Saúde

Podemos atingir um milhão de mortos por Covid-19 em 2022, diz Miguel Nicolelis

Foto: Reprodução/CNN Brasil

Após o Brasil ultrapassar a marca de 500 mil mortes por Covid-19, o neurocientista Miguel Nicolelis afirma que esse número deve aumentar ainda mais ao longo do ano de 2022. Segundo ele, o país pode atingir um milhão de mortes pela doença.

“Hoje em dia é muito difícil fazer uma previsão acurada, tão acurada quanto a que fizemos em março e que bateu em cima da previsão [dos 500 mil mortos em junho]. Nós multiplicamos por 10 o número de mortes em um ano. Nos últimos quatro meses, fomos de 250 para 500 mil vítimas da Covid, dobramos. É concebível, se nada for feito junto com a campanha de vacinação, que a gente possa atingir em algum momento em 2022 por volta de um milhão de óbitos no Brasil”, disse Nicolelis.

O neurocientista e outros pesquisadores brasileiros assinam um estudo publicado na revista científica Nature sobre como a Covid-19 se espalhou pelo país. De acordo com os dados estudados pelos profissionais, a cidade de São Paulo foi a que mais disseminou a doença.

Segundo ele, os fluxos em rodovias e aeroportos recebendo passageiros de diversos países se mantém os mesmos e isso, sem bloqueios sanitários, pode agravar a situação de disseminação da doença. “Continuamos a repetir os mesmos erros básicos de manejo da pandemia”, avaliou.

Sobre os números futuros, Nicolelis afirma que o Brasil pode passar os Estados Unidos em número de mortos pela Covid-19 nos próximos 60 dias. “Nos transformaremos no país com o maior número de óbitos no mundo.”

“Vamos completar 83% dos óbitos esperados anualmente, em todas as causas, em sete meses. O que é um absurdo completo. Fomos da média mensal de 100 mil óbitos por todas as causas para 185 mil em abril e março. As perspectivas, se apostarmos só na vacinação, que está capengando na segunda dose, podemos dobrar o número de óbitos nos próximos oito meses no Brasil”, avaliou o neurocientista.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Mais uma vez o profeta do caos aparece, “prevendo” mortes e ignorando a aceleração da vacinação em todas as regiões do País. Os tais “cientistas” fazem projeções matemáticas, propositadamente ignorando o aumento em progressão geométrica da vacinação, e a imunização natural daqueles que já contraíram o vírus. Esse é especialista na arte de torcer pelo vírus, porque lhe convém, já que os medíocres trabalhos e pesquisas desenvolvidas no Instituto do Cérebro não chegaram a lugar algum, mas consumiram muito dinheiro público. Adora profetizar mortes, porque ganha os holofotes da imprensa, fazendo o público esquecer momentaneamente a mediocridade da sua carreira científica.

    1. Melhor escutar os minions, formados na UNIGADO e que tiveram aula (via whatsapp) como Dr.Jail Bolsonaro…mundialmente famoso genocida…

  2. Ele está sendo realista. Se não acelerarmos a vacinação e não continuarmos com com os cuidados necessários, isso pode acontecer, infelizmente. Se o Presidente não tivesse se negado a comprar as vacinas no ano passado, rstaríamos em uma situação bem melhor. Isso é fato. Outra coisa, ninguém está comemorando essa tragédia de 500 mil mortos, pelo contrarios, avisos, soluções estão sendo colocadas, no entanto a arrogância e irresponsabilidade vil desse presidente é que comemora. Pelo menos é esse comportamento que ele vem tendo, desde o início da pandemia. As imagens e falas dele, está em todo o mundo. Não podemos ser hipócritas e fechar os olhos para isso. Independente de partido ou ideologia. Isso é real.

  3. Infelizmente, ele acertou na sua previsão.
    A boiada imunda prefere seguir os conselhos do “Jail Bostanaro” e a matança vai seguindo o seu curso “normal”.

    1. Vá se vacinar na Argentina ou Venezuela, países que o povo é tratado igualmente, todos na miséria. Por lá são as vacinas coronavac e sputinik, as defendidas pela esquerda que não tem comprovação científica. Vacina sem comprovação pode, medicação não! Nunca foi em respeito a vida, sempre pela irresponsabilidade política

    2. Tenho vacina de ozônio para os petistas , não precisa nem de anestesia pq não existe prega.

  4. Enquanto não fizerem uma devassa fiscal nesse crápula, pra saber onde foi parar os bilhões de reais enviados pelo governo luladrão, ao instituto que dirige, irá sempre atacar quem for contra o ladrão mor.

    1. O TCU já fez, mas faltou a devassa do Nando, o tribunal de consta de um homem só. Vai lá cidadão fiscal, faz teu nome!

    2. Tem que quebrar o sigilo financeiro dele, pra saber a origem de sua fortuna. Do salário da UFRN é que não é. Logo… E muito.

    3. Ele nem é servidor da UFRN, o instituto que ele dirige foi criado pela viúva do Safra, amigo se informe mais antes de atacar a reputação das pessoas. O ônus da prova cabe a você, que de nada sabe.

  5. O secretário estadual de saúde do RN afirmou ano passado que até maio de 2020 no RN teríamos 11 mil mortos. Agora vem mais esse profeta do apocalípse?
    Então o cientista da esquerda está dando o atestado que as vacinas não servem para nada. Até final de setembro 90% dos brasileiros estão vacinados, mas isso não significa nada, segundo o senhor Nicolelis.
    Quer dizer que os 120 milhões de vacinas distribuídas pelo governo federal e as vacinas adotadas em todo mundo são água? Sem serventia? Que tudo continua como se o povo não tivesse tomado vacina? O vírus dominando tudo, mesmo a China.
    O senhor Nicolelis deveria citar o o Presidente Biden como genocida, já que ele autorizou parar o uso das máscaras que tomou as duas doses.
    Na China então, que o povo vive livremente, sem máscara, aglomerando e por lá nem teve a segunda onda. Que tal ao invés de ficar criando hipóteses absurdas e catastróficas, o senhor falasse sobre a realidade? Então, comente sobre a China e os EUA?

  6. “Cientista” tendencioso só serve para espalhar o mal e o vírus. Os Comunistas devem está comemorando….

  7. Esse bobão sempre viveu as custas de viúvas ricas e das mamatas governamentais da esquerda. Vai trabalhar lulista frustrado.

  8. Não tirem a máscara, como quer o genocida… não aglomerem em manifestações….ele luta dia e noite pela nossa morte.
    Vá de retro, Satanás!

    1. Cientista respeitado no mundo todo…e tu, quem és?
      Só um gado burro que usa argola na venta…

    2. Apenas, me referi ao exoesqueleto cibernético.
      Os colegas do Instituto do cérebro da UFRN sim, fazem trabalho de excelência. E não são muito afeitos a ele não.

  9. “É concebível, se nada for feito junto com a campanha de vacinação, que a gente possa atingir em algum momento em 2022 por volta de um milhão de óbitos no Brasil”, disse Nicolelis.
    Bom, então devo concluir que a vacinação não ajuda muito e sua aplicação tem mais de efeito político que prático.

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Diversos

“A equação brasileira é a seguinte: ou o país entra num lockdown nacional imediatamente, ou não daremos conta de enterrar os nossos mortos em 2021”, diz Miguel Nicolelis

Foto: Fotos Públicas

“Acabou. A equação brasileira é a seguinte: ou o país entra num lockdown nacional imediatamente, ou não daremos conta de enterrar os nossos mortos em 2021.” Essa mensagem foi escrita no Twitter pelo neurocientista Miguel Nicolelis, mundialmente famoso por suas pesquisas sobre a interface entre cérebros e máquinas.

Professor da Universidade Duke, nos Estados Unidos, Nicolelis foi um dos criadores do Projeto Mandacaru, grupo formado por voluntários das mais diversas áreas que dá orientação e consultoria sobre o enfrentamento da pandemia aos nove estados que compõem a região Nordeste.

Nessa entrevista para a BBC News Brasil, o neurocientista avalia a repercussão de sua mensagem no Twitter e aponta a sequência de erros que colocam o país em segundo lugar no ranking de mortes por Covid-19 no mundo.

Ele diz estar extremamente preocupado com o momento atual, de segunda onda de casos ou repique da primeira, agravado por campanhas eleitoras, aberturas pelo país e festas de fim de ano.

“Estamos num momento que era propício e imediato para ter uma intervenção nacional pela primeira vez. Para parar, para ter uma queda dramática e rápida de novos casos até que a campanha de vacinação começasse. Eu estou vendo esse momento com extremo pessimismo, porque a gravidade é óbvia.”

Questionado sobre o impacto econômico dessa medida drástica, Nicolelis afirma que “se realizarmos um isolamento social rígido, um lockdown por duas ou três semanas, com só serviços essenciais funcionando, é possível minimizar os danos econômicos no futuro”.

Nesta quinta-feira (7), Brasil atingiu a marca dos 200 mil óbitos pela doença.

BBC News Brasil – O sr. fala em “intervenção nacional” contra a pandemia. O que seria isso?

Miguel Nicolelis – O Brasil precisa fazer algo muito parecido ao que aconteceu na Grã-Bretanha nos últimos dias. Isso, aliás, veio a partir do comitê científico britânico, que pressionou o primeiro-ministro e o governo para fazer um lockdown mesmo com o início da campanha de vacinação por lá. Era óbvio que não dava pra esperar pra vacina fazer seu efeito populacional. É preciso conter a escalada para o sistema de saúde não colapsar.

O que nós precisávamos por aqui era justamente isso. Ter um comando central. Uma mensagem única, disseminada para o país inteiro, com transparência, com bons dados, com boas práticas. E nós precisaríamos, na minha opinião, de um lockdown por duas ou três semanas para reduzir a pressão no sistema de saúde.

A pressão não é mais só dos casos agudos de coronavírus. Nós temos agora todos os casos acumulados do ano passado, que não puderam ter atendimento por causa dos hospitais lotados. E temos também um número enorme de pacientes com sequelas da Covid-19 que vão precisar de atendimento médico. Estamos falando de duas enormes demandas por serviços médicos, internações e unidades de terapia intensiva. E ainda há um terceiro grupo, que são de todas as doenças que estão represadas. Pacientes que estão sofrendo de doenças crônicas e agudas e precisam de cuidados médicos.

Nós vemos algumas particularidades muito específicas dessa segunda onda. Nós temos uma cepa que é mais transmissível, o que significa que vamos ter mais pessoas infectadas. Além disso, há um número de jovens e crianças afetados que está aumentando proporcionalmente. Até hospitais pediátricos em São Paulo estão com problemas de demandas de vagas para atender casos.

Um exemplo dramático disso é Manaus. A cidade colapsou muito mais rapidamente do que na primeira onda. E colapsou a um ponto que o prefeito veio dizer que o sistema de saúde não foi o único afetado. Ele teme um colapso do sistema funerário neste momento. Essa é uma preocupação que existe desde a primeira onda e ficou por debaixo do tapete, sem ninguém falar sobre isso. Mas foi algo que aconteceu em Nova York, no Texas e está acontecendo na Califórnia neste momento. Essa é uma grande preocupação, porque se você começa a perder a mão do sistema de manejo das vítimas, dos corpos, você começa a gerar problemas de saúde pública secundários gravíssimos.

BBC News Brasil – Nas últimas semanas, acompanhamos dois fatores que podem agravar ainda mais a situação da pandemia: a questão das aglomerações de final de ano e as novas cepas do coronavírus detectadas no Reino Unido e na África do Sul. Como o senhor analisa esses novos ingredientes numa equação que já se mostra tão complicada?

Nicolelis – No começo de novembro, o Comitê de de Combate ao Coronavírus do Consórcio Nordeste propôs que era preciso ver o que estava acontecendo no cenário internacional. Porque já existia uma segunda onda europeia gravíssima. A gente ainda não sabia de novas cepas, mas essa era uma previsão que estava em nossas mentes. Porque é algo que ocorre, não é uma grande surpresa. Aconteceu na pandemia de 1918 e em outras ocasiões.

A gente só não sabia de onde viria essa nova cepa e qual seria a gravidade da segunda onda. Em 1918, a segunda onda foi a mais letal de todas. Todos os modelos que nós apresentamos desde abril para os governadores do Nordeste levavam em conta e tinham a possibilidade dessa segunda onda e quando ela poderia surgir.

No Nordeste, tivemos lockdowns que foram feitos nas capitais e medidas de isolamento social que atrasaram a segunda onda. Mas as campanhas eleitorais e as aberturas econômicas feitas ao léu geraram aglomerações que sincronizam a segunda onda no país inteiro. Esse é o grande drama.

A gente ainda não tem os dados completos da letalidade das novas cepas. A cepa da África do Sul é muito preocupante. Há mortes acontecendo na Austrália por causa da cepa britânica. Ela também já foi detectada no Japão. Isso significa que ela correu o mundo, como era de se esperar.

Com o espaço aéreo brasileiro aberto, nós estamos repetindo todos os erros da primeira onda. Com o agravante de que o país inteiro está tendo curvas de crescimento, algumas mais rápidas do que lá no início. Então essa é uma situação muito assustadora.

BBC News Brasil – Quando se fala em lockdown, em fechar novamente o comércio, algumas pessoas argumentam que a economia brasileira não vai aguentar e as consequências podem ser terríveis. Como o sr. analisa e responde a essas previsões?

Nicolelis – É evidente que sou sensível a todo o debate sobre a questão econômica. Mas essa dicotomia é falsa. Se o número de mortes começar a disparar, o sistema de saúde colapsa e nós não temos condições de manejar a pandemia da maneira correta. O que vai então acontecer com a economia? Ela também vai colapsar. As pessoas vão começar a morrer em números altíssimos por outras doenças e não vamos ter nem gente para fazer a economia girar. Não vamos ter pessoas para trabalhar, produzir e consumir bens.

Se nós tivéssemos feito um lockdown nacional em março de 2020, como a Grécia fez… Aliás, a Grécia detectou dois casos e, em 48 horas, o país estava em lockdown completo. A Grécia não tinha sistema hospitalar, estava falida do ponto de vista da saúde pública, e conseguiu ser um dos melhores países europeus durante a pandemia. Quer outro exemplo? O Vietnã, com 100 milhões de habitantes, é um país pobre com muito menos recursos de saúde pública que o Brasil. E eles tiveram 35 mortes.

A gente sabe como a coisa funciona e essa não é a primeira pandemia da história da humanidade. Existe uma farta literatura sobre isso. E todas as pandemias onde você fez isolamento social conseguiram baixar os números de casos e de mortes. Isso vale mesmo para aquelas doenças com uma taxa de infecção e de letalidade muito maior a essa que enfrentamos atualmente.

Se realizarmos um isolamento social rígido, um lockdown por duas ou três semanas, com só serviços essenciais funcionando, é possível minimizar os danos econômicos no futuro.

Eu vou dar uma prova disso. Na pandemia de 1918, todas as cidades americanas que fizeram as medidas de isolamento, bloquearam o fluxo de pessoas e paralisaram suas economias, se saíram melhor do que as cidades que não fizeram nada, deixaram a pandemia correr solta e censuraram a informação para sua população. Locais como Nova York, Boston e Filadélfia, que não reagiram da maneira correta, tiveram grandes perdas humanas e terríveis problemas econômicos durante e após a pandemia. Outras cidades, como Pittsburgh, por exemplo, se saíram muito melhor.

BBC News Brasil – O sr. comentou que o Brasil está cometendo os mesmos erros da primeira onda. Mas quais foram as grandes oportunidades que nós perdemos no manejo da pandemia?

Nicolelis – Foi uma sequência trágica de erros. Primeiro, minimizar a gravidade da pandemia. Não se preparar antes dela chegar ao Brasil. Nós tivemos quase três meses para nos prepararmos em termos de material de proteção, máscaras, enfim, organizar o país antes do tsunami. O segundo erro foi negar o tsunami. Terceiro, não criar um comando verdadeiramente nacional, centralizado, um estado maior de combate à pandemia que tivesse uma missão clara.

Esse comando poderia ajudar os estados não só do ponto de sanitário, mas financeiro. Além disso, decretar o fechamento do espaço aéreo internacional brasileiro no começo de março e fazer bloqueios nas rodovias principais. Era absolutamente previsível que as estradas iriam espalhar os casos para o interior do Brasil. Nas primeiras três semanas de março, São Paulo foi responsável por 85% dos casos do país. Se tivéssemos bloqueado só São Paulo… O aeroporto de Guarulhos recebeu o maior fluxo de pessoas vindas do exterior e nós poderíamos ter barrado esse trânsito para o resto do Brasil aqui. Mas nós não fizemos nada.

Nós não tivemos uma voz nacional que, ao longo da pandemia, transmitisse as informações corretas e cientificamente validadas, que basicamente eliminasse as fake news e não promovesse o uso de remédios que não funcionam, por exemplo. Existem milhões de brasileiros que ainda acreditam na cloroquina. Ou que ainda creem que existe um tratamento profilático contra o coronavírus.

Olha São Luís hoje. A capital do Maranhão fez talvez o melhor lockdown do Brasil. É a única capital do Nordeste neste momento que está há meses com números de óbitos e casos estabilizados. Fortaleza fez o segundo melhor lockdown. Na sequência, aparecem Recife e João Pessoa. Esses lugares se beneficiaram tremendamente dessas políticas, que eram simples e que foram oferecidas efetivamente logo no início da pandemia. Compare os dados de São Luís com a cidade de São Paulo. Você vê na hora a distinção. Enquanto São Paulo se arrastou com milhares de novos casos e centenas de mortes diárias, São Luís conseguiu levar esse número para o mínimo possível.

Outro exemplo interessante foi Belo Horizonte, que teve uma resposta impressionante. O prefeito entendeu que tinha que ouvir os técnicos, os cientistas e os sanitaristas da cidade. Ele não tinha experiência pessoal nenhuma, mas ouviu. Tanto é que foi reeleito logo no primeiro turno. A resposta foi correta e ele procurou quem sabe do assunto.

No Brasil, faltou comando, faltou mensagem, faltou definir prioridades, faltou preparo e faltou acreditar na ciência. O drama que eu sinto nesse momento, por isso que fiz esse tweet há alguns dias, é que nós estamos repetindo todos os erros. Acrescidos da total inépcia na definição de um programa nacional de imunização pelo Ministério da Saúde.

É uma incompetência total, uma falta de qualquer tipo de visão estratégica, logística e sanitária de quão vital é ter essa campanha de vacinação nas ruas imediatamente. Acabei de ler agora há pouco uma entrevista do fundador da Anvisa, que eu conheço muito bem, falando que é inacreditável como o Ministério da Saúde simplesmente não moveu um dedo para comprar seringas, agulhas e os insumos necessários para organizar o plano nacional de imunização.

Nós ainda não temos uma definição de quais vacinas vão ser usadas no Brasil. Porque não temos a aprovação da autoridade sanitária competente federal, que é a Anvisa.

BBC News Brasil – A comunicação é um dos grandes desafios da pandemia. Como o sr. mesmo disse, há muitas pessoas que ainda acreditam em tratamentos que já se mostraram ineficazes ou seguem notícias falsas sobre as máscaras ou a origem do vírus. Como tornar essa comunicação com a população mais proveitosa?

Nicolelis – Nós temos que utilizar as mesmas armas dos distribuidores de fake news. Temos que usar as redes sociais para difundir verdades. O que as entidades preconizam? Quais são os resultados reais? Por que é importante usar máscara? Por que é necessário fazer realmente um lockdown? Nós temos que combater as notícias falsas onde os robôs e esses indivíduos atuam.

Pra você ter ideia, quando eu escrevi no Twitter essa proposta de lockdown nacional, toda a comunidade científica começou a apoiar. Por outro lado, eu recebi centenas de mensagens fakes, de robôs, de ataques, de toda a sorte de loucura que nunca imaginei que um cientista profissional com 40 anos de carreira no Brasil estaria sujeito.

Eu tive uma experiência nas últimas 48 horas absolutamente dantesca. De ver que no Brasil você não pode nem tentar disseminar uma opinião científica balizada, baseada em dados e estudos. Você, sua vida, sua família, seus parentes, sua carreira, tudo o que você fez, passa a ser atacado de uma maneira atroz, de uma maneira absolutamente brutal.

Isso está matando gente no Brasil. Aliás, no mundo. Esse abismo que nós caímos na área da comunicação está matando tanta gente quanto a questão sanitária. Nos Estados Unidos, quando você estuda a história deles, os americanos dizem que nas guerras históricas as doenças infecciosas mataram tanta gente ou até mais que as batalhas propriamente ditas. Eu acho que nós vamos ter que mudar essa frase e acrescentar que, na pandemia do século 21, a desinformação matou tanta gente quanto o próprio vírus.

BBC News Brasil – Como é lidar com esses ataques digitais do ponto de vista pessoal?

Nicolelis – É uma coisa muito chocante. Eu paralisei minha vida para fazer um trabalho que eu acredito, pelo meu país. É terrível, impactante. Mas nada disso me intimida. Eu nasci no bairro do Bixiga aqui em São Paulo. Não vou parar de dar minha opinião ou de fazer meu trabalho com meus colegas do comitê porque centenas de… Bom, a gente nem sabe se são humanos ou pessoas de verdade. A maioria nem é.

A maioria são clones de uma conta só que repetem a mesma mensagem, a mesma acusação. E você vê que são clones, que são robôs, pelo grau de grosseria, pelo grau de insultos baixos e repetidos. Então você vê que é uma pessoa programando e disseminando essas mensagens por milhares de contas.

Mas isso de forma alguma vai impedir que nosso trabalho seja feito, nem no comitê nem como pessoa. Mas que é terrível e chocante, é. Guardadas as devidas proporções, sinto como se eu fosse um cientista na Idade Média, sendo perseguido pela Inquisição. Não tinha redes sociais naquele período, mas a sensação de choque deve ser a mesma.

BBC News Brasil – Como o sr. analisa a corrida pelas vacinas contra a Covid-19 do ponto de vista global?

Nicolelis – Eu falei sobre isso ontem numa videoconferência. Essa é a maior e a primeira batalha geopolítica biomédica da história. Nunca o mundo enfrentou, presenciou ou testemunhou uma batalha tão gigantesca na área de ciências biomédicas. Isso mostra o quão relevante a ciência biomédica se transformou para o futuro social, político e econômico do mundo. Nós vemos as grandes potências de ciência disputando quem tem a hegemonia da vacina que, em teoria, vai salvar o planeta dessa crise. Há interesses gigantescos e as maiores farmacêuticas do mundo envolvidos.

Eu nunca imaginei ler notícias de eficácia e segurança de vacinas primeiro em press releases de empresas, e não em trabalhos científicos. Eu nunca vi isso na minha vida. Falamos de interesses de trilhões de dólares.

Se nós tivéssemos reagido rapidamente, o Brasil teria todas as condições de ter sua própria vacina. Nós temos cientistas da área, a Fiocruz e o Butantan com toda a capacidade para isso. Se tivessem sido apoiados pelo governo com os recursos necessários, o Brasil poderia estar agora a caminho de ter sua própria vacina. Não era um cenário fora da realidade de maneira alguma.

Mas o Brasil optou, na figura de seu governo federal, de se remover da liderança dos países científicos do mundo. Nós já nos removemos da liderança econômica. Já fomos autoalijados, por decisões do nosso próprio governo, de ser um player importante na geopolítica mundial. Agora nós estamos dizendo que não temos interesse em ser um dos grandes países científicos do mundo. Nós tivemos a chance.

É só você comparar a posição científica do Brasil e da China em 1980 e olhar 40 anos depois o que aconteceu nas curvas de produção científica e investimento. Se um marciano chegasse ao mundo agora e olhasse essas informações, não iria acreditar na inversão do padrão que se deu nos últimos quarenta anos.

Não é à toa que a China já se transformou no maior investidor público de ciência do mundo, passando os EUA. Pensa nisso: antes da China ultrapassar os EUA como a maior economia do mundo, ela suplantou os americanos como o maior PIB científico do planeta.

BBC News Brasil – Podemos tirar algum aprendizado da atual pandemia para as futuras crises de saúde?

Nicolelis – Em primeiro lugar, é importante mencionar que o mundo tirou a ciência do puxadinho, que ficava no quintal, e trouxe para a sala de estar. Nós percebemos que os cientistas podem contribuir para o desenvolvimento de uma civilização mais justa, mais igual, que corra menos riscos de extinção e persiga um projeto onde o ser humano consegue se desenvolver economicamente e ter os meios de sobrevivência sem agredir o meio ambiente a ponto de colocar a própria espécie em perigo.

A minha primeira dose de esperança é que o mundo está olhando para a ciência com outros olhos nos últimos meses. A segunda é que evidentemente a ciência tem seus limites. Como diz o historiador John Barry, responsável pelo maior estudo já feito sobre a pandemia de 1918, a ciência ajudou muito, mas em momento algum ela pode dar todas as respostas. A solução de uma pandemia é essencialmente política e dependente dos estadistas que têm coragem de tomar as decisões impopulares e liderar a sociedade.

O mundo precisa de uma liderança sanitária muito mais eficiente e forte para poder guiar uma resposta global a uma pandemia como a que vivemos. Não é possível ter de novo a mesma resposta, onde cada país atira para um lado e tenta salvar sua sardinha sem ajudar o próximo. Num mundo extremamente globalizado, onde se transmite um vírus da China para Nova York em 12 ou 20 horas pela malha aeroviária, é preciso criar mecanismos de coordenação global.

A nossa sorte é que esse vírus tem uma letalidade que não é a mesma da peste bubônica, na casa dos 50%. Imagine que no mundo atual apareça um vírus, como o ebola, que se espalha com uma letalidade de 50%. Foi isso que aconteceu com a peste bubônica na Idade Média na Europa, que matou metade da população do continente.

A pandemia nos ensina que precisamos viver num outro modus operandi, numa outra relação com o planeta e com a ciência. Nós precisamos pensar que quando elegemos um líder, ele não está ali apenas para as coisas mundanas do nosso país. A gente elege um líder para esses momentos de crise, onde precisamos de pessoas esclarecidas que saibam pensar fora da caixa, abandonar seus preconceitos e guiar uma nação do tamanho do Brasil para sair de uma crise que poderia ter sido ainda pior.

G1, via BBC

 

Opinião dos leitores

  1. Nicolelis previu a mesma coisa no ano passado, aí fica difícil acreditar. Parece que tem gente querendo o caos no País para poder “poder aparecer um salvador milagrosos”.
    Não precisamos negar a existência da doenças como alguns idiotas ainda existem, mas daí querer criar o caos é bem diferente.

  2. Essa turma do Consórcio Nordeste perdeu qualquer tipo de credibilidade após o caso dos respiradores que nunca foram entregues. Só o combalido RN pagou 5 milhões e nossos gestores acham que está tudo certo, não podemos aceitar este tipo de coisa.

    1. Cadê a denúncia formal, papagaio de pirata? Meses de comentários e ninguém mandou um mero email para o MP.

  3. Esse pessoal do PT, querem espalhar o terro, quanto pior melhor pra eles, pois o povo esquece-a roubalheira que eles implantaram no pais, nosso pais esta quebrado devido o desgoverno PT, pede pra esse senhor, explicar o que ele fez com os milhões que ele recebeu do ministério da saúde para instituto do cérebro.

  4. Miguel Nicollelis, um comédia do Consórcio Nordeste.
    O novo profeta do apocalipse, #SÓqueNÂO….não ao fique em casa, e sim ao trabalho,
    XÔ abutre da pseudo Ciência.

  5. Agora vai!!!!
    OUTRO MANDETA.
    OS TANQUES DE QUERRA AGORA SAI PRAS RUAS JUNTANDO CORPOS.
    Eita!!
    A meta de Fátima do PT agora bate.
    falou agora quem de fato conhece a doença.
    Esse sabe viu???

  6. Este senhor é um PeTralha e esquerdóide juramentado. Nunca digeriu o resultado das eleiçõesde 2018. Quer engessar a economia para inviabilizar o governo do Presidente Bolsonaro. Não há necessidade de "loquedau" coisa nenhuma. Basta seguir os protocolos e manter o isolamento vertical.

    1. É inveja que chama isso é?
      Estude!! Vai ter concurso em Macaiba, rafael fernandes,policia civil e PF..

    2. Passar num concurso é o topo das aspirações humanas. Peli menos aqui. Pobre país.

  7. Não adianta explicar. Nem desenhando o gado entende. Eles só entendem o estalo de chicote no lombo. É uma raça bovina teimosa e tosca por natureza.

    1. É aquele de muitos milhões de um protótipo que não funcionou na copa do mundo… E até hoje, ninguém sabe o que aconteceu…

  8. Esse é aquele cara que consumiu muito dinheiro em Macaiba pra construir um centro de pesquisa que iria ajudar o país em alguma coisa? E que prometeu na abertura da Copa do Mundo uma pessoa usando armadura robotica andar e dar um chute numa bola, e que nao aconteceu bem assim? A ciencia tem seus limites… do jeito que nao responde tudo, tambem falha…

  9. Ao mesmo tempo tem que deixar de pagar o funcionalismo publico, pois sem arrecadação não há como pagar, a começar por ele. Isso é um loroteiro.

    1. Em termos proporcionais, isso só se deu em lugares que fizeram lockdown.

  10. Ontem na numa cidade da Austrália no estado de Queensland, apareceu um caso de morte. Suficiente para 5 dias de lockdown até o poder público, rastrear o contágio. É assim que se pode controlar a pandemia

    1. É… Mas na Austrália, com certeza, ninguem fica com essa putária de discussão babaca entre esquerda e direita (aliás, a maioria esmagadora nem entende o que significa).
      Os costumes de lá não são como os de cá. As leis de la, também não. Lá, eles sabem separar a saúde pública da politicagem.

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Diversos

EXOESQUELETO(FOTO): Miguel Nicolelis diz que estudo com exo está concluído e aguarda exibição na Copa

 Untitled-1O neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis divulgou que os estudos clínicos com um exoesqueleto comandando pelo cérebro, que faz um paraplégico andar, foram concluídos nesta semana em São Paulo. Assim, toda a parte técnica está pronta para a Copa do Mundo.

“Após 17 meses de trabalho científico intenso e centenas de horas de testes clínicos realizados em um laboratório localizado na cidade de São Paulo, Brasil, o projeto Andar de Novo anuncia oficialmente a conclusão dos objetivos científicos, clínicos e tecnológicos desta sua primeira fase”, afirma o comunicado.

Na abertura da Copa do Mundo do Brasil, em 12 de junho, haverá uma demonstração pública da pesquisa, quando um voluntário paraplégico irá dar o primeiro chute da Copa.

Em maio de 2014 foi concluída a fase de testes. Desta forma, todos os objetivos científicos, clínicos e tecnológicos dessa fase do projeto, financiada pela FINEP, foram alcançados. Os resultados serão apresentados à comunidade científica por meio de publicação em revistas científicas nos próximos meses”, diz a nota.

O Projeto Andar de Novo é um consórcio formado por universidades e institutos de pesquisa do mundo todo, sob o comando científico do neurocientista brasileiro. O objetivo do projeto é desenvolver uma tecnologia de interface cérebro-máquina que permita pessoas com mobilidade restringida – como paraplégicos – a voltar a andar usando a mente para controlar um equipamento externo, que substituiria os membros inferiores.

 Fase 1: desenvolvimento da interface cérebro-máquina

Miguel Nicolelis atua na área da neurociência desde 1984. A partir de 2001, no Centro de Neuroengenharia da Universidade Duke, na Carolina do Norte, Estados Unidos, o cientista brasileiro idealizou linhas de pesquisa que pudessem produzir novas tecnologias assistivas para reestabelecer o controle motor e a sensibilidade tátil em pacientes que sofrem lesões na medula espinhal ou neurológicas que geram um grau severo de paralisia.

Muitos testes foram realizados para criar um mecanismo de troca de sinais entre o cérebro e um artefato robótico que pudesse ajudar uma pessoa a se movimentar. A primeira etapa do projeto consistiu no desenvolvimento da chamada interface cérebro-máquina, ou seja, uma tecnologia que possibilitasse a leitura de sinais elétricos produzidos por neurônios do cérebro e a captura, a partir desses sinais, de um controle motor que pudesse ser usado pela máquina. Depois foi necessário mandar os sinais de volta do robô para o cérebro, fechando assim o ciclo de controle.

As primeiras observações foram feitas em ratos e macacos na Universidade de Duke. Os animais conseguiram mover braços robóticos ou virtuais apenas com sinais registrados no cérebro e usá-los para manipular objetos. Em outro estágio do desenvolvimento das pesquisas, pela primeira vez esses animais conseguiram diferenciar texturas diferentes dos objetos, por meio da estimulação elétrica dos seus cérebros.

Fase 2: o exoesqueleto

O exoesqueleto é a materialização tecnológica mais avançada das pesquisas da fase 1 e foi concebido para permitir a interação do cérebro em tempo real com essa veste robótica. Testes desse primeiro protótipo foram concluídos com sucesso no último dia 28 de maio: o exoesqueleto, sobre comando da atividade cerebral de um operador, realizou movimentos naturais e fluidos que produziram, em todos os pacientes, a sensação de que eles estavam caminhando com as próprias pernas.

A veste robótica é o resultado de anos de trabalho por uma equipe internacional de cientistas e engenheiros. As pesquisas para o seu desenvolvimento começaram em 1999 e contaram com uma evolução gradativa até a fase atual. O trabalho de robótica foi coordenado por Gordon Cheng, da Universidade Técnica de Munique, em colaboração com uma equipe de engenheiros e pesquisadores. O sistema foi desenvolvido na França e testado no Brasil.

O tamanho da sua representatividade para a ciência brasileira está expresso no nome escolhido para a máquina: BRA-Santos Dumont I, em homenagem a quem Miguel Nicolelis considera o maior cientista brasileiro de todos os tempos. Funciona como um controle compartilhado, em que o cérebro gera mensagens que expressam o desejo voluntário motor do operador, como por exemplo “eu quero andar”, “eu quero parar”, “eu quero chutar a bola”. Esses comandos mentais interagem com os controles das articulações do exoesqueleto para fazer com que os movimentos sejam gerados.

O exoesqueleto está equipado com vários giroscópios que impedem quedas durante o movimento.

Fase 3: sensação tátil de andar novamente

Para que o ato de caminhar seja o mais próximo da realidade, é importante que o paciente tenha também restabelecida a sensação tátil nos membros paralisados. Para isso, foi desenvolvido uma tecnologia de feedback tátil, ou pele artificial, peça fundamental para reestabelecer a sensação de tato e propriocepção (capacidade de reconhecer a localização espacial do corpo) dos membros inferiores dos pacientes que usarão o exoesqueleto para caminhar novamente.

A pele artificial, desenvolvida pelo grupo de pesquisadores de Gordon Cheng, é formada por placas flexíveis de circuitos integrados, cada uma delas contendo sensores de pressão, temperatura e velocidade. Ela é aplicada na planta dos pés para que o paciente, ao andar com o exoesqueleto, receba, a cada toque dos pés no chão, um estímulo tátil enviado a uma região da parte superior do corpo, como os braços.

Com essa transmissão dos pés para os braços, o cérebro dos pacientes é induzido a remapear as sensações táteis e reestabelecer a sensação de pisar o chão caminhando como se não possuísse paralisia. Uma camisa, que o paciente vestirá durante a demonstração na cerimônia de abertura da Copa do Mundo, permitirá que ele receba as informações táteis gerada pela pele artificial na superfície dos braços. Essa camisa foi desenvolvida pelo grupo do Dr Hannes Bleuler, da EPFL, em Lausane, Suíça.

Fase 4: os testes com pacientes

Os primeiros testes clínicos do grupo de oito pacientes começaram a ser realizados em janeiro de 2014, no laboratório AASDAP/AACD, inaugurado em novembro de 2013 em São Paulo. Os procedimento de treinamento clínico foram coordenados por uma equipe clínica liderada pela médica brasileira Lumy Sawaki, da Universidade do Kentucky. Inicialmente, esses pacientes interagiram com um simulador virtual, gerado por computador. Nesse ambiente, os pacientes puderam usar um simulador robótico de marcha que os permitiu andar sobre uma esteira ao mesmo tempo em que viam, usando um óculos de realidade virtual, um avatar que reproduzia os mesmos movimentos.

Durante esse treinamento, os pacientes também receberam feedback tátil dos passos do avatar por meio da pele artificial que emite impulsos vibratórios mecânicos na região do corpo em que eles têm sensibilidade, como o antebraço, por exemplo. Com isso, seus cérebros aprenderam novamente a sentir as pernas e pés. Os testes também incluíram simulações em um ambiente virtual com os mesmos ruídos verificados numa partida de futebol com o estádio lotado.

Após a conclusão dos testes virtuais, começaram os treinamentos com o exoesqueleto. A interface cérebro-máquina é feita por meio de uma touca com eletrodos que captam os sinais elétricos do couro cabeludo, com a técnica do eletroencefalograma (EEG), de forma não invasiva. De acordo com Miguel Nicolelis, esse procedimento é suficiente para impulsionar, com o exoesqueleto, a realização de movimentos de membros inferiores. Os sinais cerebrais dos pacientes que usaram o exoesqueleto foram processados em tempo real, decodificados e utilizados para mover condutores hidráulicos.

No dia 29 de abril de 2014 um dos pacientes conseguiu dar os primeiros passos com a veste robótica, usando somente o cérebro para os comandos. Até o dia 20 de maio, os pacientes já tinham dado, em média, 120 passos com o exoesqueleto cada um. Agora estão previstos testes em ambiente semelhante ao da abertura da Copa do Mundo.

Demonstração na Copa do Mundo

Na cerimônia de abertura da Copa do Mundo haverá uma demonstração de todas as tecnologias produzidas pelo projeto Andar de Novo nos últimos 17 meses. Um dos oito pacientes da AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente) que participaram dos testes clínicos será encarregado de um “chute simbólico” da Brazuca (nome da bola oficial do torneio) movimentando o exoesqueleto somente com a atividade cerebral, assim como ocorreu no laboratório na fase de testes com humanos.

A iniciativa será uma apresentação da pesquisa e não faz parte do estudo científico. O objetivo é aproximar a ciência da população brasileira e de todo o mundo: uma audiência estimada na casa dos bilhões de pessoas assistirá ao momento em que o cérebro humano – e a ciência brasileira – darão um dos seus maiores passos.

Para realizar essa proeza, todo o sistema desenvolvido pelo projeto Andar de Novo passou por inúmeros testes de segurança, um deles realizado em 15 de março no estádio do Pacaembu. No gramado, neuroengenheiros do projeto obtiveram registros da atividade elétrica cerebral antes, durante e após a partida Palmeiras x Ponte Preta, pelo Campeonato Paulista.

No dia 4 de abril de 2014, o secretário-geral da Fifa Jérôme Valcke manifestou apoio ao Projeto Andar de Novo por meio de artigo publicado no portal da entidade. Segundo ele, “a FIFA está trabalhando em estreita colaboração com a equipe do professor Nicolelis para mostrar ao mundo, pela primeira vez, durante a cerimônia de abertura da Copa do Mundo, uma pessoa com paralisia andar em campo”.

Próximos passos

O Projeto Andar de Novo não tem o objetivo de fazer apenas a demonstração na abertura da Copa do Mundo de 2014. Ao contrário, a equipe de Miguel Nicolelis e todos os envolvidos seguirão trabalhando no aperfeiçoamento da tecnologia. O dia 12 de junho, portanto, é só o começo de um futuro em que a veste robótica evolua a ponto de permitir que qualquer pessoa com paralisia possa andar livremente se torne acessível. E o Mundial de futebol será um marco para mostrar ao mundo que o projeto está caminhando nessa direção.

UOL

Opinião dos leitores

  1. Fantástica essa tecnologia de um orgulho genuinamente Brasileiro meus sinceros parabéns pela sua equipe fantástica Dr. Miguel Nicolelis o senhor com todo respeito foi um enviado de Deus por tudo o que tem feito pela nossa ciência, é uma pena que muitos não querem que vá enfrente, Mais quando Deus coloca a mão tudo vai ser feito em nome desses nossos irmãos que vivem limitados em uma cadeira.
    Parabéns nosso gênio que Deus continue sempre iluminado sua mente e seus conhecimentos.

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Jornalismo

Miguel Nicolelis afirma que culto ao corpo acabou: "agora começa o da mente"

“Tenho uma boa e uma má notícia: a má é que o culto ao corpo acabou e a boa é que agora começa o da mente”, foi assim que um dos 20 maiores cientistas do mundo segundo a revista Scientific American, Miguel Nicolelis cativou o público que lotou o Teatro Pedro II durante sua apresentação na Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto, na noite deste sábado (2).

Dono de 46 prêmios internacionais e responsável por estudos onde a neurociência consegue desafiar os limites do corpo, Nicolelis mostrou com experiências feitas com macacos que a robótica pode ser a aliada de pessoas com deficiências físicas através de um corpo artificial na busca por movimentos impossíveis de acordo com cada limitação.

Durante a apresentação, Nicolelis mostrou vídeos onde em estudos comandados por ele nos Estados Unidos, macacos conseguem movimentar braços mecânicos e até um robô que estava no Japão por meio de sinais enviados pelo cérebro. Segundo o neurocientista, isso é possível porque o órgão funciona com previsões que comandam o corpo cerca de meio segundo antes de cada movimento. “O cérebro manda o sinal e os músculos obedecem a mente”, afirmou.

Para o pesquisador, o Brasil ainda precisa de mais investimentos em ciência e educação em geral para que se criem oportunidades para que os jovens interessados em ingressar na profissão possam contribuir para o desenvolvimento do país e garante que um evento esportivo pode ser um começo para construir uma nova imagem do país do futebol. “ Na abertura da Copa de 2014 um deficiente físico dará o primeiro pontapé no primeiro jogo com uma perna robótica para mostrar que somos o país da ciência”, afirmou.

Fonte: G1

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Jornalismo

Nicolelis apresenta resultado inédito de pesquisa e é destaque na imprensa mundial

O neurocientista Miguel Nicolelis é destaque nesta quarta-feira em todo a imprensa mundial pelo feito que atingiu: pela primeira vez na história se conseguiu realizar a comunicação bidirecional entre o cérebro de um primata e um corpo virtual.

Os resultados da pesquisa de Nicolelis, professor da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, foram publicados hoje em artigo na revista especializada em ciência Nature.

O cientista demonstrou ser possível a construção de um avatar mecânico movido apenas com atividade cerebral de um macaco, bem como provou a viabilidade de o primata identificar a textura dos objetos.

Em humanos, isso permitirá que tetraplégicos não só recuperem o movimento de seus braços e pernas, mas que também sintam as texturas dos terrenos por onde estiverem andando, explicou Nicolelis ao Estadão.

A descoberta é destaque da BBC, CNN, Nature, Estadão, G1, Fox News etc.

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Jornalismo

Instituto Internacional de Neurociências tem novos pesquisadores

Durante encontro ocorrido hoje, 25/08, em Brasília, com o Ministro da Educação Fernando Haddad, foi apresentada a nova equipe de pesquisadores do Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lilly Safra (IINN-ELS). A partir de setembro, 31 cientistas estrangeiros passarão a colaborar permanentemente com a equipe científica do instituto, atuando como orientadores, pesquisadores e chefes de projetos, ajudando na formação de pesquisadores brasileiros.

A formação da nova equipe marca uma mudança de filosofia do grupo de pesquisas do IINN-ELS, que passará a ser a sede brasileira do projeto Walk Again (Andar de Novo), que tem por objetivo fazer um jovem tetraplégico voltar a caminhar com a ajuda de uma neuroprótese, na abertura da Copa do Mundo de 2014. A nova equipe vai atuar também no programa Cientistas do Futuro, no qual estudantes do ensino médio da cidade de Macaíba – periferia de Natal – são capacitados para atuar como aprendizes nos laboratórios do IINN-ELS.

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Educação

Nicolelis vai ter que dividir os equipamentos comprados com dinheiro público

Folha:

Os dois grupos de cientistas que se divorciaram duas semanas atrás em Natal (RN) terão de compartilhar a guarda dos seus filhos.

O MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) quer que os R$ 9 milhões em equipamentos científicos comprados com verba pública e hoje instalados no IINN (Instituto Internacional de Neurociências de Natal), uma instituição privada, sejam usados em conjunto. O compartilhamento seria feito com dez professores da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), que deixaram o instituto.

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Educação

As pesquisas capitaneadas por Sidarta Ribeiro e demais estavam "fora de foco", afirmou Nicolelis

O trabalho e a capacidade de Miguel Nicoleli ninguém e louco de discutir, a importância do instituto, ainda mais no estado do Rio Grande do Norte é motivo de orgulho e de aplausos seja lá de quem for,  gostando ou não do Cientista. Agora acredito que fique uma lição disso tudo para Nicolelis, que maior do que qualquer um aqui, só tem ele. DEUS.

Na minha opinião a entrevista do Cientista aumentou o buraco entre ele e a equipe que está deixando o IINN, se o interesse era colocar panos quentes, o resultado vai ser o inverso. Só aguardarmos. Segue reportagem da Tribuna do Norte:

O neurocientista Miguel Nicolelis deu a sua versão sobre a saída de oito pesquisadores da UFRN do Instituto Internacional de Neurociências de Natal, em entrevista coletiva realizada ontem à tarde. Nicolelis confirmou que a parceria foi interrompida porque as pesquisas realizadas pelo grupo da UFRN não estavam de acordo com as áreas pesquisadas pelo Instituto e por discordâncias sobre as regras de uso dos equipamentos de pesquisa. Segundo o cientista, o fim da parceria não traz nenhum prejuízo para o Instituto de Neurociências.

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Educação

O Problema com Nicolelis não é pessoal. É institucional!!!

Todo mundo, mas que todo mundo sabe que a crise já está instalada. Quem fala como Siadarta Ribeiro falou a Folha não é Gago. Vamos esperar os desdobramente da entrevista do Professor Miguel Nicolelis hoje a tarde.

O neurocientista Sidarta Ribeiro, da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), contrariou as declarações da reitora Ângela Paiva e afirmou que existe “um problema” institucional entre a UFRN e o IINN (Instituto Internacional de Neurociências de Natal), dirigido pelo ex-mentor de Ribeiro, Miguel Nicolelis.

Em nota conjunta, o órgão gestor do instituto de Nicolelis e a reitora da UFRN haviam dito que os problemas se resumiam a “divergências pessoais” entre pesquisadores.

“O que existe é um problema que envolve uma parceria público-privada, que precisa ser resolvido e vai ser resolvido”, disse Ribeiro.

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Jornalismo

O jornalismo de Porta de cadeia anseia pelas explicações de Nicolelis

O hiato entre os cientistas Miguel Nicolelis e Sidarta Ribeiro ainda vai repercutir muito.

Para amanhã (não há hora confirmada e local ainda), o Nicolelis promete coletiva de imprensa na qual vai explicar sua versão do acontecido nas entranhas do Instituto Internacional de Neurociências de Natal. A Folha de São Paulo já deu o aperitivo.

Noticiou o racha na equipe. Nove, de dez cientistas, saíram em debandada. Pegaram os equipamentos da UFRN e foram para o campus, para a Cidade do Cérebro.

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Opinião dos leitores

  1. Independente de qualquer coisa, é uma pena que cientistas de qualidade e que estão trabalhando em nosso estado estajam brigando e divergindo. Só quem perde é o RN.

  2. Meu caro e inteligente blogueiro: "Nico" NUNCA me enganou. Falastrão, prepotente, midiático e egocêntrico. Como é que um cara que se auto-intitula candidato a um nobel, tem tempo de manejar uma ferramenta tão fútil e macunaímica quanto o twitter ??? Ele é, com sua promessa furada do homem cibernético na copa de 2014 (algo que já foi "pensado" muito antes dele, diga-se de passagem), a "cara" que permeia Natal !!!

  3. Por favor, alguém pergunta aí a este nobre e popular cientista por que é que ele não deixa o seu laboratório nos EUA e vai trabalhar no Nordeste Brasileiro?! Por que ele não divide com os pesquisadores da UFRN as pesquisas feitam por aqui?

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Educação

Os problemas no Instituto de Neurociências de Natal não vem de hoje.

O BlogdoBG conversou, ontem a tarde, com um pessoa diretamente ligada ao assunto e ao trabalho que era exercido no Instituto Internacional de Neurociências de Natal. Pedindo para, por enquanto, não ser identificado, o mesmo disse que “a convivência com o professor Miguel Nicolelis é praticamente impossível” e que os problemas não são de hoje, já vem de algum tempo. “Ele é excêntrico, autoritário e minimiza o trabalho dos colegas daqui”, revelou a pessoa ouvida pelo Blog.

Por coincidência, a reportagem que vamos reproduzir, a seguir, da Tribuna do Norte, praticamente diz a mesma coisa:

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Educação

Racha feio no Instituto de Neurociências

Folha de São Paulo:

Em contato com uma pessoa próxima ao trabalho do instituto e Nicolelis, o blog apurou que a convivência com cientista é praticamente impossível. “Excêntrico e complicado”, disse o interlocutor.

O cientista queria dizer como tudo devia ser feito. E agora, como fica a situação do IINN, bancado também por verbas públicas?

Sidarta não quer comentar as declarações, mas o casamento de quase 10 anos não vai terminar tão silenciosamente assim. Podem apostar. Segue Reportagem da Folha de São Paulo:

A dupla de neurocientistas Sidarta Ribeiro e Miguel Nicolelis, cofundadores do Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra (IINN), que na década passada prometeram revolucionar a ciência brasileira, se separaram nesta segunda-feira (25). Os dois cientistas decidiram seguir caminhos diferentes, com um dos integrantes, literalmente, pegando suas coisas e se mudando.

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Opinião dos leitores

  1. Até onde eu saiba, todo esse racha não está em nada definido. Não criemos o satanás da hora. Ponderemos. Cada cientista tem um ponto de vista que deve ser respeitado. Críticas vindas de membros externos, que não conhecem o cotidiano do laboratório, tampouco os envolvidos na questão, só servem para destruir uma bela ideia que vem se concretizando ao longo desses anos todos em Natal. Não estou ao lado de nenhum dos dois. O meu lado é o da ciência! E fazer ciência em um estado que não valoriza o pesquisador, é entristecedor.

  2. É a elite doentia do Brasil que não se conforma com o Instituto estar instalado em Natal. Aliás, a Folha de FHC, ARTHUR VIGILIO, Serra, J. Agripino, Flinto Rodrigues e BG, é o maior exemplo dessa classe elitista que sonha em retornar ao poder e destruir aquilo que Lula fez. É uma vergonha!!

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Cultura

Pondé e Nicolelis esquentam primeiro dia da FLIP

Letícia Moreira/Folhapress

Folha

A última mesa do segundo dia da Flip, reunindo nesta quinta à noite o neurocientista Miguel Nicolelis e o filósofo e colunista da Folha Luiz Felipe Pondé, com mediação da jornalista Laura Greenhalgh, foi uma das mais instigantes do encontro em Paraty até agora.

Opôs duas visões bem distintas. Nicolelis é um devoto da ciência e crítico das religiões. Pondé, um estudioso delas e cioso da importância da espiritualidade como brecha para o sofrimento humano, defendeu que a “ciência pode produzir um niilismo muito mais profundo, o de que a gente pode fazer tudo”.

Foi um diálogo cordial, mas com estocadas de parte a parte. “Já passou da época de cientista bater em quem acredita em Deus. Mas em nome de valores cristãos, judaicos, muçulmanos etc. já se fez tanta miséria…”, disse Nicolelis.

Em outro momento, afirmou: “Milagre deveria ser palavra adotada pela neurociência, porque nesse departamento fazemos umas coisinhas melhores”.

Pondé disse que a distância entre ciência e religião parece ampla, “mas não é, nunca foi”.

“Ciência e religião sempre se cruzam”, disse o filósofo, a partir da ideia de que “se Deus fracassou, a gente vai conseguir fazer pela ciência”.

Citou Nietzsche, que dizia que quando o cristão perdesse a fé religiosa a etapa seguinte seria a fé na ciência. “Ou seja, se a religião não deu sentido à vida, a ciência dará.”

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Jornalismo

O Ego de Miguel Nicolelis será que cabe no Elefante?

Por Carlos Prado do Novo Jornal:

O aclamado cientista Miguel Nicolelis lançou seu livro  “Muito além do nosso eu”, com palestra e sessão de autógrafos, na última segunda-feira no Teatro Alberto Maranhão.

Os cerca de 250 exemplares vendidos, segundo representantes da Livraria Siciliano, promotora do evento, atestam o sucesso da iniciativa.

Antes do início da palestra, o jornalista Renato Lisboa se apresentou ao cientista como repórter do NOVO JORNAL e  solicitou uma entrevista, que poderia acontecer naquele momento ou após o término do evento.

A resposta de Nicolelis: “Eu vou pensar se dou entrevista ao  NOVO JORNAL. Vocês andaram escrevendo umas coisinhas esquisitas a meu respeito”. A entrevista não foi concedida.

A última reportagem tratando de Nicolelis publicada pelo  NJ foi produzida pela agência Folhapress, a mesma que fornece conteúdo editorial ao jornal Folha de São Paulo. Não continha nenhuma esquisitice e tampouco foi contestada pelo cientista.

Nas últimas semanas, nesse período de lançamento do livro, o público potiguar teve oportunidade de acompanhar diversas entrevistas de Miguel Nicolelis. Além da já citada à Folhapresss houve uma ao Programa do Jô, na Rede Globo e outra, à Globo News. A nenhum veículo de comunicação do RN foi concedida a honra.

Aqui e acolá se ouve, ou se lê, nas redes sociais, Miguel Nicolelis reclamando da falta de apoio por parte do governo e da sociedade potiguares aos projetos que ele desenvolve no estado.

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Opinião dos leitores

  1. Brunão, o cara é fera. Não o acho que Nicolelis seja antipatico. Isso para mim pouco importa. O que importa é o potencial que ele tem de trazer conhecimento cientifico, como também investimentos para nossa cidade e nosso estado. Quem passa na estrada para escola agricola de Jundiai, ver o centro de estudo liderado por Nicolelis. Um empreendimento de qualidade. E em Natal, o que é que custa calçar a rua onde está a escola dele. Vamos lembrar que Nicolelis está disputando um Prêmil Nobel e que é professor em universidade nos EUA, ou seja, o cara é fera. Forte Abraço.

  2. Sinceramente, mesmo sendo potiguar, vejo que o nosso estado não merece esse instituto.
    A única instituição parceira é a UFRN. De resto nunca virão falar sobre o que é realmente ciência.
    Garanto que se ele estivesse em São Paulo, o instituto já tinha se desenvolvido bem mais.
    É triste mais é a verdade!!!

  3. E por quê será que poucos conhecem? A imprensa local nem se dá ao trabalho de ir lá.

    A imprensa do resto do país vez ou outra destaca o maravilhoso trabalho que o cientista faz por aqui.

    A imprensa daqui é fraca e o NOVO JORNAL é um retrato perfeito das mídias controladas aqui no RN.

    Controle de mídias já. Concessão do Estado não deveria servir para jogos políticos, como ocorre aqui no estado potiguar.

  4. Pelo amor de Deus, agora vão implicar com um dos maiores, senão o maior, cientistas do País, porque não deu uma entrevista????? A imprensa nunca aceita um não, quer estar sempre acima do bem e do mal….

  5. Da mesma forma, os políticos que sustentam o Novo Jornal nunca deram uma satisfação à sociedade.

    E os políticos, mais do que Nicolelis, têm obrigação de se comunicar e dar satisfação ao público.

    Nicolelis pode deixar de dar entrevista para quem ele quiser (principalmente para um jornal que fala mal de sua pessoa), mas os políticos não podem fazer isso!

    Os políticos autoritários, reacionários, tradicionais estão com medo da pessoa de Nicolelis e vem fazendo ataques à sua pessoa. Pergunto: para quê tanto medo? Estavam acostumados a governar a provinciana Natal sem alguém forte para contestá-los?

  6. Bruninho, boa noite…. se não me falhe a memória a rua onde localiza o instituto do cientista, não é pavimentada nem asfaltada porque o Ministério Público e a promotora do meio ambiente não autoriza tal feito. A imprensa deveria checar, né???? porque nao basta atirar pedra no executivo sem ao menos ver o outro lado.
    Seu blog tá sendo o melhor do RN. Parabéns…. show de bola!!!! Abraço

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