Diversos

TCE-RN: Conselho ao pacato cidadão! Por Luciano Ramos, presidente do CNPGC

Luciano_RamosA indiferença da cidadania em face de temas centrais das nossas vidas, sobretudo no foco do interesse público, faz lembrar questionamento feito ao escritor José Saramago, por um crítico contumaz: Por quê, sendo ateu, o senhor resolveu escrever sobre a vida de Jesus Cristo? Prontamente respondido: Enquanto nossa sociedade basear guerras, disputas políticas e até feriados em religião, eu sou parte interessada, ainda que eu não queira.

Não se pode fugir aos efeitos de determinadas diretrizes coletivas, mesmo que a nossa propensão individual seja ao alheamento.

Portanto, há de haver o direito de ser ouvido sobre temas coletivos que impactam direta ou indiretamente nas nossas vidas, inclusive para legitimar democraticamente as decisões, a cargo de autoridades representativas do poder que emana do povo.

Sem dúvida, a escolha de alguém para julgar contas públicas, analisar a regularidade da alocação dos nossos parcos recursos disponíveis – suadamente retirados do fruto do nosso trabalho individual para manter a máquina administrativa -, está entre os assuntos prioritários não só para a vida em sociedade, mas também para os destinos de cada cidadão individualmente considerado.

Brasil a fora, Tribunais de Contas – ciosos da importância de sua missão institucional – foram responsáveis diretos por melhorias no transporte público e redução de tarifas – como foi o caso do Rio Grande do Sul -; atuaram, e ainda atuam, na investigação da suposta subtração de milhões de reais em obras de metrô – como vimos proceder o diligente MPC/SP; além de terem sido responsáveis pela investigação que culminou no afastamento de dois Desembargadores do TJ/RN, sobre os quais paira a suspeita de desviarem milhões de reais destinados a pagamento de precatórios. Para ficarmos em alguns exemplos.

Ao se atribuir poder com tanta repercussão individual e coletiva a um corpo de sete pessoas, manter-se indiferente ao seu processo de escolha é ser conduzido como manada, abdicando do livre arbítrio que Deus deu apenas aos homens, acreditemos ou não Nele.

Assim, o Conselho Nacional de Procuradores Gerais de Contas apoia integralmente a nobre campanha CONSELHEIRO CIDADÃO em curso no Ceará, pois a apatia do cidadão rima com escravidão, menos saúde, menos educação e, sobretudo, menos controle dos gastos públicos.

Luciano Ramos

Presidente do Conselho Nacional de Procuradores Gerais de Contas (CNPGC)

TCE-RN

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Diversos

Luciano Ramos é eleito presidente do Conselho Nacional de Procuradores de Contas

Luciano RamosO Procurador Geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas do Estado, Luciano Silva Costa Ramos, foi eleito quarta-feira (04), presidente do Conselho Nacional de Procuradores de Contas, em Congresso da instituição realizado em Vitória/Espírito Santo. Sua posse deverá ocorrer no próximo trimestre em Brasília.

TCE-RN

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Jornalismo

Procurador-Geral do MPjTCE lembra que contratos com OS's são legais, mas alerta para a importância da fiscalização

Na sessão plenária dessa quinta-feira (21), a Assembleia Legislativa aprovou, por 15 votos a quatro, o Projeto de Lei que permite que o Governo do Estado, seja pela Administração Direta ou pela Indireta, firme convênios com organizações sociais, as famosas OS’s.

O tema é bastante polêmico, afinal que não lembra do contrato firmado entre o Instituto  de Tecnologia, Capacitação e Integração (ITCI) com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para o programa gerenciar “Natal Contra a Dengue”? Na época, inclusive, o Ministério Público interviu e, após muita polêmica, o então secretário Thiago Trindade cancelou o contrato de três meses com menos de 30 dias de vigência.

O procurador-Geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas do Estado (MPjTCE), Luciano Ramos, explicou ao blog que esse tipo de contratação é legal, mas que requer cuidados na fiscalização.

“O terceiro setor pode atender ao interesse publico, desde que se tenha controle sobre o dinheiro público nele investido. O problema é que os exemplos de fraudes com Organizações Sociais e OSCIP’s [Organização da Sociedade Civil de Interesse Público] tem se multiplicado”, destacou.

Então fica o registro para todos os órgãos de controle externo das atividades do Poder Executivo: Olhos abertos. Esse recado também serve para a população, já que a Constituição Federal garante o instrumento da Ação Popular para anular atos administrativos lesivos ao patrimônio público.

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