Judiciário

Lula recebeu propina em dinheiro vivo da Odebrecht, diz Palocci em delação; ex-ministro ainda diz que petista ainda ganhou pela obra da Usina Hidrelétrica Belo Monte

Em delação, Palocci diz que Lula recebeu dinheiro em espécie de propina da Odebrecht — Foto: Reprodução/JN

O ex-ministro Antonio Palocci, delator da Operação Lava Jato, relatou entregas de dinheiro em espécie, de propina paga pela Odebrecht, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com Palocci, Lula lhe pedia que não comentasse com ninguém a respeito do assunto.

A delação também cita que Lula recebeu propina pela obra da Usina Hidrelétrica Belo Monte e que Dilma Rousseff, quando ainda era candidata, soube dos pagamentos da Andrade Gutierrez ao PMDB e autorizou que continuassem. Ela, porém, teria negado que a empreiteira fizesse repasses ao PT.

As informações estão em um termo da primeira delação fechada por Palocci com a Polícia Federal de Curitiba. O depoimento foi prestado em 13 de abril de 2018, e a delação foi homologada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) em junho do ano passado. Nesta quinta-feira (17), o depoimento foi anexado ao inquérito da PF sobre a Usina de Belo Monte, que tramita em sigilo.

Um trecho da delação diz: “[Palocci] Também se recorda que, dos recursos em espécie recebidos da ODEBRECHT e retirados por Branislav Kontic, levou em oportunidades diversas cerca de trinta, quarenta, cinqüenta e oitenta mil reais em espécie para o próprio Lula”.

O ex-ministro afirmou ter entregue R$ 50 mil ao ex-presidente, dentro de uma caixa de celular, no Terminal da Aeronáutica em Brasília (DF), durante a campanha de 2010. Um ex-motorista de Palocci chamado Claudio Souza Gouveia, ouvido pela PF em agosto do ano passado no inquérito sobre a Usina de Belo Monte, diz ter testemunhado o encontro.

Outro trecho da delação de Palocci diz: “Em São Paulo, recorda-se de episódio de quando levou dinheiro em espécie a Lula dentro de caixa de whisky até o Aeroporto de Congonhas, sendo que no caminho até o local recebeu constantes chamadas telefônicas de Lula cobrando a entrega”.

De acordo com Palocci, essa cobrança do ex-presidente a caminho do aeroporto foi presenciada por outro motorista, chamado Carlos Pocente, que inclusive brincou perguntando se toda aquela cobrança de Lula era apenas pela garrafa de uísque. Pocente também foi ouvido pela PF no inquérito.

Em resposta, Palocci disse que “era óbvio que a insistência de Lula não era por bebida, e sim pelo dinheiro; que o motorista afirmou ao colaborador que estava brincando e que sabia que se tratava de dinheiro em espécie”.

O G1 procurou a defesa do ex-presidente Lula e aguarda um posicionamento. Em outras ocasiões, a defesa de Lula disse que o ex-presidente nunca cometeu atos ilícitos. O G1 também tenta contato com as defesas de Branislav Kontic e com a empreiteira Odebrecht.

O que disseram os motoristas à PF

Em seus depoimentos à PF em agosto passado, os ex-motoristas citados por Palocci disseram ter testemunhado as entregas do ex-ministro a Lula.

Claudio Souza Gouveia disse que por diversas vezes levou Palocci até o Terminal da Aeronáutica em Brasília para levar a Lula presentes e outros objetos.

Gouveia recordou que, entre os presentes, estavam caixas de uísque, celulares e canetas. Elas eram entregues por Palocci, que voltava minutos depois ao carro. O motorista, no entanto, declarou que nunca soube se as caixas continham efetivamente os produtos.

Ele também disse ter visto o ex-ministro carregando grandes quantidades de dinheiro em espécie. Em algumas oportunidades, Palocci teria dito se tratar de documentos, mas fazia um gesto com os dedos que indicavam ser dinheiro.

De acordo com Gouveia, o ex-ministro tinha pressa ao fazer esses deslocamentos.

Já Carlos Alberto Pocente, que foi motorista do ex-ministro por 30 anos, afirmou se recordar de um episódio, entre aqueles que envolviam dinheiro, no qual Palocci estava com muita pressa para levar uma caixa de uísque até Lula, no Aeroporto de Congonhas.

Também afirmou que houve um episódio em que ele levou o ex-ministro, que estava com uma maleta vazia, a um banco. Na volta, segundo o motorista, a maleta estava visivelmente cheia. Em seguida, conforme o depoimento de Pocente, eles foram para a sede do Instituto Lula.

Propina

Com relação à propina que Lula teria recebido pela obra de Belo Monte, Palocci disse que a empreiteira a Andrade Gutierrez pagou despesas ao Vox Populi e que, em benefício do ex-presidente, fez doações ao Instituto Lula e pagou palestras a Lula.

Já a empreiteira Odebrecht destinou R$ 15 milhões a Lula, de acordo com Palocci.

O pagamento foi feito a pedido de Emílio Odebrecht, com operacionalização feita por Palocci e por Marcelo Odebrecht. Desse total, Palocci soube que R$ 4 milhões foram pagos por meio de doação oficial. O restante, disse, foi sacado em diversas oportunidades por Branislav.

G1

 

Opinião dos leitores

    1. Por enquanto só sabemos que o "omi" mais honesto do mundo ta curtindo Curitiba, já esta enjaulado a uns 8 meses.

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Judiciário

Juíza Gabriela Hardt está pronta para sentenciar Lula no processo sobre a propina da Odebrecht

(Guito Moreto/Agência O Globo)

A juíza Gabriela Hardt, que substituiu Sergio Moro nos processos da Lava-Jato, já pode sentenciar o ex-presidente Lula no processo que investiga o suposto repasse de R$ 12,5 milhões em propinas da Odebrecht.

O dinheiro seria pago por meio de um terreno destinado ao Instituto Lula e uma cobertura em São Bernardo do Campo.

Também são réus nessa ação penal o engenheiro Glaucos da Costamarques, acusado de atuar como laranja, Antonio Palocci, Branislav Kontic, Paulo Melo, Demerval Galvão e Roberto Teixeira.

Mauricio Lima- Radar Online – Veja

Opinião dos leitores

  1. Palloci que tomava café, almoçava, jantava com lula, disse que ele é um LADRÃO, e alguns petralhas, se não a maioria que não sabe fizer nem em qual mão ele falta um dedo, DIZ QUE ELE É HONESTO.

  2. Essa condenação é maior do que a outra.
    Dessa vez passa fácil dos 12 anos.
    Lula tá preso babacas.

  3. Os idiotas dos PTralhas irão à loucura!!!! O ladrao condenado chefe irá se ferrar mais uma vez .

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Judiciário

Lula queria mais propina da Odebrecht

Marcelo Odebrecht, em seu depoimento à juíza Gabriela Hardt, confessou o pagamento de 200 milhões de reais em propinas para Lula e Antonio Palocci.

Mas eles queriam mais do que isso:

“Teve alguns pedidos de propina que inclusive foram negados com base na existência da planilha Italiano e que imagino que outras empresas acabaram tendo que pagar. Por exemplo: a questão de Belo Monte, a questão de sondas.”

O Antagonista

Opinião dos leitores

  1. Tem um coisa que os bolsodoidos não se perguntam: onde está o dinheiro que deram para o Lula? Quebraram sigilo, fiscal, telefônico, bancário, seu e do insitututo Lula, encontraram conta fora do país de um monte de gente e nada. Nenhuma prova de que tenha sido entregue esse dinheiro. O Palocci, sim, tem contas no exterior, tem dinheiro não declarado, mas o Lula, não tem nada. A não ser bandidos querendo e ficando livres, com os bolsos cheios de dinheiro, fazendo delação sem precisar apresentar provas nenhuma. o Palocci mesmo, vai para a rua e levando a metade dos milhões já lavado e engomado.

  2. Esse dinheiro desviado, ao longo dos governos passados, se houvesse sido investido em infraestrutura em nosso Brasil, nós estávamos em uma situação bem melhor…

  3. Jamais, nunca que lulinha roubou e muito menos recebeu propinas, a pessoa que não mente. É tanta cegueira nesse partido (PT) lixo que não sei se fizer exames psicológicos fica alguém nas ruas.

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Diversos

Justiça concede habeas corpus a Marconi Perillo, preso suspeito de receber R$ 12 milhões em propina da Odebrecht

Foto: Reprodução

A Justiça Federal concedeu, no início da tarde desta quinta-feira (11), um habeas corpus ao ex-governador Marconi Perillo (PSDB), preso enquanto prestava depoimento no âmbito da Operação Cash Delivery, que o pagamento de R$ 12 milhões em propina da Odebrecht para campanhas eleitorais do tucano e aliados.

De acordo com o o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, a prisão de Perillo é “arbitrária e infundada e de certa maneira afrontava outras decisões de liberdade que ja foram concedidas nesta mesma operação”.

“A defesa não tem nenhuma preocupação com os fatos investigados e temos absoluta convicção na inocência plena do Marconi. O que pedimos, desde o início, é o respeito às garantias constitucionais. Ninguém esta acima da lei e apoiamos toda e qualquer investigação, mas sem prejulgamentos e sem o uso desnecessário de medidas abusivas”, afirmou em nota.

A decisão liminar é do desembargador Olindo Menezes, da 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). Marconi está preso desde a tarde de quarta-feira, na sede da Superintendência da Polícia Federal, em Goiânia.

O desembargador disse, no documento, que “todas as suspeitas da autoridade policial e do magistrado devem ser apuradas, mas isso não equivale a que os investigados sejam presos de logo, sem culpa formada”.

Em seu despacho, ele segue dizendo ainda que “a prisão preventiva, como modalidade de prisão cautelar penal, é regida pelo princípio da necessidade, pois viola o estado de liberdade de uma pessoa que ainda não foi julgada e que tem a seu favor a presunção constitucional da inocência”.

Por fim, Menezes explica que tal decisão não implica que os preso “seja inocente”, mas que “não há, pelos fundamentos da decisão. a demonstração da necessidade da sua prisão cautelar”.

Com informações do G1

Opinião dos leitores

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Polícia

PF faz perícia sobre supostos repasses da Odebrecht a presidentes da Câmara e do Senado

Por interino

Os presidentes do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), durante sessão do Congresso – Givaldo Barbosa/Agência O Globo/29-05-2018

A Polícia Federal solicitou ao setor de perícias a realização de uma análise sobre os supostos pagamentos de propina registrados nos bancos de dados da Odebrecht, o Drousys e o Mywebday, aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), para permitir o avanço do inquérito que apura ofertas de vantagens indevidas a eles em troca de benefícios em medidas provisórias no Congresso Nacional.

O ofício comunicando a realização da perícia foi enviado ao Supremo Tribunal Federal na última quarta-feira pela delegada Graziella Balestra, que conduz as apurações do caso. As análises abrangerão também outros supostos repasses ao senador Romero Jucá (MDB-RR) e ao deputado Lúcio Vieira Lima (MDB-BA), que são investigados no mesmo inquérito. Com isso, a PF busca comprovar se os pagamentos aos quatro políticos foram efetivamente realizados, como relatado na delação dos executivos da Odebrecht.

A delegada frisa em seu pedido que deverão ser analisados pagamentos de R$ 2,1 milhões ao codinome Índio, “provavelmente relacionado à pessoa do senador Eunício Oliveira”, e de R$ 100 mil ao “possível codinome Botafogo, provavelmente relacionado à pessoa do deputado federal Rodrigo Maia”.

O objetivo do trabalho é identificar as comunicações internas da Odebrecht com os responsáveis por fazer a entrega dos recursos.

A delegada solicita a identificação de quatro itens relacionados aos pagamentos de propina: “a) negociações para realização do pagamento de valores em sistema de contabilidade paralela; b) previsões ou cronogramas; c) tratativas para a realização dos pagamentos dos valores, locais e senhas; d) comprovação efetiva dos pagamentos realizados”.

Esse inquérito investiga se Maia, Eunício, Jucá e Lúcio Vieira Lima receberam pagamentos da Odebrecht em troca de atuar em favor dos interesses da empresa na votação de uma medida provisória no Congresso Nacional que reduzia tributos para o setor petroquímico –de interesse direto da Braskem, controlada pela Odebrecht. Todos eles já negaram terem atuado a favor da Odebrecht e dizem só ter recebido doações legais.

O GLOBO revelou, em janeiro, que Rodrigo Maia esteve na sede da Odebrecht no Rio de Janeiro em 2010 no mesmo dia em que o sistema de contabilidade paralela da empresa registrava um pagamento de caixa dois destinado à campanha eleitoral de seu pai, César Maia. Rodrigo seria o responsável por negociar esse pagamento com o diretor-presidente da construtora, Benedicto Junior.

Maia já prestou depoimento à PF e afirmou que não reconhece o codinome Botafogo, atribuído a ele, e que os registros de pagamento no sistema não lhe dizem respeito. Eunício disse à PF que “nunca deu tratamento diferenciado no encaminhamento dos pleitos de grandes doadores de suas campanhas” e que a acusação dos delatores da Odebrecht é “inverdade”. Procuradas, as assessorias de Maia e Eunício ainda não responderam. Lúcio Vieira Lima e Jucá também negaram irregularidades.

Em nota, Eunício Oliveira afirmou que “acredita que as investigações são o melhor caminho para esclarecer todos os fatos”.

O Globo

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Diversos

Odebrecht: procurador critica vazamento de delações, mas admite quebra de sigilo

O procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, integrante da força-tarefa da Operação Lava Jato no Ministério Público Federal (MPF), disse hoje (9) que a quebra do sigilo de delações da Odebrecht pode prejudicar as investigações, mas ressaltou que, “se houver excesso de vazamentos, talvez seja melhor abrir o sigilo”.

No último dia 30, a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, homologou as delações de 77 executivos da empresa, nas quais detalham o esquema de corrupção na Petrobras. Mais de 800 depoimentos passaram a ser utilizados como prova.

“Se os fatos vêm à tona antes da hora, muitas provas são destruídas. Muitas pessoas são instruídas na maneira de prestar o seu depoimento. É lógico que, para uma investigação mais eficiente, o sigilo é necessário”, disse Santos Lima, após palestra na Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham), na capital paulista.

O procurador também falou sobre os vazamentos das delações: “o que nos incomoda na Lava Jato são as acusações fáceis de que os vazamentos têm origem no Ministério Público. Para nós, é sempre um prejuízo qualquer tipo de vazamento”.

Acordos de leniência

Segundo o procurador, os acordos de leniência na Operação Lava Jato passarão a ser cada vez mais raros. “Não posso dizer que não haja possibilidade de um acordo ou outro, dependendo do que for revelado. O que é importante para nós é a matéria revelada e no que aquilo vai nos ajudar na investigação”, explicou.

Santos Lima comentou ainda a indicação, pelo presidente Michel Temer, do ministro licenciado da Justiça e Segurança Pública, Alexandre de Moraes, para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal e disse que outros ministros da Corte também vieram do meio político.

“Historicamente, tivemos grandes ministros do Supremo com origem na esfera política. Eu creio que as pessoas vão se revelar mais ou menos merecedoras do cargo que vão ocupar”, disse ele. E acrescentou: “Diante do fenômeno da Lava Jato, seria quase impossível termos uma pessoa que não tenha ligação com partidos políticos envolvidos no fato”.

Combate à corrupção

Para o procurador, o projeto de lei de iniciativa popular que estabelece 10 medidas de combate à corrupção deveria “renascer”. De iniciativa popular, o documento recebeu mais de 2 milhões de assinaturas, mas foi aprovado com diversas modificações na Câmara dos Deputados, em novembro do ano passado, por meio de emendas votadas em plenário durante a madrugada. A proposta está em tramitação no Senado.

Santos Lima comparou o projeto a uma planta: “não se arranca uma planta dessas da sociedade. Ela vai renascer, pode demorar”, disse. “Às vezes, é bom podar uma planta, para que ela renasça mais forte”, completou. Na opinião do procurador, as 10 medidas contra a corrupção, na forma como se apresentam, são insuficientes para exterminar o problema no país. “Temos um sistema político corrompido, que se financia através da corrupção.”

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Em depoimento ao juiz Sergio Moro através de video conferência, o ex-presidente FHC inocentou Lula, ao ser testemunha em favor de um amigo de Lula….

    1. Desculpem FHC inocentou Lula sobre denuncia do acervo de troca de presentes entre presidentes em visitas ao brasil e países pelo mundo. FHC desse que esse acervo é publico e os ex-presidentes não tem verba para sua manutenção e podem apelar para privados fazerem doação para manutenção do acervo….

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Finanças

PF indicia Palocci, Odebrecht, ex-marqueteiro do PT e mais três pessoas

Palocci-1-300x225Foto: Rodolfo Buhrer / Paraná Portal

O ex-ministro Antonio Palocci foi indiciado pelo crime de corrupção passiva, pela Polícia Federal, nesta segunda-feira (24). O oficio foi comunicado ao Ministério Público Federal (MPF) e ao juiz Sérgio Moro, por meio do sistema da Justiça Federal.

Os publicitários João Santana e Mônica Moura, o empreiteiro Mercelo Odebrecht, o ex-ministro Juscelino Dourado, o ex-assessor Branislav Kontic e o empresário Benedicto Barbosa da Silva Júnior também foram indiciados.

Antonio Palocci, Juscelino Antonio Dourado (o JD) e Branislav Kontic foram indiciados por corrupção passiva. O ex-presidente da empreiteira Odebrecht, Marcelo Odebrecht, foi indiciado por 16 crimes de corrupção ativa. João Santana e Mônica Moura foram indicados por ocultação de valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal.

O casal de marqueteiros, João Santana e Mônica Moura, também investigados em outra ação penal, foram indiciados por lavagem de dinheiro e ocultação de bens. De acordo com o relatório da PF, os publicitários receberam cerca de 11,7 milhões de dólares em 21 parcelas na conta da Shellbil Finance S.A, valores oriundos de um esquema de corrupção entre o ex-ministro Antonio Palocci e Marcelo Odebrecht, que foram ocultados em instituições financeiras na Suíça em uma empresa offshore.

Palocci, ex-ministro dos governos Lula e Dilma, está preso desde o dia 26 de setembro, quando foi deflagrada a operação Omertà. A 35º etapa da Lava Jato tem como principal foco a relação do ex-ministro com a empreiteira Odebrecht. Ele e o assessor são suspeitos de receber propinas da empreiteira para atuar em favor da empresa. De acordo com as investigações, os repasses feitos a Palocci entre 2006 e 2013 ultrapassam a marca de R$ 128 milhões.

São investigados pagamentos feitos ao PT, por meio de depósitos pela Odebrecht intermediados por Antônio Palocci: R$ 33,3 milhões via offshores ao casal João Santana e Mônica Moura, além de R$ 10 milhões por meio da empresa Shellbil, R$ 44 milhões recebidos por Juscelino Dourado (ex-assessor de Palocci) e outros R$ 7 milhões em 2012.

Operação Omertà

São investigadas na Operação Omertà, 38 obras da empreiteira Odebrecht em todo o País e no exterior. O relatório do delegado federal Filipe Hille Pace relacionou os alvos da investigação (veja imagens abaixo). “Relaciono algumas das obras públicas e/ou consórcios e empresas indicadas no documento mencionado, repetindo que, por se tratarem de arquivos recuperados, estão parcialmente corrompidos, não sendo permitindo vincular diretamente as obras e/ou consórcios e empresas indicadas com os beneficiários encontrados e mencionados acima”, afirma.

Segundo os integrantes da força tarefa, o material analisado e que embasou a operação de segunda-feira foi encontrado em outras fases da Operação, como por exemplo, uma planilha encontrada durante a fase Acarajé e outra encontrada no celular de Marcelo Odebrecht.

Segundo o MPF, os pagamentos feitos à conta eram constantes. “Existe um pagamento que é feito constantemente e que forma um caixa mesmo, uma poupança e de onde são depois, pelo gestor da conta, no caso o senhor Antônio Palocci, destinados aos pagamentos de interesse do partido”, disse a procuradora Laura Gonçalves.

UOL, via Paraná Portal

Opinião dos leitores

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Polícia

MPF nega negociação de delação premiada de executivos da Odebrecht

Os procuradores da força-tarefa de investigação da Operação Lava Jato negaram hoje (23) que estejam negociando acordos de delação premiada com executivos da empreiteira Odebrecht. Segundo o Ministério Público Federal (MPF) no Paraná, a manifestação feita pela empresa à imprensa de que deseja assinar os acordo não tem validade jurídica.

“Não existe sequer negociação iniciada sobre acordos de colaboração com executivos ou leniência com o Grupo Odebrecht. A simples manifestação dessa vontade pela imprensa, seja por indivíduos, seja por qualquer grupo empresarial investigado, não possui qualquer consequência jurídica, motivo pelo qual as investigações e atos processuais continuarão em andamento”, diz a nota da força-tarefa.

O MPF destaca ainda que a divulgação da intenção de assinar delação premiada “fere o sigilo das negociações exigido pela lei para a celebração do acordo”.

Ontem (22), em comunicado divulgado à impressa, a Odebrecht declarou que aceitou colaborar de forma “definitiva” com a Lava Jato. Hoje, a empresa confirmou que a colaboração inclui acordos de delação premiada.

O comunicado da empreiteira, chamado “Compromisso com o Brasil”, foi divulgado após cumprimento dos mandados de busca e apreensão e de prisão da 26ª fase da Lava Jato, deflagrada ontem contra executivos da empresa.

De acordo com os procuradores do MPF, a empreiteira tinha um departamento responsável pelo pagamento de propina. Além disso, a PF também investiga pagamento de propina na construção Arena Corinthians, conhecido como Itaquerão, em São Paulo.

Apesar das acusações de pagamento de propina, a empresa declarou que “não tem responsabilidade dominante” sobre a investigação, que segundo a empreiteira, “revela na verdade a existência de um sistema ilegal e ilegítimo de financiamento do sistema partidário-eleitoral do país”.

O principal executivo da empreiteira, Marcelo Odebrecht, está preso desde junho do ano passado em Curitiba. De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal à Justiça, o empresário está envolvido diretamente no esquema de pagamento de propina a ex-dirigentes da Petrobras e atuava orientando as atividades dos demais acusados ligados à empreiteira. Pelas acusações, Marcelo foi condenado a mais de 19 anos de prisão.

Fonte: Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. – Viu ? Não falei ? O MPF não quer saber da delação do Marcelo Odebrecht. Porque sabe que o Marcelo foi ferrar eles todos ! Vai fazer picadinho deles todos! Como diz você: qua, qua, qua !

  2. PERGUNTA DE UM MILHÃO DE DÓLARES:
    "Por que o MPF não quer a DELAÇÃO do Marcelo da Odebreachet?"
    Simples, muito simples…
    Porque ele quer falar tudo. Repetindo, "TUDO" e não apenas uma parte.
    E nos depimentos dele, já deu pra perceber pelo único vazamento não autorizado pelo Juiz Imparcial Moro, que rapidamente decretou sigilo no ato falho que já tinha ganho a internet, mas mesmo assim a Rede Globo não divulgou (por que?), que tem bomba.
    Ou seja, que os envolvidos na lista de mais de 200 políticos a Dilma e o Lula não estão. E sabe quem está? O Aécio (de novo), o Serra, o Alckimin, o José Agripino, o Henriquinho, o Rogério Marinho, o ACM Neto, etc, etc, etc…
    A HIPOCRISIA ESTÁ EXPOSTA!!!
    Por que o Cunha (com toda farta prova já coletada) ainda não foi afastado da Presidência da Câmara?
    Por que o Aécio sequer foi citado pra prestar esclarecimentos?
    Por que todos os pedidos de investigação ou citações aos Tucanos sõa arquivadas sumariamente sem uma investigação mais aprofundada?
    Isso está cheirando mal e a população que estava assistindo apática começaa perceber e se mobilizar…
    Até quando essas mentiras deslavadas e manipulações cada vez mais grosseiras vão sobreviver?

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