Diversos

Sonhos durante a quarentena estão mais vívidos e povoados por monstros, aponta estudo pioneiro, com participação da UFRN

Foto: iStock/Getty Images

A data: 21 de março de 2020. “Estou no meio de uma floresta. É inverno, com neve acumulada no chão, mas o ar está quente. Sinto uma dor no ombro direito e vejo um enorme inseto parecido com um gafanhoto, que já roeu o tecido do meu suéter e agora arranha minha pele. Depois, um verme branco e fino aparece em meu quadril. Seu toque é como ácido. Alguém diz que todos são imunes a esses seres, mas preciso sair daqui. Ao acordar, me dou conta da dor no quadril, onde o verme estava.” Trata-se, claro, de um sonho — um dos 9 000 compilados no livro Pandemic Dreams (Sonhos da pandemia), de Deirdre Barrett, psicóloga da Universidade Harvard e coautora de um estudo pioneiro sobre o que os indivíduos sonham desde que a Covid-19 passou a fazer parte do cotidiano coletivo. Ao menos cinco outros projetos em diferentes fases de andamento, inclusive no Brasil, estão analisando como a doença contaminou não só o corpo de 70 milhões de pessoas, mas também o inconsciente dos seres humanos.

Os primeiros resultados apontam para sono mais agitado, sonhos mais vívidos e constantes referências a monstros, a tristezas e, sem surpresa alguma, a uma certa mania de limpeza. Além das noites inquietas, mudanças de hábito como isolamento, uso de máscara e falta de contato físico se refletem em sofrimento e confusão de sinais. “As situações traumáticas costumam gerar um excesso de estímulo, porque desacomodam o indivíduo e requerem uma nova organização mental”, explica Rose Gurski, psicóloga da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e coordenadora do projeto Sonhos em Tempos de Pandemia, junto com a UFMG e a USP.

O histórico do Google, testemunha da sociedade conectada, mostra que as buscas este ano de “por que estou tendo sonhos esquisitos” aumentaram 80% nos Estados Unidos. Aqui, a pesquisa de “como parar de ter pesadelos” cresceu 160%. Segundo Deirdre, os sonhos destes tempos estranhos ou fazem referência direta à Covid-19 (a muito citada angústia de se descobrir nu em público é replicada no temor de se ver sem máscara, por exemplo), ou pendem para o fantástico (o vírus invisível toma a forma de insetos e vermes). A ciência já demonstrou que o conteúdo dos sonhos tem contribuição decisiva para o bem-­estar das pessoas. Reviver no sono acontecimentos traumáticos ajuda a controlar a memória deles, promovendo uma espécie de aprendizado — mais ou menos como na digestão, extraindo o que é benéfico e livrando-se das toxinas. Também os pesadelos têm sua função, treinando respostas para determinadas situações. “A quantidade de sonhos bizarros e assustadores durante a pandemia confirma essas premissas”, diz Natália Mota, pesquisadora do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que desenvolve o estudo “Sonhando durante a pandemia de Covid-19”. Por já compilar sonhos desde antes da crise, a pesquisa pode comparar as mudanças no inconsciente dos indivíduos. “Os temas da morte, segurança pessoal e perdas — do carro, do endereço de casa, da memória — aparecem de múltiplas formas”, relata Natália.

Inspirado na descrição de Sigmund Freud (pai de todas as inferências oníricas) de que os sonhos atuam como vigias noturnos que ajudam a preservar a integridade da mente, o Museu de Londres é a primeira instituição do gênero a planejar um acervo de sonhos na pandemia, o Guardiões do Sono. O projeto se encaixa em uma iniciativa maior, Collecting COVID, que se propõe a registrar as características destes tempos extraordinários para as gerações futuras. A coletânea de sonhos tem como ponto de partida uma pesquisa realizada pelo King’s College, de Londres, em junho deste ano, que aponta que metade dos britânicos relata sono mais perturbado desde que o vírus apareceu. Dois em cada cinco dormem menos horas por noite e três em cada cinco dormem mais horas, mas se sentem menos descansados. “Isso gera um ciclo difícil de quebrar. O stress elevado perturba o descanso, enquanto o sono precário afeta a resiliência mental”, frisa Ivana Rosenzweig, diretora do Centro de Sono e Plasticidade Cerebral da universidade.

A tendência de os sonhos apresentarem conteúdos semelhantes de uma forma coletiva já havia sido constatada em outras situações traumáticas, como nas semanas que se seguiram aos atentados terroristas de 11 de setembro, nos Estados Unidos. “O sonho reside no limiar entre o sujeito e o coletivo, revelando que os problemas sociais também são resolvidos no espaço mais íntimo de cada um”, diz Natália, da UFRN. Deirdre, a psicóloga de Harvard que também estudou os padrões oníricos dos muçulmanos durante a Primavera Árabe e dos prisioneiros de guerra em campos de concentração nazistas, concorda: as imagens e associações de ideias similares revelam, nos dias de hoje, uma espécie de “inconsciente coletivo” da pandemia. “Estamos enfrentando os mesmos medos, por isso apresentamos conteúdos parecidos”, explica. Os braços de Morfeu não andam nada reconfortantes. Mas, em breve, tudo isso vai passar.

Veja

Opinião dos leitores

  1. Eu sonho que sou um vaqueiro e açoito o lombo de um rebanho muito teimoso…
    Em alguns dias da semana, marcamos com ferro quente o lombo de alguns também.

    1. Arruma um emprego de verdade que logo passa , sua quadrilha PTralha foi expulsa pelo maior roubo da história da humanidade, gado , feno , coisa de VAGABUNDO , vocabulário chulo, vamos lá , tome um banho , faça a barba , procure a carteira de trabalho ( ela é azul ) a vá para frente do SINE , talvez consiga

    2. "Apois" eu já sonho com vc nu correndo atrás de mim critando… – agora é minha vez, agora é minha vez!!!

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Comportamento

“PRIMEIRO TESTE, DEPOIS MOTEL”: Pesquisa diz que mesmo com pandemia, ‘passar do tempo’ foi crucial para que os infiéis voltassem à pista da traição

Foto: iStock

Se a vida dos solteiros já ficou mais complicada em 2020, imagine a de quem é casado, mas adora uma escapada casual. Em meio ao isolamento social e convivendo por mais tempo com o cônjuge, ficou mais difícil sair de casa sem uma boa justificativa — e quase impossível conhecer pessoas novas sem correr o risco de adoecer ou colocar os demais membros da residência em perigo.

Porém, de acordo com dados da plataforma Eveeda, voltada para mulheres e homens que buscam envolvimentos extraconjugais, o passar do tempo foi crucial para que os infiéis voltassem à pista da traição: em junho a empresa realizou uma pesquisa entre os usuários brasileiros e constatou que 76% deles haviam parado de procurar por novos parceiros desde o início da pandemia. Cinco meses depois, em novembro, o número caiu para apenas 27%.

Ou seja: ainda que as mortes causadas pelo coronavírus estejam aumentando no país, muitos consideraram que vale a pena correr o risco.

Duplamente perigoso é mais gostoso?

A pesquisa conduzida pelo site revelou que uma das principais motivações para as puladas de cerca é o frio na barriga: 87% dos usuários responderam que ter um caso na pandemia desperta neles a sensação de adrenalina.

É o caso de Carolina*, de 44 anos, que tem dois filhos. Ela sente que tem uma família feliz, mas que não pode dizer o mesmo do seu casamento. “Tenho certeza de que fui e continuo sendo traída, mas preferi não me divorciar. Não gostaria que meus filhos tivessem os pais separados e temos uma vida financeira estável”, conta.

Ela afirma ainda que começou a trair há sete anos, quando percebeu as evidências da infidelidade do companheiro. No início, conhecia outros homens em bares e na academia, mas hoje seu principal recurso é a internet, por onde já conheceu três parceiros.

Quando a quarentena começou, escolhi apenas um deles para continuar tendo encontros casuais. Não temos nada sério, mas acabamos nos tornando fixos. Quando temos algo marcado, digo ao meu marido que vou participar de um happy hour com as colegas de trabalho ou que vou ficar até mais tarde por lá, já que minhas atividades estão acontecendo presencialmente”.

Apesar disso, Carolina confessa que está ansiosa para que a vida volte ao normal, pois assim poderá variar os amantes como costumava fazer, sem se preocupar em adoecer.

Sede de aproveitar a vida

Quem também decidiu arriscar foi Joana*, que é casada há 20 anos e tem um filho. “Geralmente, quem casa acredita que vai ficar só com aquela pessoa para o resto da vida. Mas o passar dos anos nos torna solitários, carentes”, opina. Ela relembra que o primeiro encontro que teve através da plataforma foi agradável. “Fomos a um restaurante, pedimos um vinho e, depois de algum tempo de conversa, decidimos ir para um motel. Foi maravilhoso”.

A quarentena não a impediu de seguir traindo: reduziu o número de saídas, mas depois de um tempo de conversa com um dos pretendentes, marcaram de se conhecer pessoalmente.

Cada um de nós fez um teste de farmácia e mostrou o resultado para o outro. Só então fomos para um motel”, conta.

Mesmo o teste de farmácia não sendo o mais indicado para esse tipo de situação, uma vez que mostra apenas se a pessoa já desenvolveu anticorpos ao coronavírus — e não se ela está infectada e transmitindo a doença naquele momento — ela garante que se sentiu mais segura. “No fim, temos que aproveitar as oportunidades da vida. Ela passa muito rápido”, justifica.

Quem escolheu esperar

Mônica* tem 32 anos e é psicanalista. É casada há 2 anos, mas está em uma relação séria com seu marido há 15. Ela se considera feliz. “Estou com uma pessoa a quem admiro e amo. Tenho conversas agradáveis com ele e consigo imaginar nós dois envelhecendo juntos”, garante. Ela questiona, no entanto, a monogamia. “Conversamos muito sobre sexo e formatos de relação, mas ainda não conseguimos nos rotular como um casal aberto. Não acredito que ele tenha uma amante fixa, mas sei que não deixaria uma aventura escapar, assim como eu”, reflete.

Monica saiu com outros homens enquanto namorava. “Desenvolvi relações amigáveis, mas sempre tentei evitar o clima de romance”, diz. Ela experimentou o site depois depois de se casar, mas ainda não conseguiu se encontrar com alguém.

“Iniciei algumas conversas, mas não tive coragem de um encontro presencial. Provavelmente só aceitaria fazer isso se já tivesse intimidade com a pessoa e soubesse que ela está adotando o isolamento social e tomando as medidas necessárias para se prevenir. Como não conheço alguém com esse perfil, decidi esperar mais alguns meses”, afirma.

*Os nomes foram trocados a pedido das entrevistadas.

Universa – UOL

Opinião dos leitores

    1. Pra acabar de completar, Obama disse que ele é ladrão.
      Rsrsrs

  1. Respeito e consideração começa em casa, na família. Se um dos cônjuges traí o outro como pode ter moral para falar de políticos desonestos. A família deveria ser uma entidade sagrada, se pensassemos assim teríamos um Mundo melhor de se viver.

  2. O molusco de 9 dedos levava a amante no avião presidencial nas viagens, inclusive as internacionais.

    1. Que irônico! O gado já tem "gáias" por natureza! Múuuuu!

    1. Kkkkkkkkk
      E tem muitos outros bolsonaristas que estão fazendo o mesmo.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

“Estão quebrando o setor de hospedagem e alimentação”, afirma presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do RN

Foto: Divulgação

O Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Rio Grande do Norte (SHRBS-RN) lamentou a decisão da Justiça que suspendeu as festas privadas de réveillon em Pipa e São Miguel Gostoso, dois dos principais destinos turísticos do estado. “Estão quebrando o setor de hospedagem e alimentação”, afirmou.

Além disso, apoiou os empresários e comerciantes que protestaram nesta sexta-feira (18) contra a decisão judicial.

Para o presidente do SHRBS-RN, Habib Chalita, proibições como essa fragilizam o turismo potiguar, um dos mais importantes segmentos do estado. “Qual a justificativa concreta para essas decisões? O que é preciso fazer para que possamos trabalhar?”, questionou.

Ainda segundo Chalita, os setores de alimentação, hospedagem e eventos têm atuado dentro dos mais rígidos protocolos de saúde e, mesmo assim, são penalizados por questões que “desconhecemos os fundamentos concretos para isso”. “Não se pode tratar iniciativa privada como bandido”, declarou.

Ele reforçou que o Sindicato tem acompanhado de perto os decretos e decisões a respeito dessa situação envolvendo o setor de hospedagem, alimentação e eventos em busca de soluções junto ao Poder Público.

Opinião dos leitores

  1. Até onde entendi a decisão apenas proibia a festa, e não o funcionamento de hoteis e restaurantes.

    1. Isso, aí sem atrativos de um evento… Não terão turistas! Muito inteligente. Aí abrem, não vem ninguém e tá tudo certo!

      Certeza que é funcionário público!

  2. Eu só acho, que empresas afetadas por decisões (seja pela prefeitura, governo estadual, federal ou judiciário) afetadas de forma intermitente pela COVID, seja beneficiada ( uma média de ganha anula de sua renda) automaticamente pelo governo do qual paga impostos, para manter esse período do seu comércio fechado…simples.

    Fechou 30 dias? Lucrava quanto por mês..100 mil (governo paga).Patrão paga funcionários, tudo mundo feliz….comércio agradece….acaba com esse auxílio e foca somente no nicho que ta fechado e da benefícios pontuais, esses empresas precisam…e os médicos agradecem.

  3. A intenção da esquerda é essa, quebrar a economia, levar empresário e empresas à falência e nivelar todos por baixo.
    #Bolsonaro tem razão

    1. Tio, nem todo juiz é de esquerda e muito dos que assinaram esses impedimentos não estão nesse espectro político. Seus delírios fantasiosos estão cada dia maior, precisamos ir a um médico.

  4. Todos os órgãos aparelhados. A intensão é quebrar de vez a economia., começando pelo turismo. Cambada de malditos. ?????

  5. Estão ficando doidos? Não estão vendo que as unidades hospitalares privadas estão lotadas e as públicas estão nesse caminho?

  6. Veja bem…sei que se precisa trabalhar pra ter seu sustento, só que… A situação tá feia, são inúmeras pessoas morrendo por causa das pessoas que não respeita o distanciamento, por mas que se fale que tem todo o cuidado mas depois de bebo já não se tem, aí depois com uma semana tudo morrendo e a culpa e de quem? Pq e só isso que sabem falar. Cara… Hoje se perde não abrindo pra esse evento, mas lá na frente se ganha muito mas evitando. Eu estou doida pq não irei por causa dessa doença, mas sei que posso estar viva até lá. Mas quem e dno de comércio não ver se eu ou vc vai pegar, ele que só o ganha pão deles. Desculpa falar assim mas e o que penso cada um tem sua forma de pensar e não discordo se alguém prefere que tenha, casa um sabe o seu caminho. Abraço

    1. Pergunta: quantos morreram por falta de leito atualmente? Pare de ver a Globo

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

‘Vacinação gratuita, voluntária e em massa’ é o que o país precisa para que a “asa da saúde bata ao mesmo tempo da asa da recuperação econômica”, diz Guedes

Foto: Marcos Corrêa/PR

O capítulo mais importante no combate à pandemia de covid-19 está para começar com a vacinação em massa, disse há pouco o ministro da Economia, Paulo Guedes. Em apresentação do balanço de fim de ano da pasta, ele defendeu a liberação de R$ 20 bilhões para o programa de imunização.

“O capítulo mais importante vem agora, que é a vacinação em massa. São mais R$ 20 bilhões para a vacinação em massa dos brasileiros”, declarou o ministro. Guedes defendeu que a imunização seja opcional, mas ressaltou que as vacinas são importantes para sustentar a retomada da economia, garantindo a volta da população ao trabalho presencial.

“O retorno seguro ao trabalho exige a vacinação em massa da população brasileira. É uma vacinação voluntária e o que o governo tem que fazer é disponibilizar todas as vacinas para a população de forma voluntária e gratuita. Qualquer brasileiro pode escolher a vacina que ele quer tomar, não paga pela vacina e escolhe a vacina se quiser tomar. Essa vacinação gratuita de forma voluntária para os brasileiros é o que nós precisamos para que a asa da saúde bata ao mesmo tempo da asa da recuperação econômica”, afirmou.

Auxílio emergencial

O ministro elogiou o auxílio emergencial. Segundo Guedes, o Brasil privilegiou a proteção da população no início da pandemia e conseguiu implementar um programa de transferência de renda mais rápido que muitos países, promovendo a inclusão bancária por meio da tecnologia. “Diversos países desenvolvidos ainda mandam cheque para a casa das pessoas”, disse.

Emprego

Guedes também elogiou o programa de suspensão de contratos e de redução de jornada durante a pandemia, que segundo ele, ajudou a preservação do emprego formal. Ele citou as estatísticas do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que registra as contratações e demissões de postos com carteira assinada, e disse que o país pode encerrar o ano zerando a perda de empregos registradas durante a pandemia de covid-19.

De janeiro a outubro, o Caged registrou a perda de 171,1 mil postos de trabalho formais. Até setembro, a eliminação de vagas estava em 558,6 mil. “Não sei se conheço outros países que conseguiram [em 2020] manter 33 milhões de empregos formais”, declarou.

Guedes citou ainda o programa de crédito que ajudou cerca de 650 mil micro, pequenas e médias empresas e também mencionou ajuda a setores da economia, como aviação, como fatores que também ajudaram na preservação de empregos.

Reformas

Apesar do aumento de gastos públicos em 2020, Guedes reiterou a defesa do compromisso com as reformas estruturais depois da pandemia. Destacou que, mesmo com a paralisação das discussões no Congresso nos últimos meses, a equipe econômica conseguiu recentes vitórias, como a aprovação da nova Lei de Falências, do projeto de ajuda a estados em troca de um plano de ajuste fiscal, da liberalização da navegação de cabotagem e da autonomia do Banco Central (aprovada pelo Senado e em discussão na Câmara).

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Aliás, depois que o indigitado saiu, a curva ascedente de óbitos se estabilizou?
    É só uma correlação, viu? Relação de causalidade? Quem sabe.
    A se pensar.

  2. Ou seja, Mutreta pulou fora (ou foi 'pulado') quando a bomba (igual ao resto do Mundo) estava explodindo.

  3. Vc compara períodos em que uma das médias comparada parte praticamente do zero, cotejando com uma área de platô. Compara o periodo de ascenção com o de estabilidade em mortes diárias.
    aliás, nisso o pior foi lá por fins de julho. Bem 'honesta' a sua comparação.

  4. Hô Véio macho é Paulo Guedes.
    A vacina vai ser gratuita, disponibilize logo e pare de pagar auxílio emergencial, o governo vai economizar E deixe que os governos estaduais e municipais se virem, para manter a máquina pública.
    #Bolsonaro tem razão

  5. O ministro acordou inspirado . O governo de Tonho deu uma guinada depôs da ação profícua , rápida e eficiente do excelente governador Dória . Tonho está uma manteiga . Antes tarde do que nunca .

  6. Em *03/06* o atual ministro da saúde do Brasil foi nomeado como interino. Certo? CERTO!
    Nesse dia o Brasil tinha um acumulado*32,5 mil óbitos por covid registrados.
    Considerando que a primeira morte foi registrada em 12/03* conta mais ou menos 81 dias entre as duas datas.
    Se dividirmos 32500/81, pelas continhas dá 401 mortes/dia, em média só por covid 19.
    Se contarmos que de 04/06 até hj 17/12, se passaram 193 dias e o Brasil tem mais 152,3mil óbitos registrados por covid19, fazendo novamente as continhas….?
    152300/193, dá 789 mortes/dia, em média.
    Comparando, até hj, se nada mudou na matemática 783 é quase o dobro de 401.
    Ou seja, comparando o periodo antes e depois da nomeação do ministro Pazuello e considerando o advento de "tratamentos precoce" com a Cloroquina, Ivermectina, terapia com Ozônio e outras cositas más no mesmo periodo, o número médio de mortes/dia por covid 19 praticamente DOBRIU, na atual gestão da pasta Ministério da Saúde.
    Se isso significa que o presidente tem razão na forma como está conduzindo a crise do covid19, não sabemos mais o que significa ele estar errado.
    Chega logo vacina!

    1. Quando eu vejo essa campanha ignomioosa contra a cloriquina e outros medicamentos (ozônio é só um espantalho de picaretas que tentam jogar na mesma vala medicamentos empricamente válidos) para uso PRECOCE, a gente sabe que é politica mesmo que está de discutindo com gente insidiosa. E comparar o período de ascenção da doença com o de platô é pura vigarice.
      Vai ver as mortes per capita na Europa.

    2. Vc compara períodos em que uma das médias comparada parte praticamente do zero, cotejando com uma área de platô. Compara o periodo de ascenção com o de estabilidade em mortes diárias.
      aliás, nisso o pior foi lá por fins de julho. Bem 'honesta' a sua comparação.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Educação

Governo de SP vai retomar aulas

O governador João Doria vai anunciar nesta quinta-feira, 17, que as escolas públicas e particulares poderão continuar abertas mesmo se o Estado estiver na pior fase da pandemia, a etapa vermelha. Hoje, a educação só pode voltar na fase amarela, a que todas as regiões paulistas estão agora. Dessa forma, mesmo que a situação da transmissão do coronavírus e de hospitalizações fique mais grave em fevereiro, no retorno das férias, as escolas poderiam voltar com 35% dos alunos presencialmente, segundo o Estadão apurou.

A autorização será para que as escolas possam dar aulas regulares e não apenas atividades extracurriculares, como foi permitido até agora pela Prefeitura para a maioria das séries.

Na fase vermelha, apenas os serviços essenciais poderiam funcionar até então, como supermercados e farmácias. Com a mudança, o governo segue o que fizeram países europeus durante a segunda onda da pandemia. França, Alemanha, Reino Unido e Portugal, por exemplo, fecharam bares, restaurantes e parte do comércio, mas permitiram que as escolas continuassem funcionando. Nova York também reabriu as escolas poucos dias depois de fechá-las no mês passado após forte pressão de cientistas e de pais.

O governo agora deve permitir que 100% das crianças voltem presencialmente quando o Estado estiver na fase verde, 70% na fase amarela e 35% na vermelha. Até então, todos os alunos só poderiam ir à escola quando se chegasse à etapa azul, chamada de “novo normal”. Outra diferença é que o plano será regionalizado, ou seja, se uma região do Estado estiver na fase verde, ela pode abrir mais que outra na fase amarela, por exemplo. Antes, a educação tinha que ser flexibilizada da mesma forma no Estado todo.

Mesmo com a decisão do Estado, as prefeituras podem ser mais restritivas quanto à abertura das escolas nos municípios, como já ocorreu na capital. Mas o decreto paulista afirmará que as cidades devem publicar a razão da restrição maior na educação para que ela seja efetiva.

O movimento de valorizar as escolas como atividade essencial tem crescido no mundo nos últimos meses de pandemia, com o entendimento de que deixá-las fechadas por muito tempo causou enorme prejuízo às crianças e à sociedade. Ajudaram nessas novas decisões o fato de as pesquisas científicas publicadas demonstrarem baixas contaminação e transmissão em ambientes escolares.

Pesquisa feita por entidades de escolas particulares em São Paulo mostrou que 86% das escolas não tiveram nenhum caso de covid desde que foram abertas, em setembro. Grupos de pais e de pediatras têm também liderado movimentos para que as escolas sejam reabertas no início do ano letivo. Em entrevista ao Estadão, o especialista Daniel Becker disse que manter as escolas fechadas em 2021 é um “crime contra a infância”.

A educação foi autorizada a funcionar em setembro pelo governo, com 35% dos alunos presencialmente. Na capital, no entanto, a Prefeitura só permitiu a abertura em outubro, com 20% da capacidade e apenas em atividades extracurriculares, como continua até hoje. Apenas o ensino médio foi autorizado em novembro a voltar a ter aulas, de fato, presenciais.

O novo decreto paulista também autoriza a educação superior a funcionar na fase amarela com até 35% das matrículas e, na verde, com até 70%. Cursos superiores específicos da área médica têm o retorno autorizado em todas as fases do plano.

O secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, é um defensor da ideia de manter o ensino aberto e tem dito que eventuais casos de contaminação não são “culpa da escola”. Há relatos de festas entre os estudantes fora do ambiente escolar que, segundo ele, contribuem para a transmissão.

Em coletiva, o secretário municipal de Educação, Bruno Caetano, disse nessa quarta-feira que a Prefeitura pretende que as escolas voltem presencialmente em fevereiro, mas a decisão depende ainda da situação da pandemia. Este mês, o prefeito Bruno Covas não autorizou mais flexibilizações que eram esperadas para a educação.

Estadão

Opinião dos leitores

  1. Pedir PRIORIDADE na vacinação para PROFESSORES que estão recebendo seus salários em casa, sem dar uma aula de verdade, parece PIADA.
    PRIORIDADE deve ser para quem seguiu TRABALHANDO na pandemia, pegando ônibus lotado, atendento a população, enfrentando a labuta diária, e não para quem estava ganhando seus salários em casa, sem correr risco algum.
    Muitos outras categorias de trabalhadores que seguem trabalhando na pandemia merecem muito mais prioridade.

  2. O que me chama atenção sobre os comentários dos "Especialistas científicos" que criticam que as escolas permaneçam fechadas é que nenhum defende que os trabalhadores em educação (todos) sejam prioridade inicial na sequência da população que tomará a vacina.

  3. Rapaz se tivesse como colocar em um ringue Bolsonaro e Doria eu seria o primeiro a compra o ingresso.

    1. O João Doria é um frouxo aquele senador major Olimpio o chamou para briga,mas ele ficou se tremendo com medo escondido atrás dos seguranças, esse João Doria só tem goga.

    2. Eu queria assistir um debate entre Lula e Fernandinho beira-mar. Em picaretagem Lula ganha.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

VÍDEO: Trabalhadores do backstage, técnicos de som, artistas e representantes de buffet realizam manifestação por liberação de eventos em Natal

Trabalhadores do backstage, técnicos de som, carregadores, pessoal de buffet, artistas e mais integrantes da área realizam na manhã desta segunda-feira(14) uma manifestação na capital potiguar reivindicando o direito de exercer a função em eventos durante a pandemia.

Indignados, representantes da classe se reunirão com o prefeito de Natal, Álvaro Dias. Na pauta, o questionamento de manifestações políticas permitidas durante campanha eleitoral, além da continuidade de eventos em feiras livres, bares, restaurantes e praias. Confira vídeo cedido:

 

Opinião dos leitores

  1. Ninguém tá pedindo aglomerações não, estamos pedindo condições melhores de trabalho, ou vcs acham que 50 pessoas numa festa bancan os custos? Não paga nem um Tecladista!

  2. Todos nós temos que nos readaptar, mudar nossa maneiráveis firma de trabalhar. Ou estes profissionais fazem isto ou irão desaparecer.
    Só não tem como agora voltar a ter festas como anteriormente tínhamos.
    Reinventar- se!

    1. É fácil vir aqui conversar breboto com a refeição de amanhã dos filhos garantida. Não seria melhor ficar calado? Esses profissionais querem a liberação, ninguém vai obrigar ninguém a ir pra festa!!! Se tiver medo de uma doença que mata 0,02% dos adultos abaixo dos 49 anos, FICA EM CASA, MAS NÃO TENTE PERTURBAR NEM GOVERNAR A VIDA DOS OUTROS BASEADO NA SUA COVARDIA.

  3. A prefeitura e o Governo do estado deveriam socorrer esse pessoal, já que os mandatários dos poderes falharam permitindo aglomerações durante a campanha eleitoral 5 milhões de reais que foram utilizados para compra dos respiradores, daria para socorrer esse pessoal.

  4. É contraditório numa materia se falar em pico da pandemia, e na outra manifestação pra pedir aglomerações.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Com juros baixos, crédito farto e quarentena, vendas de imóveis batem recordes em 2020

HORA DE COMPRAR - Bruna e Bruno conquistam o primeiro imóvel: oportunidade e circunstância – Lailson Santos/VEJA

Sob diversos aspectos, o ano de 2020 está sendo desafiador para a economia brasileira. Desemprego em alta, inflação crescente, consumo das famílias em queda. Como em tudo na vida, porém, há sempre o outro lado. Neste caso específico, são as vendas de imóveis que vão pelo caminho oposto. Em setembro, foram negociadas 13 438 unidades residenciais no país. É o maior número desde maio de 2014. No acumulado de nove meses do ano, as vendas estão 20% maiores do que no mesmo período do ano passado. E o número de empreendimentos sendo construídos também acelera. Depois da queda ocorrida em maio, em decorrência da pandemia, aproxima-se dos níveis de 2019.

O boom tem explicação: é um misto de circunstância e oportunidade. Em agosto, a administradora Bruna Contreiras e o marido, Bruno, compraram seu primeiro imóvel — um apartamento de 130 metros quadrados em São Paulo. Contrariando o clichê, o negócio não significou a realização de um sonho. O casal tinha dinheiro para investir e buscava uma aplicação rentável. Com escassas opções na renda fixa, veio a ideia de comprar a casa própria. “Inicialmente pensávamos apenas em não deixar o dinheiro parado”, diz Bruna. “Mas encontramos esse imóvel e resolvemos que não seria um investimento, e sim nossa moradia.” Na hora de fechar o negócio, a oportunidade amparou-se na circunstância: a taxa de juros nominal do Brasil está em 2% ao ano — sua mínima histórica —, o que tira a atratividade de investimentos ancorados nela, como fundos DI e títulos de renda fixa em geral. Na ponta da concessão de crédito, a mesma Selic forçou a redução dos juros do financiamento, fazendo com que as parcelas coubessem no orçamento de milhares de famílias. No caso de Bruna e o marido, as mensalidades ficaram abaixo da despesa de aluguel. Para efeito de comparação, em 2016 os juros nominais chegaram a 14,25% ao ano, o que levou o custo do financiamento a níveis estratosféricos.

A queda do custo do dinheiro incentiva as famílias a tomar novos empréstimos, e os bancos estão dispostos a concedê-los. Em outubro, os financiamentos imobiliários somaram quase 14 bilhões de reais. Os empréstimos cresceram 50% no ano. Somente a Caixa Econômica Federal acumula 500 bilhões de reais em crédito para o setor, outro número recorde. Os bancos privados também estão ofertando e colhendo resultados. No Santander, o volume subiu 15% nos últimos doze meses, aumento parecido com o registrado pelo Itaú no terceiro trimestre.

Foto: Reprodução/Veja

O empurrão que faltava — outro efeito da circunstância — veio com a quarentena. Impedidos de sair às ruas, muitos brasileiros resolveram olhar para dentro de casa e se deram conta de que um espaço maior e mais confortável cairia bem. “A pandemia trouxe necessidades adicionais, que estão impulsionando as pessoas a comprar novos imóveis”, diz Luiz França, presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). É o caso do gerente William Aguiar, que, em julho, trocou seu apartamento de 130 metros quadrados por outro com quase o dobro do tamanho. Ele precisava de mais espaço para si mesmo e para a família. Também fizeram diferença o pé-direito duplo da sala e o condomínio com piscina coberta e quadra de tênis.

As incorporadoras, portanto, não têm do que se queixar. No terceiro trimestre, o faturamento da Cyrela aumentou quase 60% na comparação com o mesmo período de 2019. “Houve preocupação no começo da pandemia, mas, quando retomamos os lançamentos, as vendas foram um sucesso”, diz Orlando Pereira, diretor comercial da Cyrela. Os novos projetos da incorporadora têm levado em conta as necessidades de uma vida em que a residência tem papel mais relevante para as pessoas. Aumentou a procura por unidades com áreas de coworking, lavanderia, recebimento de entregas e até com minimercados. Nos apartamentos decorados, mostrados nos lançamentos, há sugestões para decoração de escritórios residenciais. No segmento de alta renda, os vendedores atraem os clientes com o que há de melhor. O Boa Vista Village, novo reduto de endinheirados em Porto Feliz, perto da capital paulista, terá campo de golfe, centro equestre, piscina com ondas e até galeria de arte quando for finalizado. No terceiro trimestre, as vendas da JHSF, incorporada do empreendimento, triplicaram e a receita chegou a 300 milhões de reais.

A pujança deixou alguns investidores desconfiados. Afinal, o setor passou por um momento de euforia alguns anos atrás e a situação degringolou. Os bancos abriram as torneiras do crédito e as incorporadoras se endividavam para promover novos lançamentos — até que a crise de 2014 jogou o Brasil em dois anos de recessão. Resultado: algumas fecharam e muita gente perdeu dinheiro. A situação atual, garantem especialistas do setor, é completamente diferente. “As empresas estão muito menos endividadas do que antes”, diz Renan Manda, analista da corretora XP. Em outras palavras: elas aprenderam com o passado e não vão lançar imóveis em ritmo alucinado, criando uma oferta incompatível com a demanda.

As condições econômicas estão favoráveis à atividade imobiliária e o cenário aponta para um ciclo de crescimento mais duradouro. Cabe agora a cada interessado avaliar suas condições pessoais de crédito e capacidade de honrar o financiamento. Imóvel pode ser moradia, investimento ou ambos. Ele só não deve se tornar uma dor de cabeça para o comprador.

Veja

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

BRASILEIRO VAI ÀS COMPRAS: Comércio no país sobe pelo 6º mês seguido e vendas estão 8% acima do pré-pandemia

COMPRAS - Shopping em Brasília: máscaras e protocolos de segurança fazem parte da nova realidade Evaristo Sa/AFP

As vendas no varejo registraram o sexto mês consecutivo de alta, demonstrando a recuperação do setor. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 10, o comércio avançou 0,9% em outubro, crescimento maior do que o registrado em setembro, de 0,6%. Mesmo com a redução das parcelas do auxílio emergencial, de 600 reais para 300 reais, as vendas no mês não desaceleraram. Vale lembrar que outubro conta com uma data comercial importante, o Dia das Crianças.

Com mais esse resultado positivo, o nível de vendas no varejo está 8,0% superior a fevereiro, nível pré-pandemia. Em relação a outubro de 2019, o comércio cresceu 8,3%, alcançando a quinta taxa positiva consecutiva e a maior para um mês de outubro desde 2012 (9,2%). “Depois de quedas muito expressivas em março e abril, o varejo vinha em trajetória de crescimento, porém em ritmo de desaceleração – maio (12,2%), junho (8,7%), julho (4,7%), agosto (3,1%) e setembro (0,6%). Esse resultado de outubro mostra um repique para cima, que precisamos ter cuidado para avaliar como uma retomada da aceleração. No mínimo, mostra um fôlego da economia num patamar que já estava alto”, analisa o gerente da PMC, Cristiano Santos.

Entre as oito atividades pesquisadas, sete tiveram taxas positivas na comparação com setembro: Tecidos, vestuário e calçados (6,6%), Livros, jornais, revistas e papelaria (6,6%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3,7%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (2,3%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,9%), Combustíveis e lubrificantes (1,1%) e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,6%). Apenas o setor de Móveis e eletrodomésticos (-1,1%) recuou.

Recuperação das vendas

A retomada das vendas, que estão em um patamar acima do nível pré-pandemia, tem contornos bem peculiares sobre os hábitos de consumo do brasileiro durante o período da crise do coronavírus. O crescimento de venda nas categorias é bem desigual. Móveis e eletrodomésticos, por exemplo, estão 19% acima do nível de fevereiro, o que é explicado pelas pessoas passarem mais tempo dentro de casa e também da recomposição da renda com programas de auxílio. Hipermercados e alimentos, no entanto, cresceram a uma margem menor, de 6,1%. Enquanto isso, combustíveis registram queda de 4,7% se comparado com o nível pré-pandemia.

“Hiper e supermercados e Artigos farmacêuticos não tiveram suas lojas fechadas. Além disso, os mercados, logo no início da pandemia, absorveram parte das vendas de atividades que pararam. Já as atividades de Material de construção e Móveis e eletrodomésticos tiveram o impacto do componente renda, com o auxílio emergencial, que propiciou às famílias realizarem pequenas reformas e substituírem itens para a casa”, afirma o gerente da pesquisa.

Veja

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Educação

MEC autoriza ensino remoto enquanto durar pandemia de Covid-19

Foto: Alex de Jesus / O Tempo via Estadão Conteúdo

O Ministério da Educação (MEC) homologou a resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE) que afirma que as escolas públicas e particulares do país podem oferecer ensino remoto enquanto durar a pandemia de Covid-19. O documento foi motivo de intenso debate e aguardava aprovação desde outubro. Após uma longa negociação com o ministro Milton Ribeiro, o CNE tirou a data “31 de dezembro de 2021” do texto.

O ministro chegou a dizer aos conselheiros do CNE que vetaria o artigo que mencionava a extensão do ensino remoto, o que causou preocupação entre secretários de educação. Sem a resolução, havia uma lacuna sobre como as escolas poderiam operar em 2021, o que levaria à judicialização, já que a continuidade das aulas e atividades online é dada como certa no próximo ano. A intenção do governo federal, segundo fontes, é a de estimular uma volta presencial das escolas.

Depois dos embates, a resolução diz agora que “as atividades pedagógicas não presenciais […] poderão ser utilizadas em caráter excepcional, para integralização da carga horária das atividades pedagógicas” quando houver “suspensão das atividades letivas presenciais por determinação das autoridades locais” e “condições sanitárias locais que tragam riscos à segurança”. O documento se torna, assim, a mais importante resolução nacional sobre o assunto.

Ensino híbrido

Mesmo com uma eventual redução no número de casos do novo coronavírus, secretários de Educação afirmam que vai ser preciso ao menos usar o ensino híbrido. Isso porque os protocolos exigem distanciamento nas salas de aula. Para que os alunos fiquem a 1,5 metro um do outro, não é possível que todos estejam ao mesmo tempo presencialmente. Não há espaço suficiente na maioria das escolas.

O texto também se refere às universidades, mas esta semana o MEC editou portaria indicando que elas voltem ao ensino presencial em março de 2021. Segundo fontes, o governo pode, perto da data, prolongar esse prazo.

“Na prática, pode acontecer até dezembro, desde que as condições da pandemia exijam esse tipo de estratégia para garantir a aprendizagem para todos os alunos”, diz a presidente do CNE, Maria Helena Guimarães de Castro.

Ela explica que a aprovação é importante para que as escolas organizem um currículo contínuo, que leve em conta 2020 e 2021, já que muito deixou de ser aprendido durante a pandemia. “Isso só será cumprido se as escolas tiverem essa flexibilidade, de poder também fazer o ensino remoto, para poder oferecer os conteúdos e habilidades. Podem até ampliar a carga horária e para isso precisavam ampliar a oferta de aprendizagens.”

Reprovação e avaliações

A resolução regulamenta a Lei 14.040/2020 e não recomenda a reprovação este ano. Segundo o texto, as escolas devem “garantir critérios e mecanismos de avaliação ao final do ano letivo de 2020, considerando os objetivos de aprendizagem efetivamente cumpridos pelas escolas e redes de ensino, de modo a evitar o aumento da reprovação e do abandono escolar”.

Algumas redes públicas já anunciaram que juntarão os dois anos letivos, como forma de não penalizar estudantes que não puderam acompanhar o ensino online. Uma delas é a rede estadual de São Paulo, que abriu matrículas para um novo 4º ano do ensino médio para os alunos que quiserem continuar estudando em 2021.

Segundo o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Vitor de Angelo, a homologação da resolução “é um avanço em relação à posição anterior do ministério”.

“De um lado, porque garante autonomia às autoridades regionais e locais para decidir sobre a implementação do ensino remoto. De outro, porque, reconhecendo que a pandemia se estenderá por mais algum tempo, permite às redes estaduais e municipais um melhor planejamento de suas atividades para 2021, tanto do ponto de vista pedagógico como sanitário”, diz ele, que é secretário do Espírito Santo.

A resolução fala ainda que deve ser decisão dos pais ou responsáveis enviar ou não os alunos para aulas presenciais e que as avaliações são facultativas às escolas durante a pandemia. Mas os que decidirem manter os filhos em atividades remotas devem se comprometer em cumprir “atividades e avaliações”.

O texto não recomenda que os alunos recebam faltas, já que é impossível checar a frequência durante o período de aulas remotas porque, muitas vezes, os estudantes recebem vídeos para estudar no horário que escolherem.

O documento menciona também que todos os recursos de tecnologia podem ser empregados no ensino e cita inclusive redes sociais, como WhatsApp, Facebook, Instagram, “para estimular e orientar os estudos, pesquisas e projetos”.

CNN Brasil

 

Opinião dos leitores

  1. não tem condições de voltar, é só olhar os números, muita gente morrendo, tá pior do que a primeira onda…
    melhor se preparar para 2021 com ensino remoto, vacinar todos, 2022 volta normalmente.
    melhor do que ficar nesse vai e vem com PRESSA e a pandemia não passa nunca

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Denúncia

Servidores da saúde em São Bento do Trairi-RN acusam município por falta de pagamento de produtividade e dizem que recursos na pandemia são destinados para outros fins

Um servidor e uma servidora do município de São Bento do Trairi(distante 126 km de Natal), de identidades preservadas, entraram em contato com o Blog para apresentarem uma denúncia sobre o que a prefeitura municipal estaria fazendo com os seus servidores da saúde .

Segundo contam, os profissionais de saúde não pararam de trabalhar durante todo a pandemia paramos de trabalhar, e falam que estão há cinco meses sem receber por produtividade, além da queixa de não existir data de recebimento de salário.

” Estivemos lá como linha de frente, porém a gestão veem usando os recursos destinados à saúde para outros fins , recursos esses ate aprovados em lei municipal para uso exclusivo da saúde. 5 meses sem receber produtividade, além de não ter data certa de receber o salário. É revoltante. O que mais o governo federal tem mandado são recursos para o bloco da saúde, porém, em São Bento do Trairí a falta de respeito com os servidores é total”, contam em denúncia.

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Bolsonaro diz que governo se comportou bem em ano ‘dificílimo com pandemia’, e que buscam ‘com lupa possíveis defeitos’ e ‘de todas as maneiras desacreditar’

Foto: Alan Santos/PR

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira que “se comportou muito bem” durante a pandemia do novo coronavírus. A declaração foi dada durante almoço com oficiais-generais das Forças Armadas, no Clube da Aeronáutica. O Brasil tem 178 mil mortes provocadas pela doença.

— O Brasil olha para nós. Tem um presidente e um vice que são militares. Buscam com lupa possíveis defeitos. Buscam de todas as maneiras até mesmo desacreditar. E passamos neste ano um momento dificílimo com a pandemia. Juntamente com os nossos colegas, ministros civis, nos comportamos muito bem. Não só na questão da economia, bem como na busca de diminuir o sofrimento de nossos irmãos — afirmou.

Desde o começo da pandemia, o presidente minimizou os impactos da doença. Ele criticou medidas de isolamento social, aconselhada pela Organização Mundial da Saúde e por autoridades da área da Saúde, e defendia isolamento vertical — apenas para as pessoas de grupo de risco. Além disso, sugeriu o uso de medicamentos que não tem comprovação científica contra a Covid-19 para tratar a doença.

Bolsonaro elogiou o papel das Forças Armadas em crises que o país passou nos últimos dois anos. Ele citou especificamente a tragédia de Brumadinho (MG) no ano passado e o apagão no estado do Amapá.

– Começamos com uma situação muito triste, com o problema de Brumadinho. Outro problemas tivemos, o último a questão da energia elétrica no estado do Amapá. E quem, nos dois episódios, estavam na frente para buscar minorar a dor dos nossos irmãos eram os militares. Isso nos orgulha – afirmou.

O presidente disse ainda que os “momentos de conforto” que tem são porque sabe que, “em havendo qualquer imprevisto, as Forças Armadas estão prontas para cumprir com o seu dever e ajudar a população”. O presidente, no entanto, não explicou quais imprevistos seriam esses.

— Os momentos de conforto que eu tenho, em grande parte é pela certeza que,em havendo qualquer imprevisto, as Forças Armadas estão prontas para cumprir com o seu dever e ajudar a população — disse.

— Peço a deus que nós realmente tenhamos assumido esse governo para que não fiquemos eternamente, mas as nossas lições, nossos exemplos, os dois anos com qualquer indício de corrupção, realmente façam a diferença — completou.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Realmente! Todo dia, o dia todo, todo esse período fez apenas n a d a de proveitoso. Engana o povo brasileiro e o restante dos que acreditam nele (não são aqueles 57 milhões mais não) aplaude as merdas do dia: faz merda de manhã e tenta desmanchar à tarde.

  2. PARABÉNS PRESIDENTE, de fato a sua gestão à frente da pandemia foi EXCELENTE, sendo reconhecida por todos os brasileiros de bem, quando de forma corajosa combateu o PÂNICO que quiseram impor a população, que deixou muitos doentes de depressão ou até mesmo de problemas mentais.
    Quando socorreu com bilhões de reais os Estados e os Municípios, ajudando a estes a pagarem suas contas e manterem os salários de seus servidores.
    Quando ajudou as empresas a manter os empregados, salvando milhões de empregos.
    Quando socorreu milhões de brasileiros com o auxílio emergencial, tão necessário para a subsistência de muitos.
    Quando enviou respiradores para todo os Estados, ajudando a salvar muitas vidas.
    Quando não deixou a economia parar, permitindo que o país possa retomar rapidamente o crescimento, enquanto outros só repetiam fique em casa.
    Infelizmente os ESQUERDOPATAS são incapazes de reconhecer o bom trabalho realizado frente à pandemia e seguem com lupas procurando alguma falha que possam criticar,

    1. E os respiradores??
      Kkkkkk
      Quantos morreram sem fôlego??
      Com a palavra o consórcio Nordeste.

  3. Pode dizer bobagem, nove dedos e a anta eram PHD nessa materia, ser milico, Grosso, feio, mal vestido, surrado, só não pode ser ladrão. Votei no marginal do PT duas vezes, na Anta não votei, pois já tinha um odor putrido no ar, deixei de ser vesgo, além de ladrao, criminoso ( Celso Daniel e Toninho do PT, X9 na época da ditadura, filhos Ronaldinhos, Marisa Leticia culpada de tudo, Palocci safado e mentiroso, Leo Pinheiro, Marcelo e Emílio Odebrecht idem, Pedro Barusco, Nestor Cervero, país no buraco, tentou passar a perna na Anta (se ferrou), Petrobras falida, negócios escusos com ditadores, 10 empreiteiras e seus donos num cartel, STF aparelhado, Fórum de São Paulo um acinte a democracia, Porto de Mariel em Cuba, refinarias doadas, custo da refinaria de Abreu e Lima um graça, fundos de pensão falidos, e esses gatinhos vermelhos ainda veem perguntar por cheques de 89 mil é fazer piada.

  4. É incrível o egocentrismo deste senhor e sua equipe. Se fôssemos elencar os erros ou os dissabores que os Brasileiros tiveram com esta gestão levaríamos HORAS transcorrendo sobre o assunto. O que mais me impressiona é a quantidade de apoiadores que ainda existe. Logo logo virá alguém do Gado reclamar desse comentário.

  5. Tenho que concordar com o presidente.
    O governo se comportou satisfatoriamente, pq não fez nada do que o presidente falava. Na vdd, o governo se comportou contrariamente ao que o presidente pregava.
    Graças à Deus.
    Já o presidente esse sim, foi irresponsável, enquanto Deus usa os cientistas para trazer luz e cura pra essa doença o capeta usa o presidente pra expandir a infecção e ampliar a tragédia.

    1. Que malvado, né?
      Bastava ele não ter dito que era uma "gripezinha" que todas essas almas seriam poupadas.
      Ou não ter saído empurrando cloriquina na marra para as pessoas.
      Ou não ter saído para comer cachorro-quente sem máscara.
      Ou bastava ter imitado lockdown argentino.

    2. Quem estava resposável pelas ações da pandemia foram os governos estaduais e não o federal.

      E, no meio desses 180 mil tem até afogamentos, assassinatos, suicídios… me disseram que até aquele pessoal que morreu no ônibus já foi também pra conta do covid. O JN está já com a matéria pronta pra comemorar os 200 mil mortos!

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

China envolve o Brasil em tentativa de negar origem da pandemia em Wuhan

Foto tirada em 24 de novembro de 2020 mostra uma visão geral do Mercado Atacadista de Frutos do Mar de Huanan em Wuhan, na província de Hubei, na China.| Foto: Hector RETAMAL / AFP

A China, por meio de veículos de comunicação controlados pelo Partido Comunista, como é o caso do jornal Global Times, quer mudar a narrativa de que a pandemia de covid-19 tenha se originado em seu país. Neste domingo (06), em um esforço que parece ser coordenado, o jornal usou sua conta no Twitter para afirmar que o Centro de Controle de Doenças de Wuhan, cidade chinesa que foi o epicentro da pandemia, detectou o novo coronavírus em carne congelada importada do Brasil e do Uruguai.

Ao mesmo tempo, a principal reportagem do site do jornal traz a pergunta: “É possível que mercadorias importadas tenham causado o surgimento da epidemia de coronavírus em Wuhan?”

A “reportagem” afirma que a narrativa de que a epidemia começou em Wuhan é uma “acusação” de políticos do Ocidente e que a descoberta de sinais anteriores do vírus na América e na Europa faz surgir a hipótese de que a epidemia registrada em Wuhan, o berço da covid-19, teve origem em alimentos congelados que foram importados.

O jornal afirma que enviou repórteres para o mercado de Huanan, onde as primeiras infecções pelo novo coronavírus foram registradas, e que após conversar com epidemiologistas, virologistas e com comerciantes, “a possibilidade de que o coronavírus tenha passado de produtos importados para o mercado não deve ser descartada”.

Entre as especulações feitas pelo jornal, sem apresentar provas, está a de que o vírus causador da Covid-19 tenha sido trazido à China por militares americanos durante os Jogos Mundiais Militares em 2019, sediado em Wuhan.

O jornal também sugere que poucos animais selvagens eram vendidos no mercado de Huanan. Um comerciante afirmou ao jornal que eles eram vendidos “em segredo”. Para o jornal, a fonte mais provável são frutos-do-mar importados da Autrália, Equador e Chile, antes de 2019.

O texto ainda cita os supostos casos de novo coronavírus encontrados na carne importada do Uruguai e Brasil.

Retaliação?

Curiosamente, os países citados pelo Global Times estão envolvidos em rusgas recentes com a China. A Embaixada da China apresentou uma reclamação formal ao governo brasileiro devido a uma publicação feita no Twitter por Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). O deputado federal, que é presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, acusou o Partido Comunista Chinês de espionagem, ao falar sobre a adesão do Brasil à Clean Network (Rede Limpa), iniciativa organizada pelos Estados Unidos para impedir a Huawei de operar os serviços de 5G.

Em abril deste ano, a China ameaçou boicotar produtos da Austrália após o país da Oceania pedir uma investigação sobre a origem da covid-19. Ao ser perguntado pelo jornal The Australian Financial Review sobre a solicitação australiana, Cheng, que é embaixador em Camberra, disse que a “população chinesa” poderia rejeitar mercadorias da Austrália. “Talvez as pessoas comuns se perguntem: ‘Por que eu deveria beber vinho australiano? Comer bife australiano?'”, afirmou o diplomata.

Em novembro, a Austrália firmou um acordo militar com o Japão, o que também irritou a China.

O Equador ameaçou tomar providências contra os pesqueiros chineses que porventura entrassem nas águas protegidas da Reserva Marinha de Galápagos.

Gazeta do Povo

Opinião dos leitores

  1. E ainda tem gente que defende essa Sucursal do Inferno dirigida pelo psicopata genocida Xi Jinping.

  2. O palhaço da república não brinque com os chineses não viuu, se não ele toma no centro.

    1. Juvenal, pensei exatamente nisso quando leia o artigo. O "Ministério da História" em ação! kkkk Idéntico. Muito ruim morar num regime assim. Deus me livre do comunismo!

    2. Ministério da Verdade e da Paz Celestial Perpétua.
      Bem de distopia.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

VALE A PENA LER: Estudo aponta o jeito mais seguro de andar de carro na pandemia

Foto: A. L./Unsplash

Se você precisa pegar carona com um carro de aplicativo ou mesmo um amigo, atenção: em tempos de pandemia, o ideal é que todas as janelas do veículo se mantenham abertas durante o trajeto. É o que concluiu um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Brown, nos Estados Unidos, publicado na última sexta-feira (4) na revista científica Science Advances.

Os cientistas usaram modelos de computador para simular o fluxo de ar dentro de um carro compacto em diversos cenários: todas as janelas abertas, todas fechadas ou algumas abertas e fechadas. Os resultados indicam que quanto mais abertura para ventilação, menor a concentração de partículas de aerossol trocadas entre motorista e passageiro.

A situação menos indicada é manter todos os vidros fechados e o ar-condicionado ou aquecedor ligado. “Mesmo uma ou duas janelas abertas foi bem melhor do que todas elas fechadas”, conta Asimanshu Das, estudante de pós-graduação na Escola de Engenharia da universidade que coliderou a investigação, em nota.

As simulações consideraram um passageiro sentando atrás do motorista ou no lado oposto no banco traseiro, já que essas são as duas posições com maior distanciamento possível entre as duas pessoas. O fluxo de ar foi avaliado com o veículo andando a uma velocidade de 80 km/h, e a formação de aerossóis também foi medida.

Simulações em computador de diferentes cenários de troca de partículas de aerossol dentro do carro: manchas vermelhas indicam mais partículas. O maior risco é com as janelas fechadas (no topo, à esquerda) e vai diminuindo com cada vez mais vidros abertos. O melhor cenário é o inferior, à direita. (Foto: Breuer lab/Brown University)

Já se sabe que o novo coronavírus é capaz de permanecer ativo no ar, especialmente em ambientes pouco ventilados. Ao abrir (ou fechar) as janelas, a taxa de renovação do ar por hora se altera, e é isso que impacta a disseminação de partículas possivelmente contaminadas.

A disposição das aberturas importa. Os pesquisadores viram que a pressão do ar perto das janelas traseiras tende a ser maior. Como resultado, o ar entra no carro pela parte de trás e sai pela da frente. Ao abrir tudo, cria-se dois fluxos de ar independentes em cada lado do carro. Nas simulações, quando os ocupantes estavam em lados opostos, pouquíssimas partículas foram trocadas entre passageiro e motorista — embora este tenha um risco ligeiramente maior por estar na área por onde o ar sai.

Abrir as janelas do lado oposto ao que motorista e passageiro estão sentados cria um fluxo de ar que reduz a troca de partículas de aerossóis entre as pessoas (Foto: Breuer lab/Brown University)

Outra constatação curiosa é que abrir a janela imediatamente ao lado de cada pessoa não é a melhor ideia — prefira baixar o vídro do seu lado oposto. “Quando as janelas opostas aos ocupantes estão abertas, você tem um fluxo de ar que entra por trás do motorista, passa pela cabine atrás do passageiro e sai pela janela do banco da frente do lado do passageiro”, explica o professor Kenny Breuer, autor sênior do estudo.

Vale lembrar, no entanto, que essas práticas não substituem o uso de máscara por todas as pessoas dentro do veículo e medidas de higiene. Os autores também ponderam que não mediram o comportamento de gotículas maiores possivelmente infectadas com o Sars-CoV-2.

Galileu

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

O novo jeito de fazer a ‘festa da firma’ durante a pandemia: férias a mais, delivery de churrasco, lives e mais

Lacerda, VP de gente, cultura e inovação da Cogna, diz que dias de férias a mais e não descontados substituíram os brindes — Foto: Divulgação

As “festas da firma” de fim de ano vão ter de esperar. Com a necessidade de distanciamento social por conta da pandemia, empresas optam por celebrações virtuais ou compensam a confraternização com outros benefícios. As iniciativas, que geralmente marcam a conclusão de um ciclo nas operações, vão incluir lives com shows exclusivos para os funcionários, envio de kits de churrasco, festa de pijama a distância até 15 dias de recesso. Ações que faziam parte do calendário, como entrega de cestas de Natal e de brinquedos para os filhos dos funcionários, seguirão no modelo de entrega em domicílio.

Pesquisa realizada pela consultoria de recursos humanos Robert Half indica que a maioria dos profissionais (48%) espera um fechamento de período sem festas, pois não estão no clima para comemorações, e 44% dos entrevistados gostariam de confraternizações adaptadas ao “novo normal” – no padrão on-line. Apenas 4% dos entrevistados torcem para um evento presencial. O levantamento foi feito entre os dias 23 e 30 de novembro, com 1,6 mil profissionais, na página da consultoria no LinkedIn.

“Como 2020 foi desafiador, testou a inteligência emocional e exigiu o máximo de entrega das equipes, é importante que as lideranças encontrem formas de reconhecer a dedicação do quadro”, diz Fernando Mantovani, diretor geral da Robert Half. Separar um momento em que todos se conectem para celebrar ou enviar brindes para a casa dos colaboradores são movimentos que propiciam engajamento e diversão, afirma.

O escritório do LinkedIn no Brasil, com 180 funcionários, é um dos que vai adaptar a agenda festiva no último mês do ano. “Vamos enviar um pijama customizado para funcionários, terceirizados e prestadores de serviços”, diz Pedro Alencar, CFO e ‘facilities leader’ da rede social no país. A ideia remete ao que acontece hoje quando as câmeras estão desligadas, diz. “O pijama é o uniforme oficial do home office na quarentena.”

Serão despachadas 200 caixas com a peça, mais uma carta convite para participar da atividade, marcada para o dia 17 de dezembro, que conta com apresentações on-line de diretores e vídeos de funcionários sobre as principais experiências e desafios do ano. Em 2019, o LinkedIn organizou uma festa com o tema “as mil e uma noites”, com comida, música, dançarinos e decoração inspiradas em motivos árabes.

Na Ingredion, gigante americana do setor de ingredientes com 1,4 mil funcionários no Brasil, todos vão receber um kit churrasco (fraldinha, linguiça, coxinha, pão de alho e farofa). “Para animar, teremos uma live com show da banda Jota Quest”, diz Santiago Bellotti, diretor de recursos humanos e excelência operacional para América do Sul e Brasil. O encontro virtual terá sorteio de brindes, como smartphones e aparelhos de TVs.

A despedida do ano não descartou ações praticadas pelo grupo no pré-pandemia, como o envio de cestas de Natal e brinquedos para filhos de funcionários de até 12 anos. Outros 245 empregados que completam de cinco a 40 anos de companhia também ganham uma placa comemorativa pelo tempo de casa.

Bellotti diz que o destino da festa começou a ser discutido em junho e, em agosto, venceu o modelo virtual. “O objetivo era levar a companhia para dentro da casa dos funcionários. Nos outros anos, as famílias dos times sempre estiveram nas celebrações.”

Ao longo de 2020, a Ingredion, com unidades em São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Paraná, realizou três pesquisas para entender as necessidades dos funcionários na pandemia. As análises mostraram que 94% do pessoal queriam ficar mais tempo trabalhando remotamente por questões de saúde. A resposta guiou decisões administrativas, como o incremento da política de home office, para três dias na semana, e a possibilidade de horários mais flexíveis.

Laís Mastantuono, diretora de RH da farmacêutica Astellas Farma Brasil, com 180 funcionários, lembra que o congraçamento virtual de dezembro não será o primeiro de 2020. “Tivemos festa junina, halloween e show de talentos”, diz. “São ações para manter o time engajado e reforçar o senso de pertencimento à empresa.”

A comemoração no dia 17 terá show do cantor Tiago Abravanel e abre uma série de benefícios pensados para o término de 2020. Os funcionários ganharão 15 dias de férias, compensados durante o ano, a partir do dia 18 de dezembro, mais cartão de R$ 320 para a ceia de Natal e vale-presente de R$ 160 para os filhos de até 12 anos. Antes, no dia 11, os colaboradores têm o dia livre e recebem em casa uma cesta de piquenique, com 40 itens. “É uma maneira de agradecer às famílias que, desde o início da pandemia, deram suporte para que eles durante o trabalho”.

Na Zenvia, do setor de tecnologia, foi reservada uma semana para uma agenda com show de talentos dos funcionários, com vídeos de música, dança e gastronomia que enfrentarão a votação dos colegas, e uma retrospectiva dos projetos e equipes que se destacaram em 2020. “Devemos refletir sobre os aprendizados dos últimos meses”, diz Katiuscia Teixeira,
head de gestão de pessoas da companhia de 400 funcionários.

A Cogna, holding da Kroton, optou por não adaptar a sua tradicional festa da firma, que costuma reunir até 5 mil pessoas vestindo camisetas personalizadas, em uma casa de show. Ao invés dessa forma de celebração, a empresa anunciou aos seus 28 mil funcionários um período de folga de 15 dias no fim de ano. O recesso “extra” não será descontado no banco de horas, nem entrará na conta de férias coletivas. A empresa irá arcar com os custos de paralisação extra. A iniciativa surgiu da percepção, obtida em pesquisas de clima nos últimos meses, de que os funcionários, em home office desde o início da pandemia, estavam sobrecarregados. “As entregas estavam elevadas, mas começamos a ver que as pessoas estavam trabalhando mais horas e mais cansadas porque estão lutando para equilibrar demandas pessoais e afazeres com a casa”, diz Fabio Lacerda, VP de gente, cultura e inovação da Cogna. Segundo ele, a iniciativa foi bem recebida – o NPS (índice que mede a satisfação com relação a um produto ou serviço) dos funcionários com a iniciativa foi de 90%.

Para viabilizar esse benefício, o executivo disse que a empresa fez ajustes de entregas para garantir que algumas áreas pudessem ficar ausentes por mais tempo. “Há uma pequena parte que precisará manter operações entre o Natal e Ano Novo, mas combinamos que eles receberão esses dias mais para frente”. No âmbito do RH, a iniciativa faz parte do que Lacerda define como “criar uma nova experiência para o funcionário” e que engloba várias ações envolvendo uso de tecnologia e de serviços de saúde e bem-estar para acompanhar a jornada do colaborador dentro da empresa, em todos os níveis.

Cada empresa conhece a cultura corporativa que tem e a melhor forma de lidar com o quadro nesse momento, diz Mantovani, da Robert Half. “Independentemente do formato escolhido, o essencial, considerando as particularidades do ano, é transmitir sinais de agradecimento, confiança e sobre a importância do funcionário.”

Valor

 

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Dólar tem forte queda e é cotado a R$ 5,14, no menor valor desde julho

Foto: Reuters

O dólar fechou em forte queda de 1,93% nesta quinta-feira (3), cotado a R$ 5,1401, refletindo a fraqueza da moeda norte-americana no exterior em meio a expectativas de mais estímulo econômico nos Estados Unidos e otimismo em relação à distribuição de vacinas para a Covid-19. Esse foi o menor valor desde 22 de julho.

No Brasil, concentrava a atenção dos investidores a divulgação dos números do PIB (Produto Interno Bruto) do 3º trimestre.

Na parcial de dezembro, a moeda norte-americana acumula queda de 3,86%. No ano, o avanço ainda é de 28,19%. Veja mais cotações.

Nesta quinta-feira (3), o Banco Central fez leilão de swap tradicional para rolagem de até 16 mil contratos com vencimento em abril e agosto de 2021.

Cenário local e externo

Segundo Luciano Rostagno, estrategista-chefe do banco Mizuho, principalmente fatores externos pressionavam a moeda norte-americana frente ao real nesta quinta-feira.

“Há expectativa de taxas de juros baixas em todo o mundo, esperanças em relação a um pacote de ajuda (fiscal) nos EUA e otimismo em relação a vacinas… Isso acaba contribuindo para o bom humor dos mercados”, afirmou à Reuters.

O líder da maioria na Câmara dos EUA, Steny Hoyer, expressou esperança de que um acordo de estímulo fiscal possa ser alcançado “nos próximos dias”, e qualquer legislação provavelmente precisará ser complementada com mais ajuda no próximo ano.

As esperanças de mais apoio para empresas e cidadãos da maior economia do mundo se somavam ao otimismo em torno da distribuição de vacinas para a Covid-19, depois que o Reino Unido aprovou nesta semana o imunizante da Pfizer e da BioNTech. A vacina poderá começar a ser aplicada aos mais vulneráveis já na semana que vem.

Na agenda do dia, o IBGE divulgou mais cedo que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 7,7% no terceiro trimestre – retirando o país da recessão, mas sem recuperar as perdas da pandemia.

Os números do PIB vieram mais fracos do que o esperado. A expectativa do mercado era de um crescimento de 8,8% em relação ao trimestre anterior, segundo a mediana das estimativas levantadas pelo Valor Econômico.

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia avaliou nesta quinta-feira que o crescimento econômico do terceiro trimestre, embora abaixo do esperado pelo mercado, confirma a retomada em V da atividade, quadro que dispensa a necessidade de auxílios do governo para o próximo ano.

Do lado mais estrutural, o foco dos mercados segue voltado para a sustentabilidade fiscal do Brasil e as incertezas sobre a aprovação de medidas de ajuste fiscal para garantir a saúde das contas públicas.

Na véspera, o Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou que uma “recuperação robusta e inclusiva” da economia brasileira depende do avanço de reformas estruturais” e da sustentabilidade da dívida pública.

No exterior, a atividade empresarial da zona do euro contraiu com força em novembro depois que governos em todo o bloco retomaram as medidas de lockdown para tentar conter uma segunda onda de infecções por coronavírus. O PMI Composto da IHS Markit despencou a 45,3 em novembro de 50,0 em outubro — a marca de 50 separa crescimento de contração.

A economia do bloco vai contrair de novo neste trimestre, de acordo com pesquisa da Reuters, mas com esperanças de uma vacina e de suporte adicional do Banco Central Europeu, as estimativas de crescimento trimestral para o próximo ano foram melhoradas.

G1

 

Opinião dos leitores

  1. Já posso planejar ir aos EUA ?? com o amor ? ? da minha vida.
    Será que baixa mais hein??
    É mais romântico viajar pra Nova York ou Miami?

    1. Va para os EUA Não, tem países mais românticos, para vc e seu amor curtir Ex. Sudão, Irã, Arábia Saudita, Iêmen, Mauritânia, Afeganistão, Paquistão, Catar, Emirados Árabes Unidos e Iraque.

    2. Alguns dos países citados são aliados dos EUA e aceitam turistas homossexuais, aproveite a aposentadoria e vá um pouco além do comum.

    3. Calígula agora vai comprar muitos presentear par os sobrinhos musculosos

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Após PIB do 3º trimestre, governo diz que ‘escudo’ contra efeitos da pandemia deve ser ‘desarmado’

PIB trimestre a trimestre — Foto: Guilherme Luiz Pinheiro/G1

A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia informou nesta quinta-feira (3) que o “escudo de políticas sociais” que foi criado para amenizar os impactos econômicos e sociais da pandemia deve ser “desarmado”.

Segundo a área econômica, o fim de auxílios governamentais abrirá espaço para a agenda de reformas estruturais e medidas de ajuste das contas públicas que, na visão da secretaria, são o “único meio para que a recuperação se mantenha “pujante”.

A avaliação foi divulgada após o anúncio nesta quarta-feira do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, que registrou um crescimento de 7,7% na comparação com os três meses anteriores. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com isso, a economia brasileira saiu da chamada “recessão técnica”, caracterizada pelo tombo do PIB por dois trimestres seguidos.

“A forte recuperação da atividade, do emprego formal e do crédito neste semestre pavimentam o caminho para que a economia brasileira continue avançando no primeiro semestre de 2021 sem a necessidade de auxílios governamentais”, avaliou o Ministério da Economia.

Segundo o governo, a retomada da atividade e do emprego registrada nos últimos meses compensará a redução dos auxílios, previstos para terminar em dezembro deste ano.

“Outro fator positivo será a melhora das condições financeiras que continuarão impulsionando a atividade, principalmente com a retomada da agenda de reformas”, acrescentou.

De acordo com o Ministério da Economia, o fraco crescimento do PIB nos últimos anos é uma consequência da baixa produtividade, fruto da má alocação de recursos na economia brasileira.

“Desta forma, o único caminho que poderá gerar a elevação do bem-estar dos brasileiros serão medidas que consolidem o lado fiscal de nossa economia e corrijam a má alocação de recursos, aumentem a produtividade e incentivem a expansão do setor privado”, concluiu.

G1

Opinião dos leitores

  1. Até Dilma tinha feito um trabalho melhor nessa pandemia.
    Bolsonaro não preside nem quartel abandonado.

    1. Saudades da época do mensalão e petrolão, né meu filho! kkkkkkkkkkkkkkk

    2. Josias tu fazias carreto onde Lulinha trabalhava? Teu ele gostavam de muita bos….., aquela Anta que esticava vento e elevou a mandioca a Deus, que não sabia somar 7 + 9, e foi quem pipocou nove dedos, não tinha raciocínio lógico para ser um camarão, esse bichinho que tem na cabeça, o que vc carrega na barriga.

    3. Faria mais ou menos o que está se fazendo na Argentina. Melhor não….

    4. Será que o rabugento do pixuleco já virou freteiro???
      No mínimo ele tem mil codinomes comentando aqui no blog.
      Um derrotado.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *