Saúde

VÍDEO: Polêmica sobre origem da Covid esquenta após imagens de morcegos no que seria laboratório de Wuhan

Assista reportagem AQUI

O vírus da Covid-19 teria escapado de um laboratório chinês, antes de se espalhar pelo planeta? O debate em torno desta possibilidade está cada vez mais quente. Foram divulgadas agora imagens mostrando morcegos vivos no que seria o interior do laboratório de Wuhan, uma instalação de segurança máxima.

O laboratório, inaugurado com grandiosidade em 2017, agora é alvo de uma discussão internacional, após a divulgação de um vídeo que traz imagens de morcegos vivos no que seria o interior do laboratório.

Os chineses e os seus parceiros científicos do Ocidente sempre negaram que houvesse criação de morcegos no Instituto de Virologia de Wuhan. O fato pode reforçar a possibilidade de que o vírus da Covid-19 não tenha vindo de um animal na natureza, mas sim que ele tenha escapado de um laboratório chinês.

O engenheiro Gilles, francês que mora na Nova Zelândia, faz parte de um grupo virtual chamado ‘Drastic’ – são detetives amadores da internet, que investigam as origens do vírus da Covid-19. Foram eles que acharam o vídeo em um site chinês. “Não é fácil encontrar um vídeo desses, porque o título nem sempre traz as palavras-chave para facilitar a busca. Tem de vasculhar muito, até tropeçar naquilo que interessa”, diz Gilles.

Outra descoberta do grupo ‘Drastic’ foi em 2020: em um artigo científico, pesquisadores de Wuhan revelavam ter encontrado, sem explicar direito como, um novo vírus. Foram eles que descobriram que este vírus já tinha aparecido, só que com outro nome, em um outro artigo chinês, e que o vírus tinha sido colhido pelos pesquisadores em uma caverna infestada de morcegos, em 2012. Veja a reportagem completa acima.

Fantástico – Globo

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Saúde

Sars-CoV-2: Análise indica que a habilidade do vírus de infectar humanos e outros mamíferos provavelmente evoluiu em morcegos

(Foto: NIAID)

Um estudo realizado por pesquisadores do Reino Unido, Estados Unidos e Bélgica mostrou que nos primeiros 11 meses da pandemia de Covid-19 (contando a partir de dezembro de 2019) poucas mudanças genéticas “importantes” foram observadas nas centenas de milhares de genomas sequenciados do vírus Sars-CoV-2.

“Isso não significa que nenhuma mudança ocorreu, mutações sem significado evolutivo se acumulam e ‘surfam’ ao longo dos milhões de eventos de transmissão, como fazem em todos os vírus”, esclarece, em nota, Oscar MacLean, pesquisador da Universidade de Glasgow, na Escócia, e primeiro autor do artigo publicado na sexta-feira (12) na revista científica Plos Biology.

Segundo MacLean, “o que tem sido tão surpreendente é o quão transmissível o Sars-CoV-2 tem sido desde o início [da pandemia].” Em geral, após saltar para uma nova espécie hospedeira, os vírus levam algum tempo para se adaptar e adquirir novas características que possibilitem uma maior disseminação. A maioria deles nunca ultrapassa esse estágio, provocando apenas surtos localizados.

Algumas mutações encontradas no vírus tiveram efeito, como é o caso do substituto da proteína spike D614G, que está ligado ao aumento da transmissibilidade e a alguns ajustes espalhados no genoma do Sars-CoV-2. Mas, no geral, os processos evolutivos “neutros” dominaram.

Estudando as mutações do Sars-CoV-2 e sarbecovírus relacionados (grupo que engloba vírus que se hospedam em morcegos e pangolins), os autores encontraram evidências de mudanças bastante significativas — mas todas ocorridas antes do novo coronavírus ter começado a infectar humanos. Isso indica que a habilidade do Sars-CoV-2 de infectar humanos e outros mamíferos provavelmente evoluiu em morcegos, antes da disseminação do vírus entre nós.

Após um ano circulando ao redor do mundo, no entanto, o vírus está se modificando rapidamente se comparado à versão detectada em janeiro de 2020, que baseou as vacinas desenvolvidas até agora. Os imunizantes continuarão a ser eficazes contra a maioria das variantes existentes, mas quanto mais tempo levar para diminuir a diferença entre pessoas vacinadas e não-vacinadas, mais oportunidades o Sars-CoV-2 terá para se modificar. “A primeira corrida foi para desenvolver uma vacina. Agora, a corrida é para fazer com que a população global seja vacinada o mais rápido possível”, alerta David L. Robertson, um dos líderes do estudo.

Galileu

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Saúde

Morcegos na Tailândia têm anticorpos para coronavírus próximo do Sars-Cov2

Foto: Johns Hopkins University

Cientistas da Universidade Chulalongkorn, em Bangkok, encontraram um novo tipo de coronavírus em morcegos capturados em uma caverna no leste da Tailândia. Chamado de RacCS203, o vírus compartilha 91,5% do genoma com o SARS-CoV-2, responsável pela pandemia da Covid-19.

Apesar da semelhança, os pesquisadores garantem que o novo vírus não é transmitido dos animais para os humanos, mas pode contaminar as pessoas se for passado de morcegos para um hospedeiro intermediário, como o pangolim.

De acordo com publicação do periódico científico Nature Communications , a equipe de cientistas coletou amostras do vírus em 100 morcegos Rhinolophus acuminatus em junho de 2020. Eles também testarem dez pangolins, entre fevereiro e julho do ano passado, para verificar o potencial de um possível hospedeiro intermediário na transmissão do vírus de animais para humanos.

Os resultados constataram que morcegos e os pangolins têm anticorpos capazes de neutralizar o coronavírus. No entanto, o estudo ressalta que os pangolins não tinham origem definida e que seria necessária uma pesquisa mais aprofundada para compreender o papel deles na transmissão e / ou manutenção de SARSr-CoVs.

Segundo os pesquisadores, essas descobertas indicam que os coronavírus estão mais disseminados em animais por toda a Ásia do que se conhecia anteriormente. Embora a origem do vírus permaneça não resolvida, a descoberta recente estende em 4.800 km a área de provável origem da pandemia.

“Sem dúvida, se eu tivesse apenas uma chance de pesquisar agora, faria pesquisas no sudeste da Ásia, e não dentro da China”, disse Linfa Wang, virologista da Escola de Medicina da Universidade Nacional de Cingapura, que liderou o trabalho.

Essas conclusões também reforçam o anúncio feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que descartou que a pandemia tenha sido causada devido a um vazamento em um laboratório na China.

CNN Brasil

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Saúde

Novo coronavírus pode estar em circulação silenciosa entre morcegos há décadas

Morcegos são vendidos em mercado de animais exóticos na Indonésia. Foto: Reprodução – 09.fev.2020 / Reuters

A linhagem que deu origem ao vírus causador da Covid-19 pode estar circulando em morcegos há décadas. É o que indica um estudo realizado por um grupo de cientistas da China, Europa e Estados Unidos, e publicado nesta semana no jornal acadêmico Nature Microbiology.

Os pesquisadores tentaram reconstruir a história de evolução do vírus Sars-CoV-2 e o que eles descobriram pode ajudar a prevenir futuras pandemias, de acordo com informações da Universidade de Glasgow, cujos cientistas contribuíram com os estudos.

O grupo descobriu que a linhagem à qual o vírus causador da Covid-19 pertence divergiu de outros vírus de morcegos, entre 40 e 70 anos atrás. Segundo a instituição, a pesquisa mostra que o Sars-CoV-2 divergiu de um outro tipo de coronavírus, chamado RaTG13, em 1969 – os dois são geneticamente similares (cerca de 96%).

Os cientistas entenderam que um dos traços mais antigos que o Sars-CoV-2 compartilha com seu ancestral RaTG13 é o domínio de ligação ao receptor localizado na proteína spike, a qual permite que o vírus reconheça e se conecte aos receptores na superfície das células humanas.

Cientistas descobriram que a linhagem à qual o vírus causador da Covid-19 pertence divergiu de outros vírus de morcegos, entre 40 e 70 anos atrás. Foto: Reprodução – 09.fev.2020 / Reuters

“O novo coronavírus tem um material genético que é altamente recombinante, o que significa que diferentes regiões do genoma do vírus podem ser derivadas de múltiplas fontes”, explicou Maciej Boni, professor associado de biologia da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos EUA.

Segundo ele, essa facilidade de se recombinar dificulta a reconstrução da verdadeira origem do vírus. “É preciso identificar todas as regiões que têm se recombinado e traçar sua história.”

Para isso, o grupo de cientistas se aprofundou na análise do genoma do vírus Sars-CoV-2 para identificar e remover as partes que se recombinam.

Depois, reconstruíram as histórias das regiões que não se recombinam e compararam umas com as outras para tentar determinar quais vírus específicos estavam envolvidos nas recombinações passadas.

A partir disso, os pesquisadores conseguiram reconstruir as relações evolutivas entre o Sars-CoV-2 e os vírus conhecidos mais próximos de morcegos e pangolins.

CNN Brasil

 

Opinião dos leitores

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Saúde

Elevados casos de raiva em morcegos no RN em 2019 deixam Sesap em alerta

Foto: Ilustrativa/via Flickr 2.0. [email protected]

Já somam 18 os casos de raiva confirmados em morcegos no Rio Grande do Norte em 2019. O número preocupa o Programa de Controle da Raiva da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), já que a doença – quando transmitida do animal para o homem – resulta em morte em quase 100% dos casos.

O número de animais com diagnóstico laboratorial de raiva em 2019 já está três vezes maior do que os três primeiros meses de 2018. Durante todo o ano de 2018, foram registrados 35 morcegos positivos para raiva no RN e, somente nos três primeiros meses de 2019 e nos 10 dias iniciais de abril, já são 18 morcegos com raiva no estado e 1 caso em bovino.

“Os morcegos identificados com raiva no RN são sobretudo de áreas urbanas. Fato que aumenta ainda mais a nossa preocupação em decorrência da densidade populacional nas cidades. Das espécies identificadas predomina o Molossus molossus, morcego que tem o hábito de se alimentar de insetos. Segundo a literatura, esses animais estão muito bem adaptados ao meio urbano”, explicou Alene Castro, veterinária da equipe do Programa de Controle da Raiva da Sesap.

Os casos registrados em morcegos no ano de 2019 são dos municípios de Parnamirim (4), Mossoró (4), Caicó (4), Macaíba (3), Santo Antônio (2) e Nova Cruz (1). O município de João Câmara registrou caso de raiva em um bovino.

A Sesap solicita aos municípios que, através da integração entre os profissionais de saúde da assistência e os profissionais das vigilâncias, a investigação na área de ocorrência de acidentes envolvendo morcego seja realizada mais prontamente e que aumente o número de envio de amostras de quirópteros suspeitos de raiva. Além disso, a Secretaria sugere que o tema “Raiva e a prevenção dessa doença” seja incluído nas ações do Programa Saúde nas Escolas, para conscientização das crianças quanto às formas de prevenção.

A doença é transmitida pela saliva do animal infectado – principalmente, cão e gato, ou de animais silvestres, como morcego e sagui – através da pele ou mucosas, seja por mordedura, arranhadura ou lambedura. A principal forma de prevenção é a vacinação de animais domésticos e de pessoas que foram expostas ao risco.

A orientação da Sesap é para que as vítimas de mordeduras lavem o local com água corrente e sabão e procurem imediatamente a unidade de saúde mais próxima. O vírus rábico é muito sensível a agentes externos e ao lavar o ferimento com água corrente e sabão, ou outro detergente, isso diminui, comprovadamente, o risco de infecção.

É fácil identificar um morcego suspeito de raiva. Se observar um morcego voando ou alimentando-se durante o dia, pousado em local desprotegido ou encontrá-lo caído ou morto no chão, entre em contato com o Controle de Endemias ou com o Centro de Controle de Zoonoses da sua cidade e solicite a remoção do animal. Em Natal os telefones são: 3232-8235 e 3232-8237. Não toque no animal, afaste pessoas e animais do local e tente colocar uma caixa, balde ou pano em cima do morcego. Em caso de dúvidas se o morcego entrou no local ou não e se ocorreu contato, também é preciso buscar assistência médica.

O ano de 2010 foi o que teve o mais alto número de registro de raiva em morcegos no Rio Grande do Norte (64), ocasião em que foi registrado um caso de raiva humana, transmitido por morcego.

Recomendações:

Em todo caso de mordedura e/ou arranhadura com animal que pode transmitir raiva, lave a lesão com água corrente e sabão e procure assistência médica imediatamente.

Na situação em que morcego adentrou um local e existe dúvida se ocorreu contato com o animal, também é preciso buscar assistência médica.

Caso encontre morcego durante o dia (vivo ou morto), não toque no animal, coloque algo cobrindo-o e informe à Secretaria Municipal de Saúde para que seja feito recolhimento do morcego.

Cães ou gatos que forem encontrados com morcegos devem ficar em isolamento por 180 dias e devem receber duas ou três doses de vacina antirrábica dependendo do estado imunológico do animal.

A vacinação anual contra raiva em cães, gatos, bois, cavalos, porcos, bodes, carneiros e asnos é uma das principais medidas para prevenção da raiva.

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