Saúde

Pesquisa realizada pela UFRN, Fiocruz e Sesap observa circulação de duas novas variantes da covid-19 no RN

Raissa Pereira e Maria Eduarda Dantas são autoras da pesquisa – Foto: Arquivo pessoal

Estudo revela que duas novas variantes do SARS-CoV-2, causador da covid-19, circularam no Rio Grande do Norte: a B.1.1.74 (Alpha), Variante de Preocupação (VOC) e a B.1.212. A pesquisa realizada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz/RJ) e Secretaria de Saúde Pública do RN (Sesap), foi feita partir do sequenciamento do genoma do SARS-CoV-2 detectado em vários municípios potiguares de julho de 2020 a maio deste ano. Até o momento, foram sequenciados 94 genomas de 94 casos.

Apesar de terem sido descritas pela primeira vez no RN, essas variantes são oriundas de outros locais. A B1174, por exemplo, surgiu no Reino Unido. No entanto, é preciso ficar alerta, pois todas as VOCs oferecem riscos sérios à saúde. Além dessas variantes, os pesquisadores afirmam que foram identificadas por aqui as variantes B.1, B.1.1, B.1.1.28, B.1.1.33, N.9, P.1 (Gamma) e P2 (Zeta), sendo a linhagem P.1 (VOC) a variante mais frequente identificada atualmente no estado.

Coordenada pelo pesquisador Josélio Araújo, professor do Departamento de Microbiologia e Parasitologia (DMP) do Centro de Biociências (CB) da UFRN e pesquisador do Instituto de Medicina Tropical da UFRN (IMT), a pesquisa tem duas autoras: Raissa Pereira e Maria Eduarda Dantas, ambas bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica do DMP/UFRN. O próximo passo da pesquisa será fortalecer a Vigilância Genômica do SARS-CoV-2 no Rio Grande do Norte e realizar a análise filogenética das variantes circulantes aqui no estado.

Precauções

O professor Josélio Araújo explica que, com a circulação da Variante de Preocupação P.1 (Gamma) no estado, é importante a manutenção das medidas preventivas como adesão à vacina, utilização de máscaras, higienização das mãos e distanciamento físico, por exemplo.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as Variantes de Preocupação do SARS-CoV-2 são associadas a uma ou mais alterações em um grau de significância para a saúde pública global, como aumento da transmissibilidade, aumento da virulência ou mudança na apresentação clínica da doença, diminuição da eficácia das medidas sociais e de saúde pública ou diagnósticos, vacinas e terapias disponíveis.

Com UFRN

Opinião dos leitores

  1. São 2 variantes , PT e PSOL , destruem empregos , preferem construir estádios ao contrário de hospitais, doam dinheiro público para países ditadores,

    1. Vixe, essas variantes são destruidoras e corrompem cérebros, o único imunizante é, Bolsonaro neles.

    2. É só escrever a palavra PESQUISA no título da matéria que vocês já ficam batendo cabeça, desnorteados e ávidos a esculhambar. Relaxa, Minions. Vocês ainda tem um ano e meio para curtir o seu GENOCIDA CORRUPTO. Depois, vazem!!!!

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Saúde

Vacina da Moderna protege contra novas variantes da Covid-19, diz empresa

Foto: CARLO ALLEGRI / REUTERS

A farmacêutica Moderna disse nesta segunda-feira que sua vacina para a Covid-19 produziu anticorpos neutralizantes contra novas variantes da doença encontradas no Reino Unido e na África do Sul.

Um regime de duas doses da vacina Moderna deve proteger contra as cepas emergentes detectadas até o momento, disse a empresa. No entanto, como precaução, o laboratório vai começar a testar se uma injeção de reforço melhora as respostas imunológicas.

Essas novas cepas se espalham mais facilmente de pessoa para pessoa, e há indícios de que a variante do Reino Unido é mais mortal do que as formas anteriores do vírus.

A Moderna disse que sua vacina induziu a produção de anticorpos contra a cepa identificada pela primeira vez no Reino Unido, conhecida como B.1.1.7, em níveis comparáveis às variantes anteriores. Por outro lado, os anticorpos diminuíram seis vezes contra a cepa identificada pela primeira vez na África do Sul, conhecida como B.1.351, segundo o “The Wall Street Jorunal”.

O estudo, realizado em colaboração com o sistema de saúde britânico (NHS) e submetido para publicação em revista acadêmica, usou amostras de sangue de oito pessoas que receberam duas doses da vacina e dois macacos que também haviam sido vacinados.

A empresa também está desenvolvendo uma nova versão da vacina que visa mais especificamente as mutações na variante sul-africana.

Tecnologia mRNA

A vacina da Moderna, assim como a da Pfizer/BioNTech, é baseada em uma versão sintética do material genético do novo coronavírus, o RNA mensageiro (ácido ribonucléico mensageiro), também chamado de mRNA. O objetivo é estimular as células de um indivíduo a produzir muitas cópias de um fragmento do vírus. Esse fragmento estimula o sistema imunológico e permite que o corpo ataque o Sars-CoV-2 em caso de contato real, após a imunização.

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A Moderna integra a Covax Facility, iniciativa global liderada pela OMS dedicada ao aceleramento do desenvolvimento de vacinas e à universalização de imunizantes contra a Covid-19. O Brasil não possui um memorando de intenções para a aquisição de doses da companhia, mas, por integrar a coalizão internacional, é elegível para receber unidades da vacina. Na previsão do Ministério da Saúde, o país deve receber 42,5 milhões de doses.

O Globo

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