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Fonte dos EUA diz que míssil do Irã pode ter abatido acidentalmente avião ucraniano com 176

Foto: AKBAR TAVAKOLI / AFP

Dois dias depois da queda do avião da Ukraine International perto de aeroporto internacional de Teerã, que deixou 176 mortos, autoridades do governo dos EUA disseram acreditar que a aeronave tenha sido abatida pelo sistema antiaéreo iraniano. Sem se identificar, um funcionário afirmou que foram identificados dois lançamentos de mísseis perto do horário em que o Boeing 737-800 caiu, seguidos por evidências de uma explosão.

Eles também acreditam que se tratou de um lançamento acidental. As informações foram reveladas pela imprensa americana e pela agência Reuters, mas ainda não confirmadas oficialmente pelo governo. Ao comentar a informação, o presidente Donald Trump disse a jornalistas que “alguém pode ter cometido um erro”, e disse ter suspeitas de que “algo muito terrível pode ter acontecido”.

Mais cedo, o governo da Ucrânia dissera que investiga quatro cenários para a queda do avião ucraniano,incluindo um atentado terrorista e que a aeronave tenha sido atingida acidentalmente por um míssil de defesa antiaérea. Kiev disse que quer fazer buscas no local da queda para verificar se há destroços de um míssil russo usado pelos militares do Irã. As outras hipóteses são uma explosão do motor ou uma colisão.

Uma equipe de especialistas ucranianos chegou a Teerã antes do amanhecer para participar da investigação da queda, que matou todas as 176 pessoas a bordo.

Nesta quinta-feira, a Organização da Aviação Civil (OAC) iraniana disse que o avião fez meia-volta para retornar ao aeroporto devido a um problema. “O avião desapareceu dos radares no momento em que atingiu uma altitude de 2.400 metros. O piloto não transmitiu nenhuma mensagem de rádio sobre circunstâncias incomuns”, disse a OAC no primeiro relatório da investigação preliminar do acidente. “De acordo com testemunhas oculares, houve um incêndio no avião que se tornou mais intenso.”

O chefe da organização, Ali Abedzadeh, considerou “ser impossível” o avião ter sido abatido, e que dezenas de aviões nacionais e estrangeiros estavam sobrevoando o território naquele momento.

As testemunhas oculares citadas pela OAC são pessoas em terra que observavam o avião decolar e outras que estavam em um avião que voava a uma altitude mais alta do que o Boeing no momento da tragédia. “O avião que se dirigia, a princípio, para o oeste para sair da zona do aeroporto virou à direita, devido a um problema, e estava voltando para o aeroporto quando caiu”, relatou a OCA.

Segundo o secretário do Conselho de Segurança da Ucrânia, Oleksiy Danylov, os investigadores pediram para procurar possíveis mísses russos após verem informações na internet. Ele referia-se a informações que circulam nas redes sociais iranianas que, supostamente, mostram destroços de um foguete russo terra-ar Tor-M1, tipo usado pelos militares iranianos.

O presidente ucraniano, no entanto, alertou contra todas as “especulações” sobre a tragédia. Nesta quinta-feira, Zelenski decretou um dia de luto nacional e prometeu estabelecer “a verdade” sobre o episódio. Zelenski, disse que falou com o colega do Irã, Hassan Rouhani, e que este lhe garantiu que especialistas do seu país terão “acesso completo” à investigação.

A avaliação inicial de agências de inteligência ocidental era a de que o avião teve um problema técnico e não foi alvo de um atentado ou um míssil.

O voo PS752 da UIA decolou às 6h10 (23h40 de terça-feira no horário de Brasília) do aeroporto Imam Khomeiny, de Teerã, com destino ao aeroporto Boryspil, de Kiev. A decolagem aconteceu quase cinco horas depois do ataque iraniano com mísseis a bases iraquianas que abrigam soldados americanos, que ocorreu à 1h20 de quarta-feira, no horário local.

Segundo a diplomacia ucraniana, havia 82 iranianos, 63 canadenses, dez suecos, quatro afegãos e três britânicos a bordo do Boeing. Outros 11 eram ucranianos, incluindo nove tripulantes.

A CAO indicou que 146 passageiros tinham passaporte iraniano; 10, passaporte afegão; cinco, passaporte canadense; quatro, sueco; e 11, ucraniano.

A diferença é explicada pela presença de inúmeras pessoas com dupla nacionalidade (entre elas, a priori, 140 iraniano-canadenses), que podem entrar e sair da República Islâmica apenas mediante a apresentação de seu passaporte iraniano.

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, pediu uma “investigação completa” da catástrofe aérea, a mais mortal para os canadenses desde o ataque a um Boeing 747 da Air India em 1985. Neste episódio, 268 cidadãos morreram.

Teerã se recusa a entregar as caixas-pretas da aeronave à fabricante americana Boeing. A OAC anunciou, porém, que as mesmas, recuperadas já na quarta-feira, serão enviadas “para o exterior”. Apenas alguns países, incluindo Estados Unidos, Alemanha e França, têm capacidade técnica para analisar caixas-pretas.

Pelas normas que regem investigações internacionais sobre acidentes aéreos, o Irã tem o direito de comandar o inquérito e de negar ou autorizar a participação de outros países.

Este é o primeiro acidente fatal da Ukraine International, uma empresa que pertence, em parte, ao oligarca Igor Kolomoiski, conhecido como próximo ao presidente Zelenski. Afetada por um escândalo em torno de seu 737 MAX, a Boeing disse que está “disposta a ajudar por todos os meios necessários”.

O Globo

 

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Diversos

Ucrânia não descarta ataque com míssil a avião que caiu em Teerã

FOTO: WANA NEWS AGENCY

O governo ucraniano não descarta a hipótese de o avião civil, que transportava 176 pessoas e que caiu nessa quarta-feira (8) na capital iraniana, ter sido atingido por um míssil russo.

O secretário de Segurança de Kiev disse que está analisando vários cenários, como um ataque terrorista, a explosão do motor ou a possibilidade de o boeing ter sido alvo de um míssil antiaéreo.

Os investigadores ucranianos pretendem fazer buscas no local da queda do aparelho, à procura de destroços de um míssil.

O secretário de Segurança da Ucrânia, Oleksi Danylov, informou que participam do inquérito peritos que estiveram envolvidos na investigação da queda do voo MH17, da companhia aérea da Malásia, avião que foi abatido em 2014 por um míssil terra-ar disparado por separatistas russos em território ucraniano. O desastre provocou a morte a 298 pessoas.

Na análise do jornalista José Milhazes, especialista da Antena 1 para assuntos do Leste Europeu, a resposta estará nas caixas-pretas.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, decretou dia de luto nacional, em homenagem às 176 pessoas mortas. Ele prometeu apurar toda a verdade sobre a tragédia.

Canadá

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, disse que os canadenses merecem uma resposta sobre as causas do acidente aéreo em Teerã, capital iraniana. Morreram na queda do avião 63 canadenses.

Luto nacional

O governo ucraniano decretou hoje luto nacional pelas vítimas do acidente aéreo perto de Teerã, a maior catástrofe desse tipo na história recente do país.

“A fim de honrar a memória dos mortos, o presidente decretou que as bandeiras sejam baixadas a meio-mastro nos órgãos estatais, regionais, empresariais, estaduais e governamentais”, diz comunicado.

Zelensky prometeu uma investigação completa e independente das causas do acidente. “É uma prioridade para a Ucrânia estabelecer as causas”, acrescentou.

RTP – Emissora pública de televisão de Portugal

 

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Diversos

Coreia do Norte volta a disparar míssil de curto alcance

A Coreia do Norte voltou a lançar neste domingo pelo segundo dia consecutivo um míssil de curto alcance ao Mar do Leste (Mar do Japão) a partir de sua costa oriental, informaram fontes do Ministério de Defesa sul-coreano citadas pela agência “Yonhap”.

Após o lançamento no sábado de três mísseis guiados de curto alcance, o regime de Pyongyang fez hoje um novo lançamento, desta vez na direção norte.

“Depois de ontem, a Coreia do Norte lançou um míssil de curto alcance ao Mar do Leste”, assegurou uma fonte da Defesa sem ser identificada.

Embora os lançamentos possam ser simplesmente exercícios rotineiros, é considerado um gesto beligerante por parte do regime de Pyongyang após um período de várias semanas nas quais notavelmente baixou o tom de sua última campanha de ameaças bélicas.

Da agência EFE

Opinião dos leitores

  1. Seria otimo se mandassem o zé bonitinho de lá(o aprendiz de ditador mais feio que se tem noticia) num foguete só de ida para marte, escondido da turma dos direitos humanos brasileiro.

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