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A imprevisibilidade da natureza e o adoecimento do corpo são dois fatores que, segundo o psicólogo Pedro Gabriel, podem levar algumas pessoas a negarem situações como a pandemia do novo coronavírus. De acordo com o profissional, angústia e sofrimento provocam resistência psicológica à doença e devem ser tratados com terapia para entender a gravidade do problema.
“Nessa questão [da pandemia], se trata de um mecanismo de defesa, tal como Freud descreveu. Ou seja, o indivíduo pode se ver numa situação excessivamente dolorosa, perigosa, inóspita. Diante da dificuldade, ele distorce [a realidade] para torná-la um pouco aceitável”, explicou.
Segundo Pedro Gabriel, de alguma maneira, todas as pessoas distorcem um pouco o que estão vendo no entorno.
“A nossa realidade é construída apenas em parte com os estímulos que vem de fora. Muito do que a gente consegue enxergar da vida é fruto das nossas histórias passadas, da nossa estrutura psicológica. Não existe a realidade objetiva que se impõe e obriga as pessoas a enxergarem as mesmas coisas sempre”, disse o psicólogo.
O risco da negação da realidade é a exposição da própria saúde e a das pessoas próximas à doença. De acordo com o psicólogo, se trata de um sofrimento silencioso, ainda que não seja identificado pela pessoa que se encontra nessa situação.
“É um convite ao desespero que precisamos recusar e identificar em nós a importância de perceber que o medo não é um bom conselheiro”, afirmou o psicólogo Pedro Gabriel.
De acordo com o profissional, a alternativa para buscar a consciência do problema é procurar uma ajuda especializada, como sessões de terapia ou análise. “Falar sobre o sofrimento é sempre libertador. Falar do que não somos capaz de entender”, disse.
Com informações do G1 -PE
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