Um menino de 8 anos foi interrogado na quarta-feira em uma delegacia de Nice por “apologia ao terrorismo”, informou o advogado de sua família, Sefen Guez Guez, e o Coletivo Contra a Islamofobia na França (CCIF). Guez classificou o episódio de um exemplo do “estado de histeria coletiva” vivido no país após os recentes ataques jihadistas em Paris. Em mais uma medida contra o terror, a França divulgou um vídeo no qual orienta jovens a se manterem afastados de grupos extremistas.
De acordo com as fontes, o menino, chamado Ahmed e de família muçulmana, estava na aula um dia após o atentado ao jornal satírico “Charlie Hebdo”, quando a professora perguntou se ele se considerava Charlie. Ela se referia à frase “Je suis Charlie” (Eu sou Charlie), difundida mundialmente em solidariedade às vítimas do ataque. O aluno negou se sentir Charlie por motivos religiosos e respondeu:
— Estou com os terroristas.
O garoto, atém de supostamente ter dito que os jornalistas do “Charlie Hebdo” mereciam morrer, teria se recusado a participar do minuto de silêncio em homenagem às vítimas e depois de uma corrente de solidariedade organizada pelos alunos da escola, segundo o jornal francês “Le Figaro”.
O professor relatou o incidente à direção da escola, que chamou os pais do aluno. No dia 21, o diretor da instituição decidiu apresentar uma queixa à polícia. O Ministério da Educação confirmou na quarta-feira à noite a existência de uma denúncia, mas contra o pai.
Em sua conta no Twitter, o advogado informou que a polícia convocou o pai e o filho para irem à delegacia. Guez, assim como o Coletivo Contra a Islamofobia, disseram que a criança foi perguntada o que significa a palavra “terrorismo”.
— Eu não sei — respondeu ele.
Ele também foi questionado se era verdade que tinha dito na escola que os jornalistas mereciam morrer, o que ele negou.
— É falso. Eu nunca disse isso.
O advogado confirma que o garoto comentou que se sentia ao lado dos terroristas. Tanto o advogado como o CCIF exigiram que se abra uma investigação para determinar a responsabilidade dos policiais e da direção da escola por ter submetido a criança a uma situação “traumática”.
O aluno ficou na delegacia com o pai por cerca de meia hora. Fontes policiais sinalizaram ao jornal “Le Figaro” que o caso “é mais complexo” do que aparenta inicialmente e que outros aspectos estavam sendo investigados.
Se fosse nessas terras dos menores intocáveis, sabe-se lá se não seria elevado a categoria de herói e semi deus. Os direitos humanos daqui defende apenas bandido e menor infrator.
Imagina uma situação dessa por aqui? Esse "boy" estaria blindado pelos senhores defensores de primeira ordem e grandeza.
Realmente somos um país das inversões de valores e conceitos.
Qual a real razão do PT ser contra a diminuição da menor idade penal?????????
Com a palavra os altíssimos índices de criminalidade praticados atualmente pelos menores intocáveis. Eles quando são pegos, ainda dão risadas na cara do policial.