REPRESENTAÇÃO ARTÍSTICA DO EXOPLANETA PROXIMA B (FOTO: ESO)
Um estudo conduzido no Instituto Carl Sagan daCornell University mostrou que, diferente do que se pensava, podem existir condições necessárias para o desenvolvimento de vida no exoplaneta conhecido como Proxima b. Esse é o planeta que não pertence ao Sistema Solar que é o mais próximo da Terra, a cerca de 4,2 anos-luz.
Existem fatores favoráveis à vida em planetas que orbitam estrelas conhecidas como anãs-vermelhas, caso do Proxima b, que se movimenta em torno da estrela Centauri. Contudo, a instabilidade e hostilidade de astros como esse também são desvantagem.
“A barreira principal para a habitabilidade desses mundos é a atividade de suas estrelas hospedeiras. Explosões estelares regulares podem banhar esses planetas em altos níveis de radiação prejudicial à vida. Além disso, durante longos períodos de tempo, o ataque de radiação de raios-X e fluxos de partículas das estrelas hospedeiras colocam as atmosferas desses planetas em risco”, conta Jack O’Malley-James, um dos responsáveis pela pesquisa, ao Universe Today.
Para determinar se a vida poderia existir nessas condições, os norte-americanos consideraram as condições do planeta Terra há cerca de 4 bilhões de anos, quando a superfície terrestra também era hostil à vida. Isso porque, além da atividade vulcânica e de uma atmosfera tóxica, a paisagem terrestre foi bombardeada pela radiação ultravioleta, forma semelhante a dos planetas que orbitam estrelas como a Centauri atualmente.
Isso significa que a vida poderia existir em planetas vizinhos como Proxima b mesmo com níveis severos de radiação. Proxima Centauri tem cerca de 4,8 bilhões de anos, aproximadamente 200 milhões de anos a mais o que Sol. Se considerarmos que a vida na Terra surgiu há 3,5 bilhões de anos, e que o exoplaneta nasceu pouco depois de sua estrela, é possível concluir que houve tempo, sim, para o desenvolvimento de vida no astro.
Galileu
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