Diversos

Operação “Intocáveis”: TJRN nega Habeas Corpus para PMs presos por suposto envolvimento em um grupo de extermínio

A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do RN apreciou na sessão desta terça-feira (30) pedido de Habeas Corpus movido pela defesa de dois policiais militares, presos por suposto envolvimento em um grupo de extermínio. A defesa argumentou pelo “constrangimento ilegal” na prisão do acusado, mas os desembargadores mantiveram a prisão preventiva decretada pela 1ª Vara Criminal de Mossoró (Processo nº 0100450512016.8.20.0003). Os PMs foram detidos durante as ações da operação “Intocáveis”.

A ação foi executada pela Secretária Estadual de Segurança Pública, Ministério Público Estadual, Polícia Civil, e pelo Comando da Polícia Militar em 22 de junho de 2016, cuja investigação levou cerca de noves meses, conduzida pela Força Nacional de Segurança e que resultou na prisão de seis integrantes da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, suspeitos de integrarem o grupo de extermínio que atuava na região de Mossoró.

De acordo com as denúncias, o grupo justificava os crimes como “legítima defesa” e “no cumprimento do dever legal”. As denúncias são relativas a sete assassinatos e uma tentativa de homicídio.

(Habeas Corpus com Liminar nº 2017.004233-0)
TJRN

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Judiciário

Operação Intocáveis: PM’s envolvidos em grupo de extermínio permanecem presos

O desembargador Gilson Barbosa, vice-presidente do TJRN, não atendeu ao pedido de Habeas Corpus Com Liminar n° 2017.004234-7, movido pelas defesas de Renixon Felício da Silva e Allan George de Menezes, presos durante as ações da Operação “Intocáveis”, por supostamente fazerem parte de um grupo de extermínio. Os acusados foram presos preventivamente, em 22 de junho de 2016 e denunciados pela prática do crime previsto no artigo 121, parágrafo 2º, combinado ao artigo. 61 do Código Penal.

Para a defesa, o HC se justifica pelo suposto “constrangimento ilegal, em razão do esvaziamento dos requisitos motivadores” da custódia cautelar, bem como diante do excesso de prazo para encerramento da instrução processual. Não é o entendimento do relator, que integra a Câmara Criminal do TJRN.

“No caso dos presentes autos, pelo menos nesse momento processual, vejo que os documentos acostados não são hábeis a demonstrar o apontado constrangimento ilegal. Isso porque, os fundamentos das decisões que mantém a custódia preventiva pelo menos nesta fase processual, se apresentam verossímeis. Com efeito, a necessidade de garantir a ordem pública é fundamento idôneo ao decreto preventivo, diante da situação particular da hipótese demonstrar a real necessidade. No entanto, não se pode ingressar nessa seara na atual fase processual”, enfatiza Gilson Barbosa.

O desembargador também acrescentou que, diante da necessidade da prisão cautelar, fica inviabilizada a aplicação das medidas previstas no artigo 319 do Código de Processo Penal, quando são insuficientes e inadequadas à prevenção de delitos.

Segundo a decisão, o eventual excesso de prazo não resulta de mera soma aritmética, podendo o magistrado, diante da complexidade da causa, extrapolar os limites estabelecidos na legislação, desde que obedecido ao princípio da razoabilidade. “Além disso, é definido nos tribunais pátrios que a demora na instrução processual, por si só, não configura excesso de prazo”, acrescentou.

A operação ‘Os Intocáveis’, foi realizada por equipes da Força Nacional em conjunto com policiais civis e militares, que resultou na prisão de cinco policiais militares suspeitos de participação em um grupo de extermínio apontado como responsável pela morte de pelo menos 14 pessoas.

TJRN

 

Opinião dos leitores

  1. Enquanto isso, os vagabundos que matam policiais estão soltos e impunes. E, quando são presos, logo são soltos e ainda com direito a proteção pessoal… Feita pela própria polícia. Nosso país é uma piada!!!

  2. Vamos prender os policiais e soltar os bandidos. A justiça nesse país promove a injustiça. Se eu fosse governador dava prêmios para cada policial herói que matasse verdadeiramente QQ bandido. Esse país quebrou e morreu!

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Polícia

OPERAÇÃO INTOCÁVEIS: Força Nacional prende em Mossoró policiais envolvidos em homicídios

Equipes da Força Nacional em ação conjunta com policiais civis e militares cumpriram na manhã desta quarta-feira (22) mandados de prisão, busca e apreensão na cidade de Mossoró, cujos alvos são pessoas investigadas por envolvimento em crimes de homicídio, inclusive, agentes da segurança pública estadual. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed), alguns dos suspeitos são policiais. Segundo a Sesed, a ação policial foi batizada de ‘Operação Intocáveis’. Mais detalhes ao decorrer do dia.

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