A decisão do procurador-geral da República Roberto Gurgel de investigar Orlando Silva deve apressar-lhe a queda do Ministério dos Esportes.
Antes de voar para a África, no domingo (16), Dilma Rousseff determinara a Orlando que se defendesse das acusações do delator João Dias.
De volta a Brasília na noite desta quinta (20), a presidente pretende chamar o ministro para uma conversa. Deve ocorrer antes do fim de semana.
Na expressão de um auxiliar de Dilma, ela quer “retirar o Ministério dos Esportes das páginas policiais.”
Consolida-se no Planalto a avaliação de que Orlando já não reúne condições políticas para se manter na Esplanada.
Prevê-se que o quadro tende a agravar-se com o pedido de abertura de inquérito que o chefe do Ministério Público remeterá ao STF.
Sob investigação, Orlando Silva terá de depor na condição de suspeito. Seus atos administrativos serão varejados. Pode ter os sigilos bancário e fiscal quebrados.
Ainda que saia do processo com atestado de inocência, seu calvário será longo. Mantendo-o no cargo, Dilma carregará a cruz junto com ele.
Comente aqui