Polícia

Paulo Maluf não está mais na lista pública de pessoas procuradas pela Interpol

maluf-pedro-ladeiraO deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), 84 anos, e seu filho Flávio não estão mais na lista pública de pessoas procuradas pela Interpol, a Organização Internacional de Polícia Criminal.

Segundo informações do gabinete do deputado, a exclusão foi feita há 1 mês e meio. Maluf fala entre “duas e três semanas”. Ele não quis revelar como conseguiu que seu nome fosse retirado da lista de procurados internacionais.

Procurado pelo Blog, o deputado comemorou e fez uma brincadeira: “Estou fora do mensalão, fora do petrolão, fora da Lava Jato, não estou no Panama Papers e votei a favor do impeachment. Agora, saí da lista vermelha da Interpol. Só falta o papa Francisco me canonizar”.

As informações são do repórter do UOL André Shalders.

Ontem (11.abr.2016), no início da noite, Maluf foi um dos 38 deputados que votaram a favor da admissibilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff na comissão especial que tratou do assunto na Câmara. O pedido foi aceito, pois o Palácio do Planalto teve apenas 27 votos no colegiado de 65 integrantes.

Feliz com seu voto, Maluf dava entrevistas a granel ao final da sessão da comissão do impeachment. Indagado pelo Blog se achava justo ser “canonizado” pelo papa (ser tornado santo da Igreja Católica), o deputado respondeu:

“Por tudo que fiz pela cidade de São Paulo, acho que eu mereço [a canonização]”.

“Amanhã [hoje], 12 de abril, completo 49 anos de vida pública. Em 12 de abril de 1967 fui nomeado presidente da Caixa Econômica Federal. Tenho muitos serviços prestados”, declarou.

Maluf diz que sua última viagem internacional foi em dezembro de 2008, quando esteve na França, na Itália e na Inglaterra. Agora, está livre para passear novamente pelo exterior. “Vou tirar uns 15 dias em julho. No inverno, gosto de ir para a Argentina, para Bariloche. Também posso ir para Punta del Este, no Uruguai”, disse.

Paulo Maluf foi incluído na lista da Interpol em 19.mar de 2010, há quase 6 anos. Ele foi colocado na relação que é conhecida como “difusão vermelha”. O deputado poderia ser preso se fosse ao exterior. Ao desembarcar, corria o risco de ser detido em qualquer 1 dos mais de 180 países que integram parte do organismo.

À época, a inclusão ocorreu a pedido da Promotoria de Nova York, em decorrência de uma investigação iniciada em 2001. Maluf foi acusado de enviar recursos ilegalmente para o exterior e por desviar dinheiro público no Brasil. O deputado nega ter cometido irregularidades. “Agora, vou mandar o meu advogado procurar esse juiz em Nova York para explicar tudo”, afirma.

O desvio teria ocorrido nas obras da avenida Água Espraiada. O dinheiro teria sido enviado para Nova York –depois, para a Suíça, para a Inglaterra e para a Ilha de Jersey. Maluf nega todas essas acusações.

maluf-edit PauloMaluf-InterpolLISTA SIGILOSA

Embora Maluf não apareça mais na lista pública da Interpol, não há como saber se o político brasileiro é mantido em uma outra relação, não divulgada.

Como a inclusão foi feita a pedido da Justiça dos EUA, delegados da Polícia Federal brasileira que trabalham com a Interpol não souberam precisar se Maluf está ou não na lista sigilosa da Interpol. Nesse caso, ele ainda poderia ser preso ao sair do Brasil.

“TRAGA UM ALFAJOR PRA GENTE VER”

O deputado deu pistas sobre sua exclusão da lista da Interpol nas redes sociais.

Na última 5ª feira (16.abr) o deputado foi alvo de provocações de um internauta no Facebook, após anunciar publicamente que apoiaria o impeachment de Dilma Rousseff.

“Amo o Brasil e principalmente amo São Paulo”, concluiu o deputado em seu anúncio. Um internauta lançou a provocação: “Tem que amar mesmo o Brasil afinal nem pode deixar o país, né lindo?”

“Quanto a não deixar o país você está equivocado e desatualizado. Abraços!!!”, replicou Maluf.

“Se o senhor pode mesmo sair do país e eu não estou sabendo peço que vá até a nossa querida vizinha Argentina e traga um alfajor para a gente ver. É barato, é fácil – e assim nos atualizamos sobre a sua situação”, continuou o internauta.

maluf-face-editBlog Fernando Rodrigues, UOL

Opinião dos leitores

  1. Votis!!
    Foi só ele se "manifestar" favorável ao impeachment…???
    Não não
    Isso é coisa da minha mente poluída…

    1. kkkkkkkk
      também pensei isso véio! E ri até chorar!
      kkkkkkkk

  2. Sempre acreditei que o Brasil não tem jeito. Mas agora é o mundo que não tem jeito…
    As aves que aqui gorjeiam, gorjeiam como as de lá..

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Diversos

VÍDEO – Paulo Maluf: "Aeroporto feito por Aécio não é público, é para sua família"

O deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) afirma que a explicação do candidato do PSDB a presidente da República, Aécio Neves, sobre a construção de um aeroporto na cidade de Cláudio (MG) quando governava o Estado “foi pior” que a construção em si. “[É] um aeroporto particular para a família. Não é um pecado mortal. É um pecado venial. Algum efeitinho, tem. Sempre é uma manchinha”, diz, sobre o impacto eleitoral do caso. Paulo Maluf concedeu entrevista ao programa “Poder e Política”, do UOL e da Folha, em 22.jul.2014. A gravação ocorreu no estúdio do UOL em São Paulo.

ASSISTA AQUI

Opinião dos leitores

  1. O blog não vai noticiar mais nada sobre o aeroporto da família do Aécio construído com dinheiro público?
    Hoje na Folha saiu que Tancredo Neves já havia construído a primeira pista na fazenda e o tio de Aecio já havia sido condenado a ressarcir R$ 497 mil, e o terreno estava bloqueado na justiça para pagamento da dívida.
    O que fez Aecio? reformou a pista e "desapropriou" por R$ 1 milhão, ou seja, a pista continua em poder do tio de Aecio, a desapropriação foi para inglês ver, com o dinheiro da desapropriação o tio paga a dívida com a justiça pela primeira construção irregular com dinheiro público e Aécio ainda usa a pista, visto que a sua fazenda fica apenas a 6km da fazendo do tio.
    Negócio bastante conveniente, coisa do jeito PSDB de governar

    1. Deixa ver se entendi.
      A notícia é de hoje e o blog noticiou ontem?
      Pense em um furo de reportagem?
      Que o blog tenha sua ideologia política tudo bem, bastava ter silenciado e não ter comentado e nem postado a notícia que envolve Tancredo Neves mostrando que a construção do aecioporto é bem mais cabeluda, mas dizer que já postou ontem uma notícia da Folha que foi publicada hoje, já é demais!

    2. Vc está enganado de novo. Essa noticia a agência folhapress divulgou desde ontem. Menos…
      Encerrado. Abraços

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Política

"PT me trata com respeito, gosta de mim", diz Maluf sobre aliança

MalufSofaJorgeAraujoO senhor está feliz com a aliança que firmou com o petista Alexandre Padilha?, perguntou o repórter ao deputado Paulo Maluf. E ele: “O PT me trata com mais respeito do que outros partidos. O PT gosta de mim.”

Por vias transversas, o blog recebera a informação de que Maluf estava insatisfeito com o petismo. Dizia-se que cogitava inclusive desfazer em São Paulo o noivado do seu PP com o PT. Romperia a aliança firmada há 13 dias antes da formalização das núpcias, em convenção partidária a realizar-se no final do mês.

Seu relacionamento com o candidato do PT é bom?, insistiu o repórter, pelo telefone. “É ótimo”, respondeu Maluf, sem titubeios. Ele quantificou sua afinidade com Padilha: “101%”.

Para dissolver qualquer réstia de dúvida, Maluf esclareceu que “o relacionamento é perfeito também com o Emídio de Souza, que é o presidente estadual do PT, e com o Rui Falcão, que preside o partido nacionalmente.”

O repórter já se dera por convencido. Mas a satisfação de Maluf com o PT, por ilimitada, intimou-o a adicionar à sua lista mais dois personagens: “Estou muito satisfeito com a atuação do Lula e com a atuação da Dilma em relação ao PP.” De novo, ele forneceu uma referência matemática: “Queixa zero!”

“O Ministério das Cidades é do PP há mais de dez anos”, Maluf explicou. “E, quando apoiamos o prefeito Fernando Haddad, na eleição de 2012, houve inclusive a indicação do secretário de Saneamento Ambiental” do ministério.

O indicado do PP para a Secrataria de Saneamento Ambiental continua no cargo? “Claro que continua”, disse Maluf, antes de esclarecer: “Não é do PP. Não faço indicações políticas. O engenheiro Orlando Garcia é uma indicação técnica. Se a gente põe político, faz besteira”.

“Técnico também erra”, corrigiu-se Maluf. “O Celso Pitta [prefeito de São Paulo de 1998 a 2000], que eu indiquei para me suceder, não deu certo. Mas o importante é que eu fiz a indicação de boa fé.”

Não receia perder a disputa pelo governo de São Paulo com Padilha, hoje o preferido de apenas um 3% do eleitorado? “Quando entrei na campanha do Fernando Haddad, ele também tinha 3% no Datafolha. O José Serra tinha 31%. Esteve na minha casa duas vezes, acompanhado do senador Aloyzio Nunes.”

Por que não fechou com Serra? “Conversamos muito, acho ele um administrador estupendo. Eu disse pra ele: fui prefeito, tenho obrigação de escolher bem. Você está com 70 para 71 anos, foi prefeito há pouco tempo, ficou um ano e três meses e foi embora. Não quis ser prefeito, entregou pro Gilberto Kassab. Perguntei: Serra, você quer ser prefeito ou quer usar a prefeitura como trampolim?”

O que disse o Serra? “Ele disse que era a última coisa da vida dele, queria ser prefeito por oito anos”. Não acreditou? “Ora, meu querido, não acredito em Papai Noel. Fui apoiar o Fernando Haddad, o candidato dos 3%.”

Maluf disse não ter dúvidas de que a eleição em São Paulo será definida em dois turnos. “Aposto o que você quiser. Tem segundo turno. Vai ser o Geraldo Alckmin contra o Alexandre Padilha ou contra o Paulo Skaf.”

Como empresário, por que não entregou o tempo de propaganda do PP no rádio e na tevê para o PMDB de Skaf, presidente da Fiesp? “Eu considero o Paulo Skaf muito competente. Dos candidatos que estão aí, é o mais experiente.”

Se é assim, insisto, por que não apoiou o Skaf? “Vejo o Skaf a cada 15 dias, sou industrial. Conversei muito com ele sobre isso. Até havia, de minha parte, uma predisposição. Mas temos deputados federais e estaduais que têm outro ponto de vista. O PP nacional também. E eu não faço política sozinho.”

“A maioria optou pelo Padilha”, declarou Maluf. “Além disso, decidimos apoiar a Dilma nacionalmente. E o apoio ao Padilha veio por gravidade.” Otimista a mais não poder, Maluf vaticinou: “A Dilma vai vencer no primeiro turno”.

Acha mesmo que uma gestora com taxa de aprovação de 33% no Datafolha vai prevalecer no primeiro round? “Anota aí: ela ganha no primeiro turno. Vou fazer força por ela, em São Paulo.”

Maluf fez as contas: “O tempo de televisão da Dilma, 13 minutos, é três vezes maior que o do Aécio Neves. É seis vezes mais que o do Eduardo Campos —um bom candidato que terá dificuldade de se comunicar. A Dilma terá 26 comerciais de 30 segundos por dia, em dez redes de televisão. Durante 45 dias, todo mundo vai vê-la falando alguma coisa. E ela tem o que falar.”

Confirmando-se a vitória de Dilma, afirmou Maluf, “ela e o Lula se concentrarão na campanha de São Paulo, para apoiar o Padilha ou o Skaf.” Novamente, Maluf arrastou seus búzios na direção oposta à das pesquisas: “O Alckmin vai perder. Não tenho a menor dúvida disso.”

Ex-adversário do PT por três décadas, Maluf é, hoje, um insuspeitado entusiasta do trabalho de Dilma Rousseff. “Para esse momento, ela é a melhor presidenta que o Brasil poderia ter.” Por quê? “Ela tem personalidade, sabe mandar e conhece a fundo os problemas.”

Como apreciador de obras, não acha que dilma demorou para transpor os obstáculos ideológicos que travavam as concessões à iniciativa privada? “Vou repetir uma coisa que eu sempre digo. O Lula está à minha direita. Perto dele, sou um comunista.” O raciocínio vale para a Dilma? “Claro que sim, mais ainda.”

O escritor e dramaturgo francês Jean-Paul Sartre costumava repetir que o marxismo é inultrapassável. Vivo, Sartre ficaria escandalizado com Maluf. “Comparada a mim, a Dima é a extrema direita”, ele disse. Como assim?, indagou o repórter.

“Ora, meu querido, você acha que eu ia entregar dinheiro do BNDES para a BMW construir uma fábrica de automóveis em Santa Catarina? Eu nunca faria isso! Eles que trouxessem os Euros. Pois bem. Hoje, estão dando o nosso dinheiro para uma indústria automobilística que, além da marca, vai ficar com o prédio e todos os dividendos. Isso, sim, que é ser extrema direita. Eu sou comunista.”

No dia em que posou para fotos ao lado de Padilha, selando a parceria em São Paulo, Maluf foi flagrado pela câmera do UOL num cochicho ao pé do ouvido do novo aliado. Parecia preocupado com o marketing da campanha. “Eu preciso de dar uma ideia, inclusive de discurso”, ele soprou para o candidato, com hálito de segredo

O Padilha o procurou para ouvir os seus conselhos? “Claro que sim. Falamos quase todo dia.” O que tinha a dizer de tão importante? “Tem um velho ditado dos jesuítas que diz o seguinte: água benta e conselho é de graça. Eu fui aluno dos jesuítas. Durante oito anos, fui coroinha. Sou um bom conselheiro. Às vezes erro, mas não deixou de dizer o que penso.”

Mas, afinal, que conselhos deu, gratuitamente, ao Padilha? “Eu disse pra ele o seguinte: você não tem que pegar oito temas. Basta pegar três: saúde, que é o teu forte, violência urbana e água. Bate nesses três temas, que você resolve o seu problema eleitoral.” Padilha acatou? “Vamos saber quando começar a campanha, depois da Copa.”

Maluf enxerga na secura que começa a infelicitar as torneiras de São Paulo uma espécie de Waterloo do governador tucano Geraldo Alckmin. “Não tenho nada contra o Alckmin. É um bom sujeito. Mas ele, mal informado pela Sabesp, mente quando diz que falta água em São Paulo porque não chove. Isso é uma heresia.”

Além de São Pedro, qual seria a causa? Como engenheiro, eu me irrito com tanta mentira. Sei que, hoje, 30% da água tratada de São Paulo se perde na rede de abastecimento, antes de chegar às casas. Imagine uma indústria qualquer que perdesse 30% de sua produção antes de chegar ao consumidor final. Quebrava em um mês. A Sabesp não quebra porque nós subvencionamos”.

Salivando, Maluf recitou o discurso que espera ver ecoado por Padilha: “Fui eu que fiz a estação de Cantareira quando era governador, na década de 80. A grande São Paulo tinha 12,5 milhões de habitantes. Hoje, tem 21 milhões. A população cresceu cerca de 80%. E os investimentos cresceram 20%. Agora, deixam 30% da água se perder pelo caminho e dizem que o problema é de falta de chuva. Isso é irritante.”

Maluf converte sua ira em conselhos para Padilha num instante moralmente delicado. Sob os petistas Fernando Haddad e José Eduardo Cardozo, a prefeitura de São Paulo e o Ministério da Justiça tentam repatriar verbas que, segundo o Ministério Público, Maluf malversou e desviou para o exterior. Maluf costuma dizer que não tem nem conta no exterior. Mas nada disso atrapalha o seu bom relacionamento com o ex-PT.

“Dos partidos com os quais eu já me coliguei, quem me trata melhor é justamente o pessoal do PT”, repisa Maluf. “Antes, poderia haver alguma divergência ideológica. Hoje, não tem mais.”

Josias de Souza – UOL

Opinião dos leitores

  1. Farinha do mesmo saco, vcs já viram um sujo falar do mal lavado? E pela ética bandidos tem que tratar outro bandido mto bem!!!!

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Judiciário

Maluf é condenado e pode ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa

O deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) foi condenado, na manhã desta segunda-feira, pelo 10ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça por improbidade administrativa devido ao superfaturamento da obra do Túnel Ayrton Senna, realizada no período em que ele era prefeito de São Paulo entre 1993 e 1996.

Maluf já havia sido condenado em primeira instância. A decisão foi referendada agora pelos três desembargadores da 10ª Câmara de Direito Público, o que configura uma decisão colegiada e enquadra o deputado federal da Lei da Ficha Limpa. Ele fica inelegível por oito anos. Em seu voto, que foi acompanhado pelos outros dois colegas, a relatora do processo, a desembargadora Teresa Ramos Marques, condena Maluf a pagamento de multa de R$ 42,3 milhões e a perda dos direitos políticos por cinco anos.

Em nota, a assessoria do deputado diz que a condenação não faz com que ele seja enquadrado na Lei da Ficha Limpa. “No caso em questão o Tribunal de Justiça não condenou o deputado Paulo Maluf pela prática de ato doloso, como também não o condenou por enriquecimento ilícito. Por essas razões a Lei da Ficha Limpa não impede que o Deputado participe das próximas eleições”, diz a nota.

A Lei da Ficha Limpa diz que ficam impedidos de disputar eleições “os que forem condenados à suspensão dos direitos políticos, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, por ato doloso de improbidade administrativa que importe lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito”.

A ação havia sido proposta pelo Ministério Público Estadual. Os promotores haviam entendido que houve superfaturamento porque a Emurb, empresa municipal responsável pela obra, havia aceitado das duas empreiteiras contratadas para execução do projeto uma tabela de preços de equipamentos, materiais e mão de obra acima do valor de mercado. O túnel deveria ter custado R$ 147 milhões, mas acabou saindo por R$ 728 milhões. Maluf teria viabilizado o superfaturamento ao transferir recursos do caixa da prefeitura para a Emurb.

O Globo

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Jornalismo

Documentos informam que Maluf recebeu “comissões” em Jersey

Informação exclusiva que vem do blog do jornalista Jamil Chade, Direto da Europa do Estadão, que o BG aqui reproduz:

Saint Helier, Jersey – Verdades absolutas no Hemisfério Norte podem ser diferentes quando se cruza o Equador. Tomamos por exemplo o caso do céu, numa noite estrelada. De fato, o que se vê no Sul e no Norte são cenários diferentes, por conta da posição do planeta. Mas parece que há uma nova constatação das diferenças entre o Norte e o Sul: nem tudo que se diz a um juiz no Norte é o que se diz no Sul para a Justiça.

Terminado o julgamento das contas de Paulo Maluf em Jersey, publico abaixo as cópias dos documentos que advogados da empresa Durant, acusada de enriquecimento ilícito pela prefeitura de São Paulo, apresentaram aos juizes. Neles, os advogados da empresa apontam o envolvimento direto da família Maluf no caso.

Esses são os primeiros documentos a se tornarem públicos indicando de forma escancarada que a familia Maluf gerenciava a Durant International, e reconhecendo que Maluf recebeu pagamentos de “comissões” no exterior, usando uma conta em Nova Iorque para transferir os recursos para Jersey, no Hemisfério Norte. A alegação é de que o dinheiro não vem de pagamentos de subornos ou propinas. Mas os advogados insistem em confirmar que os pagamentos existem sim.

No Brasil, na parcela Sul do Hemisfério, mesmo diante dessas evidências, os advogados de Maluf fazem questão de dizer que os advogados em Jersey não falam em nome do ex-prefeito.

Apresento abaixo os documentos dados pelo escritório Walker, que representa a Durant no caso, ao juiz Howard Page:

1. No primeiro deles, datado de novembro de 2010 e entregue à Corte de Jersey, o advogado afirma que Maluf tinha “interesses diretos ou indiretos” na Durant, empresa offshore que tem seus ativos bloqueados.

 

2. Menos de um ano depois, o escritório enviaria ao mesmo juiz de Jersey, em março do ano passado, uma correção importante. Pela nova versão, Maluf não tinha qualquer interesse na empresa offshore. Mas seu filho, Flávio, era seu “diretor”. A companhia tem sua sede nas Ilhas Virgens Britânicas, um paraíso fiscal.

 

 

3. Para concluir, os advogados apontam que Paulo Maluf de fato recebeu dinheiro na conta da Durant em Jersey. Mas o dinheiro seria fruto de “negocios legítimos”. Por apresentar executivos de duas empresas que depois fechariam negócios entre Brasil e Argentina, Maluf recebeu “comissões”. Se não bastasse, os advogados apontam que Maluf não sabia que o dinheiro chegaria a Jersey usando uma conta nos Estados Unidos, a Chanani.

 

Ou seja, Paulo Maluf recebeu dinheiro de comissões na conta de uma empresa em Jersey que, por coincidência, tinha como diretor seu próprio filho.

Esclareço ainda que esses documentos foram passado à reportagem de foma oficial pela Corte de Jersey, que cobrou 10 libras esterlinas pelas cópias feitas. Dei uma nota de 20 libras e os funcionários me devolveram o troco, junto com um recibo oficial do serviços que prestaram por compilar a documentação e fazer o xerox…(peço perdão ao leitor pela qualidade do recibo. Ficou no bolso)

 

Um último detalhe: advogados brasileiros ligados à Maluf passaram uma semana acompanhando o julgamento na Corte Real de Jersey. Imagino que deve ter sido por curiosidade apenas…

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Política

Apoio de Maluf a Haddad em SP enche o PP de verba federal

O apoio do PP à candidatura de Fernando Haddad (PT) à Prefeitura de São Paulo coincidiu com uma disparada na destinação de verbas federais para obras e projetos apadrinhados por parlamentares do partido.

Em um quadro atípico, o PP do ex-prefeito Paulo Maluf foi, desde o dia 1º de junho, o segundo partido mais beneficiado pelo governo no atendimento das emendas parlamentares, mostra levantamento da Folha.

As emendas são o mecanismo pelo qual os congressistas inserem obras e projetos no Orçamento.

O mês de junho marcou a reta final da definição das alianças para as eleições municipais de outubro.

Quinta maior bancada no Congresso, o PP ficou à frente do PT e só atrás do PMDB –donos das maiores bancadas no Congresso.

A eleição de Haddad em São Paulo é vista como principal objetivo eleitoral do PT, maior partido de sustentação do governo federal.

Polêmica, a aliança com Maluf garantiu ao petista, neófito em eleições e em desvantagem nas pesquisas de intenção de voto, equilíbrio em relação a seu principal adversário, José Serra
(PSDB), no tempo da propaganda de rádio e TV.

A partir de 14 de junho, data em que Paulo Maluf passou a considerar publicamente a possibilidade de apoiar Haddad em vez de Serra, a liberação de emendas para o PP quintuplicou.

Até aquela data, a liberação acumulada desde janeiro era de R$ 7,2 milhões. De um mês para cá, foram mais R$ 36,6 milhões para emendas do partido.

O levantamento foi feito com base nas 20 ações de governo que mais concentram emendas.

Editoria de arte/Folhapress
MOEDA DE TROCA Verbas para emendas do PP crescem após aliança com Haddad em SP
MOEDA DE TROCA Verbas para emendas do PP crescem após aliança com Haddad em SP

Um dos principais aliados de Maluf em São Paulo, o deputado federal José Olímpio foi o segundo mais beneficiado entre os pepistas, obtendo R$ 4,2 milhões para ações apoiadas por ele.

Outro parlamentar do PP paulista beneficiado foi Beto Mansur, ex-prefeito de Santos e que tem Maluf como seu padrinho dentro do partido.

A aliança do PT com o PP em São Paulo foi celebrada na casa de Maluf no dia 18 de junho, com a presença de Haddad e do ex-presidente Lula, que posaram para fotos.

Na ocasião, o governo entregou um posto-chave do Ministério das Cidades a um afilhado do ex-prefeito.

O ritmo de liberações de emendas indica também que, além do salto nas verbas para o PP, a ex-prefeita e hoje senadora Marta Suplicy (PT) foi a terceira mais agraciada entre 174 parlamentares que foram contemplados no período, com R$ 5,6 milhões.

Marta, que pretendia ser a candidata petista em São Paulo, tem resistido a entrar na campanha de Haddad.

OUTRO LADO
A Secretaria de Relações Institucionais, órgão da Presidência responsável por receber e negociar demandas de congressistas, não explicou os critérios usados em relação ao PP e a Marta.

Em nota, a assessoria da ministra Ideli Salvatti afirma apenas que o governo “atendeu solicitações de parlamentares de todas as bancadas” e que se esforçou para realizar os empenhos até a data permitida pela Lei Eleitoral.

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Política

Pesquisa mostra que 64% dos petistas rejeitam apoio de Maluf e Haddad cai em pesquisa

Está na Folha de hoje, o estrago do apoio de Maluf se concretiza nos números. Segue:

O apoio do deputado Paulo Maluf (PP-SP) ao petista Fernando Haddad é rejeitado por 62% dos eleitores de São Paulo, mostra pesquisa concluída ontem pelo Datafolha. Entre os que declaram preferência pelo PT, a reprovação da aliança chega a 64%.

Este é o primeiro levantamento a medir o impacto da união patrocinada pelo ex-presidente Lula, que abriu crise na campanha petista e levou a ex-vice Luiza Erundina (PSB) a abandonar a chapa.

Os números indicam que a foto com Maluf pode prejudicar Haddad na corrida à prefeitura. A maioria dos entrevistados (59%) disse que não votaria num candidato apoiado pelo ex-prefeito. Outros 12% seguiriam sua indicação, e 26% seriam indiferentes.

“A rejeição ao apoio de Maluf é muito alta e pode vir a ser determinante na eleição. Agora temos que ver como isso será explorado na campanha”, diz o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino.

A pesquisa mostra que 70% dos eleitores ainda não sabem quem Maluf apoiará na eleição municipal. Só 17% sabem que ele apoia Haddad.

A desistência de Erundina, em protesto contra a aliança do PT com o adversário histórico, teve ampla aprovação popular: 67% dos eleitores disseram que ela “agiu bem”. Outros 17% reprovaram a atitude, e 16% não opinaram.

Outra má notícia para Haddad é que a influência de Lula segue em queda. Hoje, 36% dos eleitores dizem que o apoio do ex-presidente os faria escolher um candidato. O índice era de 49% em janeiro, e cai a cada pesquisa.

Mesmo assim, Lula permanece como o principal cabo eleitoral da disputa. Segundo o levantamento anterior, concluído no último dia 14, o apoio da presidente Dilma Rousseff influía no voto de 28%. O aval do governador Geraldo Alckmin era decisivo para 29%, e o do prefeito Gilberto Kassab, para 12%.

Editoria de Arte/Folhapress

SERRA LIDERA

A pesquisa mostra que o cenário geral da eleição permanece estável. Serra oscilou um ponto percentual para cima e lidera a corrida com 31% das intenções de voto.

Como a margem de erro da pesquisa é de três pontos para mais ou para menos, ele se mantém no mesmo patamar.

Em segundo lugar aparece o ex-deputado Celso Russomanno (PRB), que oscilou três pontos para cima e agora aparece com 24%. Ele tem crescimento constante desde janeiro, quando tinha 17%.

Haddad interrompeu a trajetória de alta. Ele oscilou dois pontos negativamente e continua em terceiro lugar, com 6%. O mesmo aconteceu com Soninha Francine (PPS).

Também registraram 6% o deputado Gabriel Chalita (PMDB) e o vereador Netinho de Paula (PC do B), que deixou a disputa anteontem para apoiar Haddad. Quando a pesquisa foi registrada, ele ainda era pré-candidato.

Paulinho da Força (PDT) tem 3%, e Carlos Giannazi (PSOL), 1%. Os demais pré-candidatos não pontuaram. Nulos e brancos somam 11%, e 5% não opinaram.

O Datafolha ouviu 1.081 eleitores na capital paulista entre os dias 25 e 26. A pesquisa foi registrada no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) sob o número 87/2012.

Editoria de Arte/Folhapress

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Política

Maluf corteja Paulo Wagner

Ícones políticos valorizam Paulo Wagner como representante do RN

A assessoria do deputado Paulo Wagner trabalha contra ele.

Distribuiu release à imprensa no qual Paulo posa ao lado de seu xará, o Maluf, de São Paulo.

O deputado paulista foi só carícia ao pevista.

“Vossa excelência vai longe, e com certeza o Estado do Rio Grande do Norte está sendo bem representado”

Falou quem entende de ir longe.

Wagner, que prometeu se esforçar para não colocar a mão no dinheiro público, pode não ter condições de cumprir a palavra.

 

 

 

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Política

Maluf dá a receita para resolver a falta de dinheiro da saúde: “É só acabar com a bandalheira”

Deu no Radar Político, do Estadão

O deputado federal Paulo Maluf (PP) afirmou em discurso na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 28,  que o governo não precisa criar um novo imposto para financiar a saúde.

E deu sua receita para resolver o problema. “É só acabarmos com as bandalheiras dos remédios superfaturados, das ambulâncias que não funcionam como vimos no “Fantástico”, no domingo, acabar com os médicos que infelizmente marcam o ponto e vão embora que tenho certeza, não será preciso aumentar imposto.  Temos dinheiro suficiente para bancar a saúde”, declarou.

(mais…)

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Jornalismo

Maluf vira réu no STF por lavagem de US$ 1 bilhão

Por 7 votos a 1, o STF aceitou denúncia da Procuradoria da República contra Paulo Maluf e outras dez pessas. Entre elas a mulher e filhos do deputado.

Com essa decisão, Maluf tornou-se réu em ação penal que apura a prática de crime de lavagem de dinheiro.

Relator do processo, o ministro Ricardo Lewandowski traduziu o crime em cifras: “Nessa ação, o prejuízo ao erário chega a quase US$ 1 bilhão”, disse.

“A família Maluf movimentou no exterior quantia superior a US$ 900 milhões. Esse valor é superior ao PIB de alguns países…”

Países “como Guiné-Bissau, Granada, Comores, Dominica e São Tomé e Príncipe.”

Ao fazer a defesa oral de Maluf, o advogado Roberto Leal de Carvalho fez uma espécie de desabafo:

“É muito difícil defender Paulo Maluf. Ele carrega um carisma de ódio desde a Copa de 1970. Começa o calvário dele lá.”

No julgamento, a maioria dos ministros do Supremo preferiu levar em conta o calvário dos contribuintes.

Josias de Souza

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