Saúde

Covid-19: Brasil tem menor média de novos casos desde janeiro, mostra levantamento

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O registro de novos casos de Covid-19 em todo o Brasil ainda é alto, mas começa a desenhar uma trajetória de queda desde o meio do mês de janeiro. Na última terça-feira 16, para se ter uma ideia, as médias móveis de novos infectados estava em 46.059,4 registros. Trata-se de uma média 9,9% menor do que 15 dias atrás e 15,7% menor do que o dia 13 de janeiro, o maior indicador daquele mês. O levantamento foi realizado pela reportagem de VEJA tendo em vista as notificações da doença oferecidas por secretarias de Saúde de todo o país.

Para que seja desenhada uma tendência, explicam os epidemiologistas, é considerado como “queda” ou “alta” qualquer oscilação acima ou abaixo de 15% — todas as outras variações dentro dessa janela são considerados períodos de estabilidade.

Uma das possibilidades para a retração de casos em relação às semanas anteriores é um aumento nos indicadores de isolamento social no país. Essa medida é feita pela startup InLoco, que monitora 60 milhões de telefones celulares em todos os estados e no Distrito Federal. O mês de janeiro manteve suas médias móveis acima de 50% ao longo de todos os finais de semana, um patamar superior ao aferido ao longo dos meses entre maio e dezembro. Como os efeitos do isolamento — e dos exageros cometidos por quem se aglomera — começam a ser vistos mais ou menos 15 dias após a ocorrência, pode ser que estejamos colhendo bons frutos desse período.

Estendendo a lupa até as regiões brasileiras, é possível perceber que a região Sul foi a que mais teve redução de registros ao longo do último mês e puxa a tendência. Para se ter uma ideia, a retração da área entre 12 de janeiro (maior registro do mês) e 16 de fevereiro foi de 41,5%. Também teve boa performance o Sudeste, que reduziu os registros em 24% entre 18 de janeiro (o maior registro) e 16 de fevereiro.

Há, contudo, apreensão ao efeito de recentes festas clandestinas de Carnaval. Aglomerações sem qualquer tipo de respeito sanitário realizadas no Natal e no Ano Novo, por exemplo, podem ter sido as grandes responsáveis pelo aumento de casos na primeira semana de janeiro. Portanto, ainda que a redução de casos seja positiva, é preciso manter o distanciamento e medidas rigorosas de higiene até que a vacinação atinja uma parcela importante da população.

Em relação à media de mortes, o gráfico teve um aumento de 11% entre 16 de janeiro e 16 de fevereiro e encontra-se em patamar de estabilidade.

Veja abaixo a variação de médias móveis no Brasil:

Foto: Reprodução/Veja

Veja

Opinião dos leitores

    1. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
      Cara desculpe, você é hilário ou se faz de idiota útil para aparecer…….
      Não sabe nada como as coisas realmente acontecem.
      Mas se um dos seus ídolos é o Dória, vá morar em SP, responsável por 1/4 do total de morte no Brasil e vetou o uso da ivermectina, medicação adotada por 85% dos médicos no Brasil e usada no Japão, Israel, EUA, Índia, Eslováquia, África e tantos outros.

    1. Entendido o motivo de você votar na esquerda, falta de condição mental em saber e entender as situações. Quantas doses da Vachina foram aplicadas?
      Vou desenhar 1,6 milhões: Isso dá para vacinar a enorme quantidade de 0,7% da população brasileira. Ainda, estão sendo destinadas aos idosos e pessoal da área de saúde.
      Traduzindo: Não há qualquer ligação da diminuição de infectados com o total da vachina aplicada. Conseguiu entender? Pensar não doe.

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Saúde

Estudo inglês relata novos casos de associação entre Covid-19 e danos cerebrais

Foto: Lucy Nicholson/Reuters

Um estudo realizado por pesquisadores da University College London (UCL) traz novos evidências sobre possíveis danos cerebrais relacionados ao novo coronavírus, que causa a Covid-19. Nesta quarta-feira (8), os cientistas responsáveis alertaram sobre complicações neurológicas aparentemente relacionadas ao vírus, incluindo inflamação, psicose e delírio.

A pesquisa descreveu 43 casos de pacientes com Covid-19 que sofreram disfunção cerebral temporária, derrames, danos nos nervos ou outros efeitos cerebrais graves. As conclusões se somam a estudos recentes que também descobriram que a doença pode danificar o cérebro.

“Se vamos ver uma epidemia em larga escala de danos cerebrais ligados à pandemia – talvez semelhante ao surto de encefalite letárgica nas décadas de 1920 e 1930, após a pandemia de influenza de 1918 – ainda está para ser visto”, disse Michael Zandi, do Instituto de Neurologia da UCL, que co-liderou o estudo.

A Covid-19 é em grande parte uma doença respiratória que afeta os pulmões, mas neurocientistas e médicos especialistas em cérebro afirmam que as evidências emergentes de seu impacto neurológico preocupantes.

“Minha preocupação é que tenhamos milhões de pessoas com Covid-19 agora. E se daqui a um ano tivermos 10 milhões de pessoas recuperadas e essas pessoas tiverem déficits cognitivo? Isso afetará sua capacidade de trabalhar e sua capacidade para realizar atividades da vida diária”, disse Adrian Owen, neurocientista da Western University no Canadá, em entrevista à Reuters.

No estudo da UCL, publicado na revista Brain, nove pacientes que tiveram inflamação no cérebro foram diagnosticados com uma condição rara chamada encefalomielite disseminada aguda (ADEM), que é mais comum em crianças e pode ser desencadeada por infecções virais.

A equipe disse que normalmente vê cerca de um paciente adulto com ADEM por mês em sua clínica especializada em Londres, mas isso aumentou para pelo menos uma por semana durante o período do estudo, algo que eles descreveram como “um aumento preocupante”.

“Como a doença existe há apenas alguns meses, talvez ainda não saibamos que dano a longo prazo o que a Covid-19 pode causar”, disse Ross Paterson, que co-liderou o estudo. “Os médicos precisam estar cientes dos possíveis efeitos neurológicos, pois o diagnóstico precoce pode melhorar os resultados dos pacientes”.

Owen afirmou que as evidências já encontradas sublinham a necessidade de estudos grandes e detalhados e coleta global de dados para avaliar quão comuns essas complicações neurológicas e psiquiátricas são.

“Esta doença está afetando um número enorme de pessoas”, disse Owen. “É por isso que é tão importante coletar essas informações agora.”

CNN Brasil

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Saúde

Itália tem pela 1ª vez mais curados do que novos casos de Covid-19

(Foto: EPA/ETTORE FERRARI)

O número de casos ativos do novo coronavírus (Sars-CoV-2) na Itália caiu pelo quarto dia seguido, de acordo com balanço divulgado pela Defesa Civil nesta quinta-feira (23).

Segundo o órgão, a Itália soma 106.848 pessoas atualmente com o Sars-CoV-2, 851 a menos que as 107.699 contabilizadas na última quarta (22).

Os casos ativos descartam pacientes curados e mortos e são um indicador importante para saber se a pandemia está ganhando ou perdendo força. Dos 106.848 ainda infectados, 2.267 estão em terapia intensiva, 81.710 estão em isolamento domiciliar, e 22.871 estão internados fora de UTIs.

O país acumula 20 dias seguidos de queda na quantidade de pacientes em terapia intensiva, de acordo com a Defesa Civil. Considerando o total de pessoas já infectadas até o momento, a Itália tem 189.973 casos, o que significa crescimento de 2.646 contágios em um dia (+1,4%).

Além disso, a Defesa Civil confirmou mais 464 óbitos, 27 a mais que na quarta-feira, totalizando 25.549 vítimas na pandemia. Já o número de curados chegou a 57.576, após um recorde diário em termos absolutos de 3.033 recuperados nesta quinta.

“Os números são particularmente reconfortantes”, disse o chefe da Defesa Civil, Angelo Borrelli, em coletiva de imprensa em Roma. Essa é a primeira vez que o país registra mais pacientes curados do que novos casos.

A quarentena na Itália fica em vigor até 3 de maio, mas algumas atividades comerciais, como livrarias e papelarias, já reabriram as portas, com exceção de determinadas regiões, como Lombardia e Piemonte.

O governo também prepara um programa de testagem em massa na população para estimar o percentual de pessoas já imunizadas contra o novo coronavírus.

Além disso, o primeiro-ministro Giuseppe Conte trabalha em um cronograma de reabertura a partir de 4 de maio, que pode incluir parques e algumas atividades econômicas, como manufatura e construção civil. (ANSA)

Época

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Saúde

Novos casos de infecção por coronavírus caem para um dígito na China

Foto: Marzio Toniolo/Reuters/direitos reservados

A Comissão Nacional de Saúde da China informou que, nessa quinta-feira (12), somente oito novos casos de infecção por coronavírus foram registrados no país. Esta é a primeira vez que menos de 10 casos são registrados desde que a comissão começou a divulgar os números, no mês de janeiro.

Ela anunciou hoje que, com os novos casos, o total na China continental se eleva para 80.813.

Entre os oito casos, cinco foram confirmados na cidade de Wuhan, na província de Hubei, o epicentro do surto. As autoridades dizem que os outros três são pessoas que entraram na China procedentes de áreas afetadas.

O total de mortes em consequência da epidemia na China continental atingiu 3.176, com um aumento de sete em relação ao dia anterior. A maior parte delas ocorreu na província de Hubei.

A comissão declarou ontem que a epidemia ultrapassou o pico no país.

A China tem manifestado a intenção de fortalecer a cooperação com outros países para conter o vírus. A mídia chinesa disse que, na quinta-feira, o governo enviou uma equipe médica composta de nove especialistas e suprimentos para a Itália, que tem sido duramente atingida pela epidemia. Eles disseram que a Itália é o terceiro país, após o Irã e o Iraque, aos quais essas equipes têm sido enviadas.

Agência Brasil, com NHK

Opinião dos leitores

  1. Esse vírus que apareceu é muito estranho, a China comprou as fábricas que estavam em seu entorno, a Rússia comprou produtores de petróleo os dois países foram os únicos "beneficiados", o restante do mundo sofrendo com esse vírus.

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Saúde

Total de novos casos de coronavírus continua caindo na China

Foto:  Nicolas Asfouri/AFP

A China voltou nesta segunda-feira (9) a registrar uma queda no número de novos casos de coronavírus – 40, face a 44 no dia anterior – ao mesmo tempo que ocorreram 22 mortes, quase todas na província de Hubei, epicentro da epidemia.

Até esta segunda-feira, a China continental, que exclui Macau e Hong Kong, contabilizava 80.735 infectados e 3.119 mortos devido ao novo coronavírus.

Todas as mortes ocorridas nas últimas 24 horas, exceto uma, que na província de Guangdong, foram registradas em Hubei, assim como 36 dos 40 novos casos.

No total, Hubei soma 3.007 mortes e 67.743 casos confirmados. Várias cidades da província foram colocadas em quarentena, com entradas e saídas bloqueadas, numa medida que afeta quase 60 milhões de pessoas.

Nas últimas 24 horas, a China reportou ainda quatro casos importados na província de Gansu, no noroeste do país.

Além disso, a Comissão Nacional de Saúde informou que, no mesmo período de 24 horas, 1.535 pessoas receberam alta porque superaram a doença.

Desde o início do surto, 674.760 pessoas que tiveram contacto próximo com os infectados foram acompanhadas pelas autoridades, entre as quais, 20.146 permanecem em observação.

A epidemia do covid-19 foi detectada em dezembro, na China, e já provocou 3.800 mortes, entre mais de 109 mil pessoas atingidas pela doença numa centena de países e territórios.

Agência Brasil

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Saúde

ALERTA: Brasil terá 625 mil novos casos de câncer por ano até 2022, diz Inca

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O Brasil deve registrar cerca de 625 mil novos casos de câncer por ano de 2020 a 2022. A estimativa foi divulgada nesta terça-feira (4) pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca). Somente entre a população infantojuvenil são esperados 8.460 novos casos por ano no mesmo período.

A publicação Estimativa de Incidência de Câncer no Brasil mostra que o câncer de pele não melanoma deve permanecer como o mais incidente, com a expectativa de 177 mil novos casos por ano. Em seguida, está com o câncer de mama próstata, com 66 mil casos cada; cólon e reto, com 41 mil casos; traquéia, brônquio e pulmão, com 30 mil; e, estômago, com 21 mil.

De acordo com Inca, o Brasil apresenta um declínio dos tipos de câncer associados a condições socioeconômicas desfavoráveis. Em algumas regiões, no entanto, as ocorrências persistem. É o caso do câncer de colo de útero, na Região Norte. Enquanto no Brasil esse tipo de doença está em terceiro lugar, na incidência entre mulheres, desconsiderando o câncer de pele não melanoma, no Norte é o segundo mais incidente, atrás apenas do câncer de mama.

Um a cada três casos de câncer poderiam, segundo o Inca, ser evitados pela redução ou eliminação de fatores de risco, como, por exemplo, tabagismo e obesidade. Atividades físicas, cuidados com a exposição ao sol e alimentação saudável com frutas, vegetais e hortaliças frescos, evitando alimentos ultraprocessados, também podem ajudar a evitar o câncer.

Aumento da estimativa

A estimativa para o próximo triênio aumentou em relação à última projeção, quando 600 mil novos casos eram esperados por ano em 2018 e 2019.

A primeira publicação é feita para o triênio. Antes, a projeção era calculada a cada dois anos.A mudança ocorreu devido à disponibilidade de informações, mais confiáveis.

O instituto também calculou a incidência da doença para a população infantojuvenil. Segundo o instituto, ar maior incidência pode ocorrer entre meninos, com 4.310 novos casos por ano. Entre meninas, devem ser registrados 4.150 novos casos. A incidência deverá ser maior na Região Sul, seguida pelas regiões Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte.

De acordo com o Inca, o recorte para a população mais jovem permite aprimorar as ações de saúde pública e controle da doença neste público. Se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados, 80% das crianças e adolescentes podem ser curados.

Agência Brasil

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