Um esquema de corrupção no sistema penitenciário potiguar. Este é o tema de uma das matérias do Novo Jornal deste domingo. Em matéria de Anderson Barbosa traz à luz investigações do Ministério Público acerca de “estreita relação” entre coordenadores de unidades prisionais com traficantes. Os olhos do MP-RN estão direcionados para o Presídio Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, e o Presídio Estadual de Parnamirim (PEP), em Parnamirim. A fuga dos 41 presos do novo pavilhão de Alcaçuz teria sido orquestrada para “derrubar” o diretor da unidade, o major PM Marcos Lisboa.
Depoimentos de um agente penitenciário que foram gravados dão materialidade às denúncias feitas, inicialmente, à Promotoria de Nísia Floresta, sob o comando da promotra de Justiça Maria Zélia. O servidor carcerário faz graves denúncias contra gestores do principal órgão de administração penitenciária do Estado, a Coape (Coordenadoria de Administração Penitenciária). Os nomes dos acusados são mantidos em sigilo pelo MP e só serão divulgadas casa seja acatada a denúncia e se formalize uma denúncia-crime.
De acordo com o agente penitenciário ouvido pelo Novo Jornal, há sete pessoas ligadas ao sistema prisional que chegam a cobrar R$ 15 mil para agilizar transferências, facilitar fugas e colaborar com extorsões. O montante, conta a fonte, é o motivo de reiteradamente serem encontrados celulares e drogas s em unidades prisionais.
O processo investigatório está sendo presidido pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do MP, devido à complexidade dos fatos que devem ser acompanhados. A promotora Maria Zélia, que recebeu as denúncias, avalia a atuação da polícia Civil na investigação dos casos relacionados à Alcaçuz como ineficiente.
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