Foto: Canindé Soares
Os versos do folclorista potiguar Luís da Câmara Cascudo dão um aperitivo da capital do Rio Grande do Norte, Natal. Mas as atrações da cidade e seu entorno não são fáceis de caber em algumas linhas. Das praias e dunas estonteantes a um celeiro da cultura potiguar, é preciso reservar pelo menos uma semana para ter uma boa ideia de tudo o que a região tem a oferecer.
As principais atrações praianas do estado estão espalhadas na chamada Costa das Dunas, que abrange quase todo o litoral, incluindo destinos populares como Tibau do Sul, onde estão o vilarejo de Pipa e a Lagoa de Guaraíras; Maxaranguape, com as piscinas naturais (ou parrachos, como são chamadas) de Maracajaú (vide a da capa desta edição); e as cidades de Touros e São Miguel do Gostoso, muito procuradas por amantes dos esportes náuticos.
Variado também é o cardápio de atrativos nos arredores de Natal. Assim como o Rio não é somente Copacabana, a capital do Rio Grande do Norte não se restringe à badalada Praia de Ponta Negra. Quem passa pela cidade não pode deixar de lado uma visita às Dunas de Genipabu. Mesmo para aqueles que não gostam da aventura proporcionada pelo passeio de buggy nos morros de areia branca, vale a pena criar coragem para conhecer a paisagem.
Os passeios são oferecidos por agências de turismo, e todos os motoristas são credenciados após passar por um curso da Secretaria de Turismo do estado. Um passeio de buggy pela Costa das Dunas custa em média R$ 450, valor que pode ser dividido entre até quatro passageiros. Os preços podem variar durante a alta temporada, de dezembro a março.
Com 70 quilômetros (considerando a ida e a volta), o trajeto inclui todas as praias urbanas de Natal. No caminho, a exuberância do litoral nordestino é marcante mesmo para os brasileiros mais viajados. É possível dar um mergulho nas lagoas que brotam no local, como a de Pitangui e ter um momento de adrenalina no “esquibunda” na Lagoa de Jacumã.
Conhecido como Rota do Sol, o caminho que leva ao litoral sul do Rio Grande do Norte também merece ser explorado, a partir de Natal. O trecho, que vai até Tibau do Sul, reserva algumas das paisagens mais bonitas da região, como a Praia de Camurupim. Os corais formam piscinas naturais e o desenho da praia se transforma ao longo do dia, de acordo com a oscilação da maré. Antes de chegar à praia, a Parada dos Golfinhos é uma boa chance para os visitantes que quiserem admirá-los. Principalmente pela manhã, é possível avistar grupos deles nas águas.
Berço do Brasil
Não apenas de mar e sol vive o potiguar. A Grande Natal também reúne riquezas culturais e históricas de vários períodos do Brasil. Um pouco dessa história é contada pelo guia e historiador Ítalo de Araújo num passeio de catamarã pelo Rio Potengi, que banha a capital do estado.
Num pôr do sol regado a drinques e música ao vivo, Ítalo defende que, diferentemente do que diz a História, os portugueses chegaram primeiro a Touros, no Rio Grande do Norte, e não a Porto Seguro, na Bahia. Um dos argumentos é que Touros, num dos extremos do Brasil, é o local do país mais próximo da Europa. Não à toa, a Secretaria de Turismo do estado, com apoio do Sebrae-RN, tem investido no mote “Tudo começa aqui”. O passeio explora um pouco da história colonial brasileira.
Às margens do Potengi também será inaugurado um novo complexo histórico da capital potiguar: o Museu da Rampa. O local serviu como base para partida de aviões americanos para lutar na Segunda Guerra Mundial. Foi ali que o presidente Getúlio Vargas recebeu, em 1943, a visita do chefe de Estado americano à época, Franklin Roosevelt, para falar sobre uma possível participação mais efetiva do Brasil no conflito. A expectativa é que o museu seja inaugurado ainda este ano e atraia tantos turistas quanto o Museu do Amanhã, no Rio, já que também está localizado às margens de uma paisagem natural.
— A nossa ideia é de que o museu faça parte da história do estado, resgatando as memórias da participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial — afirma Aninha da Costa, secretária de Turismo do Rio Grande do Norte.
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Parabéns família BG pela materia referente ao Turismo Potiguar.abs Roberto lira bugueiros 001
Fiquei fascinado com a ideia desse roteiro, moro em Guaraí/TO e amo o Nordeste Brasileiro.
Pode ser feito em carro convencional ou somente 4×4