Diversos

Pessoas compartilham fake news de forma consciente, mostra estudo

(LEBERUS/Getty Images)

As notícias falsas estão por toda a internet – e encontram nas redes sociais seu habitat mais fértil. Dificilmente você rola sua timeline do Facebook e não se depara com uma manchete sensacionalista compartilhada por algum parente. A situação é ainda mais caótica no Twitter: por lá, as fake news se disseminam seis vezes mais rápido do que notícias verdadeiras.

Quando esse assunto virou pauta pela primeira vez, a grande discussão era o quanto bots estavam ajudando a disseminar informações falaciosas. Mas, agora, um estudo da Universidade de Regina, no Canadá, concluiu que, ao contrário do que se imagina, usuários convencionais não estão sendo enganados e conseguem detectar facilmente quando algo é fake news. Só que, mesmo assim, boa parte opta por compartilhar a notícia.

De acordo com o estudo, existem algumas razões para isso: muita gente não pensa sobre a veracidade de uma informação antes de compartilhá-la numa rede social. E, muitas vezes, divulga notícias que podem ser falsas só porque elas vão de acordo com uma opinião própria.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores apresentaram uma série de manchetes reais a mais de 2500 pessoas dos Estados Unidos. Na lista, havia chamadas retiradas das principais notícias de jornais – mas também um conjunto de histórias que eram inteiramente falsas. Quem participava do estudo não sabia nada sobre os temas das notícias, claro, e tinha que julgar a partir do conteúdo que recebiam.

Na primeira parte do estudo, os participantes foram solicitados a indicar quais manchetes compartilhariam nas redes sociais. Foi aí que despontou um comportamento curioso: o critério utilizado por muitos não era averiguar a veracidade das histórias, mas seu conteúdo. Se o que o texto dizia concordasse com uma opinião pré-estabelecida da pessoa, pouco importava a fonte: ela tinha mais chances de compartilhar de qualquer forma.

Quando as notícias falavam especificamente de fatos políticos, não importando se fossem mais à direita ou à esquerda do espectro ideológico, participantes tinham 37,4% de chances de compartilhar histórias que concordavam com seu ponto de vista – mesmo se elas fossem fake news. A probabilidade de compartilhamento caía para 24% no caso de manchetes verdadeiras, mas que discordavam de crenças pessoais.

Numa segunda parte do estudo, a equipe perguntou a outro grupo de pessoas o que eles achavam sobre a precisão das manchetes antes. Isso, antes de questionar se eles a compartilhariam ou não nas mídias sociais. Os pesquisadores notaram que as pessoas que receberam um alerta com relação à veracidade dos fatos que liam tinham probabilidade significativamente menor de compartilhar informações falsas.

O estudo estou também se o fato de as pessoas estarem distraídas nas redes poderia fazê-las esquecer que há notícias falsas circulando por lá o tempo todo. Para ter certeza disso, cientistas enviaram mensagens para 5500 usuários do Twitter, que costumavam compartilhar notícias de sites não confiáveis em seu perfil.

Os pesquisadores pediram a esses usuários que avaliassem a precisão de uma única manchete. Depois disso, eles começaram a monitorar o que os perfis compartilhavam, e notaram que, nas 24 horas seguintes, as notícias que os participantes disseminaram em suas redes eram 3,5% mais confiáveis ​​do que anteriormente.

Por fim, os autores do estudo afirmam que a noção de que “as pessoas são facilmente enganadas” não condiz com a realidade. Em vez disso, há chance maior é que venham usando informações falsas para validar suas próprias opiniões. Assim, entre falar a verdade e ter razão, a segunda opção sempre acaba levando a melhor. Para ler na íntegra o estudo, é só clicar neste link.

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Diversos

A composição do seu cocô depende da sua classe social, mostra estudo

Pessoas de classes sociais diferentes também têm cocôs…diferentes. Isso segundo um estudo publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences. A análise foi conduzida por pesquisadores da Universidade de Queensland, na Austrália.

As amostras estão sendo coletadas desde 2016 a partir dos resíduos encontratos nas estações de tratamento de água de todo o país, que são congelados e enviados pelo correio para a instiuição de ensino. A análise foi descrita pelos especialistas como uma “fonte de insights” sobre os hábitos alimentares e o uso de drogas nas diversas partes da Austrália.

Como explicaram à BBC, os especialistas descobriram que o consumo de fibras, alimentos cítricos e cafeína é maior em regiões mais ricas – que também consomem menos medicamentos em comparação aos mais pobres. A análise do cocô dos australianos levou a equipe à conclusão de que quanto mais rica a comunidade, mais saudável é sua dieta.

Para Jake O’Brien, um dos autores estudo, a avaliação de águas residuais tem duas grandes utilidades: identificar disparidades entre comunidades e rastrear mudanças nelas ao longo do tempo. Phil Choi, parceiro de O’Brien na pesquisa, concorda.

Segundo ele, esse é um método eficaz porque, muitas vezes, quando questionadas sobre coisas como o uso de drogas ou os alimentos que comem, as pessoas tendem a relatar hábitos mais saudáveis ​​do que realmente têm. “Você geralmente pecebe que, em pesquisas com questionários, as pessoas relatam mais que consomem alimentos saudáveis ​​e menos que comem coisas menos saudáveis, como lanches”, disse o especialista.

Técnica

Para obter todos esses dados, a equipe focou na identificação de biomarcadores presentes no esgoto. Esses biomarcadores são, justamente, características exclusivas das substâncias, que permitem aos estudiosos diferenciá-las entre si.

Nesse estudo, os australianos utilizaram biomarcadores associados ao consumo de fibras e à ingestão de cítricos, pois essas substâncias são abundantes no cocô de quem tem uma dieta saudável. Para Choi, analisar apenas esse fatos já mostra como a alimentação em locais ricos é diferente da dos locais pobres. “Basta olhar para os números que podemos ver, comparando uma comunidade à outra, grandes diferenças nos marcadores de fibra”, afirmou.

Para Catherine Bennett, da Universidade Deakin, também na Austrália, o artigo de seus colegas de Queensland é muito interessante, mas deve ser interpretado com cautela. “Não estamos usando dados individuais, mas dados coletivos”, lembrou a especialista, em entrevista à BBC. “Sempre precisamos ser cautelosos ao analisar esses estudos ecológicos, porque é uma associação no sentido mais amplo, você não pode argumentar sobre a causa.”

Ainda assim, Bennett acredita que, se interpretados com cautela e validados por outras pesquisas, esses dados podem ser muito importantes para a ciência. “São uma maneira útil de manter o controle do que está acontecendo em nível populacional”, explicou a especialista.

Galileu

 

Opinião dos leitores

  1. Não acho que tal definição seja a mais correta, pois para mim b…a é tudo igual dentro da pirâmide social.
    O Resto é birro!

  2. E segundo nosso digníssimo presidente, só devemos excretar o nosso bolo fecal dia sim, dia não.
    Uma pena que certas pessoas (como ele…) excretam pela boca a toda hora…

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Saúde

Vacina para prevenir HIV pode estar disponível em 4 anos, mostra estudo

Foto: Pixabay

Uma vacina para prevenir o HIV, que serviria para que o próprio sistema imunológico produza anticorpos que atuem contra o vírus, pode estar disponível em quatro anos, segundo afirmou o infectologista e epidemiologista Jorge Sánchez à Agência Efe nesta terça-feira (23).

Durante a 10ª Conferência Mundial Científica sobre HIV (IAS 2019), realizada na Cidade do México, o vice-presidente do Centro de Pesquisas Tecnológicas, Biomédicas e Ambientais de Lima, no Peru, afirmou que a vacina pode ser eficaz para várias cepas do vírus.

A ideia é que, com esta nova ferramenta, seja possível frear pelo menos em 65% a propagação do HIV.

“A vacina tem insertos de várias partes que se assemelham a partes do vírus, portanto a possibilidade de ser efetiva para diferentes cepas ou tipos de HIV é alta”, explicou Sánchez, que faz parte dos pesquisadores do estudo.

Essa vacina levou 12 anos para ser desenvolvida e foi testada em macacos. Já foram realizados estudos nas fases I, IB e IIA, etapas feitas antes de avaliar a eficácia em seres humanos.

O estudo, chamado “Mosaico”, contará com pesquisadores do Instituto Nacional de Doenças Alérgicas e Infecciosas, os Institutos Nacionais de Saúde, a rede de Testes de Vacinas contra o HIV e o Comando de Pesquisa e Desenvolvimento Médico do Exército dos Estados Unidos.

Essa pesquisa, que começará em setembro, será realizada com 3.800 pessoas de Brasil, Argentina, Itália, México, Peru, Polônia, México, Espanha e Estados Unidos, em 55 clínicas ao redor do mundo. Os participantes serão homens que têm relações sexuais com homens e pessoas transgênero.

“Estamos motivados a desenvolver uma vacina efetiva contra o HIV em nível mundial para reduzir a trajetória das 1,5 milhão de novas infecções estimadas por HIV ao ano que estão ocorrendo”, afirmou Larry Corey M.D., pesquisador principal da organização HIV Vaccine Trials Network, virologista e membro da Faculdade do Centro de Pesquisa Oncológica Fred Hutchinson, em Seattle.

O especialista explicou que metade dos pacientes receberá um placebo e a outra metade a vacina dividida em quatro doses que contêm o adenovírus sorotipo 26, que fornecem antígenos contra o HIV. Esses antígenos servirão para ativar a resposta imunológica do indivíduo em relação ao vírus.

“Não é o vírus como tal, são pedaços de vírus modificados que identificarão o HIV e o combaterão para que não chegue a lugar algum do corpo”, acrescentou Sánchez.

De acordo com Sánchez, a vacina já foi testada em alguns centros em fases prévias “e teve resultados sem maiores efeitos indesejáveis”. O especialista afirmou que a vacina será uma ferramenta a mais para prevenir o HIV, e não substituirá outros métodos.

“Existem várias ferramentas para prevenir o HIV. Temos a camisinha há décadas, mas na implementação não é usada de maneira suficiente, e esta vacina seria uma ferramenta adicional”, comentou.

O estudo e o desenvolvimento da vacina são patrocinados pela farmacêutica Janssen. Embora a expectativa seja de resultados claros sobre a sua eficácia em quatro anos, ainda não há uma previsão de quando a vacina chegará ao público em geral.

R7, com EFE

 

Opinião dos leitores

  1. Ainda vai demorar 4 anos? Pode ser ignorância minha, mas acredito que se não fosse a industria farmacêutica por trás, a gente já tinha a cura da AIDS, Gripe, Câncer. Quando você gripa, você toma uma "reada" de remédio para melhorar, a AIDS, você toma também, o Câncer você tem medicações caríssimas para combater. Somos tão inteligente para ir a lua, por que não descobrimos as cura dessas doenças?

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Diversos

Meditação promove uma experiência ruim para 25% dos praticantes, mostra estudo

Foto:(nadia_bormotova/Getty Images)

A meditação normalmente é vista como sinônimo de tranquilidade e paz interior, mas esse não é o caso de todas as pessoas. Um estudo feito pela University College London, da Inglaterra, mostrou que um quarto dos praticantes já passou por experiências psicológicas ruins relacionadas à atividade.

Pouco se sabe sobre os efeitos da meditação para além do bem-estar. Marco Schlosser, psicólogo e autor do estudo, afirma que ainda não é possível afirmar se essas sensações fazem parte do desenvolvimento individual na meditação ou se são apenas efeitos colaterais que devem ser evitados.

O estudo foi influenciado pela falta de referências sobre o assunto. Apesar da quantidade ainda limitada, as pesquisas sobre efeitos ruins durante a meditação têm crescido ultimamente. Os pesquisadores observaram que textos tradicionais budistas também continham relatos de experiências similares.

A pesquisa foi feita por meio da internet e contou com a participação de 1232 pessoas. Um questionário coletou diversas informações dos participantes e perguntou se eles já haviam passado por uma experiência desagradável durante a prática. Para participar da pesquisa, era necessário fazer meditação há pelo menos dois meses e pelo menos uma vez por semana.

25,6% das pessoas afirmaram já ter experimentado sentimentos como ansiedade, medo, emoções e pensamentos distorcidos, além de uma sensação deturpada sobre si mesmo e o mundo. Detalhe: as pessoas tinham esses sintomas durante ou após a meditação. Os grupos que mais sentiram a experiência foram homens, pessoas que não possuem uma crença religiosa, e que já participaram de retiros de meditação.

As meditações Vipassana e Kōan também se destacaram. Um maior número de praticantes exclusivamente desses tipos relataram experiências ruins quando comparadas, por exemplo, com os praticantes do mindfulness ou com pessoas que alternam entre as meditações. A Vipassana e Kōan são meditações tradicionais que envolvem uma visão mais subjetiva da realidade.

Essas informações não anulam os benefícios da meditação. Existem inúmeras pesquisas sobre o potencial positivo da atividade. A diferença é que, agora, os cientistas precisam expandir os estudos para levar em consideração também os efeitos negativos.

Super Interessante

Opinião dos leitores

  1. O problema é que teme pessoas que transtornos psicológicos irão ser curados com práticas meditativas. Ela podem até ajudar, mas não solucionam certos tipos de psicopatologias que requerem auxilio de terapias.

  2. Blog de escrotos! Tivemos uma manifestação gigante e pacífica ontem em Natal e todas as suas postagens foram tentando diminuir o ato. Você não colocou uma foto mostrando a real dimensão do movimento, que foi composto massivamente por alunos e professores. BG, pelo menos, aparente imparcialidade, bolsonarista escroto!

    1. Que desaforo é esse, minha filha? Tá bom, mas no meu cavalo você não monta mais.

    2. “Estudantes “com caras e atitudes de sem terras e sindicalistas sessentões !!!
      Protestos pra inglês vê !!!

    3. Onde estavam os valentes quando Dilma ou Lula cortaram verbas?

    4. Veja a Globo, lá só tem a galerinha que problematiza todas e lacra de montão.

    5. Ou seria a galerinha que faz altas lacrações, problematiza todas e empodera de montão?

    6. Não sei porque os ônibus das universidades e ifrs não estavam transportando mortadelas nesta manifestação do molusco 9dedos livre!!!

    7. Só em 20q5 foramn5 meaea de grece. Mas se tirar a mentira do Bolsonarismo sobra o quê, né?

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Diversos

Facebook vive a “idade de ouro das notícias falsas”, mostra estudo

16056583Foto: Justin Sullivan/Getty Images/AFP

Mais de um ano após o Facebook anunciar medidas contra os sites de notícias falsas, que usam a plataforma para obter audiência e receita publicitária, eles dão sinais de que voltaram a crescer.

É o que indica levantamento do “BuzzFeed”, a partir de nove dos maiores sites americanos de “fake news”: “National Report”, “Huzlers”, “Empire News”, “Daily Currant”, “I Am Cream Bmp”, “CAP News”, “NewsBiscuit”, “Call the Cops” e “World News Daily Report”.

“Em muitos aspectos, é a idade de ouro das notícias falsas”, apontou o “BuzzFeed”.

Segundo o Facebook, houve queda no compartilhamento dos sites e de seus posts “desde o início das atualizações visando rebaixar os hoaxes” (fraudes) nos rankings da plataforma.

Mas o levantamento mostra que o número de engajamentos médios por post dos nove sites (“likes”, compartilhamentos e comentários), que de fato vinha caindo até dezembro de 2015, saltou de 435 para 828 em janeiro e para 1.305 em fevereiro de 2016.

Para Quentin Hardy, editor de tecnologia no “New York Times”, os números são reveladores do mundo jornalístico hoje, ao evidenciar fenômeno em que “as notícias são falsas”, mas “os anúncios publicitários são verdadeiros”.

“National Report” e demais se sustentam com os cliques nos anúncios que publicam em seus sites, dados pelos internautas que chegam até eles através de rede social.

A exemplo de sites paródicos, como “The Onion” ou “Sensacionalista”, inventam notícias com títulos chamativos, mas supostamente sérios.

O Facebook não é a única plataforma afetada por “fake news”. No ano passado, estudo de uma pesquisadora do Georgia Tech, nos EUA, apontou que “alarmantes 23,46% da corrente global de tuítes não têm credibilidade”.

Destacou então, como exemplo de notícia falsa, o “apocalipse zumbi do ebola”, originado no “Huzlers”.

Agora, o destaque é do “Empire News”, com suposta agressão ao autor do atentado na maratona de Boston, na prisão: mais de 240 mil “likes”, 23 mil compartilhamentos e 28 mil comentários.

BRASIL

Não faltam “hoaxes” também no Brasil. Nesta semana, a jornalista da GloboNews Cristiana Lôbo usou as redes sociais para negar que seja dela a voz em áudio sobre manifestações. Na gravação, a voz diz que a população deve ficar vigilante, pois estão “enfiando dinheiro na ordem de R$ 1 milhão para quem votar contra o impeachment”.

Procurado para comentar como está o programa de combate aos sites de notícias falsas no país, um porta-voz do Facebook Brasil respondeu:

“Dependemos de nossa comunidade para denunciar conteúdos que possam ter ferido nossas políticas. Conteúdos reportados como notícias falsas têm sua distribuição no Feed de Notícias reduzida”, ainda que não sejam removidos. “Desde janeiro de 2015, temos visto um declínio no compartilhamento de notícias falsas e rumores.”

Folha Press

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Diversos

Falar palavrões (com moderação) faz bem à saúde, mostra estudo

Mães e pais deveriam pensar duas vezes antes de lavar a boca de seus filhos com sabão por conta de palavrões. Um estudo conduzido pelo psicólogo Richard Stephens, professor na Universidade Keele, no Reino Unido, mostra que soltar palavras mal-educadas de vez em quando faz bem à saúde. As informações são do jornal The Mirror.

De acordo com a pesquisa, pequenas doses de palavrão ajudam as pessoas a controlar suas emoções e a administrar a dor. O estudo foi composto por uma série de experimentos. Em um deles, Stephens fez com que pessoas jogassem, entre si, videogames de tiro.

“Os jogos fizeram com que as pessoas ficassem mais agressivas, portanto sua linguagem ficou mais emocional, e elas xingavam. Isso explica os palavrões e os torna mais aceitável”, explicou o psicólogo.

“Nós queremos utilizar palavrões que são tabú quando nos emocionamos. Nós crescemos sabendo o que são essas palavras. Utilizá-las quando estamos emocionados pode ajudar a nos sentirmos mais fortes. Alguma palavras são mais tabú que outras, mas os efeitos podem ser maiores se as palavras usadas forem mais fortes”, acrescentou.

No ano passado, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, proibiu palavrões em livros, jornais, filmes, shows e na TV em seu país. A lei despertou controvérsias no mundo todo.

Com informações do Vírgula

Opinião dos leitores

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Saúde

Trabalhar mais de 55 horas semanais aumenta risco de enfarte, mostra estudo

Trabalhar 55 horas ou mais por semana aumenta em 33% o risco de enfarte, quando se compara com uma jornada de 35 a 40 horas semanais, mostra estudo divulgado hoje (20).

Com base em investigações envolvendo 528.908 homens e mulheres, seguidos durante 7,2 anos, o aumento do risco de enfarte mantinha-se mesmo quando se retirava o consumo de cigarro e álcool e a atividade física.

Publicado pela revista The Lancet, o estudo conclui que, em comparação com pessoas que têm uma semana regular, aqueles que trabalham entre 41 e 48 horas tinham um risco acrescido de 10%, enquanto os que trabalham entre 49 horas e 54 horas enfrentam risco extra de 27%.

No caso de a pessoa trabalhar 55 horas ou mais por semana, o risco de enfarte aumenta 33%, indica o estudo.

Uma longa semana de trabalho também aumenta o risco de doenças cardíacas em 13%, mesmo levando-se em conta fatores de risco como a idade, o gênero e o nível socioeconômico.

Os pesquisadores constataram que a baixa atividade física, o elevado consumo de álcool e o estresse frequente elevam o risco.

“Os profissionais de saúde deveriam estar conscientes de que trabalhar longas horas está associado a um significativo aumento do risco de enfarte e, possivelmente, de doenças cardíacas”, diz ainda o estudo.

Agência Brasil

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Finanças

Bradesco empata com Petrobras em valor de mercado, mostra estudo

No centro de escândalos de corrupção, a Petrobras viu na última sexta-feira (5) seu valor de mercado ser alcançado pelo Bradesco, de acordo com dados levantados pela empresa de informações financeiras Economatica.

Valor de mercado é o resultado da multiplicação do preço de cada ação pela quantidade de papéis da companhia na Bolsa. Nesse caso, tanto a Petrobras quanto o Bradesco valiam R$ 153,9 bilhões no último pregão da semana passada.

Depois de atingirem seu maior valor no ano em 2 de setembro, em meio a uma disputa eleitoral acirrada, as ações da Petrobras viram seu preço cair 50% nos últimos três meses.

Entre 2 de setembro e a última sexta-feira (5), o papel preferencial da estatal -sem direito a voto- teve 50,1% de desvalorização, passando de R$ 24,56 para R$ 12,26. As ações ordinárias, com direito a voto, desabaram de R$ 23,29 para R$ 11,45 -queda de 50,8%.

No ano, as ações preferenciais da companhia caíam 28,22% até sexta-feira, enquanto as ordinárias tinham baixa de 28,39%. Já as ações preferenciais do Bradesco registravam alta de 28,77% em 2014, enquanto as ordinárias avançavam 12,36%.

As oscilações de valor dos papéis da Petrobras no ano foram motivadas pela disputa eleitoral: quando pesquisa de intenção de voto mostrava a presidente Dilma Rousseff (PT) à frente, o mercado reagia vendendo ações, principalmente de estatais.

Além da insatisfação com o controle dos preços dos combustíveis pelo governo para não prejudicar a inflação no país, a Petrobras se vê envolvida em uma série de escândalos com a divulgação de esquemas que envolvem empreiteiros e políticos alimenta a percepção da sociedade sobre a responsabilidade da petista no episódio de corrupção, investigado pela Polícia Federal no rastro da Operação Lava Jato.

Folha Press

Opinião dos leitores

  1. A lama começa a sair mais que petróleo.
    Conseguir deixar que a corrupção acabe com uma petrolífera, tem realmente ser muito capaz. Parabéns aos senhores que jogaram a empresa nessa desgraça, que estão ricos, milionários, dizem que tem até bilionário nessa mamata desenfreada.
    Seria bom abrir a caixa preta do BNDES e chegar a um certo frigorífico que surgiu do nada e vem dominando o mercado brasileiro em menos de 10 anos.

  2. A que ponto chegou a Petrobras. Empatar com um banco privado na bolsa. Um dos maiores patrimônios do Brasil tá sendo saqueada por uma quadrilha.

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Diversos

"SÓ ISSO": 'Homo sapiens' deixou África 80 mil anos antes do imaginado, mostra estudo

O homem deixou a África em duas grandes ondas migratórias, marchando por caminhos diferentes há mais de 130 mil anos. Sua movimentação mundo afora foi revelada esta semana por um estudo coordenado pela Universidade de Tübingen, da Alemanha. A pesquisa desvenda a polêmica jornada para outros continentes. Até agora, acreditava-se que houve apenas uma grande dispersão, e muito mais recente — seu registro seria de 50 mil anos atrás.

A pesquisa considerou diversas possibilidades de dispersão, levando em conta medições cranianas, dados genéticos de populações humanas e condições climáticas que influenciariam o deslocamento das populações.

Dois caminhos na Ásia

A comunidade científica concorda que o homem moderno é descendente de uma mesma população ancestral, que existiu na África entre 100 mil e 200 mil anos atrás. No entanto, não havia consenso sobre o caminho que seguiu após deixar o continente. Segundo uma teoria, a marcha passou pelo interior da Ásia. Outra hipótese é que a trajetória até o Extremo Oriente ocorreu margeando o litoral asiático.

— Testamos diferentes cenários sobre o êxodo dos homens modernos fora da África: se isso ocorreu em uma migração, ou duas, ou em diferentes versões — conta Katerina Harvati, paleoantropóloga do Centro Senckenberg de Evolução Humana de Tübingen e coordenadora do estudo, publicado na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences”. — Usamos análises genéticas, anatômicas e concluímos que a trajetória humana foi uma dispersão múltipla, ou seja, uma combinação dos caminhos já estudados.

Além de definir o percurso do homem, os pesquisadores também concluíram que a caminhada começou muito antes do que se cogitava. A primeira migração saiu da África há 130 mil anos. Entre seus descendentes estão os atuais aborígenes australianos e os habitantes de Papua Nova Guiné. O segundo grupo só deixou o continente de origem 80 mil anos depois. Estima-se que dele vieram populações nativas do Sul da Ásia, como os negritos, que têm baixa estatura, pele escura e cabelo encaracolado.

Coautor do estudo, Hugo Reyes-Centeno destaca que novos achados arqueológicos no Nordeste da África e na Península Arábica apoiam a tese de que o homem pisou nesta região mais cedo do que se pensava. No sítio arqueológico de Jebel Faya, nos Emirados Árabes Unidos, foram encontradas artefatos de pedra que teriam entre 100 mil e 125 mil anos.

— Vemos fósseis na Palestina de até 120 mil anos e cuja forma craniana se assemelha muito a populações da Oceania, bem mais do que a de qualquer outra população moderna.

Seca na África, vulcão na Ásia

Eventos extremos climáticos podem ter motivado o deslocamento da população africana para o Vale do Rio Nilo e, dali, para a Península Arábica.

— Especulamos que houve secas severas entre 130 mil e 75 mil anos atrás no Leste da África, estimulando a migração do homem para outras regiões — explica Reyes-Centeno. — As populações em expansão fora do continente teriam encontrado inicialmente condições climáticas mais favoráveis, mas também foram confrontados com fenômenos inesperados.

Há aproximadamente 75 mil anos, segundo o pesquisador, o deslocamento pela costa Sul da Ásia teria sido afetado por uma erupção vulcânica na Indonésia. Este fenômeno impediu a passagem para o Sudeste do continente e atrasou a entrada na Austrália. O primeiro registro de homens modernos na região é de 50 mil anos atrás.

Jeanne Cordeiro, arqueóloga do Laboratório de Arqueologia Brasileira, acredita que o período analisado é muito amplo e carente de dados, mas que o estudo preenche algumas lacunas históricas.

— Como aborda um espaço temporal muito longo, a pesquisa pode provocar discussões — explica a arqueóloga, que não participou do levantamento alemão. — O novo estudo tem uma base muito sólida. Ele conjuga um método antigo, que é a medição de crânios, e técnicas cada vez mais aceitas, como a análise do genoma para medir a dispersão das populações.

A chegada do homem à América não é abordada no estudo. Mas, segundo Reyes-Centeno, o mesmo método poderia ser usado para investigar quando começou o seu povoamento:

— Nosso estudo desafiou um modelo ao dizer que houve pelo menos duas dispersões da África para a Ásia. Agora, podemos testar se a chegada às Américas ocorreu ao longo de uma rota costeira a partir da Ásia, como muitos especialistas propõem, ou se outros cenários são mais prováveis.

Katerina lembra que, segundo os principais estudos, o homem pisou pela primeira vez na América por volta de 15 mil anos atrás, embora haja indicações de que isso poderia ter ocorrido até 15 mil anos antes.

— Independentemente do caso, isso é muito tarde, considerando que a saída da África ocorreu há 130 mil antes — assinala.

O Globo

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