Política

Língua afiada: Joaquim Barbosa critica Congresso e ataca partidos políticos brasileiros

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, criticou duramente a atuação do Congresso Nacional nesta segunda-feira, em palestra dada a estudantes de Direito de uma faculdade privada em Brasília. Segundo o ministro, o Congresso é dominado pelo Executivo e se notabiliza por sua ineficiência e incapacidade de deliberar. Afirmou ainda que os partidos no Brasil são de mentirinha, sem preocupação programática, e que seus líderes querem apenas o poder pelo poder. Disse também que a Câmara é composta em grande parte por parlamentares que não representam a população.

— O problema crucial brasileiro, a debilidade mais grave do Congresso brasileiro é que ele é inteiramente dominado pelo Poder Executivo. O Congresso não foi criado para única e exclusivamente deliberar sobre o poder executivo. Cabe a ele a iniciativa da lei. Temos um órgão de representação que não exerce em sua plenitude o poder que a Constituição lhe atribui, que é o poder de legislar — disse ele, lembrando que a maioria das leis aprovadas são de autoria do Executivo.

O ministro também foi duro com os partidos:

— Outro problema é a questão partidária. Nós temos partidos de mentirinha. Nós não nos identificamos com os partidos que nos representam no Congresso, a não ser em casos excepcionais. Eu diria que o grosso dos brasileiros não vê consistência ideológica e programática em nenhum dos partidos. E nem pouco seus partidos e os seus líderes partidários têm interesse em ter consistência programática ou ideológica. Querem o poder pelo poder. Esta é uma das grandes deficiências, a razão pela qual o Congresso brasileiro se notabiliza pela sua ineficiência, pela sua incapacidade de deliberar. Ora, poder que não é exercido é poder que é tomado, exercido por outrem, e em grande parte no Brasil esse poder é exercido pelo Executivo — disse Barbosa.

Para o ministro, um dos problemas da representação política brasileira é o sistema proporcional usado para eleger os deputados. Por esse sistema, os votos de todos os candidatos de um partido ou coligação são somados. A partir daí, calcula-se a quantidade de vagas que esse partido ou coligação tem direito. Assim, um candidato bem votado ajuda a eleger outros. E mesmo os votos dos que não são eleitos entram nessa conta e também ajudam o partido a conquistar mais cadeiras na Câmara. Para o ministro, esse sistema — em que o eleitor escolhe um candidato, mas contribui para a eleição de outro — faz com que a população não se sinta representada. A solução seria a adoção do sistema distrital, dividindo o país em vários distritos. Cada distrito elegeria apenas o candidato mais votado.

— O poder legislativo, especialmente a Câmara dos Deputados, é composto em grande parte por representantes pelos quais não nos sentimos representados, por causa do sistema eleitoral que não contribui para que tenhamos uma representação clara, legítima. Passados dois anos da eleição ninguém sabe mais em quem votou. Isso vem do sistema proporcional. A solução seria a adoção do voto distrital para a Câmara dos Deputados.

Para o ministro, o sistema distrital traria mais qualidade ao Parlamento.

— O sistema distrital permitiria uma qualificação do Congresso Nacional. Hoje temos um Congresso dividido em interesses setorizados Há uma bancada evangélica, uma do setor agrário, outra dos bancos. Mas as pessoas não sabem isso, porque essa representatividade não é clara — criticou o presidente do STF.

Segundo o ministro, o Congresso não cumpre o papel de fazer a reforma do sistema político.

— Não cabe ao STF por decisões judiciais individuais reformar o sistema político. Esta é uma atribuição magna do Congresso Nacional, que infelizmente vem sendo postergada —disse o ministro.

Não foi apenas a Câmara que mereceu críticas do ministro. Ele também foi duro com o Senado Federal, dando como exemplo a votação da medida provisória (MP) dos portos. Na semana passada, após longos debates na Câmara, o Senado levou poucas horas para apreciar a matéria.

— Os excessos da Câmara dos Deputados podem ser controlados pelo Senado Federal. Ou seja, o Senado Federal, como é um órgão composto por pessoas mais idosas, experientes, em geral ex-governadores, poderia controlar, conter os excessos e saliências da Câmara dos Deputados. Mas olha, nós tivemos na semana passada um contraexemplo disso. Uma medida provisória de extrema urgência. Teve seu tempo de exame de deliberação esgotado na Câmara até o último dia. E o Senado só teve algumas horas para se debruçar sobre aquele o texto. Daí se vê a dificuldade de configuração desse controle do Senado sobre a Câmara dos Deputados na nossa experiência — afirmou Barbosa.

O ministro também voltou a criticar a proposta de emenda constitucional (PEC) 33, que tramita no Congresso. A proposta dá ao Parlamento a palavra final sobre algumas decisões do STF, como a de declarar a inconstitucionalidade de emendas à Carta Magna. Para o ministro, a PEC não é um meio legítimo de exercer o sistema de pesos e contrapesos, em que um poder controla os excessos do outro.

— Evidentemente que não são meios de consolidar o sistema de freios e contrapesos. São sim reações á decisões do STF. Se levadas adiante essas tentativas, nós teríamos destruído a Constituição brasileira, todo mecanismo de controle de constitucional que o Supremo exerce sobre as leis. Significaria o fim da Constituição de 88. Eliminaria o controle judicial — disse o ministro.

De O Globo

Opinião dos leitores

  1. Podem até dizer que Joaquim Barbosa é bruto e grosso, mas uma coisa é fato: nunca vi ele dizendo uma mentira.

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Finanças

PMDB do Rio teria oferecido dinheiro por aliança de partido nanico, diz revista

De acordo com publicação da revista Veja, na versão online, o PMDB do Rio de Janeiro firmou um compromisso financeiro de 1 milhão de reais para ter o apoio de um partido nanico à reeleição de Eduardo Paes.

Na coluna Radar Online de Lauro Jardim, um vídeo exibe imagens do presidente estadual do PTN, Jorge Sanfins Esch, em conversas com correligionários do partido. No vídeo, Sanfins Esch garante que impediu uma candidatura própria do PTN, porque acertou o recebimento de 200 000 reais para bancar a campanha de candidatos a vereador do partido.

Sanfins Esch afirma que o acerto foi feito na convenção do partido em 30 de junho com o ex-chefe da Casa Civil de Paes, Pedro Paulo Teixeira, mas que ainda não recebeu os recursos. A coligação nega a promessa.

A convenção do PTN em 30 de junho foi à segunda do partido em menos de quinze dias. No dia 17 do mesmo mês, o partido chegou a homologar a candidatura a prefeito de Paulo Memória, mas Sanfins cancelou o encontro para depois declarar o apoio a Paes. Sanfins Esch esclarece no vídeo com correligionários o motivo da mudança de postura do PTN:

– Não tem condição de lançar candidatura própria (…). O cara dá 200 000 reais para dentro, dá uma prata para ele tirar a candidatura dele, dá todo o material de campanha, toda a estrutura para os candidatos. Chega lá dentro se bobear tem uma gasolininha extra para botar no carro. Pô!, não dá para recusar.

A coligação de Paes nega que tenha feito a promessa para repassar a quantia em espécie para o partido. A assessoria do prefeito afirma que dá suporte aos candidatos do PTN apenas com material de campanha e calcula que gastou em placas e panfletos 154 514 reais. A quantia total, no entanto, ainda não foi declarada no Tribunal Regional Eleitoral.

O segundo acerto revelado no vídeo diz respeito a uma dívida que Sanfins e três amigos cobram da prefeitura do Rio de Janeiro dos tempos em que trabalharam na RioLuz, órgão municipal responsável pela iluminação pública da cidade. Diante dos correligionários, Sanfins Esch diz que o presidente do PMDB do Rio, Jorge Picciani, se comprometeu a ajudá-lo.

Sanfins Esch explica em entrevista a VEJA que trabalhou no Conselho de Administração da RioLuz durante oito anos do governo Cesar Maia. Como o jetom pago pelo órgão era inferior aos de outras autarquias, Sanfins abriu um procedimento administrativo em 2008 na prefeitura junto com três ex-conselheiros para receber o valor retroativo e corrigido.

Em reportagem ao Jornal O Globo,o procurador regional eleitoral, Maurício da Rocha Ribeiro, afirmou que encaminhará ao Ministério Público Eleitoral pedido de abertura de ação para apurar se houve abuso de poder econômico e político do prefeito Eduardo Paes (PMDB), que tenta a reeleição apoiado por 19 partidos. Ele se baseou em reportagem do site da revista “Veja” deste fim de semana.

 

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Jornalismo

Enfraquecido, DEM estuda fusão com o PMDB

O DEM, que em 2012 terá 42% menos candidatos a prefeito que em 2008, depende das eleições municipais para sobreviver. Se vencer em capitais como Salvador e Aracaju, e tiver bom desempenho em grandes cidades como Mossoró (RN), Vila Velha (ES), Feira de Santana (BA) e Caruaru (PE), estará salvo. Caso contrário, dirigentes do partido já admitem que a saída poderá ser a fusão com outro partido e a opção mais cogitada por sua cúpula hoje é o PMDB, e não o PSDB.

Tudo porque a parceria tradicional com os tucanos vai de mal a pior. Embora acusem o golpe de ver o novo PSD solapar metade de seus recursos no fundo partidário e de seu tempo de televisão no horário eleitoral, os dirigentes do DEM mantêm a esperança de que a legenda garanta sua existência nas urnas. Mas se o risco da fusão só é mencionado em conversas reservadas, o afastamento do PSDB nesta reta final da montagem das coligações é tratado abertamente.

Lideranças do DEM não escondem a insatisfação com o tucanato. Dizem que o PSDB fez um “papelão” com o velho aliado no Recife e em Fortaleza, onde as opções do partido para a prefeitura estão bem melhor posicionadas nas pesquisas do que os candidatos do PSDB. Eles não se conformam de os tucanos terem lançado Marcos Cals contra Moroni Torgan (DEM) na capital cearense. E, menos ainda, aceitam que o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, tenha preferido se aventurar com a candidatura própria de Daniel Coelho, em vez de somar forças com Mendonça Filho (DEM) na corrida do Recife.

Candidato a prefeito do Rio contra o colega tucano Otávio Leite, o deputado Rodrigo Maia (DEM) afirma que não houve diálogo entre os partidos. Lembra que o afastamento do PSDB começou ainda em 2010. “Nas duas outras capitais em que estamos juntos não houve aliança. O que aconteceu foi puro escambo”, reclama.

Segundo ele, o apoio do PSDB à candidatura do líder do DEM na Câmara, ACM Neto (BA), em Salvador, só se deu em troca da composição com o candidato tucano em São Paulo, José Serra. Os dirigentes da legenda não escondem a irritação com Serra que, diante do pleito do DEM de ter o posto de vice, não hesitava em afirmar que só decidiria após a definição do tempo de TV dos partidos.

E assim aconteceu. O PSD do prefeito Gilberto Kassab ficou com metade do tempo de TV do DEM e com a vice de Serra. Não fosse a determinação do DEM em fechar parceria com os tucanos para eleger Neto, a cúpula teria fechado aliança com o PMDB, de Gabriel Chalita. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Fonte: MSN

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Política

STF dá mais tempo de propaganda a partidos recém-criados

 O Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu hoje (29), por maioria de 7 votos entre os 11 possíveis, que os partidos recém-criados têm direito a mais tempo de propaganda eleitoral, em rádio e TV, se conseguirem atrair deputados federais de outras legendas. A votação terminou com as considerações da ministra Cármen Lúcia Rocha depois de três dias de julgamento.

A decisão beneficiará diretamente o Partido Social Democrático (PSD), criado em setembro do ano passado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Atualmente, o PSD tem a quarta maior bancada na Câmara dos Deputados, com 52 deputados eleitos e 48 em exercício. A nova regra já vale nas eleições para prefeitos e vereadores deste ano.

Cármen Lúcia votou nesta manhã quando a maioria já estava formada. Ela seguiu a divergência aberta pelo ministro Joaquim Barbosa, negando a deputados federais que migraram para novas legendas o direito de levarem consigo o tempo de propaganda a que tem direito. “Eu tenho medo de um sistema partidário tsunami, na hora que sai o eleito sai levando tudo, deixando terra arrasada. O que é grave, porque ele é eleito com a estrutura do partido, e ele não pode sair fingindo que nada aconteceu”, considerou a ministra.

O STF julgou dois processos diferentes de uma só vez. No primeiro, o PHS pedia a divisão igualitária do tempo de propaganda entre os 30 partidos brasileiros. Na outra ação, sete legendas – DEM, PMDB, PSDB, PPS, PR, PP e PTB – queriam barrar a possibilidade de partidos novos conquistarem tempo de TV de parlamentares recém-filiados.

O relator Antonio Dias Toffoli, autor da tese vencedora, manteve a regra atual sobre a divisão do tempo de propaganda em rádio e TV – um terço igualmente entre todos os partidos e dois terços proporcionais ao número de deputados federais dos partidos ou coligações.

Toffoli também entendeu que, se a legislação permite aos políticos mudar para novas legendas sem enquadrá-los como infiéis, a migração do tempo de propaganda também é legítima. No entanto, o ministro ressalvou que a regra só se aplica aos parlamentares fundadores, mas não aos deputados que decidirem migrar a qualquer momento. Ele foi seguido pelos ministros Rosa Weber, Luiz Fux, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Celso de Mello e Carlos Ayres Britto.

Além do voto divergente de Barbosa e Cármen Lúcia, uma nova tese foi aberta pelo ministro Cezar Peluso, para quem o tempo de propaganda deve ser dividido igualmente entre todas as siglas. Ele foi seguido pelo ministro Marco Aurélio.

A decisão do STF deve influenciar julgamento pendente no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em que a legenda de Kassab pede uma fatia maior do Fundo Partidário. Assim como o tempo de propaganda, a verba é rateada de acordo com a representação dos partidos na Câmara dos Deputados – 5% divididos igualmente entre as legendas e 95% distribuídos de acordo com a votação para deputado federal obtida nas últimas eleições.

O julgamento começou no dia 24 de abril, e Toffoli – que também integra o TSE – pediu vista quando o placar estava em 2 votos a 1 a favor do PSD. O ministro ainda não devolveu o caso para julgamento, alegando que aguardaria a decisão do STF sobre a questão da propaganda.

A definição sobre a propaganda também deve influenciar o impasse sobre a nomeação de integrantes do PSD para comissões técnicas do Congresso Nacional. Atualmente, os parlamentares encontram resistência porque se considera que o PSD não tem representatividade, pois não participou das eleições de 2010.

Fonte: Agência Brasil

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Política

Os “gênios” políticos

O Blog reproduz excelente artigo do Jornalista Laurence Bittencourt no seu blog Espaço Livre no Nominuto.com. Atualíssimo…

O que mais espanta diante do acordo entre o PT e o PP em São Paulo, ou seja, entre Lula e Maluf com direitos a abraços e afagos, em que a ética foi mais uma vez e vergonhosamente rasgada, não é o silencio dos petistas seja por vergonha, horror, reprovação, ou mesmo vá lá, para alguns, cinismo, o que mais espanta é ouvir comentários aqui mesmo em nosso Estado de que com esse acordo Lula mais uma vez mostra-se “um gênio político”.

Em nosso país ser “gênio politico” é não ter o menor compromisso com a ética, com a cidadania, com a coletividade e sim pensar no ganho politico. É isso que eles chamam de “avanço”. E ainda acusam os americanos de egoístas.

Ser “gênio” politico em nosso país é o mesmo que ser contraventor politico. Ser “gênio” politico em nosso país é infringir a lei, é burlar a lei, é “dar a volta por cima” mesmo diante da condenação penal e dos escândalos comprovados em relação aos recursos chamados de públicos.

Aqui no “pequenino” Rio Grande do Norte há uma penca de “gênios” políticos quase todos os dias saudados de alguma forma em nossa mídia. Basta acompanharmos os “acordos” oportunísticos entre “esquerda” e “direita” seja na capital, nas chamadas cidades médias e nas cidades pequenas do interior do Estado.

Ser “gênio” politico mesmo sendo mau caráter comprovado e contumaz é ser aplaudido e reverenciado diante da “lei”, diante dos escândalos.

No Brasil ser contraventor, transgressor diante da ética e da lei é ser aplaudido como “pragmático”. Ainda mais quando são “reeleitos”.

O fato de sermos o que somos enquanto “nação” e acompanharmos os “crimes” diários nos hospitais públicos, nas ruas com a falta de segurança, se explicam devidamente por essas posturas.

Só no Brasil ser “gênio” politico é ser um contraventor. Somos o país dos “gênios” políticos. E a vida, com os seus crimes diários, essa continua lá fora.

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Política

Está aberta a temporada de Convenções

Ontem foi dada a largada nas convenções. No entanto, poucas aconteceram. Geralmente os partidos deixam para realizar estes eventos que oficializam as candidatura no final do prazo, 30 deste mês.

Em Natal, está quase tudo fechado .  O PDT deverá homologar, no dia 23, a candidatura a prefeito de Carlos Eduardo Alves e decidir sobre os candidatos a vereador. Já o PT  irá oficializar o nome do deputado Fernando Mineiro como candidato a prefeito no próximo dia 24.

O PSOL marcou sua convenção para o dia 29 de junho, um dia antes do prazo final,  com a candidatura do professor Robério Paulino. O partido fechou uma frente de esquerda com o PSTU. E no dia 30, será a vez dos demais candidatos a prefeitura de Natal, Hermano Morais (PMDB), Rogério Marinho (PSDB) e a de Micarla de Souza (PV).

Pelo interior do Estado, Ouro Branco deu o primeiro passo. O ex-prefeito Zé Braço (PR) teve sua candidatura a prefeito homologada neste domingo. O vice da chapa, indicação do PTB, é o atual presidente da Câmara, Edwilson Azevedo. A coligação terá PTB, PR, PMDB, PP e DEM.

Em Almino Afonso/RN, a convenção do PMDB oficializou o nome do atual prefeito Lawrence Amorim (PMDB), para ser candidato à reeleição nas eleições de outubro. Também houve convenção do PMDB em Frutuoso Gomes.

No município de Paranamirim, o primeiro partido a realizar a convenção foi o PSol, que homologou ontem  o nome do professor Tita Holanda como candidato a prefeito, tendo como vice Kleber Taxista. O prefeito Maurício Marques (PDT), que disputará a reeleição, realiza a sua convenção no dia 17. Terá como vice a vereadora Lucinha Thiago (PSD).

O deputado estadual Gilson Moura (PV) realizará sua convenção no dia 23, tendo como vice Epifânio Bezerra de Lima (PR). No mesmo dia Camarada Leto (PCB) realiza sua convenção.

Em São José do Sabugi, a candidatura do ex-prefeito Elísio Galvão (DEM) à prefeitura será homologada no próximo dia 25 de junho. A chapa terá como vice do presidente da Câmara, Cipriano Neto (PR), o Gugu.

Já o PR de Caicó homologará o candidato a vice-prefeito de Roberto Germano (PMDB) na quinta-feira (28), mesmo dia da convenção do PMDB.

Última hora

Geralmente os partidos deixam para realizar as convenções perto do final do prazo previsto  na legislação eleitoral que é o dia 30 deste mês. Eles querem ganhar, na verdade, mais tempo para fechar os últimos detalhes das alianças e resolver problemas que sempre surgem de última hora na definição das chapas proporcionais.

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Jornalismo

Diretórios nacionais gastaram mais de R$ 310 milhões em 2011. PT lidera lista com R$ 71,7 milhões

Os diretórios nacionais dos partidos políticos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) gastaram R$ 310.533.832,70 em 2011. Esse valor não inclui as despesas do Partido Humanista da Solidariedade (PHS). A legenda prestou contas dentro do prazo, que se encerrou em 30 de abril, mas os dados ainda estão sendo processados pelo tribunal.

A maior despesa foi do Partido dos Trabalhadores (PT): R$ 71.760.939,17.  O menor gasto foi do Partido Pátria Livre (PPL), que totalizou R$ 124.743,38. Esses dois partidos também foram os que mais e menos arrecadaram. O PT teve a receita de R$ 109.882.972,81. Já a arrecadação do PPL chegou a R$ 206.052,27. O PPL é o partido mais novo dentre os 29 registrados no TSE e teve o registro deferido em 4 de outubro do ano passado.

Quanto à receita, os diretórios nacionais declararam ao TSE que receberam R$ 382.506.512,44. Deste total, R$ 307.317.749,00 foram recebidos pelo Fundo Partidário.

Todos os diretórios nacionais dos 29 partidos prestaram contas do exercício financeiro de 2011.  Os dados dos diretórios nacionais serão analisados pela Corte; os estaduais, pelo Tribunal Regional Eleitoral do respectivo Estado; e os municipais ou zonais, pelo juiz eleitoral.

Penalidades

As penalidades previstas na Lei dos Partidos Políticos (Lei nº 9.096/1995) para as contas não apresentadas ou desaprovadas total ou parcialmente são a suspensão das cotas do Fundo Partidário pelo período de um a 12 meses e a devolução de recursos ao erário. Em 2011, os partidos devolveram ao erário R$ 3.409.511,21, devido a irregularidades nas contas.

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Política

Partidos têm até 30 de abril para prestar contas referentes ao exercício de 2011

Os diretórios estaduais e municipais de partidos políticos têm até a próxima segunda-feira (30) para entregar à Justiça Eleitoral suas contas relativas ao ano passado. A entrega deve ser feita, para os diretórios estaduais, na Secretaria do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte, e para os diretórios municipais, nos Cartórios Eleitorais da jurisdição por eles abrangida.

A obrigação de prestar contas anuais referentes à movimentação financeira e patrimonial dos partidos decorre da Lei 9.096/1995, é regulamentada pela Resolução nº 21.841/2004, do Tribunal Superior Eleitoral, e é imposta a todas as esferas partidárias. A Justiça Eleitoral não dispõe de um sistema informatizado oficial destinado à elaboração de prestação de contas partidárias, podendo os partidos utilizarem sistema próprio ou qualquer software contábil disponível no mercado, devendo, para tanto, ser observadas as regras estabelecidas na Resolução TSE nº 21.841/2004.

Dentre essas regras, destacam-se a necessidade de que a prestação de contas seja formalizada por meio das peças previstas no art. 14, incisos I e II, daquela resolução, que deverão ser assinadas pelo presidente, tesoureiro e por profissional contábil regularmente habilitado. Também devem ser encaminhados os extratos das contas bancárias mantidas pelo partido, abrangendo todo o período.

A legislação impõe aos órgãos partidários inadimplentes com o dever legal de prestar contas a penalidade de suspensão, com perda da aptidão de receber cotas do Fundo Partidário enquanto o partido permanecer omisso quanto a essa obrigação.

Fonte: TRE

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Jornalismo

Líderes partidários na Assembleia dispensam tramitação de matérias

No início da tarde desta terça (27), o colegiado de líderes dispensou a tramitação de cinco matérias, lidas ao final da Sessão Ordinária.

Quatro delas serão lidas na Sessão Plenária desta quarta (28); destas, duas são projetos de lei que alteram as leis estaduais 9558/11 e 9271/99 que autorizam o Executivo a contratar operações de crédito com o BIRD – Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento.

Um terceiro projeto de lei se refere ao Ministério Público, alterando dispositivos das Leis Complementares 141/96 e 446/10, para dispor sobre as atribuições do cargo de Corregedor Geral Adjunto do MP/RN e transforma em função gratificada o cargo comissionado de Diretor da Corregedoria Geral. A última matéria a ser lida nesta quarta-feira é um projeto de lei de criação da 19ª Promotoria de Justiça de Mossoró.

A quinta matéria que teve tramitação dispensada e que será lida na quinta-feira (29) dispõe sobre o reajuste do piso salarial de professores e especialistas em educação na rede estadual de ensino.

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Política

Corte de recursos federais atinge aliados e poupa PT

O endurecimento do controle de gastos na administração de Dilma Rousseff pesa mais sobre os ministérios entregues aos sócios minoritários da coalizão governista, o que ajuda a explicar a crise na base de sustentação parlamentar do Planalto, informa reportagem de Gustavo Patu, publicada na Folha deste sábado.

Uma análise do recente bloqueio de R$ 55 bilhões em despesas previstas no Orçamento deste ano mostra que as dez pastas entregues a PMDB, PSB, PR, PP, PDT, PC do B e PRB perderam quase um quarto das verbas de livre aplicação –exatos 23,9%.

Dono da segunda maior bancada do Congresso, o PMDB do vice-presidente Michel Temer teve corte de nada menos que a metade das verbas disponíveis em seus quatro ministérios.

Já nas 14 pastas ocupadas pelo PT ou por indicações diretas de Dilma, o impacto dos cortes ficou em apenas um décimo dos recursos destinados a compras e investimentos –o levantamento não considera gastos obrigatórios, como o pagamento de salários e aposentadorias.

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Política

Agripino vai tentar barrar o PSD de todo jeito

José Agripino Maia promete lançar mão de todos os recursos para evitar que o PSD de Gilberto Kassab consiga o registro do TSE. Como primeiro movimento, Agripino tentará fazer com que a Justiça Eleitoral respeite a fila de partidos que tentam a liberação.

O PSD obteve até agora apenas um dos nove registros de tribunais regionais exigidos pelo TSE e Agripino alega que outros partidos com número maior de documentos de TREs ainda aguardam a liberação. A cúpula do PSD está longe de se preocupar com a fila. Argumenta que o partido já está presente em vinte e dois estados e deve conseguir ainda nesta semana registro em doze deles.

Por Lauro Jardim

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Social

A Complicada equação da aliança DEM, PMDB, PSD e PSDB

A manutenção e ampliação da aliança entre PMDB parece mesmo estar decidida. O DEM, que já apoiou a candidatura do senador Garibaldi Filho ao Governo em 2006 e teve o apoio dele em 2010, agora terá o apoio da outra banda, comandada pelo deputado Henrique Alves.

Como isso aconteceu tão rápido, menos de um ano depois de Garibaldi ter apoiado a candidatura de Rosalba e o primo Henrique ter ficado no palanque de Iberê Ferreira? Simples, muito simples.

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Política

Crise braba entre Robinson e Agripino. Rosalba vai ficar com quem?

A crise anunciada explodiu. O PSD do vice-governador Robinson Faria e o DEM do senador José Agripino Maia, pilares da base de apoio político da governadora Rosalba Ciarlini, estão em rota de colisão. E de forma tão acelerada que o rompimento é iminente, com repercussões politico-eleitorais imprevisíveis para o atual sistema governista.

Agripino Maia, como presidente nacional do DEM, anunciava a disposição do partido de denunciar o PSD por irregularidades na formação de comissões municipais e prática de crime de falsidade ideológica por clonagem de atas. Há suspeitas de distribuição de cestas básicas em troca de assinaturas para composição do partido nos municípios.  Tudo isso acontecendo e Agripino afirmando que as denúncias não são de ordem pessoal.

Mas o vice-governador Robinson Faria não entende assim. Hoje, ele ocupou o Twitter para mandar recados. No primeiro post, feito no final da manhã de ontem, ele anunciou que falará nesta sexta-feira, no programa diário de diário, sobre um tema diferente. “Vamos falar sobre gratidão. Isso mesmo, gratidão!”, escreveu Faria na rede social.

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Opinião dos leitores

  1. Soh quem tem a perder nessa história eh Rosalba se permanecer ao lado de Zé Agripino. Além de perder 6 deputados,1 vice governador,1 deputado federal, poderá perder o encanto da presidente Dilma. Abre o olho Rosalba!!!

  2. lógico que ela fica ocm robinson vai perder seis deputados, um federal fora varios prefeitos agripino é passado

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Política

Dilma jogou mesmo para a platéia ou vai fazer limpezas nos Ministérios do PMDB, PTB, PP e PCdoB?

Josias de Souza:

Após duas semanas de recesso, o Congresso volta ao “trabalho” nesta semana com a disposição de submeter Dilma Rousseff a um segundo semestre turbulento. Ausentes de Brasília, deputados e senadores assistiram ao jogo solitário de Dilma. Disseminou-se a impressão de que a presidente jogou para a platéia.

Os governistas ficaram entre apreensivos e irritados com o que viram. Os oposicionistas animaram-se com a perspectiva de elevação da temperatura. Em 15 dias, esvaiu-se a atmosfera benfazeja que se estabelecera entre o Planalto e o Legislativo nos dias que antecederam o recesso.

Ao nomear a petista Ideli Salvatti (PT-SC) para gerenciar o balcão, Dilma sinalizara a intenção de acelerar o conta-gotas dos cargos. Ao assinar o decreto que prorrogou a liberação de emendas orçamentárias velhas, os “restos a pagar”, a presidente acenara com a desobstrução do duto das verbas.

Por ora, não foi empenhado um mísero centavo do bolo de emendas de parlamentares. Quanto aos cargos, foram ao ‘Diário Oficial’ apenas demissões. Desalojado do Ministério dos Transportes, um ninho de corrupção do qual foram desalojadas 22 pessoas, o PR lidera o bloco dos irritados.

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Política

Marina Silva vai deixar o PV

Fernando Gallo, de O Estado de S. Paulo

Aliados de Marina Silva avaliam que a permanência da ex-senadora no PV é inviável e que a saída dela do partido deve ser selada em poucas semanas. Os motivos são a falta de êxito na cruzada por mais democracia no PV e o fim do diálogo com a Direção Nacional da legenda.

O Estado apurou com quatro pessoas próximas da ex-ministra do Meio Ambiente que Marina e o núcleo marineiro estão convencidos da impossibilidade de conseguir as mudanças consideradas necessárias para a transformação do partido, tais como alterações no estatuto que permitiriam eleições diretas e o fim de diretórios provisórios. Todos os aliados dão a saída dela e de seu grupo como certa.

“É rápido isso daí. Vai se resolver até o fim de junho. Mas a decisão já está tomada”, diz um deles. Outro avalia que o processo de desligamento não dura mais do que 45 dias.

O grupo retarda o anúncio porque estuda os próximos passos a dar. No momento, a tendência mais provável é a criação de um novo partido, mas outras hipóteses são consideradas. Isso porque não há tempo hábil para fundar uma nova sigla a tempo de participar das eleições municipais de 2012 – a lei exige filiação mínima de um ano aos futuros candidatos. Outro problema seria a falta de bons palanques nos Estados para Marina em 2014, problema já sentido dentro do PV, na eleição de 2010.

Por outro lado, a migração para outra legenda é improvável, uma vez que o grupo teme que situação análoga à guerra hoje deflagrada no PV possa se repetir. Ainda assim, assessores de Marina fizeram circular no mês passado rumores de que a ex-senadora teria se aproximado do PPS.

Seguidores

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Política

Facilitada a vida de quem quer ingressar no PSD

Após ser aprovado pela justiça Eleitoral, o PSD só poderá receber novos filiados com mandato no primeiros 30 dias.

O Estado de S. Paulo

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entendeu que políticos que deixam seus partidos para aderir a uma nova legenda não cometem infidelidade partidária. A decisão foi tomara nesta quinta-feira, 2, e responde dúvidas que surgiram principalmente após o lançamento do Partido Social Democrático (PSD) pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM).

Sem citar especificamente o caso do PSD, o TSE decidiu que a saída de uma sigla para adesão a outra criada é justa causa para a desfiliação e não coloca em risco o mandato do político.

Os ministros também decidiram que a filiação somente pode valer após o registro e aprovação definitivo do estatuto do partido pelo TSE. Antes disso, segundo os ministros, o grupo é no máximo uma associação.

O TSE tomou a decisão ao analisar uma consulta do deputado Guilherme Campos (DEM-SP). Os ministros resolveram que, para concorrer nas eleições, políticos têm de se filiar ao partido com pelo menos um ano de antecedência ao pleito. O partido também tem de ser registrado no TSE no mínimo um ano antes. Após o Tribunal aprovar a criação do partido, as pessoas têm o prazo de 30 dias para se filiarem sem correr o risco de processos por infidelidade.

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