doença, por exemplo, elevando a taxa de transmissão, mudando ou aumentando os sintomas ou reduzindo a efetividade de medidas de saúde, como diagnósticos, vacinação e tratamentos terapêuticos.

Trabalhos já mostraram que a Lota é não é tão resistente aos tratamentos. As evidências também indicam que a variante não aumenta o risco de infecções graves em pessoas vacinadas ou que já se infectaram antes.

Risco para Brasil

Na avaliação de Raskin, há chance de a variante Lota chegar ao Brasil por meio de viagens internacionais. No entanto, ele afirma que esta não é a única maneira, e destaca que o descontrole da pandemia pode fazer com que essa e outras cepas surjam espontaneamente em nosso país.

— As variantes que apresentam mutações nos genomas não chegam apenas por pessoas que viajam de um lugar para o outro. Estas variantes mostram, do ponto de vista evolutivo, que o coronavírus se adapta melhor mudando o código genético. Isto quer dizer que em qualquer lugar do mundo em que existir qualquer variante do coronavírus, ele pode se modificar naturalmente para uma variante Lota ou outra qualquer.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Essa turma não quer de forma alguma que a vida das pessoas volte ao normal. A torcida pelo vírus é enorme e essa Globo parece ser a mais nojenta. A gente só falta ver o sangue escorrendo. É incrível!

    1. Sua vida nunca voltará ao normal, filho de belzebú, pelo simples fato de que você nunca foi normal. Você é uma aberração da natureza. Uma besta que não vive sem uma cangalha. Mas não tenho pena de você. Todo castigo pra corno ainda é pouco.

    2. Que revolta é essa, Juju. Vá limpar sua boca suja, “cumpanhero”. Depois, reze 5 Pai Nosso e 10 Ave Maria. Prá vermes como vc, não tem reza que resolva. Kkkkkkk

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Diversos

Carnaval de Natal: público lota Centro Histórico e prestigia Kengas

Foto: Marco Polo

Alegria, brilho e animação tomaram conta do Polo Centro Histórico, durante o tradicional desfile das Kengas, nesse domingo (23). A programação foi aberta com Acorda Cubbler, seguido por João Batista do Fama e finalizado por Glória Groove. A vencedora do desfile foi Danuza, que concorreu com outras 50 candidatos.

Para o idealizador do bloco das Kengas, Lula Belmont, o público atendeu as expectativas. “É um retrato do fortalecimento do Carnaval de Natal, que ganhou proporções grandes e se consolidou como um destino de carnaval”, celebrou.

A drag queen paulista Glória Groove celebrou o momento de felicidade por estar de volta aos palcos de Natal depois de três anos. Essa é a primeira vez que Glória se apresenta no carnaval. “É lindo ver o quanta coisa aconteceu para mim e para as drags, e elas se veem representadas com outra no palco”, explicou Groove.

A jornalista Ceci Oliveira, madrinha de 2020, disse que este é um bom ano para o papel. “Estou muito feliz de celebrar a Danuza, que eu adorava ouvir no rádio com o seu ‘oi, amor’, e também por estarmos vivendo um momento de repressão à arte. Ser Kenga é resistência e acho isso simbólico demais”, disse.

Opinião dos leitores

  1. Natal já nasceu condenada a ser bela e banguela. Esta cidade é tão feminina quanto 'as' integrantes do bloco das Kengas. Oh, como Natal não há tal.

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