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O ditado “se melhorar, estraga” se aplica também aos relacionamentos.
Segundo uma pesquisa da University of Western Australia publicada nesta terça (21) no “British Journal of Psychology”, as mulheres perdem o interesse em homens que são por elas considerados “inteligentes demais” ou “sociáveis demais”.
Apesar de estes atributos — inteligência e simpatia — terem sido considerados desejáveis pelos participantes da pesquisa, que contou com 214 estudantes da instituição (70% deles do sexo feminino e com idade média de 19 anos de idade), existe um limite para ambos que, uma vez alcançado, pode fazer com que as mulheres percam o desejo pelo parceiro.
Ao analisar os questionários respondidos pelos jovens, que avaliaram traços que procuram na pessoa com quem se relacionam como aparência, inteligência, gentileza e sociabilidade, os pesquisadores Gilles Gignac e Clare Starbuck descobriram que, quanto mais gentil ou bonito fosse considerado um (a) parceiro (a), mais o interesse do participante por ele ou ela crescia.
A lógica vale tanto para homens quanto para mulheres.
No entanto, para as alunas especificamente, houve uma diferença: apesar de o interesse pelo possível parceiro crescer à medida que ele fosse considerado mais inteligente ou simpático, houve um ponto em que eles se tornaram “inteligentes ou sociáveis demais” para elas e, por isso, indesejáveis.
Gilles Gignac, um dos co-autores do estudo, escreveu: “Está estabelecido que várias características são altamente valorizadas em um possível parceiro, mas este tipo de aferição contínua indica claramente que diversas destas características estão associadas com um efeito de limiar — em outras palavras, você pode ter mesmo muito de uma coisa boa”.
Ele ainda concluiu que há pouca vantagem entre ser “muito atraente” e apenas “atraente”. Ou seja, a preocupação com perfeição — seja ela de que ordem for — não só pode não auxiliar os relacionamentos, como até prejudicá-los.
UOL
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