Rodolffo em dois momentos ao lado do pai, Juarez Dias Foto: Arquivo Pessoal
Para se defender das críticas geradas por um comentário dentro do “Big Brother Brasil 21” sobre o cabelo de João, o cantor Rodolffo disse que o pai também tinha black power. Como apoio ao filho, Juarez Dias compartilhou várias fotos do seu passado e disse que o filho está sendo “atacado de forma desproporcional”.
“Meus pais eram negros, venho de família humilde. Criei meus filhos na simplicidade que fui criado, olhando todos como iguais, ninguém melhor que ninguém. Não estou aqui para dar palestra, pra defender nenhuma teoria ou criar confusão. Mas sou um pai que está vendo o filho sendo atacado de forma desproporcional. A regra é: julgar e cancelar. O que eu ensinei a ele é que sempre devemos aprender. Mesmo aquilo que eu, da forma simples que sempre vivi, não pude ensinar. O mundo está cheio de juízes, que julgam na mesma velocidade que erram”, introduziu Juarez, que relembrou apelidos que recebeu na infância.
O pai de Rodolffo pondera que é importante que o mundo tenha mudado, mas acredita que a evolução dos seres humanos não acontece da noite para o dia.
“Eu entendo que o mundo mudou, e que isso é ótimo. E como o mundo não mudou da noite para o dia, o ser humano também está em evolução. É muito triste ver a tentativa de alguns perfis execrarem meu filho, fazer dele um monstro perante o público, mas não vão conseguir. Rodolffo tem um jeito chucro, interiorano, sem maldade, que fala o que vem à mente… Meu filho cresceu livre, começou a trabalhar muito cedo, numa realidade muito diferente dessa que vivemos. Ele é honesto, verdadeiro. E falho como todos nós”, complementa.
Juarez diz que o filho tentou pedir desculpas e ironizou a postura dos participantes do “BBB21”, por fazerem a discussão da forma como ocorreu por supostamente terem um objetivo maior: “É duro assistir falsos moralistas em seus discursos de ódio, orquestrados por interesses, de forma debochada, com desculpa de estar pregando o respeito. Eu não desisto daquilo que eu acredito, nem do que vale à pena acreditar. Saiba que tem muita gente boa do seu lado aqui fora, muito pra gente aprender e muito carinho pra receber. Estaremos contigo sempre! Fé. Te amo!”
Suéllen Rosim, prefeita eleita de Bauru — Foto: Divulgação
A Polícia Civil identificou o autor das ofensas racistas postadas nas redes sociais contra a prefeita eleita de Bauru (SP), Suéllen Rosim (Patriota). Segundo o delegado Eduardo Herrera dos Santos, o suspeito é um homem negro de 37 anos que queria “despertar uma discussão”.
A identificação do autor foi anunciada durante coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (3). O homem, que é investigado pelo crime de injúria, prestou depoimento e foi liberado.
“Neste momento as investigações prosseguem e a tipificação penal, como inicialmente foi feita como injúria racial, ela permanece. Neste momento não temos mudança quanto à tipificação. Pelo contrário, existe a possibilidade sim de que seja acrescentada a tipificação também de uma eventual falsidade pelo perfil falso que foi criado”, diz Herrera.
“Não há impedimento quanto a conduta pelo fato de ele ser negro e ter praticado uma conduta de ofensa racial contra outro negro”, completa o delegado.
Mensagens com conteúdo racistas contra a prefeita eleita de Bauru foram divulgadas no Whats App — Foto: Whats App/ Reprodução
O delegado disse que o suspeito, morador de Bauru, criou dois perfis, um no WhatsApp e outro em rede social.
“Foi um trabalho intenso de investigação. Foram utilizadas várias técnicas investigativas, como quebra de dados e principalmente as técnicas tradicionais que possibilitou que chegássemos até ele, e depois de entrevistá-lo, apesar de inicialmente a negativa, confessou detalhadamente como praticou o fato”.
As mensagens postadas na internet chegaram ao conhecimento da prefeita eleita, que registrou um boletim de ocorrência durante o segundo turno.
Em um dos trechos da mensagem postada no grupo, o agressor diz “não podemos eleger aquela mulher com cara de favelada para ser nossa prefeita. Essa gentinha irá afundar Bauru”.
Em outra mensagem, o agressor diz: “não tenho nada contra, mas essa gente de pele escura, com cara de marginal administrado essa cidade, será o fim”.
Ameaça de morte
Na terça-feira (1º), Suéllen voltou à delegacia para prestar depoimento sobre as ofensas racistas e também denunciou uma ameaça de morte recebida por e-mail.
Na mensagem, o homem se identifica, a ofende de ‘macaca’ e alega que vai comprar uma pistola no Rio de Janeiro para matá-la na casa.
De acordo com o delegado, a mensagem foi anexada ao primeiro boletim de ocorrência e será investigada pela Polícia Civil como injúria racial, a princípio. Neste ataque com ameaça de morte, nenhum suspeito foi identificado.
Ao G1, Suéllen disse que espera que os envolvidos sejam identificados e punidos pela lei.
“Práticas de injúria racial devem ser combatidas independentemente de quem veio e da motivação. Não se levanta uma bandeira disseminando ódio. As autoridades continuaram tomando as providências necessárias para o caso. Assim como nos outros comentários e a ameaça que recebi”, diz Suéllen.
“É um absurdo a gente ainda ter que ouvir esse tipo de palavra, dessas questões raciais. É inadmissível. Lamento muito. A gente tem tanta coisa pra discutir da cidade, tantos problemas no município e a gente ter que discutir um assunto tão pesado”, afirma.
Apoio
O Conselho da Comunidade Negra de Bauru se manifestou sobre o caso e divulgou uma carta de repúdio aos ataques. Informou também que acompanha as investigações. A Central Única das Favelas (Cufa Global), e o Instituto da Mulher Negra Geledés também manifestaram apoio à prefeita eleita.
Nesta terça-feira (1º), a Federação dos Jornalistas de Língua Portuguesa (FJLP) emitiu uma nota em apoio à prefeita eleita, que é jornalista.
A entidade repudiou “o ataque covarde e imoral desferido pelas redes sociais com foco na questão racial e de gênero” contra Suéllen, reforçou a importância dos profissionais da imprensa para a manutenção da democracia e expressou solidariedade à prefeita eleita.
A FJLP disse ainda que condena “toda e qualquer manifestação de ódio e discriminação racial e de gênero para consigo e seus pares” e requer das autoridades competentes a punição dos infratores.
“É uma minoria que ataca, mas precisa ser combatida. Porque eu ainda acredito muito que as mensagens de carinho que eu recebi foram muito maiores. Que a Justiça seja feita para que essa pessoa não faça isso com outras pessoas”, comenta a prefeita eleita.
Eleição em Bauru
Suéllen foi a candidata à Prefeitura de Bauru mais votada no primeiro turno entre os 12 candidatos que disputaram. Ela teve 57.844 votos, o que representou 36,12%.
Com essa atuação, ela foi ao segundo turno na disputa de votos com o segundo colocado, Dr Raul (DEM), que ficou com 53.299 votos (33,28%) na votação de 15 de novembro.
Já no segundo turno, Suéllen foi eleita prefeita de Bauru com 55,98% dos votos (89.725), mais de 19 mil a frente do Dr Raul, com 44,02% (70.558 votos). Veja como foi a apuração na cidade.
Essa vai ser a primeira vez que Suéllen ocupa uma cargo público. Também será a primeira vez que uma pessoa negra, e uma mulher, vai comandar a Prefeitura de Bauru em 124 anos de história da cidade.
Antes dela, apenas Estela Almagro, que foi eleita vereadora, ocupou o cargo de vice-prefeita nos dois mandatos de Rodrigo Agostinho.
Algumas pessoas, parte da imprensa e radicais de esquerda querem mais é provocar tensões raciais.
É mais para proveito político.
Muitos negros são mortos por traficantes de drogas e os Black blocs não protestam contra os traficantes.
Essa negócio de racismo é coisa de maricas. Quem criou a idéia de cotas?
Todos somos iguais. Taí! A mídia toda falando bobagens. De onde partiu o "racismo"? De um negro. Portanto….
O prefeito Fernando Haddad (PT) ratificou a decisão da Câmara Municipal de São Paulo que criou cotas para negros, negras ou afrodescendentes no serviço público municipal.
O projeto de lei assinado por toda a bancada do PT na Casa garante 20% das vagas dos concursos públicos para a comunidade negra. Se houver sobra de vagas, elas serão distribuídas para todos.
De acordo com o texto, tem direito as cotas as pessoas que se enquadram como “pretos, pardos ou denominação equivalente conforme estabelecido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)”, ou seja, será considerada a autodeclaração. O prefeito tem 90 dias para regulamentar a lei.
A separação de vagas também terá que ser feita nos cargos comissionados, segundo estabelece o texto da lei 15.939, publicada hoje no “Diário Oficial” da Cidade.
A criação de cotas para negros no serviço público, que existe em algumas cidades e alguns Estados, está sendo discutida também no âmbito federal.
Existe um projeto de lei, encaminhado ao Congresso pela presidente Dilma Rousseff (PT) no mês passado, que também prevê a criação de cotas para o serviço público, nas mesmas proporções que a lei paulistana determina.
Neste mês também entrou na Assembleia Legislativa de São Paulo um projeto de lei do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que também estabelece uma cota de 20% para os negros que disputarem concursos públicos no Estado. O mesmo critério terá que ser usado, caso o projeto seja aprovado, para os cargos em comissões.
mania do brasileiro querer se dar bem em tudo, pq ao invés de querer uma vaga através de cota não brigam por direito ao conhecimento para poder brigar de igual para igual ? ou nao passa pela cabeça do negro que dpois de adquerida a vaga eles não vão ser olhados com outros olhos ?? "conseguiu a vaga por ser negro !!!"
Apenas uma coisa, hoje, eles já são olhados com outros olhos, mas não sabem de onde vêm os olhares, agora pelo menos, eles saberão. Se tiverem coragem. Pois o preconceituoso é covarde.
Enquanto se persistir nessa política assistencialista, o pais continuara ocupando posições medíocres em seu desenvolvimento humano. Tira-se o mérito do saber e se poe no lugar a cor da pele. Acorda, Brasil.
A presidente Dilma Rousseff usou o Twitter, nesta quarta-feira, dia da Consciência Negra, para defender políticas afirmativas no combate ao racismo e na promoção da inclusão racial. E citou as cotas nas universidades e o projeto de lei enviado ao Congresso destinando 20% das vagas nos concursos públicos do governo federal para os negros.
“A efetiva igualdade racial apenas será conquistada com políticas afirmativas de promoção de oportunidades para negros e negras”, disse a presidente, acrescentando que, nessa linha, sancionou a lei das cotas nas universidades e mandou para o Congresso o projeto de lei que reserva 20% das vagas do serviço público federal para os negros.
O projeto foi enviado ao Congresso, no início do mês, com urgência constitucional – 45 dias em cada Casa para ser votado.
A presidente disse que o país deve aproveitar o Dia da Consciência Negra para rever o passado. “Hoje é comemorado o Dia da #ConscienciaNegra, dia de o Brasil olhar para si, rever o seu passado e discutir o seu futuro. O passado de escravidão retorna, sempre, como racismo, como tentativa de manter a hierarquia e os valores de uma sociedade superada. Sociedade na qual negras e negros ocupam sempre a base da pirâmide social. É por isso que a exclusão racial e a exclusão social viraram uma coisa só”, afirmou.
e engraçado essa historia de cotas para negros, e para os brancos que não tem acesso da mesma que os negros, como fica, minha presidenta, ou isso e mais armadilha do PT … cotas para todos os que não tem acesso sem descriminação de raça.
Recorte inédito de dados de desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2010 nas capitais do País, além de confirmar a distância entre as notas médias dos estudantes de colégios particulares e os de escolas públicas, revela o abismo que separa estudantes brancos e negros das duas redes.
Os números mostram que as notas tiradas pelos alunos brancos de escolas particulares no exame são, em média, 21% superiores às dos negros da rede pública – acima da diferença de 17% entre as notas gerais, independentemente da cor da pele, dos estudantes da rede privada e os da rede pública.
O levantamento também aponta distorções entre os Estados. De acordo com especialistas, esse cenário é o reflexo da desigualdade social e também da diferença dos níveis de qualidade das redes estaduais.
A reserva de vagas por cor de pele está na Lei de Cotas aprovada no Senado na semana passada (mais informações nesta página). O projeto, que precisa ser sancionado pela presidente Dilma Rousseff, prevê que 50% das vagas das universidade federais sejam reservadas para alunos da escola pública – respeitando critérios de renda e reservas proporcionais por Estado para pretos, pardos e indígenas.
Como a maioria das federais adota o Enem como critério de seleção, o levantamento indica um cenário aproximado sob a nova Lei das Cotas.
Vantagem da escola paga. Por sua vez, a nota média de negros que estudam em escola privada é 15% superior às dos negros da rede pública – próxima dos 17% entre todos os estudantes da rede particular e da rede pública.
Embora em menor dimensão, a variação de desempenho entre negros e brancos dentro da escola pública também é desvantajosa para o primeiro grupo. Na média, os brancos têm médias 3% maiores que os negros. O fato de os negros terem rendimento menor do que os brancos, mesmo dentro da rede pública, tem explicações econômicas e pedagógicas, segundo a diretora do Todos Pela Educação, Priscila Cruz.
Na questão econômica, segundo ela, a explicação é que “entre os pobres, os negros são os mais pobres”. O lado pedagógico refletiria a baixa expectativa. “Em uma sala de aula, se uma criança negra começa a apresentar dificuldade, a professora desiste de ensiná-la muito mais rapidamente do que desistiria de um estudante branco.”
O presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), José Fernandes Lima, ressalta que há um “acúmulo de desigualdades”. “Fica claro que temos dois tipos de desigualdade: a social e racial. É a soma de dificuldades”, afirma ele, que defende a combinação do fator racial com a cota cujo princípio é a escola pública. “Se os alunos da escola pública entram em desvantagem com a rede privada, os alunos negros da escola pública têm uma desvantagem ainda maior.”
Abismos. Segundo Lima, há outros fatores importantes para entender os dados, como a qualidade das redes públicas – principalmente estaduais -, índices de reprovação e até realidades culturais locais.
Essa complexidade de fatores fica clara ao analisar os dados por capitais. O mapa do desempenho pelo fator racial mostra verdadeiros abismos. O negro de Belo Horizonte que estuda em escola pública, por exemplo, tem nota 12% superior à do negro da mesma rede em Manaus. As duas cidades têm os extremos de notas desse grupo: 521,03 e 463,85, respectivamente.
Vitória, capital capixaba, tem uma média de 502,59 nas provas objetivas (sem a redação) dos estudantes negros, a sexta maior entre as capitais. Mas na comparação com os alunos brancos de escolas particulares, a diferença é a maior de todas: os brancos da rede privada têm média 27% superior à dos negros das públicas.
Não por acaso, os negros de escolas públicas de Vitória têm o pior desempenho na comparação com os brancos da mesma rede: nota 8% inferior, demonstrando que as diferenças raciais se reforçam até na mesma realidade escolar daquele Estado. Os negros das escolas particulares não têm o mesmo sucesso em notas que os brancos da mesma rede.
A proporção de negros por Estado, que vai servir como critério para a reserva de vagas nas universidades e escolas técnicas federais, influencia as médias. Salvador, por exemplo, tem uma das maiores proporções de negros na sua população. Apesar da participação maciça desse grupo na escola pública, a diferença de nota para os brancos de escolas privadas bate em 25% – só perde para Vitória.
Textos. Em geral, as diferenças de desempenho entre negros e brancos sempre são menores nas notas das redações. Em Florianópolis, considerando a parte objetiva do Enem, há uma distância de 20% entre a nota média de negros de escolas públicas e a de brancos das particulares. Na redação, essa diferença cai para 8%.
Segundo o professor Francisco Platão Savioli, da USP e do Anglo, a explicação envolve os tipos de competências que a redação consegue avaliar. “A redação não mede um conhecimento momentâneo, mas um conhecimento calcado na experiência de vida, até mesmo na luta contra as contrariedades”, diz ele. “O texto avalia competências que outras matérias não avaliam.”
Pense num assunto importante, uma verdadeira falta de assunto
A lacração está a todo vapor. Estão crucificando o Rodolfo. Não vi nada demais na comparação que ele fez. No meu entender foi uma brincadeira.
Que assunto mais fútil e medíocre! Comentar sobre o lixo fétido , que é esse tal BBB é cair demais! Respeite seus leitores lúcidos!
Mimimi besta. Coisa de quem não tem com o que se preocupar.