Polícia

PF faz busca e apreensão na casa de assessor do Ministério dos Transportes

A Polícia Federal cumpriu nesta quinta-feira mandado de busca e apreensão na casa do assessor especial do Ministério dos Transportes Edson Giroto (PR) em Campo Grande (MS).

Procurada, a assessoria de imprensa da pasta informou que Giroto pediu afastamento do cargo nesta quinta (9) para “tratar de assuntos particulares”.

A medida faz parte da Operação Lama Asfáltica, deflagrada esta manhã, de combate a um esquema de desvio de recursos, fraude em licitações e superfaturamento de contratos na capital do Mato Grosso do Sul.

De acordo com a PF, foram descobertas “vultuosas doações de campanha à candidatura de um dos suspeitos”. A polícia não informou, porém, quem foi o beneficiário das contribuições.

A operação está sendo feita em conjunto com a CGU (Controladoria-geral da União), o Ministério Público Federal e a Receita Federal. Os investigadores estimam que o prejuízo causado pela esquema é de cerca de R$ 11 milhões.

Ao todo, estão sendo cumpridos 19 mandados de busca e apreensão e quatro ordens de afastamento de servidores estaduais.

Segundo a PF, empresas especializadas em pavimentação e construção de vias, além de limpeza e coleta de lixo, subornavam servidores, fraudavam licitações e superfaturavam contratos com a administração pública.

As investigações, iniciadas em 2013, identificaram diversas irregularidades em obras executadas por essas empresas.

GIROTO

Giroto foi nomeado assessor especial do ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, em março deste ano. Antes, ele havia sido deputado federal, entre 2011 e 2014.

Giroto também comandou a secretaria estadual de Obras Públicas e Trasportes em duas ocasiões, ambas durante o governo de André Puccinelli (PMDB): de 2007 a 2010 e, depois, entre 2013 e 2014.

OUTRO LADO

A assessoria de imprensa do Ministério dos Transportes informou apenas que o ministrou tomou conhecimento da operação e que Giroto se afastou de suas funções.

O governo do Estado do Mato Grosso do Sul divulgou uma nota oficial, esclarecendo que os mandados cumpridos nesta quinta referem-se a um inquérito policial de 2014 e que, portanto, dizem respeito à gestão anterior.

Leia a íntegra do comunicado oficial:

“O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul esclarece, acerca das operações realizadas hoje (09), pela Polícia Federal, Receita Federal e Controladoria Geral da União, os seguintes pontos:

1) Os mandados de busca e apreensão expedidos no último dia 02 se referem a inquérito policial relativo ao ano de 2014, portanto, à gestão anterior, não tendo relação com o atual Governo;

2) A diligência realizada na sede da Secretaria de Infraestrutura, onde também funciona a Agesul, contou com a colaboração do Governo, que está totalmente à disposição para apoiar a Polícia Federal, a Justiça e os demais órgãos envolvidos;

3) Os funcionários investigados foram suspensos de suas funções por ordem judicial e o Governo vai tomar todas as providências administrativas cabíveis para averiguar os fatos e garantir a lisura de todos os procedimentos realizados pelo órgão;

4) Por fim, o Governo do Estado vai acompanhar a evolução das apurações, reafirmando seu compromisso com o esclarecimento dos fatos e a transparência das informações.”

Folha Press

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Jornalismo

Petista acha que Dilma exagerou na dose em demitir no Ministério dos Transportes

Josias de Souza

Compelido demitir-se da diretoria de Infraestrutura Rodoviária do Dnit, o petista Hideraldo Caron acha que a guilhotina de Dilma Rousseff está desregulada.

Guindado ao posto em 2004, sob Lula, Caron escalou o monturo do Ministério dos Transportes na condição de 16a cabeça.

Em entrevista, avaliou que a lâmina desceu além do necessário:

“Eu acho que não precisava [sair tanta gente]. E trago testemunho dos funcionários do departamento.”

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Política

PR manda o recado para o PT. Estamos juntos!!!

Depois de perder o comando do Ministério dos Transportes sob acusações de corrupção, o PR manda ao governo seu recado: não quer pagar sozinho pelas denúncias que abalaram a pasta e já faz ameaças a petistas que estão na estrutura do órgão, informa reportagem de Catia Seabra, publicada na edição desta sexta-feira da Folha (íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

Afastado após ter o nome envolvido nas acusações, o diretor-geral do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Luiz Antonio Pagot, deu ontem uma prévia de como será seu depoimento sobre o escândalo, programado para terça e quarta-feira no Congresso.

“O Dnit é um colegiado. O Hideraldo manda tanto quanto o Pagot”, disse, em referência ao petista Hideraldo Caron, diretor de Infraestrutura Rodoviária do Dnit, e listando, em seguida, todo o colegiado do órgão.

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