Diversos

MINERAÇÃO: Governo publica edital para concessão à iniciativa privada de 7.027 áreas para pesquisa e lavra

Foto: ABR; José Cruz/Agencia Brasil

A Agência Nacional de Mineração (ANM) abriu nesta quarta-feira (29) a 2ª Rodada de Disponibilidade de Áreas [https://sople.anm.gov.br/portalpublico/edital/3/documentos-publicos], que oferta para concessão à iniciativa privada 7.027 áreas para pesquisa e lavra, envolvendo os mais variados tipos de substâncias minerais. O prazo para manifestação de interesse termina em 1º de março de 2021.

De acordo com o Ministério da Economia, a Disponibilidade de Áreas busca selecionar interessados em dar prosseguimento a projetos minerários já outorgados a terceiros, mas que retornaram à carteira da ANM por algum motivo, como indeferimentos de requerimentos, caducidade de títulos, abandono da jazida ou mina, desistência e renúncia. Em maio de 2020, os projetos oferecidos nas rodadas entraram no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), “com o objetivo de fomentar o desenvolvimento social e econômico do país.”

No primeiro lote, usado como projeto piloto, foram disponibilizadas cerca de 500 áreas, exclusivamente para fins de pesquisa em minerais voltados para a construção civil, tais como areia, brita e cascalho. Para o governo, os resultados superaram as expectativas, sendo possível, então, uma segunda rodada com mais de sete mil áreas, sendo que várias já se encontram na fase de lavra.

Até 2018, a seleção dos interessados ocorria segundo o melhor projeto técnico. Mas o Decreto nº 9.406/2018 introduziu um novo modelo de seleção, segundo o qual as áreas devem ser objeto de oferta pública prévia pela ANM e, caso haja dois ou mais interessados, serão submetidas a leilão eletrônico, a ser decidido de acordo com maior valor ofertado. Para as áreas ofertadas nesta terça-feira, o leilão está previsto para ocorrer entre 8 e 15 de março de 2021, se for o caso.

Agência Brasil

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  1. Hô Véio Bom da gota serena é o Presidente Bolsonaro, só não enxergam quem não quer.
    Mito, MITO 2022

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Diversos

Ministro de Minas e Energia defende popularização da mineração no país

Foto: José Cruz/Agência Brasil

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse nesta quinta-feira (11) que é preciso tornar a imagem da mineração brasileira mais popular como forma de explorar todo o potencial do setor, atualmente responsável por 4% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

“Temos que tornar a mineração pop em nosso país. Temos muito ainda que explorar em nosso território”, comentou o ministro, ao apresentar a jornalistas as realizações e projetos que a pasta encaminhou nos 100 primeiros dias de governo.

Para o ministro, tornar a atividade “pop” significa conscientizar a população a respeito da importância econômica e social da mineração. “Por meio de ações concretas, sérias, seja por parte do Congresso Nacional, seja dos poderes Executivo e Judiciário e dos demais atores [envolvidos com o setor], vamos permitir à sociedade entender que a atividade está sob controle e sendo executada de acordo com as normas estabelecidas. A população tem que ter segurança neste sentido”, acrescentou o ministro.

Barragens

Sobre os recentes desastres ambientais causados por acidentes com barragens de mineração e a resistência a propostas de autorizar a mineração em terras indígenas, Albuquerque disse que o papel do ministério é resolver a questão da segurança das barragens. .

“É isso que temos realizado. A questão da atividade econômica em determinadas áreas onde sabemos que há atividades ilegais que não contribuem em nada para o benefício dessas regiões e que prejudicam o meio ambiente”, pontuou Albuquerque.

“Pretendemos mostrar que, se houver áreas em que haja interesse de exploração econômica que possa se traduzir em benefícios para a região, para a população e para o fomento do desenvolvimento, serão tratadas de forma objetiva e transparente”, disse o ministro, defendendo que a boa imagem do setor e o potencial ainda não explorado em território nacional pode atrair mais investimentos estrangeiros, fomentando o setor.

Ainda durante a apresentação, Albuquerque lembrou que o governo federal já adotou medidas para apurar as causas do rompimento ou problemas com barragens a fim de propor aprimoramentos nas leis que tratam da segurança destas estruturas. Além disso, o governo federal também promete desburocratizar o setor mineral a fim de atrair investidores.

“Para fazer isso, temos que modernizar o setor. Tudo aqui era feito com papel. Agora estamos informatizando e melhorando nossa governança sobre o setor. Temos vários programas em desenvolvimento, alguns deles já em fase de testes, e pretendemos dar mais agilidade e transparência ao setor”, concluiu o ministro, prometendo que, até o fim do ano, o ministério terá um diagnóstico preciso sobre a situação das barragens existentes no Brasil. “Evidentemente, as consideradas críticas são nossa prioridade.”

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. O monopólio na exploração mineral acomete de hidrocefalia o explorador, principalmente quando este atua com o auxílio de laranjas.

    1. Foi o caso da Petrobrás? Quando seus ladrões preferidos saquearam e destruíram por anos a empresa que era o maior símbolo do Brasil?

    2. Daniel não conseguiu pegar uma vírgula sequer do meu dialeto cigano. Refiro-me à política potiguar e seus protagonistas. A mineração serviu apenas de gancho. Pena que em tudo ele só veja laranjas.

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Economia

Mineração movimenta R$ 164 milhões em 2018 e aumenta mais de 460% em uma década no RN, destaca reportagem

O setor da mineração movimentou R$ 164,7 milhões em operações no Rio Grande do Norte, ao longo de 2018. O valor ainda é baixo na comparação com outros estados brasileiros, porém é mais de cinco vezes maior que o registrado 10 anos atrás, em 2009, quando as operações potiguares somavam R$ 29,3 milhões. Foram 461% de aumento. Ao longo do ano, o estado recolheu R$ 2,75 milhões, cerca de 2% do total, em Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) – uma espécie de royalty pela atividade. Os dados foram colhidos pelo portal G1 no site da Agência Nacional de Mineração, na manhã desta segunda-feira (4). Em 2009, esse montante era de R$ 596,2 mil. Clique aqui e veja reportagem

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Cidades

Trabalho degradante em atividade de mineração de cidade no RN está na mira do MPT

As precárias condições de trabalho dos garimpeiros das minas de caulim, no município de Equador, são alvo de constante atuação do Ministério Público do Trabalho (MPT), na Procuradoria do Trabalho de Caicó. Com o objetivo de combater o trabalho degradante, o MPT já firmou termos de ajustamento de conduta com 14 mineradoras da região. Mas a Mineração José Marcelino de Oliveira, dona das propriedades onde está a maior parte das minas, recusa-se a firmar TAC, o que motivou o MPT a ajuizar ação para apurar irregularidades trabalhistas ocorridas na área, inclusive relacionadas a acidentes fatais. A empresa Soleminas, que arrendou a propriedade, também responde solidariamente. Dentre os pedidos, a ação requer indenização no valor mínimo de R$ 1 milhão, para reparar o dano moral coletivo.

A Ação Civil Pública nº 33400-90.2013.5.21.0017 aponta que, de 2008 a 2011, foram quatro acidentes de trabalho com vítimas fatais nas propriedades da Mineração José Marcelino, situada no Sítio Tanquinhos e Sítio Laginhas, ocorridos especificamente no Alto do Giz e Alto dos Mamões. Fiscalizações realizadas, ao longo desse período, pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) dão conta da falta de segurança e do alto risco da atividade executada, não apenas para os garimpeiros, mas também para outras pessoas e veículos que podem ser tragados pelo desabamento das escavações, uma vez que estas não possuem qualquer ordem ou planejamento.

A procuradora do Trabalho Dannielle Lucena, que assina a ação, sustenta que “as empresas estão preocupadas apenas em ampliar a lucratividade sem arcar com qualquer responsabilidade sobre os riscos inerentes ao trabalho em condições precárias dos garimpeiros”. Conforme relatado, a Mineração José Marcelino recebe, só de um único contrato de arrendamento, de R$ 20 a 30 mil mensais, segundo documento assinado em 2010 com a Soleminas, pelo período de 10 anos. Além disso, a representante das terras arrendadas revelou, em audiência, que as empresas atuantes na região recebem os valores denominados “congas”, parcelas sobre o produto extraído, pagas por garimpeiros irregulares que exercem atividade na propriedade, que são repassadas à Mineração José Marcelino.

No entanto, a Mineração José Marcelino alega que está com as atividades paralisadas há mais de 10 anos. Para a procuradora do Trabalho Dannielle Lucena, “está claro que a mineradora permanece contratando empresas, mediante arrendamento, que realizam a exploração mineral nas propriedades pertencentes à ela. Dessa forma, é evidente a continuidade das atividades extrativas e o recebimento do valor das “congas” pela Mineração, ao mesmo tempo em que não se confirma a alegação de que as atividades estariam paralisadas,” enfatiza a procuradora.

Além do pedido de indenização, o MPT requer à Justiça do Trabalho que as empresas beneficiadas com a atividade sejam obrigadas a fornecer equipamentos de proteção individual (EPIs) aos garimpeiros, reconhecer o vínculo empregatício, realizar estudos e Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), e implementar medidas de segurança que preservem a saúde e a integridade dos garimpeiros, dentre outras determinações, sob pena de multa de R$ 20 mil por eventual descumprimento.

Durante o processo, que tramita na Vara de Trabalho de Caicó, a própria empresa Mineração José Marcelino solicitou inspeção judicial ao juiz do Trabalho substituto Carlito Antônio da Cruz, que atua no caso. Apesar de a principal atividade econômica de Equador ser a mineração, na data da inspeção, realizada em 12 de agosto, não foi encontrado nenhum garimpeiro ou sequer máquinas nas minas visitadas, tendo sido, no entanto, registrados vestígios de atividade recente. O resultado dessa inspeção ainda está sob análise da Vara de Trabalho de Caicó, onde está marcada para hoje, 4 de setembro, uma nova audiência sobre o caso.

CONDIÇÕES DE TRABALHO – Relatórios de fiscalizações realizadas pelos auditores fiscais do Trabalho, que serviram de base para a ação, demonstram que os garimpeiros de Equador eram submetidos a primitivas condições de trabalho, tais como: escavação manual dos poços e galerias para encontrar jazidas, extração artesanal com ferramentas simples, uso de baldes e carros de mão para recolher e transportar a matéria-prima, uso de pás para carregar os caminhões com o mineral bruto. Também foi verificado a utilização de técnicas arcaicas, como o uso de velas para iluminar e indicar o nível de oxigênio nos túneis, o que ainda prejudica a saúde e segurança dos garimpeiros, pois as condições de respirabilidade são precárias, agravadas pelo uso da chama para iluminação, pela inexistência de ventilação e pela característica do material, que forma um pó muito fino, em suspensão, capaz de desencadear doença pulmonar grave (silicose – pneumoconiose).

MPTRN

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Diversos

Governadora assina protocolo para instalação de mineradora em Lajes

A governadora Rosalba Ciarlini assina na segunda-feira (24) o Protocolo de Intenções com a Mineradora Nosso Senhor do Bonfim, que vai instalar a Mina Bonfim em Lajes.

O investimento projetado é de R$ 80 milhões, sendo que R$ 50 milhões já foram investidos e R$ 30 milhões serão aplicados na segunda etapa. O trabalho conjunto do Governo e da empresa visa o desenvolvimento de estudos de viabilidade para implantar um Pólo Metalúrgico em Lajes.

O empreendimento tem 130 colaboradores diretos, que já estão trabalhando no local, e mais 100 que serão iniciados na segunda etapa. Com relação aos empregos indiretos, a empresa propicia a geração de 600 vagas.

Quanto à capacidade anual de produção, até junho de 2013 serão produzidas 250 toneladas/ano de concentrado de scheelita na Mina Bonfim. Ao final da implantação da segunda etapa, a produção atingirá 700 toneladas/ano de concentrado de scheelita e 2 mil toneladas/ano de ferro tungstênio.

Já o faturamento anual estimado é de aproximadamente R$ 100 milhões por ano quando estabilizada a produção. Isso corresponde à primeira etapa do empreendimento que está sendo inaugurado e foi iniciada em novembro de 2011. A segunda etapa será concluída em dezembro de 2013.

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