Saúde

Adoçante não emagrece ou melhora a saúde, diz estudo

Foto: Think

O adoçante não emagrece nem melhora a saúde, de acordo com um estudo realizado pelo grupo de pesquisa internacional Cochrane a pedido da OMS (Organização Mundial da Saúde) e publicado no British Medical Journal. O órgão prepara um relatório com orientações sobre como substituir a substância.

Em comparação com o açúcar, o estudo mostra que não há evidências convincentes de que os adoçantes possam ajudar a perder peso, embora ressalte que mais pesquisas ainda são necessárias para embasar essa afirmação.

O estudo contou com uma equipe de pesquisadores europeus que analisaram 56 pesquisas sobre o impacto do uso de adoçantes como o aspartame e a estévia no peso, no controle glicêmico e em doenças cardiovasculares.

Como conclusão, o estudo afirma não haver “nenhuma diferença estatística ou clínica relevante entre aqueles que utilizaram adoçantes e açúcar”.

Em editorial do periódico BMJ, Vasanti Malik, da Escola de Saúde Pública da Unviersidade Harvard, nos Estados Unidos, ressaltou que mais pesquisas são necessárias para comprovar essa tese.

No entanto, segundo ele, com base nas evidências já existentes, substituir o açúcar por adoçantes, especialmente em bebidas, pode ser uma estratégia útil para reduzir o risco de diabetes, doença cardíaca e AVC.

O endocrinologista Renato Zilli, do Hospital Sírio-Libanês, frisa que os adoçantes devem ser utilizados em quantidade limitada. “O gosto doce no cérebro faz com que a pessoa deseje alimentos mais doces. Existem estudos que ligam adoçantes a compulsão alimentar, diabetes, ganho de peso e doenças crônicas”, afirma.

Fabricantes de alimentos e de bebidas estão sob pressão no Brasil e em outros países ocidentais para ajudar a combater a epidemia de obesidade.

A OMS tem como objetivo produzir orientações sobre os adoçantes, pois seu uso é difundido como uma alternativa saudável ao açúcar.

R7

 

Opinião dos leitores

  1. Pesquisa fraca. Eles deveriam avaliar o grupo que tomou adoçante e colocar para tomarem açúcar e vice-versa, se quiser ter uma comparação a curto prazo no IMC de qualidade. Sabemos que o açúcar refinado a longo prazo está associado ao câncer. Logo essa pesquisa foi limitada. Precisamos de mais estudos para poder afirmar os reais benefícios ou malefícios em optar pelo uso do adoçante ou do açúcar. E tbm na pesquisa não informou qual adoçante usou. O Stevia tem demonstrado melhores resultados para a saúde, porém tem a desvantagem de um sabor mais amargo. O aspartame está associado ao Alzheimer. O açúcar refinado tem mostrado associações ao câncer, diabetes do tipo 2 e cáries se descuidar da higiene bucal. Enfim, eu atualmente continuo optando pelo adoçante Stevia.

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