Turismo

Saiba quais países não exigem quarentena para turistas brasileiros vacinados

Plaza de España, no Parque Maria Luisa, em Sevilha, na Espanha Foto: Eduardo Maia / O Globo

Desde a terça-feira (24/8), a Espanha se juntou à lista de países que aceitam a entrada de turistas brasileiros totalmente vacinados em seu território sem precisar de quarentena. Outra notícia boa é que o governo espanhol não faz restrição de imunizantes, como faz a França, por exemplo, e aceita qualquer vacina aprovada pela OMS, incluindo a Coronavac. A seguir, confira uma lista de países que também não exigem quarentena para brasileiros vacinados com as duas doses (ou com dose única, se for o caso do imunizante).

Onde a vacina isenta de quarentena

Europa

Alemanha. Brasileiros que tomaram as duas doses das vacinas de Pfizer, Moderna e AstraZeneca (inclundo a Covishield, fabricada na Índia e também distribuída no Brasil) e a dose única da Janssen, há pelo menos 14 dias, podem entar no país sem quarentena. Recuperados da Covid-19 que tenham tomado uma dose também. A Coronavac está fora da lista de imunizantes aceitos.

Espanha. Brasileiros totalmente vacinados podem entrar sem necessidade de quarentena ou teste negativo para Covid-19. O país está aceitando comprovação de qualquer imunizante aceito pela Organização Mundial de Saúde (OMS), incluindo a Coronavac, desde que a vacina tenha sido aplicada 14 dias antes da viagem, no mínimo.

Finlândia. Sem quarentena para brasileiros completamente vacinados com qualquer um dos imunizantes aplicados pelo SUS, 14 dias antes da viagem.

França. Viajantes totalmente vacinados com imunizantes de AstraZeneca, Pfizer, Moderna (sete dias depois da segunda dose) e Janssen (28 dias depois da dose única) não precisam fazer quarentena. A Coronavac ainda está fora da lista.

Irlanda. Passageiros que chegam do Brasil, que está na lista de países considerados de alto risco pelas autoridades irlandesas, podem entrar sem quarentena se tiverem sido completamente vacinados com Pfizer (sete dias antes da viagem), Moderna e Janssen (há 14 dias) e AstraZeneca (15 dias). Além do certificado de vacinação, o viajante deve apresentar um teste RT-PCR negativo para Covid-19, realizado até 72 horas antes da chegada.

Islândia. Permite a entrada de brasileiros vacinados com todas as marcas autorizadas pela OMS, como AstraZeneca, Pfizer, Coronavac e Janssen, 14 dias após a segunda dose (ou dose única). É necessário também apresentar um teste PCR negativo feito 72 horas antes da chegada.

Suíça. Pessoas vacinadas totalmente com AstraZeneca, Janssen, Moderna, Pfizer, Sinovac e Covishield não precisam de quarentena para entrar no país.

Américas

Anguilla. Permite a entrada, sem restrições, de brasileiros que completaram sua vacinação com AstraZeneca, Pfizer, Janssen ou Moderna, 21 dias antes da chegada.

Canadá. A partir de 7 de setembro, o país norte-americano abrirá as fronteiras para brasileiros totalmente vacinados. Serão aceitos os imunizantes AstraZeneca (incluindo Covishield e Fiocruz), Pfizer, Janssen e Moderna. Coronavac está fora da lista por enquanto.

Ásia e África

Costa do Marfim. Exige exame PCR negativo feito em até 7 dias, sem obrigação de quarentena para visitantes vacinados.

Jordânia. Não exige quarentena de visitantes totalmente vacinados.

Mali. Não exige quarentena de estrangeiros vacinados desde que seja apresentado um PCR negativo feito, pelo menos, 72 horas antes da chegada ao país.

Qatar. Brasileiros totalmente vacinados com Pfizer, AstraZeneca, Moderna e Janssen 14 dias antes da chegada podem entrar sem a necessidade de quarentena ou teste na chegada. Quem tomou outras vacinas, como a Coronavac, também está sendo aceito, mas precisa fazer um teste de antígeno no aeroporto.

Tailândia. Brasileiros totalmente vacinados não precisam passar por quarentena para entrar no país.

Onde a vacina substitui outras exigências

Bahamas. O arquipélago está aberto a todos os brasileiros, mas aqueles que tiverem concluído sua vacinação contra a Covid-19 com Pfizer, Moderna, Janssen e AstraZeneca 14 dias antes da viagem estão isentos de apresentar o teste PCR negativo, realizado até cinco dias antes do embarque, que é obrigatório aos demais.

Costa Rica. Quem tiver tomado a segunda dose, ou dose única, de Moderna, Pfizer, AstraZeneca e Janssen há 14 dias não precisa contratar o seguro de viagem com cobertura contra Covid-19, uma das únicas exigências de entrada no país. Também não há necessidade de quarentena nem teste negativo.

Egito. Viajantes totalmente vacinados não precisam apresentar teste PCR negativo para Covid-19 na entrada.

Equador. Quem tiver tomado, há 14 das, a segunda doise ou a dose única de qualquer vacina poderá entrar sem a necessidade de comprovante de teste PCR.

República Dominicana. Brasileiros que concluíram sua vacinação contra a Covid-19, com qualquer imunizante, até 21 dias antes da viagem, podem entrar sem necessidade de teste PCR negativo, feito com 72 horas de antecedência.

Ucrânia. Não exige quarentena para estrangeiros vacinados com qualquer imunizante aprovado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Quem apresentar comprovante de vacinação também está isento do teste PCR.

As vacinas aceitas

A lista de vacinas aceitas por cada destino varia, mas em geral leva em consideração aquelas aprovadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e por agências sanitárias de países como Estados Unidos e da União Europeia. Entre elas, as que aparecem com mais frequência são as dos laboratórios Pfizer/BioNTech, Moderna, Janssen e AstraZeneca. No caso desta última, alguns países especificam a vacina, produzida no Brasil pela Fiocruz, por seu nome local, que pode ser Covishield, se tiver sido importada da Índia, ou Vaxzevria, sua marca na Europa.

Vacinas dos laboratórios chineses Sinopharm e Sinovac (a Coronavac envasada pelo Butantan) e a russa SputnikV já foram aprovadas pela OMS, mas ficam de fora da lista da Agência Europeia de Medicamentos e de alguns destinos, como Anguilla, no Caribe. Isso não significa que sejam menos eficazes nem justifica a escolha nos postos de saúde, destaca a médica infectologista Sylvia Lemos Hinrichsen, consultora de biossegurança da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBIn):

As companhias aéreas são a primeira barreira de checagem do certificados de imunização. Em geral, os funcionários nos aeroportos aceitam os comprovantes em papel que a pessoa recebe no local de vacinação.

O mais seguro, no entanto, para evitar problemas com os agentes da imigração, é que o viajante apresente também o certificado gerado pelo aplicativo de celular Conecte SUS, que, além de ser reconhecido como um documento oficial do governo brasileiro, pode ser emitido em inglês e espanhol, com informações como nome do fabricante, data de aplicação e lote. O app também apresenta resultados de testes feitos para Covid, realizados tanto em laboratórios particulares quanto na rede pública. No futuro, deve trazer informações sobre outras vacinas, como a da febre amarela.

O Globo

 

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