A entrevista com o vereador Marcos Antônio, do PSOL, não poderia começar por outro assunto não ser o “mensalinho”, como foi batizado o caso em que um assessor do vereador teria passado um vídeo para a imprensa, no qual funcionários de Marcos do PSOL eram obrigados a repassar parte dos próprios salários para ele.
O vereador respondeu falando sobre alguns projetos dele que estão em tramitação na câmara dos vereadores e afirmou que talvez de um deles tenha derivado essa denúncia. Entre os projetos, está a regulamentação das condições de trabalho para os camelôs, ambulantes e feirantes de Natal. Além disso, o vereador destacou a denúncia feita por ele e pelas vereadores Eleika Bezerra e Amanda Gurgel ao ministério público, da existência de cerca de 208 cargos fantasmas na câmara municipal de Natal.
“Talvez isso tenha sido o alvo de tanta retaliação e até discriminação a respeito da nossa atuação na câmara”, disse o vereador Marcos Antônio.
A denúncia do “mensalinho” aconteceu no dia 14 de janeiro de 2015, e no dia 19, o vereador disse que foi ao ministério público, abriu o sigilo fiscal, bancário e telefônico e pediu ao MP para fazer uma auditoria dentro do gabinete dele. “Eu sou o único político nesse Estado que diante de uma denúncia não foi se esconder”. O vereador se diz tranquilo de que não haverá outra saída a não ser o arquivamento dessa denúncia. E afirma ainda, que a autora do vídeo tentou extorquir ele e a mulher dele.
Perguntado sobre a política em Natal, Marcos do PSOL analisou a gestão Carlos Eduardo e disse que Natal está dividida em duas cidades: Zona Sul e periferia. “Quem não precisa de serviços públicos está bem, já quem precisa, está numa situação precária”, disse o vereador.
Marcos do PSOL finalizou a entrevista falando sobre o futuro político dele: “Se o partido decidir que eu devo ser candidato a prefeito eu serei”.
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