Fotos: Marcelo Barroso
Um assessor e um ex-assessor parlamentar do vereador Marcos Antônio (PSOL) prestaram depoimento hoje cedo (11) na Comissão de Ética da Câmara Municipal de Natal para esclarecer sobre um suposto esquema de cobrança de salários de assessores parlamentares no gabinete do vereador para alimentar um caixa de campanha.
O ex-assessor Francisco Rezende da Silva, conhecido por Mazaropi, disse que lhe eram cobrados 5% dos vencimentos, mais R$ 10 pela filiação no partido e outros R$ 70 para pagamento de servidores extra-oficiais e gastos do gabinete. “Todo mundo concordava em fazer essas doações”, disse ao responder se havia pressão e exigência para que os funcionários entregassem o dinheiro. Ao ser exonerado, em janeiro de 2014, Francisco diz que recebeu R$ 200 de volta e mais R$ 500 de uma dívida com Reginaldo Alves, assessor apontado como responsável pela arrecadação e destinação dos recursos.
O assessor parlamentar Júnior Gomes (Manso) também disse que não havia obrigação ou pressão para que os servidores doassem parte dos salários e que tudo foi deliberado em reunião entre os próprios funcionários, sem a presença do vereador em questão. Ele confirmou que continua contribuindo com 5% dos seus vencimentos para a contribuição partidária e voluntária. “A gente entrega a Reginaldo e não sei como é feita a destinação do dinheiro”, disse. Ele foi contratado pelo gabinete em 2014, mas antes disso era prestou serviços informais para o vereador e diz que recebeu dinheiro dessas contribuições.
O presidente da Comissão de Ética, vereador Joanilson de Paula (PSDC) convocou para a próxima quinta-feira (18), às 9h, o depoimento do servidor Amaro Gonçalves Sobrinho, solicitado pelo vereador Marcos. “Além disso, aguardamos resposta do ofício que enviamos ao vereador Sandro Pimentel, presidente do PSOL, a respeito do ofício que lhe enviamos, pedindo esclarecimentos sobre o recebimento dessas contribuições, já que as testemunhas dizem que destinavam para o partido e constam recibos nos autos dessa contribuição partidária, mas o PSOL já publicou nota negando o recebimento”, explica Joanilson.
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