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O governador em exercício do Rio Grande do Norte, Fábio Dantas (PCdoB) foi o entrevistado desta segunda-feira, 29, do programa Meio-Dia Cidade com Bruno Giovanni e Rilder Medeiros.

Fazendo uma avaliação desse primeiro semestre do governo Robson Faria, Fábio Dantas considerou estar vivenciado um período transitório por suceder uma gestão que deixou o Rio Grande do Norte em estado crítico. Ele ainda lembrou o atual momento do país que vive uma recessão profunda e uma seca prolongada, e disse que neste momento difícil, o turismo é o que pode fazer o Rio Grande do Norte crescer em um curto espaço de tempo e alavancar o desenvolvimento econômico. Um exemplo disso é a campanha para o recebimento do Hub da Tam. Segundo o governador em exercício, o RN tem grandes chances, pois o aeroporto Aluízio Alves foi construído com esse objetivo, estando a frente dos aeroportos do Ceará e Pernambuco que estão na disputa. Sobre os acessos ao aeroporto como um fator determinante, ele disse que a empresa tem a garantia do estado que eles serão construídos. Nos empréstimos aprovados na assembleia legislativa parte do recurso será destinado para esse fim.

Outro destaque da entrevista foi os dois decretos de lei mais polêmicos durante o exercício de Fábio Dantas como governador, a desapropriação do terreno do edifício Luciano de Barros a pedido do Tribunal de Contas do Estado e do projeto de lei de Segurança Pública que dispõe sobre a designação de policiais militares da reserva remunerada para o serviço ativo. Ele disse que no primeiro caso, partiu de uma decisão administrativa do TCE e teve uma tramitação dentro das normas. Foi detectada a necessidade de uma área que seria não só para o estacionamento, como também para construção de uma escola de contas e ampliação da estrutura . Ficou entendido que a corte de contas é fundamental para o estado e que para uma melhor função investigativa a estrutura do TCE deveria ser melhorada. Houve também uma preocupação de garantir que o pagamento da indenização fosse em valor justo para que o patrimônio privado fosse preservado.

No segundo caso, está sendo criado um dispositivo legal permitindo quem está na reserva voltar à ativa, exercendo as atividades com farda para promover a segurança dos imóveis pertencentes ao patrimônio do Estado e também ficar a disposição da Secretaria de Segurança Pública e da Defesa Social.

Finalizando a entrevista foi evidenciada a preocupação com a seca sendo o maior problema do governo esse ano. ” Se não chover, a única ação emergencial é o carro pipa. Os reservatórios estão em baixa e a transposição do Rio São Francisco não é algo para agora”, ressaltou Fábio Dantas.