Trânsito

Fabricantes e Detrans dizem que mudanças desconfiguraram placa do Mercosul, que ficou menos segura; governo nega

Foto: André Paixão/G1

As placas de veículos no padrão Mercosul serão adotadas em todo o Brasil a partir desta sexta-feira (31), 9 anos depois de anunciada a ideia de unificação entre os países do bloco.

O modelo já é usado na Argentina, no Paraguai e no Uruguai. No Brasil, dono da maior frota, as novas placas terão menos elementos de segurança do que quando foram apresentadas pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), em 2014.

A associação dos fabricantes de placas (Anfapv) diz que as diversas mudanças, feitas ao longo dos governos Dilma, Temer e Bolsonaro (veja linha do tempo abaixo), desconfiguraram a placa. E que elas ficaram menos seguras do que na composição original.

Isso também é apontado pela Associação Nacional dos Detrans (AND), que chega a dizer que, com as alterações, não se pode mais chamar de placa do Mercosul.

O governo afirma que o QR Code — aquele código que pode ser lido pelo celular — dará informações adicionais sobre o veículo, que não estão disponíveis nas placas cinza, e será suficiente para rastreá-lo (veja o que é informado no QR Code das placas).

O uso do dispositivo é elogiado por especialistas em segurança ouvidos pelo G1.

O governo diz ainda dois elementos de segurança foram retirados (no ano passado) porque eles encareciam a placa. Em um deles, o motivo seria o pagamento de royalties — mas a empresa detentora dessa patente afirmou ao G1 que já tinha aberto mão de seus direitos.

Não há consenso sobre as placas terem ficado mais baratas: um levantamento junto aos estados aponta locais em que elas ficaram ou deverão ficar mais caras, segundo Detrans.

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Opinião dos leitores

  1. Vocês, massas de manobra de ambos os lados , conversam muita besteira!
    Vão se beijar e acaba com esse mimimi.

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