Diversos

Deputado José Guimarães(PT) repudia acusações e nega ter recebido propina

O deputado José Guimarães (PT-CE), ex-líder do governo Dilma Rousseff, negou hoje (20), ter intermediado negociação junto ao Banco do Nordeste do Brasil e de ter recebido dinheiro da Engevix. “Quero reiterar, conforme venho afirmando desde o surgimento deste assunto, que jamais intermediei junto ao Banco do Nordeste do Brasil [BNB] quaisquer recursos para a empresa Engevix, nem pratiquei ato de natureza imprópria junto a qualquer instituição. Tenho a consciência tranquila de que nunca me beneficiei de recurso público, razão pela qual manifesto meu repúdio a todas as acusações”, disse Guimarães em nota.

Hoje, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou Guimarães ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. De acordo com a denúncia, o parlamentar recebeu R$ 97,7 mil em propina para pagar despesas pessoais com um escritório de advocacia e uma gráfica que trabalhou em sua campanha. O relator da denúncia é o ministro Edson Fachin.

Segundo a acusação, do valor total recebido pelo deputado, R$ 30 mil consistiam em vantagens indevidas para favorecer a empreiteira Engevix em um contrato de crédito com o Banco do Nordeste, avaliado em R$ 260 milhões, para construção de usinas eólicas na Bahia.

Guimarães disse que mantém diálogo com várias instituições e atende a diversos interlocutores de todas as esferas. “Como deputado, mantenho diálogo com inúmeras instituições públicas, bem como atendimentos a diversos interlocutores de todas as esferas, conforme se pode acompanhar diariamente pela minha agenda, amplamente repercutida nas redes sociais e na própria imprensa. Prestei contas de todas as minhas despesas de campanha, que foram devidamente registradas e aprovadas”, disse em outro trecho da nota.

Segundo a nota, a acusação foi feita por uma pessoa sem credibilidade. “Encaro com grande revolta, mas também como oportunidade de provar minha inocência. E é isso que farei. Tenho como grande aliado o povo que me concedeu mandato, o qual honro diariamente com muito trabalho”, concluiu o petista.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. BG.
    Mais um "santinho" ptRALHA, deve dizer que são "ilacoes" contra elle que é o homem mais honesto do Ceará. Papuda nele.

  2. O pior desses caras, é dizer que não sabe nada, nunca recebeu nada, duvidando da inteligencia do povo

  3. É irmão de José Genoíno.
    Seu assessor foi pego com 250 mil dólares na cueca.
    Mas José Guimarães ficou inocente na história.

  4. defender as instituições escondendo propina na cueca deve ser a sua maior atividade como parlamentar…. Um vagabundão de primeira linha da organização criminosa…. Um canalha da politica brasileira…

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Judiciário

Juiz acusado de beneficiar presos nega ter recebido propina; magistrado acusa MP de perseguição e diz que PF "armou"

Denunciado por beneficiar presos de facções criminosas mediante recebimento de propina, o juiz Amaury de Lima e Souza, 51, disse nesta quarta-feira (17) que é “inocente de todas as acusações” e que sempre se preocupou com a ressocialização dos detentos.

O juiz, que está preso há seis meses, deu a declaração no primeiro interrogatório após virar réu no processo que tramita no órgão especial do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

Lima e Souza foi denunciado sob acusação de favorecer três presos, membros de facções criminosas, com a progressão de pena para prisão domiciliar, depois que eles foram transferidos de outros Estados para Minas.

Souza negou as acusações e disse que deu a decisão porque, na condição de juiz da Vara de Execuções Criminais em Juiz de Fora (MG), ele precisava dar direito ao preso de se ressocializar.

“Para mim não interessa se ele [o preso] é um assassino ou um vendedor de CD pirata. Estou ali para ressocializar o criminoso e para que ele cumpra a sua pena da melhor maneira possível”, disse o juiz.

Em um determinado momento do interrogatório, Lima e Souza disse que não sabia que os presos a quem concedeu o benefício eram perigosos e com ficha extensa, porque a vara em que trabalhada “é uma zona”.

O juiz responde por crimes como organização criminosa, colaboração com associação para o tráfico de drogas, conexão com outras organizações criminosas independentes, lavagem ou ocultação de bens e valores.

Segundo o Ministério Público, há 14 volumes contendo provas, inclusive gravações autorizadas e vídeos, contra ele.

Um dos presos que teriam sido favorecidos indevidamente pelo juiz é José Severino da Silva, o “Cabecinha”. Ligado ao PCC, o criminoso é um dos envolvidos no assalto ao Banco Central de Fortaleza, em 2005, e teria sido beneficiado duas vezes pelo juiz acusado.

O outro beneficiado com a prisão domiciliar é o traficante Álvaro Daniel Roberto, que teria pago R$ 600 mil ao magistrado, conforme interceptação telefônica feita pela PF, na qual um integrante da facção pede o dinheiro para pagar a libertação do comparsa.

Segundo a PF, Álvaro Daniel é um dos principais fornecedores de droga vinda da Bolívia para organizações criminosas do Rio e São Paulo, como Comando Vermelho e PCC, respectivamente.

TRANSFERÊNCIAS

Em todos os casos, as defesas dos presos solicitavam transferência para Juiz de Fora, onde um parente do preso já residia. Essa era uma condição para que o pedido pudesse ser feito.

Laudos médicos falsos, segundo a PF, também eram usados nessas transferências.

O juiz acusou o Ministério Público de “persegui-lo” há muito tempo e disse que a PF “armou” para ele ser preso. Afirmou ainda que a investigação é baseada em “muitas suposições”. Como juiz, disse ele, o inquérito policial é visto com “perplexidade”.

“Eu não sou membro de nenhuma organização criminosa. Isso é um absurdo. Eu não recebi um tostão, não fiz lavagem”, disse o juiz.

Durante o interrogatório, de três horas e meia de duração, ele tentou explicar a compra de um Camaro e de um apartamento pagos em dinheiro vivo. O juiz disse que possuía R$ 250 mil em espécie no seu sítio, onde tem um “quarto-cofre”.

Ele também é acusado de manter 34 armas de uso permitido e de uso restrito. O juiz alegou que todas as armas são registradas e que ele é exímio praticante de tiro.

O advogado dele, Gustavo Carneiro Mendes, disse que seu cliente foi “firme” e “conseguiu demonstrar sua inocência”. Já o procurador Geraldo Soares Basques afirmou que o juiz estava “bem instruído” nessa fase preliminar, mas que “a prova documental contra ele é muito forte”.

Folha Press

Opinião dos leitores

  1. Dizer que não importa se o preso é um assassino ou vendedor de CD pirata para conceder prisão domiciliar, para mim já foi uma confissão, no mínimo, de imbecilidade dolosa.

  2. Polícia Federal "arma"; MP "persegue" e Magistrado (Juiz) recebe "propina"?
    O que é isso?
    Pensei que a CORRUPÇÃO, as ARMAÇÕES, as PERSEGUIÇÕES e outras tramas típicas de um Judiciário que só funciona contra os "inimigos" eram cometidas apenas pelos políticos, e especificamente somente por um Partido em especial que teria inventado a corrupção…
    Pobre Brasil iludido com as manipulações da imprensa, que quando quer colocar um pra cima, não mede esforços (como no tempo de Demóstenes Torres do DEM, o paladino da moral e da ética na política). Mas quando quer derrubar alguém, sai de baixo, que vai usar tudo e mais alguma coisa pra conseguir isso.
    As democracias operam melhor quando incluem um mercado razoavelmente eficaz de ideias, que só funciona quando os cidadãos têm informações seguras e existem altos níveis de transparência e honestidade.
    O que no caso brasileiro não existe imparcialidade e democracia, apenas seletividade e hipocrisia, se escondendo os verdadeiros motivos por trás dessa aparente cruzada pela moral e honestidade. kkkkkkkkkkkk
    O PRÉ SAL é o troféu das empresas petrolíferas que patrocinam essa campanha midiática e aguardam ansiosamente pelo seu quinhão na maior área de petróleo em terra do mundo.

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