Saúde

Coronavírus: o risco real de transmissão pelos olhos

Evidências comprovam que o coronavírus pode ser contraído pelos olhos e alguns estudos sugerem a possibilidade de transmissão do vírus pelas lágrimas. Shelyna Long/Getty Images

A possibilidade de transmissão do novo coronavírus pelos olhos tem sido motivo de preocupação para muitos pessoas. Isso fez com que o uso do escudo facial saísse do ambiente hospitalar e passasse a ser visto nas ruas, usado por inúmeras pessoas, nos mais diversos ambientes. Mas, afinal, isso é realmente necessário?

Segundo o oftalmologista Wallace Chamon, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia e professor da Unifesp, não existe nenhuma orientação das autoridades sanitárias para o uso de escudos faciais pela população geral. “Profissionais que estão sujeitos a entrar em contato com a secreção do paciente, principalmente profissionais de saúde da linha de frente de atendimento, realmente precisam usar”.

A possibilidade de contrair o coronavírus pelos olhos veio a público pela primeira vez no final de janeiro, quando diversos especialistas afirmaram que essa forma de transmissão seria “absolutamente possível”. O contágio ocorreria quando o paciente encosta as mãos infectadas junto ao globo ocular.

Em maio, um estudo da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, confirmou que o coronavírus pode entrar no corpo humano pelos olhos. Os pesquisadores chegaram a essa conclusão após encontrarem a proteína ECA2 e a enzima TMPRSS2 nos olhos de pessoas que morreram de outras causas que não Covid-19.

A ECA2 e a enzima TMPRSS2 são usadas pelo coronavírus para invadir as células e se multiplicar no organismo. Isso explicaria por que alguns pacientes com Covid-19 apresentam conjuntivite. Segundo os autores, os resultados sugerem que os olhos não são somente uma porta de entrada para a infecção, mas também uma fonte de transmissão, por meio das lágrimas.

Especialistas acreditam que a conjuntivite, sintoma presente em 1% a 3% dos pacientes com Covid-19, pode ser o resultado do coronavírus se deslocando do trato respiratório para os olhos. Mas também poderia ser um resultado direto do vírus atacar as células dos olhos, ligando-se aos receptores da ECA2 presente no órgão.

“Há um ducto que liga o trato respiratório aos olhos. Portanto, se todo o trato respiratório tiver coronavírus, provavelmente alguma partícula viral vai escapar para a lágrima, por essa ligação, mas isso não significa que pode haver transmissão pela lágrima”, explica Chamon,

Pesquisa publicada da revista científica Ophthalmology, da Academia Americana de Oftalmologia, concluiu que é improvável que pacientes infectados transmitam o vírus para outras pessoas através das lágrimas. Entretanto, os autores ressaltaram que nenhum dos pacientes do estudo apresentou conjuntivite em decorrência da doença. Isso ignifica que, embora rara, ainda existiria a possibilidade desse tipo de transmissão em pessoas com Covid-19 que desenvolvem conjuntivite como um dos sintomas.

Prevenção

Qual é a melhor forma de se proteger? “Os principais cuidados para prevenir a infecção por coronavírus são higienizar as mãos, manter a etiqueta respiratória, evitar colocar a mão na face ou coçar os olhos e sempre usar máscara”, diz o infectologista Gerson Salvador, especialista em saúde pública pela USP.

O coronavírus, assim como outros vírus respiratórios, entra no organismo por mucosas, como boca, nariz e olho. Isso acontece principalmente por meio das nossas mãos, que acabam se contaminando quando tocamos em superfícies e levarmos a mãos ao rosto, o vírus entra no organismo. Por isso é tão importante manter as mãos limpas.

Outra forma possível é um pessoa infectada tossir ou espirrar diretamente no rosto de uma pessoa saudável e uma gotícula entrar diretamente nos olhos. Por outro lado, se todas as pessoas estiverem de máscara, isso não acontece.

“Se alguém sem máscara tossir nos meus olhos, eu serei infectado, mesmo que eu esteja de máscara. Por isso, somente eu usar máscara não é suficiente. Nesse caso, eu realmente precisaria estar de máscara e escudo facial. Então é importante lembrar que usar máscara serve não só para auto-proteção, mas também para proteger outras pessoas”, diz o infectologista Wilbur Chen, professor de Universidade de Maryland, nos Estados Unidos.

Embora não seja necessário, não há contraindicação para quem decidir usar o escudo facial pois se sente mais seguro e protegido, desde que ele seja usado como complemento ao uso da máscara e jamais no lugar dela.

Veja

 

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Saúde

VÍDEO mostra efeitos negativos da ‘vida online’ na saúde dos olhos

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O uso excessivo do celular ou do computador está aumentando os problemas de visão na população. Segundo especialistas, o salto nos casos de miopia, por exemplo, pode estar associado ao aumento no número de horas que as pessoas passam diante das telas. Mais da metade da população mundial sofrerá com o distúrbio até 2050, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Se não dá para abandonar completamente a tecnologia, o jeito é usá-la de forma correta. Veja no vídeo acima os efeitos da utilização excessiva das telas nos olhos e confira dicas para amenizar os transtornos.

G1

Opinião dos leitores

  1. Isso é manobras dos petralhas, pra que os idiotas fiquem mais desinformado e alienado possível, assim não vão conseguir entender e enxergar o mal que fizeram, muito menos que luladrão é um psicopatas ladrão, hipnotizador de tolos

    1. É bem capaz do seu nascimento ser culpa do PT, arranje outro discurso Lula tá preso e os PTralhas fora.

    2. Pelascaridades, deixa esse tipo comentário para as noticias concernentes.

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Saúde

Usuários de lentes de contato correm o risco de terem cegueira

Usuários de lentes de contato correm o risco de terem cegueira. É o que aponta estudo da Universidade do Oeste da Escócia. Segundo cientistas, o parasita acanthamoeba, encontrado no mar, em chuveiros, piscinas e até em poeira, rói os globos oculares após se aproveitar de bactérias encontradas nos acessórios quando estão sujos.

Quando a lente é colocada no olho, o acanthamoeba começa a abrir caminho através da córnea, a camada mais externa do globo ocular. Os sintomas são olhos irritados e lacrimejantes, visão turva, alta sensibilidade à luz, inchaço da pálpebra superior e dor extrema. Geralmente aparecem apenas uma semana após o encontro com o parasita.

— Deixa cicatrizes na maioria das vezes. A córnea é uma janela para a vida e, se a infecção penetra em direção a uma camada mais profunda, um dano será irreversível — alerta o oftalmologista Graeme Stevenson ao jornal britânico Daily Mail.

Para evitar o parasita, a melhor medida, dizem os especialistas, é a substituição constante das lentes, além da higienização frequente.

Fonte: O Globo

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Saúde

36% de brasileiros nunca foram ao oftalmologista, vê estudo

Uma pesquisa inédita encomendada pela Sociedade Brasileira de Glaucoma mostra que 36% dos brasileiros adultos nunca foram ao oftalmologista. Outros 18% fizeram apenas uma consulta em toda a vida. Conduzido pelo Ibope, o trabalho foi feito com base numa mostra de 2002 entrevistas em todo o País, em junho deste ano.

“Os resultados deixam clara a necessidade de se reforçar o acesso ao tratamento e, principalmente à informação”, avalia o presidente da SBG e professor da Universidade Estadual de Campinas, Vital Paulino Costa.

O médico afirma não ser incomum serviços receberem pacientes com perda importante da visão provocada pelo glaucoma. “Como a doença não tem sintomas em seu estágio inicial, muitas vezes as pessoas se dão conta de que algo vai errado somente quando a perda da visão já começou”, afirma. Ele lembra, no entanto, que no glaucoma os danos são irreversíveis. “Isso muitas vezes surpreende o paciente. Ele acredita que o tratamento trará de volta a visão perdida.” Daí a importância, completa, da agilidade tanto no diagnóstico quanto no início do tratamento.

O glaucoma é uma doença progressiva, causada pelo aumento da pressão intraocular. Essa pressão acaba provocando lesões no nervo óptico, perda de visão e, em muitos casos, cegueira. O tratamento é feito com colírios e, em alguns pacientes, com cirurgias. A prevalência do glaucoma aumenta com a idade. Aos 40 anos, cerca de 2% das pessoas têm a doença. Aos 70 anos, o porcentual salta para 6%. “O maior receio é que, com envelhecimento da população e o desconhecimento em torno da doença, o número de casos de cegueira no País aumente consideravelmente.”

Da amostra que representa a população geral, 36% nunca ouviram falar em glaucoma. O desconhecimento está presente em todos os níveis de escolaridade. Dos entrevistados com nível superior, 10% disseram não conhecer a doença. A falsa ideia de que a cegueira causada pelo distúrbio é reversível também foi identificada na pesquisa do Ibope: entre os que conhecem o glaucoma 88% disseram saber que ele provoca a perda da visão. Mas 41% deles imaginam que o problema pode ser revertido.

Diante deste quadro, a sociedade decidiu lançar uma campanha de alerta para população. Uma das principais mensagens ressalta a importância de se consultar o oftalmologista depois dos 40 anos. Vital estima que exista no Brasil um milhão de pessoas com glaucoma, mas apenas 50% desses pacientes estão em tratamento. Além da falta de informação, afirma, a dificuldade ao acesso a consultas com especialistas, sobretudo em cidades mais afastadas, contribui para porcentuais tão elevados.

O coordenador-geral de Média e Alta Complexidade do Ministério da Saúde, José Eduardo Fogolin, surpreendeu-se com dados da pesquisa sobre o acesso da população ao diagnóstico. “Precisamos checar a amostra usada pelo Ibope, avaliar qual perfil epidemiológico considerado”, diz. Fogolin garante que o acesso da população às consultas com especialistas aumentou. Em 2010, afirmou, foram 1,7 milhão de consultas. Em 2011, 3,2 milhões. “Aumentamos o atendimento, incluímos mais uma linha de colírio para o tratamento”, afirma.

Fonte: Uol Saúde

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