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O que fazer para não sair no prejuízo na Black Friday

25055A figura do Papai Noel já decora as vitrines do Alto Tietê, mas o que está deixando o consumidor ansioso é a Black Friday, que é realizada nesta sexta-feira (25). A tendência americana que promete descontos no comércio já virou hábito no Brasil. E para saber se as ofertas são verdadeiras, a população já visita lojas e confere preços. De acordo com o especialista em consumo Dori Boucault, a prática é importante e pode evitar que o consumidor seja enganado por anúncios de promoções pouco vantajosas.

“Acontece na última sexta-feira de novembro, que é lá dos Estados Unidos. Costuma ter uma grande promoção lá e trouxeram para o Brasil”, explica a funcionária pública Natália Moraes Martins.

O comércio aproveita. Cartazes fazem referência à Black Friday, mas nada adianta se o cliente não estiver preparado para as compras. “Às vezes coincide da gente não ter dinheiro. Depende da data”, explica a aposentada Nadir Miralis.

E nem todos se convencem. A Gláucia Pereira está entre os consumidores que não acreditam nas promoções anunciadas. “Acho que não é desconto. Eles [comerciantes] descontam a margem de lucro deles, achando que vão vender mais, mas na verdade o preço caro eles mascaram”.

Por isso, a dica de alguns para não cair em armadilhas é pesquisar o ano todo em lojas físicas e tambem na internet, como diz Natália. “Eu comprei uma máquina que na loja física tinha R$ 800 de diferença do site. Era R$ 2 mil no site e R$ 2,8 mil na loja física da mesma empresa.”

Segundo Boucault, algumas dicas, como a pesquisa antecipada do valor de um produto, podem ajudar o consumidor a comprar somente o que vale a pena. “Ele deve fazer uma lista, sabendo que tem interesse em determinados produtos que já pesquisou. Não deixa para saber [preços] só na sexta-feira”, diz. Ele lembra que é importante lembrar que, depois da Black Friday, o consumidor terá que lidar com o Natal, IPTU, IPVA, matrícula escolar, entre outros gastos prioritários. “Pense bem se você vai comprar algo que você precisa, ou se será só um consumismo exagerado que vai te deixar arrependido depois”.

Já o quem se deparar com valores promocionais maiores do que o preço anterior do produto, pode denunciar. Boucault diz que a prática pode ser considerada propaganda enganosa. “É o chamado ‘Black Fraude’. Se tratando de loja física, é importante pegar panfletos. Se é loja virtual, internet, o consumidor pode fazer print screen [foto de tela]”.

O especialista lembra que o comprador tem até 90 dias para reclamar de defeitos em produtos duráveis comprados em lojas físicas. Para compras virtuais, o prazo de arrependimento é de uma semana.

Sobre o problema citado por Natália, que achou preços mais baratos no site da loja física, Dori diz que, apesar do exemplo ser real, o cliente deve fazer considerações. “Na internet é só o site. Mas na loja física você tem que ver que tem funcionário, impostos e uma série de situações de aluguel. Eles podem fazer diferenciações de preço entre a loja física e a virtual.”

G1

 

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