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Ouro Branco-RN: juíza ordena que Município suspenda contratações temporárias em cinco dias

justiçaA juíza de Direito da Comarca de Jardim do Seridó, Janaína Lobo da Silva Maia, ordenou que o Município de Ouro Branco, no prazo de cinco dias, proceda a suspensão de todas as contratações temporárias realizadas com base nos Processos Seletivos n.ºs 001/2015, 002/2015 e 003/2015. Esse foi o pedido feito pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), mediante ação civil pública (ACP) de nulidade de processo seletivo culminado com obrigação de fazer interposta na Justiça.

Na decisão, a magistrada aponta que o Município não observou, quando da classificação dos candidatos inscritos no certame, os princípios que regem a Administração Pública. Como exemplo, citou a relação ao cargo de Agente Administrativo, objeto do Processo Seletivo n.º 001/2015. A primeira colocada no certame submeteu ao processo seletivo atestados de qualificação profissional que datam de 04 de fevereiro de 2015 e 11 de março de 2015. Ou seja, são documentos emitidos após o término do período de inscrição para este cargo: de 28 de janeiro a 03 de fevereiro deste ano.

Além disso, aponta a juíza com base na ACP interposta pelo MPRN, vários dos candidatos que foram classificados nas primeiras colocações já possuíam vínculos anteriores com a Municipalidade, o que indica critérios tendenciosos na seleção. O fato se evidencia pelo fato de terem apresentado em seus currículos atestados de capacidade técnica lavrado por Francisco Segundo de Sousa, atual Secretário Municipal de Administração e Planejamento do Município de Ouro Branco.

Inquérito civil

O MPRN havia instaurado o Inquérito Civil n.º 06.2015.00001222-1, visando apurar se os processos seletivos n.ºs 001/2015 e 002/2015, realizados pelo Município de Ouro Branco/RN para contratação temporária de prestadores de serviços, teriam observado os princípios que regem a Administração Pública.

Na investigação apurou-se que não foram respeitados os princípios da legalidade, impessoalidade e moralidade e nem a obrigatoriedade de realização de concurso público, conforme previsto no art. 37, inciso II da Constituição Federal.

Na investigação, de posse de parte da documentação relacionada aos certames, verificou-se a existência de diversas irregularidades, tais como: exíguos prazos previstos nos editais para inscrição e interposição de recursos; exigência para todos os cargos de realização de entrevistas, sem, contudo, indicar critérios objetivos para a classificação dos candidatos (abrindo margem para adoção de opções subjetivas).

Além disso, o MP observou também que analisando os currículos dos candidatos que participaram dos certames, verificou-se que diversos candidatos que possuíam experiências mais significativas foram preteridos em favor de outros candidatos que, muitas vezes, já tinham sido contratados temporariamente pelo Município de Ouro Branco em ocasiões anteriores.

Com informações do MPRN

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Diversos

Ouro Branco-RN: PGJ denuncia prefeita por uso indevido de servidores públicos municipais

5877-sao-bento-do-norte--suspensao-no-atendimento-na-promotoria-de-justica.jpgO Ministério Público do Rio Grande do Norte, por meio do seu Procurador-Geral de Justiça, ofertou denúncia à Justiça em desfavor da prefeita de Ouro Branco, Maria de Fátima Araújo da Silva, pelo uso reiterado ao longo de 16 meses dos serviços prestados por funcionários públicos municipais para realização de obras de particulares, em prejuízo direto ao erário.

Investigação do MPRN com o objetivo de averiguar possível prática de atos de improbidade administrativa constatou a autorização continuada do emprego de servidores públicos municipais, como pedreiros e serventes de pedreiro para construírem e reformarem imóveis de particulares, em detrimento de suas atividades legais.

Todas as pessoas beneficiadas com a prestação gratuita indevida de serviços públicos afirmaram que não se inscreveram em qualquer programa socioassistencial ligado à Assistência Social do município de Ouro Branco, além de não terem participado de nenhum processo seletivo e serem eleitores declarados da Chefe do Executivo.

Por sua vez, os servidores públicos municipais declararam ao Ministério Público Estadual que por determinação do irmão da denunciada eles eram encaminhados para as residências de particulares para trabalharem em obras de reforma/construção.

Diante o que restou apurado, o Procurador-Geral de Justiça notificou a denunciada para apresentar defesa, o que foi feito pela prefeita, não negando os fatos, mas alegando se tratar de uma “prática reiterada pelos governos municipais”.

Em defesa apresentada também junto a Promotoria de Justiça local, a prefeita Maria de Fátima Araújo da Silva reconheceu referida prática, afirmando ter sido iniciada no começo de seu mandato devido reivindicações de diversos moradores, pedindo por mão de obra e material de construção. Como o Município não tinha como ajudar com o material, disponibilizou com o serviço, por ter em seus quadros pedreiros e serventes de pedreiros e autorizou a utilização deles nas obras de particulares.

O Município de Ouro Branco conta com seis pedreiros e 14 serventes de pedreiros, dentre os quais pelo menos seis do total de 20 servidores se submeteram a situação de ilegalidade, que foi levada ao conhecimento do MPRN, entre outros, pelo Sindicato dos Servidores do Município de Ouro Branco.

Ao fazer uso da prática ilícita, estima-se que a prefeita tenha imposto ao Município um prejuízo de R$ 77.518,64, calculado em relação ao valor percebido pelos seis pedreiros e serventes de pedreiro relacionados para os serviços durante 16 meses do mandato da Chefe do Executivo, iniciado em janeiro de 2013 e perdurando até o final de abril do ano de 2014.

O Ministério Público Estadual requereu em Juízo que a prefeita seja condenada por ter agido dolosamente, incorrendo no crime tipificado no art. 1º, II, do Decreto-Lei nº 201/67, na forma do art. 71 do Código Penal.

Com informações do MPRN

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Polícia

Grande quantidade de material explosivo é furtado em Ouro Branco/RN; Polícia alerta em caixas eletrônicos

Material-explosivo-para-mineraçãoFoto: Elber via Sidney Silva

Policiais militares da cidade de Ouro Branco/RN, estão alertando os Destacamentos, Companhias, Batalhões de Polícia e Delegacias, tanto no Rio Grande do Norte, como na Paraíba, sobre o furto de material usado para a produção de explosivos em um depósito da Cooperativa de Mineradores da Serra do Poção, que foi arrombado na manhã dessa segunda-feira, (02). Sabe-se apenas que a quantidade do material levado é grande.

De acordo com o radialista e blogueiro Sidney Silva, o Sargento Galdino, comandante da PM na cidade, disse que foi informado do arrombamento por volta das 11 horas e 40 minutos da manhã, através de uma ligação anonima. Chegando no local constatou o fato. O prédio arrombado é localizado na margem da rodovia estadual RN 089, entrada do açude Esguicho. Quando os policiais chegaram ao local acionaram o presidente da cooperativa, José Nilton d Lima, que não procurou a Delegacia para informar sobre o roubo, provavelmente porque a licença do “paiol” – local onde são guardados os explosivos no prédio da Cooperativa – estava irregular, por falta de itens de segurança, inclusive passou por fiscalização do Exército Brasileiro, recentemente. ”A licença para o funcionamento do local estava vencida segundo se constatou através de documentos“, comentou o Sargento Galdino.

Segundo o radialista, os policiais receberam outras informações anônimas dando conta que provavelmente na casa de José Nilton, existiam explosivos escondidos. Com a sua autorização, os policiais foram a residência e lá encontraram 20 quilos de Nitron – explosivo em pó – além de 44 metros de espoleta, que foram apreendidos. Sobre o material encontrado em sua casa, o presidente da Cooperativa, disse que fez a guarda justamente por causa da irregularidade existente em sua documentação.

“A nossa preocupação é com o possível uso desse material em explosão de caixas eletrônicos. Infelizmente, as quadrilhas estão agindo fortemente nessa modalidade de crime. Nós alertamos às polícias do Rio Grande do Norte, do estado da Paraíba e do Ceará sobre o arrombamento e furto desse material. Toda a atenção por parte das polícias se faz necessária agora“, disse ao radialista.

De posse do material apreendido, os policiais conduziram o presidente da cooperativa para a Delegacia de Polícia Civil em Caicó, onde foi autuado em Termo Circunstanciado de Ocorrência. Oficiais do Exército Brasileiro em Caicó, foram acionados para tomar conhecimento do fato. Um dos oficiais que esteve na Delegacia, ficou impressionado com a quantidade apreendida.

Do blog Sidney Silva

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