Finanças

Brasileiro guardará 13º salário e está otimista com as finanças em 2021, diz pesquisa

Dinheiro: mesmo com a pandemia o envidividamento não aumentou entre os consumidores (DircinhaSW/Getty Images)

Os consumidores brasileiros chegam ao final do ano de 2020 mais conscientes em relação ao seu dinheiro. Uma pesquisa realizada pela Boa Vista apontou que o endividamento do brasileiro não aumentou este ano, na comparação com o ano passado, e a maioria (75%) pretende poupar uma parcela do 13º salário.

Pelos dados do levantamento, entre os que pretendem poupar o 13º salário, 38% disseram que pretendem guardar de 51% a 100% do valor. No mesmo período do ano passado, este percentual era de 31%. Já 19% dos entrevistados disseram que vão guardar de 30% a 50% e 18% até 30%. No mesmo período de 2019, o percentual era de 17% e 21%, respectivamente. Apenas 25% disseram que não irão poupar nada.

O comportamento do brasileiro pode ser explicado pela situação econômica este ano. Para 77%, a situação piorou em 2020, uma alta considerável, já que no ano passado eram 42% os que tinham essa percepção. Somente para 7%, a situação permaneceu igual, enquanto só 6% veem uma melhora em relação ao último ano. Outros 10% não deram opinião.

Para Dirceu Gardel, presidente da Boa Vista, a situação econômica do país devido à pandemia de coronavírus forçou o brasileiro a ser mais cauteloso com o dinheiro. “Houve uma apreensão sobre quando a crise iria acabar. Percebemos uma maturidade maior ao lidar com o dinheiro e um cuidado ao olhar para o futuro.”

Ele destaca ainda que o endividamento estável do brasileiro, em 66%, apenas 0,9 ponto percentual acima do registrado em fevereiro (antes da pandemia), pode ser explicado por alguns motivos.

O primeiro foram as medidas anunciadas pelo governo que afetaram diretamente o consumidor, como o pagamento do auxílio emergencial e do BEM (Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda). Além disso, os bancos e muitos varejistas anunciaram a prorrogação de parcelas para dar um alívio financeiro ao consumidor.

Outro fator que pode ter ajudado na retenção do endividamento do brasileiro é que o consumo ainda não voltou ao patamar pré-covid, com o comércio ainda funcionando em horário reduzido. “O consumo ainda está menor e o acesso ao crédito também. O excesso de crédito no mercado é o que afeta a inadimplência. Com a pandemia, os bancos ficaram mais rigorosos com a oferta e acabou restringindo mais.”

Se o consumo está represado, ele acredita que a inadimplência também está. Segundo o presidente da Boa Vista, o cenário real será conhecido apenas no primeiro trimestre de 2021, quando já estiverem encerrados os benefícios e facilidades anunciadas ao consumidor. “Haverá uma nova onda de inadimplência. Não sabemos ao certo um tsunami ou uma marolinha.”

Se depender do brasileiro, 2021 será muito melhor do que 2020. Quando se trata da vida financeira, 87% afirmam que haverá uma melhora da situação. Enquanto, 7% disseram que as finanças permanecerão iguais e 4% esperam uma piora. Outros 2% não têm opinião formada. “O brasileiro é naturalmente otimista. Ficamos surpresos com os resultados, o que mostra uma maturidade do consumidor”, finaliza Gardel.

Exame

Opinião dos leitores

  1. Com Bolsonaro o povo ficou otimista.
    Hô Véio arroxado do cunhão rôxo é Bolsonaro.
    O homem é bom, o homem é espetacular
    Mito 2023

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Saúde

Brasileira que coordena testes da vacina de Oxford contra Covid-19 se diz otimista: ‘Quero passar o Natal no Brasil’

Daniela Ferreira coordena um dos grupos responsáveis pelo estudo da mais promissora vacina até agora. — Foto: Reprodução/TV Globo

O Conversa com Bial de quinta, 16/7, atualizou o status da luta mundial da ciência contra o novo coronavírus, além de esclarecer dúvidas e explicar um conceito do qual muito se ouve nos últimos meses: imunidade de rebanho. Para isso, ouviu dois cientistas que estão na linha de frente da humanidade na guerra contra a Covid-19: o doutor Julio Croda, infectologista da Fiocruz que esteve no Ministério da Saúde até março, e a doutora Daniela Ferreira, que coordena no Reino Unido um dos grupos responsáveis pelo estudo da mais promissora vacina até agora.

De Liverpool, Daniela diz acreditar que até o fim do ano teremos algum tipo de vacina, “mesmo que não seja uma proteção alta”. Ela celebra que, pela primeira vez na história, a comunidade científica se dedica a uma coisa só:

“Eu realmente pretendo passar o Natal no Brasil e tenho esperança de que isso vai ser possível. O progresso que tem sido feito mundialmente com todas as vacinas é extraordinário.”

Ela e Croda discutiram qual a porcentagem da população que deve estar imunizada para que o vírus pare de circular. O infectologista cogita 60%, mas chama atenção para a questão do acesso, que deve se tornar um desafio moral:

“Como será feita a distribuição da vacina? Existem vários laboratórios públicos e privados, nacionais e internacionais, mas o acesso não vai ser igual para todo mundo, existem países mais ricos e mais pobres, e fazer essa escolha será um desafio para a humanidade.”

Croda fez parte do Ministério da Saúde até 24 de março, e lamenta que o governo tenha adotado a imunidade de rebanho como política de estado, o que define como “um genocídio”. Ele conta que o conceito também é chamado de ‘mortalidade de rebanho’, pois muitas vidas são perdidas para que se possa atingi-lo.

“Isso aconteceu em 1918, com a Gripe Espanhola, e tá acontecendo com Covid também. Como os EUA, o Brasil é visto como um mau exemplo nesse sentido, pois como as medidas de controle coletivas são ineficazes, vemos a história natural da doença.”

Conversa com Bial – Globo

Opinião dos leitores

    1. A Venezuela é bem ali.
      Pegue o bêco antes que seja tarde.

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Diversos

Marcelo Queiroz otimista em relação às vendas do varejo neste Natal

Foto: Assessoria Comunicação Sistema Fecomércio

Como faz todos os anos, a Fecomércio realizou a tradicional pesquisa de intenção de compras para o período natalino e o uso do 13º salário, em Natal e  em Mossoró. De acordo com a pesquisa, o gasto médio com as compras de Natal deve crescer em torno de 7% este ano, em relação a 2018.

O presidente da Fecomércio, Marcelo Queiroz, está otimista e lembra que mesmo que uma parte das pessoas vá utilizar o 13 o salário pagar dívidas, como acontece todos os anos, o que ele vê como muito importante para o equilíbrio financeiro das famílias, a expectativa é de que a maioria das pessoas vai consumir e presentear neste Natal, o que já projeta a tendência de crescimento de até 7% nos gastos.

Roupas, brinquedos, itens de perfumaria e calçados, nesta ordem, foram os principais itens detectados pela pesquisa, como os preferenciais na hora de comprar e/ou presentear, com gasto médio previsto de R$ 310,67 em Natal e de R$ 287,88 em Mossoró.

 

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Educação

Otimista com situação do país, ministro Abraham Weintraub espera descontingenciamento de recursos da Educação em setembro

Imagem: Reprodução

Em entrevista ao programa “Morning Show”, da Jovem Pan, Abraham Weintraub disse projetar para o mês de setembro deste ano o descontingenciamento de recursos do Ministério da Educação.

O ministro também disse que, como economista, está “otimista” com a situação do país.

“Tudo caminhando bem, economia voltando… Meu prognóstico, inclusive já como economista de formação, eu acho que em setembro a gente faria o descontingenciamento”, disse. “O que eu vejo: a economia está melhorando. E não estou falando em nome do governo, estou falando como Abraham, economista, vivi disso durante muito tempo e tenho grau de acerto bem razoável.”

Weintraub disse também:

“Estamos administrando uma gestão ruim, de estresse, fazendo a gestão na boca do caixa, mas acho que até o momento temos mantido a maior parte das atividades essenciais funcionando. Mas o desafio maior vai ficar para o ano que vem: temos a questão do teto e ainda estaremos em uma situação de estresse, mas neste ano eu acho que a gente vai descontingenciar.”

O Antagonista, com Jovem Pan

 

Opinião dos leitores

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Jornalismo

O Brasileiro é o povo mais otimista do mundo

O Brasil é o recordista mundial de felicidade futura, de acordo com um estudo da FGV com base em pesquisa do Gallup. Numa escala de 0 a 10, o brasileiro dá uma nota média de 8,7 à sua expectativa de satisfação com a vida em 2014. A marca superou todos os demais 144 países da amostra. Na expectativa com relação a 2011, o Brasil já ocupava o topo. Agora, no entanto, a distância em relação ao segundo colocado aumentou.

Uma pesquisa inédita da FGV/RJ, que será lançada pelo economista Marcelo Neri na segunda-feira, mostra as razões do otimismo. Entre julho de 2009 e o mês passado, as classes C e A e B cresceram 11% e 12,8%, respectivamente. Neste período, 13,3 milhões de brasileiros ascenderam às classes A, B e C. Desde 2003, 50 milhões de pessoas – mais do que uma Espanha – incorporaram-se mercado consumidor.

Por Lauro Jardim

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