Judiciário

Toffoli critica ataques e diz ser “natural” que STF não agrade a todos

Foto: Arquivo/Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, criticou nesta terça-feira (10), em Brasília, o que chamou de “ataques atentatórios” feitos contra a Corte neste ano. Após fazer um apanhado de julgamentos polêmicos, ele afirmou ser natural que os julgamentos do plenário não agradem a todos.

“Foram momentos difíceis; nas redes sociais observamos robôs atuando no sentido de atacar as instituições”, disse. “Não é a crítica, porque a crítica é necessária, a crítica é bem-vinda. Lá se tratavam realmente de ataques atentatórios à própria democracia”, afirmou.

Em março deste ano, Toffoli determinou de ofício, ou seja, sem provocação externa, a abertura de um inquérito sigiloso para apurar ataques contra ministros do STF e seus familiares.

A medida foi alvo de críticas de políticos e juristas e do Ministério Público, que até outubro deste ano sequer participava do processo. Sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, a investigação segue em curso.

Julgamentos polêmicos

Ao falar em defesa do Supremo, Toffoli fez uma espécie de balanço e citou alguns julgamentos polêmicos realizados neste ano e que causaram forte reação, como a criminalização da homofobia, a permissão para a privatização de subsidiárias de estatais, a mudança de jurisprudência sobre prisão em segundo instância e o aval para o compartilhamento de informações entre órgãos de controle e de investigação criminal.

“É natural que o Supremo não agrade a todos, sobretudo, quando julga temas controversos, em que a sociedade está dividida. Mas não pode haver espaço contra o STF, pois estamos defendendo a democracia, a liberdade e os direitos humanos”, disse o ministro.

Ele também rebateu críticas sobre o que seria um “ativismo judicial” do Supremo, afirmando que a Corte atua somente mediante provocação e que não pode deixar de responder quando provocada.

“Não temos a possibilidade de não julgar. É o próprio meio político que leva para um segundo ou terceiro turnos as questões que a democracia deliberou com base nas suas instituições competentes”, afirmou.

Ainda em defesa da produtividade do Supremo, Toffoli disse que a Corte proferiu 94 mil decisões neste ano, 16,6 mil das quais de modo colegiado, número 20% superior ao ano anterior.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Os únicos que são agradados pelo STF são os bandidos, isso para o STF é muito natural…

  2. Não existe ataque, o país apenas está tentando defender o que é da nação, e o país tem direito a ter justiça, e isso o stf está usurpando da nação. Só queremos que nos devolvam o direito a ter justiça. Enquanto nos negarem, reagiremos. No primeiro momento nos expressando, se continuarem a negar, iremos pra rua exigir, aí veremos.

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Jornalismo

Fungo que nasce sobre lagarta morta vira sensação como viagra natural

Um fungo pouco comum, classificado como o “novo Viagra da Índia”, vem chamando a atenção por seu poder afrodisíaco e já se tornou um produto valioso, capaz de impactar as economias locais da região dos Himalaias, no norte do país.

Trata-se de um tipo de fungo que tende a crescer sobre o corpo de lagartas, conhecido como kira jari ou yakasumba.

O fungo disseca sua presa e depois cresce sobre a cabeça da lagarta morta. Ele aparece sobre a superfície do solo quando a neve começa a derreter, em maio ou junho.

Na China, país vizinho à região, o kira jari já foi difundido como afrodisíaco e muitos atletas o utilizam como uma droga para melhorar seu rendimento físico.

Mas o que chama mais a atenção em torno da novidade é o impacto sobre a economia local.

Lucratividade

Nos últimos cinco anos, muitos habitantes dos vilarejos da região montanhosa dos Himalaias passaram a coletar os fungos e vendê-los a comerciantes locais, que intermediam a venda para empresários de Nova Déli.

O destino final da mercadoria tende a ser o Nepal e a China, maiores consumidores da iguaria.

Uma pequena quantia de kira jari pode render até 150 rúpias (cerca de R$ 6,00), valor considerável para a região.

Alguns chegam a coletar 40 fungos em um único dia e muitos já falam em uma verdadeira “corrida do ouro” em busca de mais Kira jari.

O fungo tem sido encarado como uma nova oportunidade pelos jovens que tradicionalmente buscam emprego em hotéis, no Exército e em indústrias de outras regiões da Índia.

Alternativa perigosa

Desde que o “boom” do fungo começou, em 2007, muitos passaram a percorrer grandes distâncias, muitas vezes em grande altitude e baixas temperaturas, em busca de mais kira jari.

Muitos regressam aos seus vilarejos doentes e sem ter conseguido achar um único exemplar do valioso fungo.

Recentemente uma pessoa chegou a morrer e outra ficou presa durante 13 dias na neve enquanto buscavam o novo “ouro dos Himalaias”.

Mas, apesar dos riscos, muitos habitantes da região têm preferido arriscar a vida em busca do “novo ouro dos Himalaias” a se aventurar em empregos que não oferecem a mesma lucratividade.

Fonte: BBC Brasil

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